Notícias da UFSC

A Maternidade do Hospital Universitário da UFSC, referência nacional como Centro de Excelência em assistência obstétrica, completa 14 anos de atividades no dia 24 de outubro.Tempo em que realizou 22.262 partos e trouxe ao mundo 22.505 crianças. A diferença se refere aos partos de gêmeos. Como pioneira no parto humanizado ela revolucionou os procedimentos tradicionalmente adotados no Brasil e norteou até a criação de nova lei no Estado e no País.

O principal diferencial estabelecido a partir de sua implantação se refere ao parto humanizado, caracterizado por uma atenção especial e diferenciada a mulher e ao recém-nascido, sobretudo ao prematuro. A metodologia usada baseia-se em um tripé onde se valoriza o direito a presença de um acompanhante na hora do parto, a atuação da mulher-mãe como protagonista do seu parto, e a abertura de espaço para a interdisciplinaridade no atendimento. Eli Seibert, enfermeira-chefe da Maternidade, ressalta que foi a partir da permissão da presença de um acompanhante na maternidade do HU que se fundamentou a “Lei do Acompanhante”, aprovada primeiro em nível estadual e, depois, também na esfera federal.

Marcos Leite, médico ginecologista obstetra da Maternidade do HU, mestre em Saúde Pública, consultor internacional em aleitamento materno e integrante da ReHuNa – Rede pela Humanização do Parto e Nascimento – é uma das futuras perdas contabilizadas no quadro de funcionários. Carioca que ingressou na UFSC em fevereiro de 1996, profissional adepto as técnicas com base científica de humanização do parto, e um divulgador da UFSC e da Maternidade em nível internacional, está com processo de aposentadoria em curso. O obstetra destaca que não conhece uma maternidade com um corpo de enfermagem melhor que a da UFSC: “Os profissionais vestem a camisa e contabilizam inúmeras horas extras não remuneradas”. Leite diz não conhecer outra maternidade universitária com a mesma competência, e realça que esta competência não é reconhecida pelos pares.

Uma observação bem fundamentada se observarmos os problemas que a Maternidade enfrenta. No corpo de funcionários os plantões que contavam com cinco profissionais diminuíram para quatro, por conta de três aposentadorias e um remanejamento, não repostos. Contabilizem-se ainda outros dez funcionários com licenças de longa duração e as novas aposentadorias previstas. Em relação à infraestrutura física a Maternidade continua com a mesma quantidade de leitos disponibilizados na inauguração: dez de UTI Neonatal e 16 de puerpério. Mas esses leitos passaram a atender procedimentos ginecológicos e cirúrgicos não previstos, como as curetagens.

Apesar das dificuldades, a determinação do corpo de funcionários garante o bom nível do atendimento. Por isso a qualidade do trabalho desenvolvido e as práticas de humanização da assistência ao parto continuam a render distinções. Em agosto deste ano um ranking publicado na Revista Pais & Filhos classificou a maternidade do HU entre as dez melhores do país no quesito “Apoio à amamentação”. Reconhecimento que se soma ao “Prêmio Galba de Araújo”, oferecido pelo Ministério da Saúde e o título de Hospital Amigo da Criança, distinção criada pela Unicef em parceria com a Organização Mundial de Saúde e o Ministério da Saúde. Qualidade distinguida ainda no Top de Marketing 2000 e no Top Hospitalar de 2002 e 2003.

Os Diferenciais de atendimento vão desde o uso de aventais em forma de envelope, que não constrangem a parturiente, ao preparo da gestante para cuidar bem do bebê. Para a realização destes objetivos vários projetos são desenvolvidos: Grupo de Gestantes e Casais Grávidos; Encontro dos Bebês; Programa Mãe-Canguru; Grupo Interdisciplinar de Assistência à Maternidade – GIAM; Reunião de Pré-Alta; além de campanhas frequentes de estímulo ao aleitamento materno.

O Projeto Grupo de Gestantes e Casais Grávidos foi criado a partir de um projeto de extensão do Departamento de Enfermagem da UFSC em parceria com profissionais da Maternidade do HU. Trata-se de um espaço de socialização de conhecimentos e experiências sobre a gravidez. Profissionais da área atuam neste projeto através da orientação as futuras mães e pais quanto a gravidez, o parto e o pós-parto e os cuidados com o bebê. Estes encontros atendem casais a partir do 3º trimestre de gestação.

O Programa Mãe-Canguru é voltado aos recém-nascidos de baixo peso e prematuros. Utiliza a técnica de colocar o bebê junto ao corpo da mãe para receber calor suficiente e se manter aquecido. Um método que apresenta como resultados a alta da UTI neonatal e a aceleração da alta hospitalar.

O Grupo Interdisciplinar de Assistência à Maternidade trabalha na capacitação e atualização do corpo multidisciplinar. Realiza pesquisas e levantamento de dados com os professores, alunos e usuários.

No 1º e 3º trimestre da gestação acontece o Encontro de Casais Grávidos. É um trabalho de pesquisa e extensão do Departamento de Enfermagem que consiste em oito encontros por ano e a definição do tema para discussão compete aos pais. Após o parto estes casais voltam a se encontrar, desta vez para o “Encontro de Bebês”.

Outra ação dentro da política de humanização é a Reunião de Pré-Alta. A atividade garante uma troca de informações entre profissionais da saúde e as novas mamães, deixando-as mais capacitadas para a maternidade.

Para mais informações e entrevistas entrar em contato com a enfermeira-chefe da Maternidade Eli Sibert (48) 3721-8022, com a enfermeira Ingrid Bertoldo 3721-8019, ou ainda com a diretora geral do HU, professora Marisa Helena César Coral : 3721-9163.

Por Mara Paiva/jornalista da Agecom

Neste sábado, das 8 às 12h, acontece o minicurso “Música e Percussão nas Manifestações Populares do Nordeste Brasileiro”, como parte da programação da 8ª Semana de Ensino, Pesquisa e Extensão da UFSC, no Palco do Bosque do Centro de Filosofia e Ciências Humanas (CFH).

A proposta do minicurso é apresentar algumas das

diversas manifestações populares da região Nordeste brasileira através de um estudo teórico-prático, abordando os elementos que as compõem, principalmente no que se atém à música.

Partindo do elemento rítmico como estrutura essencial da música,

serão estudadas a percussão e os toques de alguns instrumentos referentes às respectivas manifestações populares. O conteúdo que será abordado é parte do estudo que vêm sendo realizado pelos ministrantes junto ao Grupo de Estudos de Ritmos e Manifestações Populares Brasileiras.

Os ministrantes são Fernanda Bauzys, mestranda em geografia, e Vinícius Renzulli,graduando em filosofia, ambos estudantes da UFSC, e que já ofereceram na quinta-feira o minicurso Pífano: um estudo sobre os grupos e a construção do instrumento de bambu.

O Grupo de Estudos de Ritmos e Manifestações Populares Brasileiras foi criado a partir da reunião dos dois músicos para fazer estudos dos ritmos e das danças brasileiras. Fernanda e Vinícius se conhecem desde 2006, quando ambos moravam em Campinas-SP e integravam grupos artísticos da cidade. Fernanda Bauzys era integrante do Grupo de Pífanos Flautins Matuá, composto por percussionistas e tocadores de pife que buscam o pluralismo musical e cultural, inspirado em manifestações populares brasileiras. Vinícius Renzulli fazia parte da

Cia de Artes e Manifestações Populares Ilús de Assuada, grupo composto por percussionistas e dançarinos e que tocava ritmos africanos e brasileiros com a formação instrumental dos maracatus de baque-virado de Pernambuco, além de linguagens africanas para djembê.

Os dois músicos voltaram a se encontrar algum tempo depois, em meados de 2008, agora em Florianópolis, e foram realizando alguns encontros musicais. Neste mesmo ano, Vinícius ofereceu o minicurso “A Percussão através das Manifestações Artísticas Popoulares: o Maracatu de Baque-virado”, pela sétima edição da SEPEX.

Em dezembro,os dois se apresentaram na Creche do Hospital Universitário da UFSC tocando músicas populares brasileiras em pífanos e percussão para as crianças, os pais, professores e funcionários. Em julho deste ano resolveram firmar o estudo e criaram o Grupo de Estudos de Ritmos e Manifestações Populares Brasileiras e, desde então, mais pessoas interessadas pelo estudo da música e das várias manifestações artísticas vêm se unindo ao grupo. Hoje o Grupo de Estudos conta com cerca de 12 integrantes que fazem encontros semanais.

Atualmente o grupo está concentrado no estudo das Manifestações Populares do Nordeste Brasileiro (tema do minicurso de sábado) e na presença africana na formação musical brasileira. O foco está no estudo da música, dos ritmos e instrumentos e na dança, com a proposta de firmar um grupo artístico de dança, pífanos e percussão.

Estas atividades tem o apoio do Semente Pura: Grupo de Estudos em Música e Arte

[http://sementepura.blogspot.com].

Para mais informações:

Vinicius Renzulli – sementepura@bol.com.br

Fernanda Bauzys – fernandabauzys@yahoo.com.br

Fonte: Ministrantes do minicurso

Leia mais sobre a 8ª Semana de Ensino, Pesquisa e Extensão da UFSC:

– Sepex na mídia: Planetário da UFSC exibirá imagens do espaço em alta resolução

– Com a presença de parentes, UFSC concede título de Doutor Honoris Causa a Fritz Müller

– Projeto Campus Vivo organiza passeio ciclístico para o encerramento da 8ª Sepex

– Jovens Pesquisadores: mais de 700 trabalhos são apresentados no Seminário de Iniciação Científica da UFSC

– 8ª Sepex:: neste sábado programação cultural inclui modas do Arquipélado dos Açores

– 8ª Sepex: Arquitetura desenvolve modelo de banheiro pré-fabricado de baixo custo

– 8ª Sepex: visitantes de todas as idades visitam campus da UFSC

– 8ª Sepex: Biofiltro com casca de ostras é alternativa para esgotos e para os restos de cascas

– Nova tradução da Editora da UFSC resgata ideias originais de Fritz Müller

– Secretaria de Cultura e Arte promove integração entre arte e ciência na Sepex

– 1ª Feira do Inventor: estudos sugerem a utilização de próteses feitas com osso de boi

– Reportagem do site Cotidiano destaca desenvolvimento de carro de três rodas

– Jogos e brincadeiras aproximam visitantes da Sepex ao universo indígena

-Estudos mostram que atividades físicas diminuem sintomas de demência e depressão em idosos

– Minicurso na Sepex analisa Direito e literatura infantil

– Casa Solar é apresentada em estande da Sepex

– Laboratório de Farmacologia alerta para o tratamento de doenças e o uso abusivo de drogas

– 1ª Feira do Inventor: estudos sugerem a utilização de próteses feitas com osso de boi

– Educação ambiental tem espaço na Sepex

-Estande da SEPEX apresenta veículos off-road produzidos por alunos

– Estudante de iniciação científica participa de pesquisa para desenvolvimento de bioplásticos

– Proposta de Rodovias Verdes é apresentada na Semana de Ensino, Pesquisa e Extensão da UFSC

– Agência de Comunicação disponibiliza imagens da Semana de Ensino, Pesquisa e Extensão na Internet

– 8ª Semana de Ensino, Pesquisa e Extensão tem início nesta quarta-feira

– Ossos de baleias e exposição de fotos de animais são atrações da Sepex

– Labidex proporciona demonstrações experimentais de Física na 8ª SEPEX

– Projeto Pacificar estimula e divulga ensino e prática da mediação como método extrajudicial para solução de conflitos

– Exposição de Mir Sestrem traz referências da vida de Fritz Müller em SC

– UFSC recebe presidente da Associação Internacional de Gerontologia e Geriatria para palestra nesta sexta-feira

– UFSC recebe mostra Ver Ciência

-Nova tradução da EdUFSC resgata ideias originais de Fritz Müller

– Semana de Ensino, Pesquisa e Extensão recebe espetáculo Pelas Veias da Música Latinoamericana

– Universidade concede título de doutor honoris causa a Fritz Müller nesta quinta-feira

– Estandes da Semana de Ensino, Pesquisa e Extensão da UFSC apresentam estudos do naturalista Fritz Müller

-Ano Internacional da Astronomia: pesquisador do Instituto de Física da UFRGS fala sobre “tamanho” do Universo

– Campus da UFSC recebe tenda Itinerante de arte rupestre e arqueoastronomia

-Feira do Inventor traz objetos que aumentam a comodidade e a segurança dos usuários

-“Jovem pesquisadora” usa berbigão como parâmetro de controle ambiental da Reserva Extrativista Marinha do Pirajubaé

– Mostra Planet.move exibe dez filmes sobre questões ambientais

– Comissão organizadora divulga orientações para montagem de estandes na Sepex

-Estudo verifica relação entre obesidade infantil e estado nutricional dos pais

– UFSC entra na era dos Planetários Digitais

– Tema ´Ciência para todos` integra UFSC e comunidade na 8ª Semana de Ensino, Pesquisa e Extensão

– 8ª Sepex tem variada programação artístico-cultural

A 8ª Semana de Pesquisa e Extensão da UFSC continua movimentando a universidade e atraindo pessoas das mais variadas idades. Crianças, jovens universitários, adultos e idosos vieram prestigiar o evento que conta com aproximadamente 200 estandes para apresentação das atividades de pesquisa e extensão desenvolvidas na universidade. Até o sábado, dia 24/10, os trabalhos estarão expostos no “circo” montado na Praça da Cidadania, em frente à Reitoria.

Durante a SEPEX, os visitantes têm a oportunidade de conhecer um pouco mais sobre as pesquisas e atividades realizadas por alunos em diferentes áreas de atuação. Temas atuais como o meio-ambiente, saúde pública e educação, entre outros, são tratados através de trabalhos desenvolvidos ao longo do ano por jovens pesquisadores da nossa universidade.

O esforço dos estudantes é reconhecido pelo público. Segundo a organização do evento, aproximadamente 20.000 pessoas passaram pela SEPEX nos dois primeiros dias e conferiram as inúmeras atrações. Além dos trabalhos em exposição, o evento também conta com apresentações de música e teatro infantil para a diversão do público.

“Fiquei encantada com o trabalho destes estudantes. É mportante que as atividades da universidade sejam divulgadas em um evento como este. Tem muita coisa interessante acontecendo e a gente precisa saber”, diz Andréa Ferreira, que resolveu prestigiar a SEPEX antes de ir para a aula de inglês no Centro de Centro e Expressão da UFSC.

Quem também estava de passagem era o músico Paulo Moreira, de 59 anos. Juntamente com o Coral da UFSC, Paulo se apresentou no começo da noite de ontem. Apesar disso, não deixou de observar as produções dos jovens pesquisadores. “Vim para tocar mesmo, mas fiquei curioso e consegui dar uma olhada em alguns estandes. Me interesso muito pela área de tecnologia e acho que os alunos estão de parabéns”. Sobre a programação cultural do evento, Paulo foi imparcial. “Todas as atrações foram muito legais, não tenho alguma a destacar. Sou suspeito para falar”, completou o músico.

Já Mário de Oliveira, de 51 anos, que acompanhava o grupo de alunos da Escola Desdobrada da Costa a Lagoa, não teve tempo de ver os trabalhos com atenção. No entanto, Mário garantiu que pretende voltar e prestigiar os alunos. “Tive que cuidar da criançada e acabei não vendo muita coisa. Mas com certeza voltarei no sábado, com mais calma, para ver a exposição e apreciar os trabalhos”.

A programação da 8ª SEPEX segue até o sábado, dia 24/10, com apresentações culturais e show, além da exposição dos trabalhos. Hoje, as atividades estarão sendo realizadas até às 19h. No sábado, o horário de funcionamento é das 9h às 16h.

Por Tiago Pereira/bolsista de jornalismo na Agecom

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Quando entra em contato com fogo, a folha da erva-mate libera HPA’s, substâncias que podem ser cancerígenas. O trabalho de conclusão de curso de João Gustavo Provesi, graduado em Farmácia – Tecnologia de Alimentos, sugere a adoção de técnicas que aumentam a segurança no consumo da erva e a qualidade do produto.

Analisando a produção de Catanduvas, entre agosto de dezembro de 2008, João estudou técnicas para melhorar o processamento da erva-mate e, em parceria com a Engenharia Mecânica da UFSC, desenvolveu mecanismo que faz com que ela não entre em contato com o fogo.

‘Efeito do tratamento térmico na inativação das óxido-redutases e fixação da cor em folhas de erva-mate’ é um dos trabalhos multidisciplinares apresentados pelo estande do Departamento de Ciência e Tecnologia de Alimentos na 8ª Semana de Ensino, Pesquisa e Extensão.

O espaço também mostra o processo utilizado para produzir raiz-forte em uma agroindústria familiar, tema do trabalho de conclusão de curso de Fernando Back, graduando de Agronomia.

Estudando uma propriedade de Angelina,município de Santa Catarina, Fernando busca métodos para aumentar a produtividade da raiz-forte e sugere formas de apresentar o produto: inicialmente, a raiz vendida era ralada e misturada com vinagre. O aluno viabilizou a venda também em pasta, aumentando o leque de opções oferecido pela agroindústria.

A mandioca é assunto de duas dissertações apresentadas no estande. Com o título ‘Integração do curso de ciência e tecnologia agroalimentar com a pós-graduação determinando o rendimento em amido de dez diferentes cultivares de mandioca do estado de Santa Catarina.’, Helayne Maieves avaliou o rendimento em amido em diferentes cultivares de mandioca do Estado.

Daiana Cardoso de Oliveira, comparou o consumo de água e a eliminação de resíduos sólidos na extração do amido de dez cultivares de mandioca, produtos de melhoramento genético cultivado pela EPGARI, em trabalho com título ‘Avaliação do consumo de água e produção de resíduos sólidos do amido de diferentes cultivares de mandioca’.

Além dos trabalhos acadêmicos, o público pode conhecer um pouco mais sobre o Curso de Ciência e Tecnologia Agroalimentar, instituído pela UFSC em 2008, tendo sua primeira turma ingressa em março de 2009. O Curso de Graduação possui disciplinas ligadas às ciências exatas, biológicas, agrárias e de tecnologia de alimentos. A área de atuação desses profissionais é ampla: podem trabalhar em indústrias de alimentos e bebidas, laboratórios de análises, institutos de pesquisa, universidades, consultorias, órgãos de fiscalização e vigilância sanitária.

Para finalizar, banners falam sobre o Laboratório de Análises (LABCAL), do Departamento de Ciência e Tecnologia de Alimentos. Os serviços prestados incluem a área de alimentos, com ensaios analíticos em alimentos, matéria-prima, ingredientes, bebidas, embalagens, utensílios e outros; e também a área ambiental, pelo controle microbiológico e físico-químico de águas de mananciais, cultivo, de tratamento industrial e ensaio microbiológico de avaliação do ar interior.

O LABCAL é credenciado pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento e habilitado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), e possui um Sistema de Gestão da Qualidade conforme a BR ISO/IEC 17025, que estabelece requisitos gerenciais e técnicos para que o laboratório possa fornecer resultados válidos de ensaio e calibração.

Saiba mais em: www.labcal-cca.ufsc.br

Por Tifany Ródio / Bolsista de Jornalismo na Agecom

O projeto do curso de Engenharia Sanitária e Ambiental, coordenado pelo Professor Luis Sérgio Philippi, estuda desde 2007 possíveis soluções para o tratamento dos efluentes.

“Nós sempre tentamos fazer o filtro com materiais inertes, que não reagem com o efluente, como tampa de garrafas pet e condutor de energia elétrica. Mas a pesquisa mostrou que a ostra é o melhor meio suporte, em todos os quesitos estudados. Além da densidade, peso e espessura a ostra não é inerte. Foi descoberto que ela reage com o efluente ajudando a manter o pH estável, bom para a sobrevivência dos microorganismos”, explica a bolsista Sandra Ramos.

E é a vida desses organismos que garante a limpeza dos resíduos que podem ser nocivos à saúde presentes nos esgotos. Isso porque as cascas permitem que o efluente e o ar fluam permanentemente. Assim os micróbios depositam-se na casca e o material que passar por ali vai se digerido, livrando a água da matéria orgânica que poluiria o local onde o esgoto fosse lançado.

“Os seres vivos junto com a matéria orgânica, lançados direto na água de rios, ou mar, causam sério danos ao ecossistema local. Os organismos se alimentam da matéria, se reproduzem e consomem todo o oxigênio da água. A água fica sem vida. Isso mata os peixes e contribui para o desequilíbrio ecológico. Um exemplo claro é o Rio Tietê”, mostra a estudante.

Outros problemas também provêm do lançamento de esgoto não tratado, como a eutrofização – desenvolvimento excessivo de algas pela disponibilidade de nutrientes – e a doença do bebê azul, causada pela existência de nitrato na água. Esta substância ingerida pelo ser humano, ao se alimentar de peixes, pode causar a doença caracterizada pela insuficiência de oxigênio do sangue, deixando a criança com a cor arroxeada.

O biofiltro quer ajudar na limpeza dos esgotos e também na solução da ostra como resíduo sólido, que até então é jogada no lixo ou lançada no mar. Santa Catarina é a maior produtora de ostras do Brasil e por isso, explica Sandra, o projeto busca apoio para sair do piloto. “São muitos resíduos sólidos que beneficiariam bastantes famílias do litoral e até de outras cidades do Estado. O biofiltro serve em uma casa de até sete pessoas, isso permitiria uma melhora na preservação do ambiente e da saúde dos seres vivos”.

Por Maria Luiza Gil / Bolsista de Jornalismo da Agecom

Cumprindo as metas de Ação Social da II Semana Ousada de Artes, a UFSC e a Udesc encerram na segunda, 26/10, a entrega de alimentos e kits higiênicos arrecadados durante o evento a instituições de caridade. A secretária de Cultura e Arte da UFSC, Maria de Lourdes Borges, e a coordenadora de Cultura da Udesc, Cláudia Maria Messores, parceiras na promoção da Semana, iniciaram a distribuição logo após o término do evento, em 26 de setembro.

Em diferentes dias, a SecArte e a Udesc doaram 556 quilos de alimentos em açúcar, arroz, canjica, farinha mandioca, farinha de milho, farinha trigo, feijão, leite, lentilha, macarrão, pipoca, sal e tapioca. As instituições beneficiadas são o Conselho Comunitário Saco dos Limões, Associação Gente Amiga, Casa São José, Conselho Comunitário da Costeira, CEI Nossa Senhora de Azambuja (Sobensa), Fundação Vidal Ramos e Conselho Comunitário de Coqueiros.

No dia 16, as coordenadoras da Semana entregaram 1.572 unidades de creme dental e 1.483 sabonetes para a Associação Amigos do HU (AAHU). No dia 26, o Hospital de Custódia e Transtornos Psiquiátricos de Florianópolis (HCTP) receberá 605 escovas dentais. Os donativos foram arrecadados dos participantes como ingresso para as apresentações artísticas oferecidos durante o evento.

Outras informações com a SecArte: 3271-8329.

Por Raquel Wandelli/ Jornalista na SecArte

O Departamento de Administração Escolar (DAE) da UFSC divulgou nesta sexta, 23/10, o aditamento ao edital nº 50 referente a transferências e retornos e também republicou o Calendário Acadêmico 2009.

O aditamento foi necessário devido a alterações efetuadas por alguns cursos e o Calendário Acadêmico 2009 sofreu alterações em relação às datas do concurso Vestibular UFSC 2010, determinadas pelo Conselho Universitário, já que as datas anteriores coincidiam com o novo período de realização da prova do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).

Confira os editais:

Aditamento ao edital nº 50 – Admissão por transferências e retornos

Edital nº 50 – Admissão por transferências e retornos

Confira o Calendário Acadêmico republicado:

Calendário Acadêmico 2009

Informações com o DAE: 3721-9707.

Contação de histórias, exposição de artesanatos, oficina de Pão-por-Deus. Diversas atividades procuram mostrar aos visitantes da 8ª Semana de Ensino, Pesquisa e Extensão (Sepex) um pouco de cada projeto e trabalho desenvolvidos pelo Núcleo de Estudos da Terceira Idade (NETI). As atividades acontecem até o sábado, 24/10.

Durante a programação, os idosos são estimulados a produzir textos e desenhos sobre os trabalhos desenvolvidos no estande, e a produção é exposta em um varal literário. Um dos momentos preferidos do público infantil, a contação de histórias com mensagens para adultos e crianças, acontece em diversas oportunidades.

O estande também conta com programação cultural: o grupo teatral Chão de estrelas apresenta a peça ‘Vovó quer namorar’, na sexta, 23/10, às 11h30. O Grupo Chão de Estrelas é uma atividade permanente do NETI, na qual os idosos elaboram textos a partir de suas vivências com o processo de envelhecimento.

O espaço terá atividades para todas as idades. Quem quiser testar sua capacidade de memorização pode brincar com jogos cognitivos, e, para quem gosta de diversão e arte, integrantes do Núcleo farão oficinas do Jogo de Cinco Marias e das tradicionais rimas açorianas do Pão por Deus.

Voltada para o público jovem, profissionais e idosos, a palestra ‘Viver bem, viver mais’ é o grande destaque da sexta. Ás 14h30, no Auditório do Centro de Cultura e Eventos, o Doutor Renato Maia Guimarães fala sobre envelhecimento saudável. Referência na área de gerontologia, Guimarães é ex-presidente da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia (SBGG), atuou no Ministério da Saúde, onde implantou o Programa de Saúde do Idoso e, entre diversas realizações, criou o Centro de Medicina do Idoso, que é referência para a Doença de Alzheimer no Distrito Federal.

Ainda tratando de saúde, na sexta, às 16h30, serão dadas orientações sobre doenças como Alzheimer, Parkinson e AIDS. A proposta é do Grupo de Apoio à Longevidade, que realiza visitas a casa de idosos que vivem sozinhos, para fazer companhia e estimular o convívio social.

Ás 9h45 de sábado, alunos e ex-alunos do NETI falarão sobre a história de Florianópolis, dando suas impressões pessoais de como era a nossa cidade antigamente.

Sobre o NETI

O Núcleo de Estudos da Terceira Idade é um órgão vinculado à Pró-Reitoria de Pesquisa e Extensão da UFSC (PRPE) e atua há 27 anos. Desenvolve projetos como o Curso de Especialização em Gerontologia, pós-graduação lato sensu e cursos de extensão com, atualmente, 524 idosos.

Mais informações: 3721-9445, 3721 6559 ou neti@neti.ufsc.br.

Por Tifany Ródio/ Bolsista de Jornalismo na Agecom

Leia mais sobre a 8ª Semana de Ensino, Pesquisa e Extensão da UFSC:

-8ª Sepex: Estande incentiva inclusão de deficientes visuais

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-8ª Sepex tem variada programação artístico-cultural

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Na 8ª Semana de Ensino, Pesquisa e Extensão (Sepex) da Universidade Federal de Santa Catarina, além dos vários estandes, o que se encontra muito são crianças em toda a parte. Diversos colégios de Florianópolis levam turmas de variadas séries para conhecer e interagir com os trabalhos expostos.

O consenso geral das crianças é que a Sepex é “legal” e “interessante”. Há quatro anos o Colégio Ilhéu traz os estudantes para a UFSC. “Eles gostam daquilo que desperta a curiosidade, principalmente quando podem tocar em objetos e realizar experiências. Nossos alunos ficaram bastante tempo em um estande em que levavam um choque”, afirma a professora da 5ª série, Mariana Luz.

Por ter uma grande quantidade de opções para as crianças interagirem, a opinião sobre qual o estande preferido diverge bastante. Não só os jogos estão entre os favoritos. O que Ariel dos Santos, da 5ª série da Escola da Ilha mais gostou foi um estande sobre tratamento de água. “Ela estava toda suja, eles passaram um produto e a água ficava limpinha. Foi muito legal ver isso”. Já o preferido de Guilherme Martins, da 3ª série do Colégio Beatriz Souza Alves, foi o microscópio. “Eu nunca tinha visto um. Sempre ficava com inveja, vendo nos filmes”, diz, animado.

A professora Silvana de Melo Amorim, do Colégio Beatriz Souza Brito, acredita que os alunos se interessam bastante. “Não dá tempo de ver tudo e eles não param, querem aproveitar o máximo que der. Para as crianças é importante participar desse ambiente, e a gente sempre explora no colégio o que é visto aqui na Sepex”, explica. É a segunda vez que seu aluno, Douglas Vieira, participa, e ele mesmo compara: “esse ano está melhor, tem bem mais coisas para ver”.

Tayná Pinheiro, Julia Oliveira e Izabelly Rodrigues são algumas alunas da 2ª série do Colégio de Aplicação que apresentaram o trabalho “Por que existem guerras?”. Enquanto a hora da apresentação não chegava, as estudantes aproveitaram para conhecer os estandes. “É muito legal, a gente quer visitar todos mesmo”, afirmam. A orientadora educacional da turma das meninas, Clarete Andrade, afirma que as crianças adoram visitar a Sepex. “Elas ficam encantadas com toda essa parte lúdica”.

Por Fernanda Burigo / Bolsista de Jornalismo na Agecom

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A Editora da UFSC lançou nesta quinta-feira, 22/10, dentro da programação da Semana de Ensino, Pesquisa e Extensão, uma nova tradução do livro Para Darwin (Für Darwin, 1864), escrito por Fritz Müller. Elaborada por Luiz Roberto Fontes, médico legista e biólogo, e por Stefano Hagen, médico veterinário, biólogo e professor, a nova tradução se distingue das outras duas que a antecederam por usar como base a primeira edição do livro, em alemão. A publicação foi viabilizada com apoio financeiro da UFSC, Fapesc e Ministério da Ciência e Tecnologia.

O lançamento fez parte de uma programação especial em homenagem ao naturalista, com a concessão do título de doutor honoris causa post-morten a Fritz Müller e mesa-redonda com especialistas sobre a teoria da evolução e sua relação com a obra do naturalista que viveu em Santa Catarina.

De acordo com os autores, a tradução a partir da edição original pretende recuperar o estilo original da escrita de Fritz Müller, além de alguns conceitos próprios do autor, que foram alterados na segunda edição.

A obra resgata um segmento da história do século XIX, relativo aos primórdios do evolucionismo darwiniano e ao estudioso Fritz Müller, que contribuiu para a consolidação das ideias de Darwin. Na obra Müller destaca que o conteúdo não pretende repetir os argumentos trazidos por Darwin. O objetivo é apontar fatos favoráveis à doutrina da evolução das espécies, apurados no mesmo solo da América do Sul, onde Darwin pesquisou. Fontes e Hagen acrescentaram à tradução do livro três críticas ao Für Darwin, que apareceram logo após sua publicação.

“A tradução resgata para a memória da ciência brasileira o naturalista Fritz Müller, bastante esquecido no cenário científico nacional e mundial, mediante a publicação traduzida de seu único e importante livro, acrescida de resenhas de época, bem como de necrológios da época de sua morte”, explica Luiz Roberto Fontes. Segundo ele, a tradução integral do necrológio feito por Haeckel revela facetas do perfil psíquico desse controverso zoólogo alemão, por muitos considerado um falsário da ciência. “Resgatamos textos de difícil acesso, agora disponíveis ao leitores na íntegra e reunidos na mesma obra”, complementar Fontes.

Ele lembra também que a obra recupera o título original, que nada tem a ver com o título da obra inglesa, e expressa o desejo de Fritz Müller de servir àquele que deu um objetivo concreto ao espírito observador do próprio cientista Fritz Müller, e a quem ele desejava homenagear como um mestre dentre os sábios.

Na visão dos autores, o público-alvo é bastante amplo. A publicação interessa a carcinologistas (que estudam crustáceos); estudiosos da evolução biológica; biólogos em geral; historiadores da ciência brasileira (de todas as formações acadêmicas) e particularmente aos que trabalham com darwinismo.

“Damos a oportunidades de a UFSC oferecer, aos leitores brasileiros interessados no evolucionismo e na história da ciência brasileira, uma obra de interesse geral nesse campo do conhecimento, e que preencherá parte da enorme lacuna existente nas livrarias, que comercializam dezenas de obras sobre Darwin e o darwinismo (algumas de qualidade técnica duvidosa) e raríssimas sobre os evolucionistas brasileiros”, considera Fontes. Ele lembra que nas estantes das livrarias brasileiras inexiste obra sobre Fritz Müller: “Basta entrar em uma loja das grandes redes, solicitar um título sobre Fritz Müller e constatar que eles nada tem a oferecer, e nada sabem informar”.

“Agora dependerá da divulgação e distribuição a ser empreendida pela UFSC. É a contribuição que pudemos oferecer aos estudiosos da história da ciência brasileira e da contribuição brasileira à consolidação do darwinismo e ao resgate do nosso mais expressivo naturalista do século XIX, Fritz Müller”, diz satisfeito o médico legista e biólogo.

A publicação pode ser adquirida nas livrarias da Editora da UFSC, por R$ 32,00. Foi viabilizada com apoio financeiro da UFSC, Fapes e Ministério da Ciência e Tecnologia.

Saiba mais sobre a importância da tradução em depoimento de Luiz Fontes:

“Esclareço que optamos por realizar uma tradução mais fiel ao texto original, adaptando-o ao português e à nomenclatura cientifica atuais, mas, sempre que possível, evitando reescrever o texto (isso foi inevitável para alguns trechos). Foi a nossa opção consciente de tradução, e não uma deficiência dos tradutores e adaptadores da obra. Assim, resgatamos o Fritz Müller histórico, presente nesta primeira edição publicada pela UFSC. A partir desta, futuras edições poderão ser adaptadas para melhor conveniência de leitura; mas o importante para o historiador da ciência é que o Fritz histórico está na primeira edição que publicamos.”

Enfim, lembremos de que, embora no idioma alemão, Fritz Müller escreveu o seu livro no Brasil, quando já não era o alemão da Alemanha, mas o alemão caipira do Brasil, impregnado de novos valores ou, pelo menos, com seus valores humanistas e científicos testados na realidade tropical. É por isso que o projeto que institui, o qual norteou, inspirou e concedeu ânimo a mim e ao Stefano para a realização da presente tradução, denomina-se “Nosso Fritz Müller”.

Nossa tradução é importante por diversos motivos:

1- foi realizada a partir da obra original (1864), portanto, não incorporou os erros presentes na tradução inglesa (1869);

2- incorporou todas as correções e atualizações acrescentadas pelo autor à edição inglesa (portanto, em conteúdo equivale à segunda edição, a de 1869);

3- permitiu resgatar aspectos típicos da redação (forma de se expressar) de Fritz Müller. Claro que os termos científicos anatômicos foram atualizados, ou seriam ininteligíveis

Saiba Mais:

As duas traduções anteriores, da edição inglesa, segunda edição, de 1869:

– Müller, Fritz, 1907-1908. Por Darwin. Kosmos, Rio de Janeiro, 41 pp. [sem paginação; tradução de Cryptus, pseudônimo do zoólogo Alípio de Miranda Ribeiro

– Müller, Fritz, 1990. Fatos e argumentos a favor de Darwin (Für Darwin). Fundação Catarinense de Cultura & Departamento Nacional de Produção Mineral/DNPM, 93 pp. [tradução do zoólogo Hitoshi Nomura]

Serviço:

Obra: Para Darwin (Für Darwin, 1864)

Autores: Luiz Roberto Fontes e Stefano Hagen

Editora da UFSC (EdUFSC)

Páginas; 279

Preço: R$ 32,00

Mais informações na EdUFSC, telefone (48) 3721-9408 e no site www.editora.ufsc.br

Também com os autores: Luiz Fontes (lrfontes@uol.com.br) e Stefano Hagen (hagen@usp.br)

Por Mara Cloraci e Arley Reis / Jornalistas da Agecom

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O diálogo entre arte e ciência caracteriza a participação da Secretaria de Cultura e Artes (SeCArte/UFSC) na 8ª Semana de Ensino, Pesquisa e Extensão da UFSC, que ocorre no Centro de Cultura e Eventos até o sábado, 24/10. Em seu conjunto, os oito estandes da Secretaria oferecem ao visitante a possibilidade de articular o conhecimento científico com diferentes formas artísticas de compreensão do mundo.

“A universidade precisa oferecer o conhecimento em sua totalidade, reintegrando arte, ciência e humanidades como diferentes esferas de compreensão da realidade”, defende a secretária da SecArte, Maria de Lourdes Borges.

Nesta edição da Sepex a secretária destaca ainda a participação de todos os departamentos e núcleos ligados à SecArte. Os estandes reúnem trabalhos do Museu Universitário, Editora da UFSC, Projeto Fortalezas e Departamento Artístico Cultural e o Núcleo de Estudos Açorianos, que traz ricas mostras de artesanato e utensílios de olaria produzidos pelos projetos que apóia.

Ao trazer para o palco do teatro o conflito entre o conhecimento racional sobre o sistema astrofísico e os dogmas religiosos, a peça `As sete luas de Galileu Galilei`, é o momento de síntese da aposta nessa ligação. Encenada pelo Grupo Pesquisa Teatro Novo, com direção de Carmen Fossari, a peça lotou o teatro da Igrejinha e o auditório do DAC em sua estreia na noite de abertura da Sepex (21) como uma mostra de que a arte ajuda a compreender a ciência.

Outro exemplo desse enfoque é a exposição do Departamento Artístico Cultural, que apresenta diversos modelos de um figurino com ares futuristas em torno do tema vestuário astronômico. O trabalho é fruto das pesquisas realizadas pela professora Lu Hamad nas oficinas de artes cênicas do DAC reverenciando o Ano Internacional da Astronomia.

A instigante mostra de arte “Um retrato de Fritz Müller, é fruto de intensa pesquisa científica tanto da realidade representada, quanto da matéria-prima utilizada: excrementos de cupim. Com esse pó biológico o artista e cientista Mir Sestrem desenha quadros de casarões e monumentos de Florianópolis e Blumenau que estão expostos no Centro de Eventos. Sestrem utiliza 59 tonalidades de excrementos de 250 espécies de cupins, que pertencem a sete famílias e a três gêneros distintos que ele mesmo cria e estuda desde a infância em um projeto inédito patrocinado pela SecArte e Centro de Ciências Biológicas (CCB).

Por Raquel Wandelli/Jornalista

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Estão abertas até o dia 29 de outubro as inscrições para o Programa Bolsas de Verão, pelo qual serão selecionados até 15 estudantes de toda América Latina e Caribe para desenvolverem projetos científicos e tecnológicos durante as férias (de 5 de janeiro a 25 de fevereiro de 2010), nos Laboratórios Nacionais operados pela ABTLuS.

Localizados em Campinas, São Paulo, o complexo laboratorial é formado pelo Laboratório Nacional de Luz Síncrotron (LNLS), pelo Centro de Biologia Molecular Estrutural (CeBiME) e pelo Centro de Ciência e Tecnologia do Bioetanol (CTBE).

Podem se inscrever estudantes de graduação que já tenham concluído o 4º semestre em cursos das áreas de exatas, biológicas e engenharias e que se interessem por um dos seguintes temas: ciência dos materiais – com ênfase em nanociência e nanotecnologia; biologia molecular estrutural; ciência e tecnologia do bioetanol de cana-de-açúcar; física e engenharia de aceleradores e instrumentação científica.

As inscrições devem ser feitas no site http://bolsasdeverao.lnls.br/. No ato de inscrição é solicitado o envio de currículo, histórico e carta de recomendação.A bolsa cobre despesas com passagens do local de origem até Campinas, alimentação e hospedagem.

Sobre os Laboratórios Nacionais

Os Laboratórios Nacionais estão localizados em Campinas, São Paulo, e são operados para o Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT) pela Associação Brasileira de Tecnologia de Luz Síncrotron (ABTLuS). O LNLS é o único centro de pesquisa da América Latina a contar com uma Fonte de Luz Síncrotron, que permite a realização de pesquisas de fronteira em nível atômico em áreas como química, física, engenharia de materiais, meio ambiente e ciências da vida. Além da Fonte e dos laboratórios de apoio, o LNLS possui o Centro de Nanociência e Nanotecnologia Cesar Lattes (C2Nano), específico para estudos nanométricos. Atualmente, o LNLS está projetando sua segunda Fonte de Luz Síncrotron.

Desde 1999, o CeBiME desenvolve estudos sobre a estrutura e a função de macromoléculas, como as proteínas. Possui laboratórios de cristalografia, espectrometria de massas, calorimetria e ressonância magnética nuclear. Até maio deste ano, o CeBiME era um centro vinculado ao LNLS. A partir desta data se tornou um centro autônomo e cresce em direção ao desenvolvimento de fármacos.

Recém-criado, o CTBE visa aprimorar a ciência e a tecnologia ligadas ao ciclo produtivo do etanol de cana-de-açúcar. O objetivo é desenvolver tecnologia eficiente e sustentável de conversão da biomassa da cana em bioetanol. Para isso, pesquisas com etanol celulósico em escala semi-industrial poderão ser feitas na Planta Piloto para Desenvolvimento de Processos (PPDP) do CTBE, fato inédito no Brasil.

Fonte: Assessoria de Comunicação – Laboratório Nacional de Luz Síncrotron – LNLS

Dar voz a histórias e a personagens de obras clássicas da Filosofia, para que elas possam ser usadas como material didático por estudantes com baixa visão ou cegueira, é a tarefa do projeto de extensão chamado ‘Audiolivros: a difusão do conhecimento com inclusão’.

Cerca de 25 voluntários trabalham, desde abril deste ano, na adaptação para áudio do primeiro livro escolhido: “Confissões”, de Santo Agostinho. É essa obra que os visitantes da 8ª Sepex (Semana de Ensino, Pesquisa e Extensão) da UFSC poderão ouvir durante o passeio pelo estande do projeto.

O coordenador, Áureo Moraes, professor e coordenador do Curso de Jornalismo, diz que a proposta do estande é ser o mais interativo possível. Foi montada uma estrutura com mesa de som, microfone e computador, para mostrar como o processo funciona e dar oportunidade àqueles que quiserem experimentar como é gravar um livro.

A iniciativa também participa da 8ª Sepex com o minicurso de mesmo nome, ‘Audiolivros – a difusão do conhecimento com inclusão’. O objetivo é capacitar pessoas interessadas em produzir arquivos com sons, para auxiliar o aprendizado de deficientes visuais. O minicurso irá oferecer noções básicas de metodologia de ensino-aprendizagem para cegos ou baixa visão, além de práticas de roteiro, locução e edição de áudio. As vagas já estão esgotadas.

A 8ª Semana de Pesquisa, Ensino e Extensão será realizada entre os dias 21 e 24 de outubro, em frente ao prédio da Reitoria da Universidade. São cerca de 200 estandes para apresentação das atividades e realização de 280 minicursos gratuitos.

Mais informações sobre o projeto pelo e-mail aureo@cce.ufsc.br.

Por Tifany Ródio / Bolsista de Jornalismo na Agecom

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Variados aspectos do Parque Nacional da Lagoa do Peri, localizado no Sul da Ilha de Santa Catarina, estão sendo mostrados na 8ª Semana de Ensino, Pesquisa e Extensão (Sepex). O estande sobre esse rico ecossistema de Florianópolis mostra estudos desenvolvidos por laboratórios ligados ao Departamento de Ecologia e Zoologia, do Centro de Ciências Biológicas (CCB), e ao Centro de Ciências Agrárias (CCA), da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC).

Banners do Laboratório de Ecologia de Peixes e do Laboratório de Biologia e Cultivo de Peixes de Água Doce (LAPAD) explicam características da ictiofauna da região, identificadas por seus estudos. A equipe pesquisa a diversidade de peixes, sua alimentação, sua fase reprodutiva e fatores que possam estar prejudicando as espécies. Há mostra de peixes como Lambari Amarelo, Robalo, Manjuba e Cará, coletados na lagoa e em riachos próximos.

Direcionado à educação ambiental, o estande traz uma ‘batalha pesqueira’ que ensina nomes de peixes do local, e um jogo de tabuleiro que mostra toda a bacia hidrográfica e seus componentes, provando que fauna, flora e água estão interligadas, e que uma prática destrutiva em uma delas pode atingir todo o ecossistema.

As plantas são tema de jogo de cartas, que explica suas principais características, e de um banner que mostra como as sementes das espécies são disseminadas pelos animais.

As pesquisas abrangem também os mamíferos da região. O Departamento de Ecologia e Zoologia faz o reconhecimento dos animais existentes no local, como lontra, quati e cuíca-d’água, através da coleta de pegadas, e com armadilhas fotográficas estudam seus comportamentos.

O Laboratório de Bentos, do Núcleo de Estudos do Mar (NEMAR), traz larvas de insetos aquáticos que são bioindicadores do nível de qualidade da água. Quem conferir o estande pode ver espécies de besouros, borboletas e formigas capturados na região para trabalhos de conclusão de curso, que indicam o nível de conservação do ambiente.

A 8ª Semana de Ensino, Pesquisa e Extensão acontece até sábado, 24 de outubro, no Campus da UFSC.

Por Tifany Ródio / Bolsista de Jornalismo na Agecom

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Estão abertas as inscrições para o concurso público da Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS), que vai selecionar professores para os campi de Chapecó – sede da instituição -, Cerro Largo (RS), Erechim (RS), Laranjeiras (PR) e Realeza (PR).

São 165 vagas para diversas áreas e as inscrições devem ser feitas até as 20 horas do dia 9 de novembro pelo site www.uffs.ufsc.br. O valor da taxa é de R$ 90 para o cargo de dedicação exclusiva e R$ 70 para o de 20 horas. Será exigida a titulação mínima de mestre. O professor será contratado em regime de dedicação exclusiva ou de 20 horas.

A primeira prova (eliminatória) vai ocorrer no dia 22 de novembro, em Florianópolis. O local ainda não está definido. Os interessados em participar do processo só poderão se inscrever para um único campus da UFFS e um único campo de conhecimento, conforme determina o edital. As inscrições homologadas serão divulgadas no site da UFFS, no prazo de 72 (setenta e duas) horas úteis após o encerramento das inscrições. O edital completo pode ser visto no site www.uffs.edu.br.

A Portaria nº 1 assinada pelo reitor da UFFS, Dilvo Ristoff, e pelo reitor da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Alvaro Toubes Prata, torna público a realização do processo seletivo. O edital do concurso de seleção foi publicado nesta quinta-feira, dia 22, no Diário Oficial da União.

Outras informações pelo telefone (48) 3721-6646.

Entrevistas com o reitor Dilvo Ristoff (48) 9971-3518.

Margareth Rossi/Jornalista da Agecom

Numa sessão que teve a presença de descendentes diretos e familiares distantes, depoimentos emocionados e revelações acerca de aspectos da vida e obra do homenageado, a Universidade Federal de Santa Catarina concedeu na manhã desta quinta-feira, dia 22, o título de doutor honoris causa ao naturalista Fritz Müller (post-mortem), nascido na Alemanha mas que realizou importantes pesquisas em Santa Catarina que reforçaram a teoria da evolução das espécies de Charles Darwin.

Entre os convidados estavam Thula Mayr, bisneta de Fritz Müller, professora que ainda lê poesias do avô em escolas de Blumenau, e vários trinetos, além de parentes do irmão de Fritz, August, que veio com ele para o Brasil, em 1852. Representando a família, falou o professor Alberto Lindner, que é professor do Departamento de Ecologia e Zoologia do Centro de Ciências Biológicas da UFSC e também descende da família Müller. Ele destacou a grande legado deixado pelo homenageado e citou artigos que vêm sendo publicados em revistas científicas internacionais e que se remetem a estudos realizados no século XIX por Fritz Müller em Santa Catarina.

“Só a revista Nature, que Fritz Müller já lia quando morava em Blumenau, publicou vários ensaios recentes sobre o Mimetismo Mülleriano, um dos principais conceitos baseados em estudos que desenvolveu com borboletas e que estão presentes hoje nos livros escolares de todo o mundo”, ressaltou Lindner. “O artigo original sobre o tema, publicado em 1879, mantém grande atualidade e já apresentava, à época, uma nova linha de pesquisa em genética”, lembrou o professor.

Alberto Lindner destacou também os estudos realizados por Fritz Müller na região da atual avenida Beira-mar Norte, em Florianópolis, sobre moluscos marinhos. “Estamos a poucos quilômetros do solo sagrado para as Ciências Naturais onde ele fez pesquisas que ajudaram consolidar sua obra”, afirmou o professor. Ele também ressaltou que ao contrário de Blumenau, onde o legado de Müller vem sendo resgatado, a Capital ainda tem uma dívida com o naturalista. A maior homenagem que ele gostaria de receber, ressaltou Lindner, seria que as instituições “investissem pesadamente em pesquisas na área da biodiversidade”.

Margherita Barracco, da comissão organizadora da programação em homenagem a Fritz Müller, destacou que o naturalista foi um dos primeiros cientistas a apoiar decisivamente a teoria da evolução de Charles Darwin, pois encontrou evidências que dão suporte a ela em seus estudos no litoral catarinense e no Vale do Itajaí. Tais contribuições foram tão importantes que Darwin o considerava o “príncipe dos observadores” e fez publicar, inicialmente com sua autorização e depois por conta própria, artigos do naturalista alemão em revistas científicas da Europa.

A homenagem a Fritz Müller está integrada à Semana Nacional de Ciência e Tecnologia, que este ano tem como tema “Ciência no Brasil” e na UFSC também inclui a Semana de Ensino, Pesquisa e Extensão (Sepex), que acontece na Praça da Cidadania, em frente à reitoria e ao lado do Centro de Cultura e Eventos, até sábado.

Por Paulo Clovis / Jornalista da Agecom

Fotos: Carolina Dantas / Bolsista de Jornalismo na Agecom

Mais informações:

Sobre a Sepex: com a diretora do Departamento de Projetos de Extensão, Mônica Aparecida Aguiar dos Santos, e-mail: monica@cca.ufsc.br / Fone: 48 3721-9344

Sobre a título honoris causa: Com Mário Steindel (ccb1mst@ccb.ufsc.br ) ou Margherita Barracco (barracco@mbox1.ufsc.br)

Sobre a contribuicao cientifica de Fritz Muller com o professor Alberto Lindner (alindner@ccb.ufsc.br)

Por Paulo Clovis / Jornalista da Agecom

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Jogos educativos, brincadeiras e atividades lúdicas. Na 8ª Semana de Ensino, Pesquisa e Extensão (Sepex), o estande do Laboratório de História Indígena (LABHIN) usará esses recursos para despertar nas crianças e na comunidade o interesse sobre as populações indígenas de Santa Catarina.

Visitantes poderão brincar com jogo de memória, dominó bilíngüe e um jogo de tabuleiro, que ensinam costumes e histórias de tribos como Kaingáng e Guarani. O jogo de tabuleiro faz parte do livro ‘Brincando e Conhecendo os Indígenas em Santa Catarina’, uma das publicações do laboratório, que traz informações sobre localização das terras indígenas, educação escolar indígena, língua, mitos de origem, artesanatos, utilização de plantas e chás. Voltado para crianças, tem o formato brincar e colorir, ligar os pontos, jogo dos 8 erros, além da trilha e do dado para montar o jogo de tabuleiro.

Outro livro que será divulgado durante a Sepex é ‘Cipó Guambé, Taquaruçu e Anilina: a cultura material Kaingáng como fator de inclusão social’. A publicação é resultado de um projeto de mesmo nome e foi produzida em conjunto com a comunidade indígena. Com o formato de um caderno de atividades, o material didático ensina sobre a cultura material e os artesanatos indígenas como fator de identificação da cultura indígena.

‘Da arapuca ao futebol: o lazer Kaingáng através dos tempos’ é o mais recente projeto do LABHIN. O estande trará informações da pesquisa, que pretende revitalizar as práticas de lazer indígenas, fazendo um paralelo sobre como eram antigamente e como são hoje em dia.

Este ano, o Ministério da Educação e a UFSC aprovaram o curso ‘Licenciaturas dos Povos Indígenas do Sul da Mata Atlântica – Guarani, Kaingáng e Xokleng’. Através de banners explicativos, o estande irá falar sobre o curso que formará professores para atuar em escolas nas terras indígenas.

Além da apresentação de seus projetos e publicações, o LABHIN também promoverá o minicurso ‘O indígena no sul do Brasil: do histórico ao contemporâneo, da aldeia à sala de aula’. A oficina fará uma retrospectiva de como se deu o contato das tribos Guarani, Kaingang e Xokleng, Xetá e Charrua com os não-indígenas e como é a convivência atual com pessoas que vivem na mesma região. A partir de noções de identidade, memória e etnicidade, analisará documentos históricos, mostrando como aplicar a temática em sala de aula. As inscrições já estão encerradas.

Explorando o tema ´Ciência para todos`, a 8ª Sepex traz 200 estandes e 280 minicursos gratuitos, em uma programação que envolve toda a comunidade. O evento será realizado entre os dias 21 e 24 de outubro, no pavilhão em frente à Reitoria da UFSC.

Por Tifany Ródio / bolsista de Jornalismo da Agecom.

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Uma parceria entre a UFSC, Udesc e a Secretaria Municipal de Saúde vem colhendo resultados surpreendentes e animadores a partir de um trabalho realizado com idosos na cidade de Florianópolis. É o que mostra os estudos desenvolvidos pelo estudante de Educação Física da UFSC Artur Gomes de Souza. O trabalho avalia os efeitos do programa de atividade física “Floripa Ativa”, implantado nas Unidades Básicas de Saúde, na saúde mental dos idosos na capital catarinense.

A exposição da pesquisa trará ao público os resultados obtidos através de avaliações com idosos acima de 60 anos e que participaram do “Floripa Ativa” nos últimos 12 meses. Testes de aptidão funcional (força, flexibilidade, resistência aeróbia, coordenação e agilidade) foram realizados e questionários aplicados para se verificar a relação entre o nível de atividade física praticada e a saúde mental dos idosos. Os resultados mostram que a qualidade de vida e a saúde mental dos idosos melhorou significativamente após 12 meses de atividades no programa.

Há cerca de 3 anos, o “Floripa Ativa” atua junto aos centros de saúde do município de Florianópolis, atendendo aproximadamente cinco mil idosos que apresentam distúrbios leves e moderados. São proporcionadas aulas de ginástica, caminhadas e outros exercícios físicos. As atividades são acompanhadas por profissionais e visam melhorar a qualidade de vida da população idosa.

Segundo Artur, que cursa o quarto período de Educação Física na UFSC, o sedentarismo é um fator determinante para o alto índice de déficits cognitivos (demência) e sintomas depressivos nos idosos. Em um estudo realizado em 2004, a professora da UFSC Tânia Benedetti, orientadora da atual pesquisa, detectou que mais de 10% da população idosa de Florianópolis apresentou problemas de demência, seja grave ou moderada, enquanto 19,7% dos idosos apresentaram indicadores depressivos.

Para o estudante, é notável a mudança de comportamento de determinadas pessoas após a prática de atividades. “Pude ver no rosto dos idosos esses benefícios. É possível perceber que muitos deles são muito mais felizes agora do que quando começaram com a gente”, avalia Artur. “É gratificante saber que um trabalho que parece simples pode significar tanta coisa pra uma parte significativa da nossa sociedade”, completa o bolsista de iniciação científica.

Na opinião do jovem pesquisador, os resultados dos estudos alertam para a necessidade de se estabelecer ações que norteiem as políticas públicas de saúde, no sentido de promoção e manutenção de um envelhecimento ativo e saudável, visando tanto a saúde física quanto a mental. Para ele, “trata-se de um procedimento paliativo. Além disso, seria benéfico para o Estado também, pois os custos com medicamentos para estas deficiências seriam significativamente reduzidos”.

Sobre o seminário

Nos dias 21 e 22 de outubro será realizado o 19º Seminário de Iniciação Científica da UFSC. O evento é direcionado à avaliação dos trabalhos de estudantes de graduação que possuem bolsas de iniciação científica. É também uma oportunidade para que os “jovens cientistas” universitários apresentem seus trabalhos à comunidade.

A 19ª edição do SIC está inserida na Programação da 8º Semana de Ensino, Pesquisa e Extensão – SEPEX, além de fazer parte da Semana Nacional de Ciência e Tecnologia, evento promovido em todo o Brasil.

Os seis melhores trabalhos recebem o prêmio Destaque da Iniciação Científica. Além do reconhecimento, os alunos têm todas as despesas pagas para participar da Jornada de Iniciação Científica. O evento nacional este ano ocorreu na Universidade Federal de Manaus, durante a Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC).

O Seminário de Iniciação Científica é destinado a qualquer aluno de graduação de instituições de ensino superior, e não apenas aos Bolsistas do Programa de Iniciação Científica da UFSC. No ano passado o Seminário reuniu 577 alunos, sendo 560 da UFSC e 17 de outras universidades.

Mais informações: Artur Gomes de Souza – (48) 8825-5124.

e-mail: artur_zinhu@hotmail.com

Por Tiago Pereira/bolsista de Jornalismo na Agecom

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Em 2062, o número de brasileiros vai começar a diminuir. Esse dado, da Revisão 2004 da Projeção de População do IBGE, mostra um processo que é uma tendência mundial: a queda da taxa de fecundidade. Em 1960, a média era de seis filhos por mulher. Hoje são 2,31 e, em 2023, a média deverá ser de 2,01 filhos, o que resultará em apenas uma reposição das gerações. Essa redução se deve a diversos fatores, como a popularização dos métodos anticoncepcionais e entrada da mulher no mercado de trabalho.

Ao mesmo tempo, o número de idosos aumenta a cada ano. Em 2000, os maiores de 65 anos representavam apenas 5% da população. A previsão para 2050 é que essa taxa aumente para 18%. Neste mesmo ano, a expectativa de vida será de 81,3 anos, a mesma dos japoneses, hoje.

Há décadas existe uma tendência de envelhecimento da população mundial. Devido à queda das taxas de fecundidade e de mortalidade registradas nas últimas décadas, estudos mostram que o Brasil segue essa tendência e que é irreversível o envelhecimento da população brasileira.

Essa mudança faz com que novas perspectivas surjam. Políticas públicas em relação à previdência, assistência social, saúde, infraestrutura e acessibilidade são essenciais para que se tenha um ambiente melhor, com facilidades e melhorias para essa parcela da população que se torna cada vez mais significativa.

Uma das maiores preocupações em relação a essa faixa etária é em relação à saúde. Doenças crônicas atingem 75,5% dos idosos, como problemas de coluna, hipertensão, artrite e reumatismo. Pessoas da terceira idade consomem mais recursos do sistema de saúde, pois são internados com mais frequência. Por isso é cada vez mais importante cuidar da saúde desde cedo, para que se tenha um futuro com mais longevidade e qualidade de vida.

O assunto será tratado em uma palestra na sexta-feira, durante a Semana de Ensino, Pesquisa e Extensão (Sepex) da UFSC. ´Viver mais, viver melhor` é o tema que será tratado pelo médico com Renato Maia Guimarães. O evento será realizado nesta sexta (23/10), às 14h30min, no Auditório Garapuvu, do Centro de Cultura e Eventos. Após a palestra haverá o lançamento do livro ´Atividade física e o idoso: concepção gerontológica`, das professoras Giovana Mazo, Marize Lopes e Tânia Benedetti.

O objetivo da palestra é mostrar alternativas comportamentais para viver mais e com qualidade de vida. O palestrante atua na área do envelhecimento, promoção da saúde, riscos da aposentadoria e aspectos técnicos da Geriatria e Gerontologia. Renato Maia Guimarães é presidente da International Association of Gerontology and Geriatrics, chefe do Centro de Medicina do Idoso – Centro de Referência para Doença de Alzheimer – do Hospital Universitário de Brasília e autor do livro ´Decida Você Como e Quanto Viver`.

Mais informações com o palestrante: letras@renatomaia.com.br / 61 9212-8380

Também com a professora Ângela Alvarez / NETI / 3721-9909 / 8824-0341 / e-mail: alvarez@ccs.ufsc.br

Por Fernanda Burigo / Bolsista de Jornalismo na Agecom

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Realizado ontem (21) no Centro de Ciências Jurídicas o minicurso organizado pelo Literato – Grupo de Estudos Direito & Literatura – sobre “Direito e Literatura Infantil: Relações de Poder e Contos de Fada”. O minicurso integrou a programação da 8ª Sepex – Semana de Ensino, Pesquisa e Extensão da UFSC e contou com a participação de mais de 50 inscritos.

As palestras exemplificaram como a literatura infantil influencia no primeiro contato entre a criança e os valores sociais – em especial, os valores jurídicos. Através da análise dos contos de fadas pretendeu-se traçar perspectivas para uma abordagem diferenciada do mundo jurídico. Para tanto, foi discutido como as características da literatura feita para a infância são interessantes aos estudos e à compreensão do Direito, tendo em vista sua estreita relação com a formação das relações de poder bem como com a consolidação das regras sociais.

Em discussão construtiva com os participantes, o minicurso abordou a roupagem moralista dos contos de fadas e os cuidados necessários ao se utilizar a literatura como meio pedagógico de ensino e debate do Direito.

O Grupo de Pesquisa em Direito e Literatura (CNPq) é coordenado pelo professor Luis Carlos Cancellier de Olivo, chefe de Departamento do curso de Direito da UFSC.

Informações pelo fone 3721-9292, e-mail: cancellier@uol.com.br.

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Com uma variada programação cultural, a Semana de Ensino, Pesquisa e Extensão (Sepex) recebe nesta quinta-feira (22/10) o espetáculo ´Pelas Veias da Música Latinoamericana`. O projeto de extensão da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM / RS) tem no repertório peças de música popular da Argentina, Uruguai, Chile e Peru.

De acordo com os integrantes, ritmos como milonga, chamamé, valsa peruana e toada “desfilam” na viagem imaginária junto a imagens de povos de indígenas, descendentes de escravos e imigrantes. O show é gratuito e será realizado no Auditório Garapuvu, do Centro de Cultura e Eventos da UFSC, às 19 horas.

Programação Cultural:

O palco da lona da Sepex, montada na Praça da Cidadania, em frente à Reitoria da UFSC, receberá diversas atrações culturais em todo o período da mostra, de quarta a sexta-feira, das 9 às 19 horas, e no sábado, das 9 às 16 horas. Além da programação no palco da lona, há atrações artísticas agendadas para outros espaços culturais do campus.

Para os quatro dias do palco da lona estão agendadas 33 atrações que evolvem cerca de 520 artistas — entre alunos, técnicos e professores vinculados a projetos da UFSC, e pessoas da comunidade externa —, algumas atrações são de outras cidades, como o grupo folclórico Mixtura, de Bombinhas, a banda de perna-de-pau, de Itapema, e os integrantes da Oficina de Música da Universidade Federal de Santa Maria-RS.

No total, serão 38 apresentações artístico-culturais com cerca de 590 integrantes das mais diversas faixas etárias: crianças, adolescentes, jovens, adultos e terceira idade.

Quatro exposições também poderão ser vistas no campus da universidade: a 25ª Exposição de Arte dos Funcionários da UFSC, na Galeria de Arte; a exposição fotográfica “Energia e Biodiversidade”, no Hall da Reitoria; a exposição “O Trajo Folclórico dos Açores”, no Espaço Cultural do Núcleo de Estudos Açorianos; e a exposição de Arte Rupestre e Arqueoastronomia, na Tenda Expositora Itinerante, na praças central da UFSC, a Praça da Cidadania.

A programação completa da SEPEX pode ser acessada no folder do evento

Serviço::

O QUÊ: Programação Artístico-Cultural da 8ª Semana de Ensino, Pesquisa e Extensão (Sepex) na UFSC.

ONDE: No Palco da Sepex, na Praça da Cidadania, em frente à Reitoria da UFSC, Trindade, Florianópolis, e ouros locais do campus

QUANDO: De 21 a 24 de outubro de 2009, de quarta a sexta-feira, das 9h às 19h, e no sábado, das 9 às 16 horas. Confira na programação outras atrações em horários diferentes.

QUANTO: Gratuito e aberto à comunidade

CONTATO: Durante a Sepex pelo telefone (48) 3721-9915.

FOLDER DA PROGRAMAÇAÕ DA SEPEX: www.sepex.ufsc.br

Fonte: [CW] Departamento Artístico Cultural – DAC / SeCArte / UFSC

Acompanhe a programação dessa quinta-feira:

10h – Cantigas do Flor – Roda de música com crianças do período matutino da escola CEI Flor do Campus. Apresentação da música ´Cavalos trotando`, seguida da roda de música com violão, pandeiro e tamborim.

Coordenador: Alexandre Nery.

10h30min – Brincadeira de Roda – Com crianças do Núcleo de Desenvolvimento Infantil (NDI), da UFSC. Coordenação: Luiza Ioppi e Gabriela Andrade.

11h – Música – Rap da Serrinha – Apresentação do ´Rap Serrinha y el rap de la Família`, com crianças da Escola Desdobrada Municipal José Jacinto Cardoso, da Serrinha. Atividade de extensão ´O jogo ensina`, projeto interdisciplinar de ensino de espanhol através de música e jogos. Bolsistas: Adrelena da Cunha, Vanessa de Oliveira e José Ricardo Goulart. Coordenação: Professora Alai Garcia Diniz – Coordenadoria de Artes Cênicas / Departamento de Língua e Literatura Estrangeiras (DLLE/CCE)

11h30 – Sarau Boca de Cena – Artes Plásticas com Rogério Messias; Teatro com Rossano Pio; Música com Jília Peixoto e Rafael Augusto. Participação das bandas 3Jay e Desclassificados. Projeto de Extensão do LLV/CCE/UFSC. Coordenação: Juliana IMpaléa.

12h30 – Banda Balanço Bruxólico – Composições trazem fusão do funk e rock alternativo. Integrantes: Gabriel Jacomel (voz), Henrique Meyer (guitarra), Tuco Parizotto (baixo) e Paulo Pabis (bateria). Projeto 12:30 – Local: Concha Acústica da UFSC.

14h – Cantigas do Flor – Roda de música com crianças do período vespertino da escola CEI Flor do Campus. Apresentação da música ´A linda rosa juvenil`, seguida da roda de música com violão, pandeiro e tamborim.

Coordenador: Alexandre Nery.

14h30 – Rodas Brincantes – Com crianças do grupo 7A vespertino do Núcleo de Desenvolvimento Infantil (NDI), da UFSC. Coordenação: Pricilla Cristine Trierweiller.

15h – Teatro – Salve-se quem puder! Peça estilo pantomima / comédia, 15 minutos. Conta a estória de um personagem que se envolve com as drogas. Coordenadores: Pedro Paulo Mendes Sbissa (Mestrando em Psicologia pela UFSC) e Daniela Ribeiro Schneider (Coordenadora do Curso de Psicologia UFSC).

15h15 – Teatro – ´OU ou O que é um louco?`, com o Grupo de Teatro, Cinema e Terapia para usuários do CAPS de Florianópolis, projeto de extensão do Departamento de Psicologia da UFSC. A peça pretende ser um “besteirol profundo”, provocar sorrisos, gargalhadas e ao mesmo tempo, gerar desconforto, espanto, mergulhos nas profundezas humanas.

Coordenador: Marcos Eduardo Rocha Lima “Marquito”.

16h – Madrigal e Orquestra de Câmara da UFSC – Repertório: música da Renascença, erudita internacional e brasileira. Grupos musicais criados em 2009 como projetos de extensão da UFSC, realizados pelo Departamento Artístico Cultural (DAC / SeCArte). Coordenação e Regência: Miriam Moritz.

17h – Grupo de Dança Folclórica da 3ª Idade do CDS/UFSC – Coreografias: Farinhada, Ratoeira, Rendeira, Pau-de-Fita e Arco-de-Flores. Coordenação: Professora. Marize Amorim Lopes.

18h15 – Coral da UFSC e Grupo de Dança Fazendo Corpo Mole – Repertório: MPB. Coral: DAC / SeCArte, regência de Miriam Moritz. Dança: CDS, com coordenação de Luciana Fiamoncini.

19h – Pelas Veias da Música Latinoamericana – Espetáculo da Oficina de Música, projeto de extensão da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM / RS), que recolhe peças representativas da musicalidade latinoamericana. A Oficina é formada por alunos, professores e técnicos-administrativos de diversos cursos e setores da UFSM.

No repertório peças de música popular da Argentina, Uruguai, Chile e Peru. Ritmos como milonga, chamamé, valsa peruana e toada desfilam na viagem imaginária junto a imagens de povos de indígenas, descendentes de escravos e imigrantes. Imagens das sofridas mulheres e crianças latinoamericanas. Instrumentistas: Teclado, Lucas Cattelan; Trompete, Marco Antônio do Amaral; Baixo, Lucas Almeida; Violão, Cristiano Araldi; Percussão, Bira Costa; Batería, Felipe Couto. Cantores: Laíse Mathioni; Daniela Morales; Rafael do Nascimento; César Jabes. Atriz: Angela Rechia. Direção Teatral, Cecilia Herba; Convidada Especial, cantora Ana Negrello. Piano, Arranjos e Direção: Daniel Morales.

Local: Auditório Garapuvu – Centro de Cultura e Eventos da UFSC

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Integrada à Semana Nacional de Ciência e Tecnologia, que este ano tem como tema ´Ciência no Brasil`, a Universidade Federal de Santa Catarina fará uma homenagem ao naturalista Fritz Müller. Na quinta-feira, 22 de outubro, no auditório da Reitoria, às 10h30min, durante sua Semana de Ensino, Pesquisa e Extensão (Sepex), a UFSC concede, in memorian, o título de doutor honoris causa ao ´parceiro` de Charles Darwin no Brasil.

Fritz Müller morou em Santa Catarina de 1852 até a sua morte, no ano de 1897, e a partir de seu trabalho concedeu ao evolucionismo provas factuais, colhidas em minuciosas observações e experimentações com crustáceos coletados no litoral de Santa Catarina, estudos posteriormente ampliados com outras espécies de invertebrados e plantas.

A homenagem inclui também a realização de uma mesa-redonda com a participação de especialistas em Charles Darwin e Fritz Müller. Aberto ao público, o encontro será realizado na tarde do dia 22 de outubro, às 16h, no principal auditório da UFSC, o Garapuvu, no Centro de Cultura e Eventos. Para falar sobre Charles Darwin a universidade receberá o biólogo evolutivo Mario Cesar Cardoso de Pinna, professor titular e vice-diretor do Museu de Zoologia da USP, pesquisador associado do American Museum of Natural History.

Para falar sobre Fritz Müller, a universidade convidou outros dois especialistas: Luiz Roberto Fontes (médico do IML de São Paulo, biólogo que atua na área de zoologia e tem entre suas ações o projeto ´Nosso Fritz Muller`, direcionado ao resgate da memória do naturalista) e Cezar Zillig (médico neurocirurgião em Blumenau, autor de várias obras sobre Fritz Müller. Entre elas, ´Dear Mr. Darwin: a intimidade da correspondência entre Fritz Müller e Charles Darwin`). O encontro vai contar também com a presença de Sueli Maria Vanzuita Petry, diretora do Arquivo Histórico de Blumenau, que vai falar no encontro sobre os “tesouros” deste acervo, especialmente sobre as obras relacionadas a Fritz Müller.

O encontro prevê também a leitura de poesias escritas por Fritz Müller e o lançamento da tradução do livro Für Darwin, 1864, escrito por Fritz Müller. A Semana de Ensino, Pesquisa e Extensão da UFSC terá ainda um estande para exposição de materiais biológicos, gavetas entomológicas, orquídeas, bromélias, painéis interativos e pôsteres sobre mimetismo mulleriano. A programação prevista para o período da Semana Nacional de Ciência e Tecnologia leva em conta que apesar de ser considerado um dos maiores naturalistas do século XIX (assim como Charles Darwin, Ernst Haeckel, e Thomas Huxley), Fritz Müller permanece ainda muito pouco conhecido.

“Herdamos dele um legado naturalístico de inestimável valor, tanto na área da evolução quanto da ecologia, zoologia e botânica, resultado de décadas de observações e estudos realizados na Mata Atlântica e no litoral catarinense”, destacam pesquisadores da UFSC no pedido de concessão do título de doutor honoris causa.

“Considerando a importância das contribuições de Fritz Müller para a ciência mundial e que grande parte de seu trabalho foi desenvolvido na Ilha de Santa Catarina, acreditamos que a concessão dessa honraria, mesmo que tardia, é uma forma de reconhecimento da UFSC ao relevante trabalho deste eminente naturalista que colocou o Brasil e Santa Catarina no panorama científico do primeiro mundo no século XIX.”, ressaltam na exposição de motivos encaminhada ao Conselho Universitário os professores Margherita Anna Barracco, Josefina Steiner, Alberto Lindner e Mário Steindel, todos integrantes de laboratórios do Centro de Ciências Biológicas da UFSC.

Semana de Ensino, Pesquisa e Extensão na UFSC

A Semana de Ensino, Pesquisa e Extensão da UFSC será realizada este ano de 21 a 24 de outubro, integrada à Semana Nacional de C&T. Como já é tradicional, o grande “circo” da Sepex será montado na Praça da Cidadania, em frente à Reitoria da UFSC. Estão previstos 200 estandes para apresentação das atividades da universidade, realização de dezenas de minicursos gratuitos e eventos paralelos, como o 19º Seminário de Iniciação Científica, a I Feira de Inventores-UFSC e uma programação de palestras.

Além de abordar o tema Darwin-Fritz Müller, a agenda prevê encontros relacionados ao Ano Internacional da Astronomia e ao envelhecimento saudável, já que outubro é Mês do Idoso. A UFSC vai ainda inaugurar durante a Sepex o novo projetor digital de seu Planetário. O equipamento proporciona imagens em uma área de cerca de 13 metros quadrados e possui uma lente “olho de peixe”, que distribui a imagem sobre a cúpula hemisférica do Planetário, o que oferece a quem assiste sensação de imersão na imagem. O projetor digital dispõe de um software especializado, com banco de dados sobre posições e luminosidade de estrelas, imagens de planetas, asteróides, galáxias, nebulosas, naves e satélites. Os ‘objetos’ são programáveis e o sistema oferece vários recursos de animação e efeitos especiais.

Mais informações:

Sobre a Sepex: Pró-Reitoria de Pesquisa e Extensão (PRPE) | sepex@reitoria.ufsc.br | (48) 3721-9915

Sobre o título honoris causa: Com Mário Steindel (ccb1mst@ccb.ufsc.br) ou Margherita Barracco (barracco@mbox1.ufsc.br)

Projeto Poesias de Fritz Müller na 8ª Sepex

Fritz Müller, um apaixonado pelo estudo das línguas, e que dominava, além do alemão, também os idiomas português, inglês, francês e sueco, inspirou-se no poeta Wilheln Hey para compor, em 1859, os 12 poemas que compõem a obra “Naturgeschichte der Träume”.

Cada poema foi escrito na forma de uma pequena narrativa, sobre animais ou plantas, em que o tom de fábula se insinua, tendo como tema central a luta pela sobrevivência. O naturalista dedicou as poesias às suas nove filhas, desta forma transmitindo a elas um pouco dos seus conhecimentos sobre flora e fauna, além de propor um convívio mais equilibrado e ético entre as espécies.

As poesias de Fritz Müller foram objeto de primorosa tradução pelos professores Lia Carmen Puff e Dennis Radünz , e foram publicadas em 2004 em edição bilíngüe, intitulada “História Natural de Sonhos”.

Como homenagem e tributo a mais este legado de Fritz Müller, ainda pouco conhecido mas de interesse tanto para crianças como para adultos, oito alunos da UFSC declamarão seis poesias selecionadas desse livro. A leitura dramatizada de cada poema será feita em duplas (um aluno em alemão, o outro em português). A coordenação é da professora Vivian Layser, do Departamento de Biologia Celular, Embriologia e Genética.

Alunos participantes:

– Caroline Batistim Oswald / Ciências Biológicas – UFSC

– Gabriela Balieiro Moreira / Letras Alemão – UFSC e Artes Cênicas – UDESC

– Gustavo Hassemer / Ciências Biológicas – UFSC

– Kristina Metzler / Letras Alemão – UFSC – (aluna do intercâmbio Alemanha- UFSC)

– Leonardo Lisboa / Ciências Biológicas – UFSC

– Mariana Barbosa de Amorim / Ciências Biológicas- UFSC

– Paola Franzan Sanches / Ciências Biológicas-UFSC

– Vinícius Leyser da Rosa / Cinema- UFSC

Saiba Mais:

A programação da Semana de Ensino, Pesquisa e Extensão pode também ser conferida no folder no evento: http://www.sepex.ufsc.br/downloads/folder_programacao_8sepex_2009.pdf

Período: 21 a 24 de outubro

Local: Praça da Cidadania / Campus Trindade / Florianópolis

Horário de Visitação: Quarta à sexta: 9h às 19h / Sábado: 9h às 16h

Programação de Palestras:

Quarta-feira – 21/10

9h – Abertura da 8ª Semana de Ensino, Pesquisa e Extensão da UFSC

Com autoridades e participação da Banda de Música do 63º Batalhão de Infantaria

Local: Palco da Sepex

16h – Inauguração do Projetor Digital do Planetário da UFSC

Local: Planetário

18h – Abertura do 19º Seminário de Iniciação Científica da UFSC

18h20min – ´O universo é finito?` – Palestra integrada à agenda do Ano Internacional da Astronomia

Convidado: Professor Kepler Oliveira / Instituto de Física da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (IF/UFRGS)

Local: Auditório Garapuvu / Centro de Cultura e Eventos

20h30min – Estreia do espetáculo ´As Luas de Galileu`

Local: Teatro da Igrejinha – 21/10 – 20h30min

Quinta-feira – 22/10

10h30min – Concessão do título de doutor honoris causa ao naturalista Fritz Müller (In Memoriam)

Local: Auditório da Reitoria

16h – Mesa-redonda: Fritz Müller – o parceiro de Darwin em Santa Catarina

Convidados:

– Mario Cesar Cardoso de Pinna Vice-Diretor do Museu de Zoologia da USP) / Darwin e a Teoria da Evolução

– Luiz Fontes (Médico do IML de São Paulo) – O suporte de Fritz Müller à Teoria da Evolução e legado naturalístico

– Cezar Zillig (Médico neurocirurgião, autor de várias obras sobre Fritz Müller) Episódios da vida de Fritz Müller e sua correspondência com Darwin

– Sueli Maria Vanzuita Petry (Diretora do Arquivo Histórico de Blumenau) Tesouros do acervo Fritz Müller

18h30 – Leitura de poesias escritas por Fritz Müller

Lançamento da tradução do livro Für Darwin, 1864, escrito por Fritz Müller

Local: Auditório Garapuvu / Centro de Cultura e Eventos

Sexta-feira – 23/10

14h30min – Palestra Mês do Idoso: Viver Mais, viver melhor

Convidado: Renato Maia (International Association of Gerontology and Geriatrics, fundador do Virtual College of Gerontology and Geriatrics, ex-presidente da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia)

Local: Auditório Garapuvu / Centro de Cultura e Eventos

Sábado – 24/10

15h – Premiação Estande mais interativo da Sepex

Premiação I Feira do Inventor-UFSC

Acompanhe a programação também no folder da Sepex

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Em 1852, o naturalista Johann Fritz Theodor Müller, ao 30 anos, partiu da Alemanha para o Brasil. Encantado pelas descrições do compatriota Hermann Blumenau, se instalou no estado de Santa Catarina e desenvolveu pesquisas com a fauna e flora, contribuindo para afirmação das teorias de Charles Darwin sobre a origem das espécies. Parte do enorme legado de Fritz Müller para a ciência poderá ser conhecido na 8ª Semana de Ensino, Pesquisa e Extensão (Sepex) da Universidade Federal de Santa Catarina, a partir de quarta-feira.

Dois estandes organizados pelo Laboratório de Abelhas Nativas da UFSC apresentarão materiais desenvolvidos com base nos estudos de Müller. Entre eles, cinco gavetas didáticas e quatro painéis interativos. O espaço terá ainda um painel sobre plantas nativas e seus polinizadores da região de Santa Catarina e outro sobre crustáceos.

Poderão ser visualizados pequenos animais que foram observados e estudados pelo naturalista alemão. São abelhas, borboletas, besouros, formigas, moscas e uma espécie de camarão. Com o tamanho de um grão de gergelim, o camarão-semente foi minuciosamente estudado por Müller e descrito por ele com o nome de Elpidium bromeliarum.

As bromélias, habitat deste pequeno crustáceo, também foram objetos de pesquisa do cientista. Fritz Müller descreveu um inseto que se desenvolve nestas plantas, o Phylloicus bromeliarum, e uma perereca denominada por ele como Hylodes, hoje conhecida por Flectonotus. A partir do material é possível aprender como estes animais se relacionam com as bromélias e sobre a rica diversidade de espécies da mata atlântica e do ambiente marinho.

Um dos mais importantes estudos de Fritz Müller pode ser conhecido em outra gaveta expositiva. O Mimetismo Mülleriano foi desenvolvido a partir da observação de diferentes espécies de borboletas que tinham gosto ruim e que adquiriram padrões de desenho e cores muito parecidas (mimetismo). Dessa forma, os pássaros predadores percebiam, por sua aparência, que determinadas borboletas não eram interessantes para alimentação. O gosto ruim provém de substâncias tóxicas produzidas durante a fase de lagarta e que continuam no organismo na fase de borboleta adulta.

Os visitantes poderão ainda “testar” os conhecimentos em um jogo didático e observar animais vivos, como o caranguejo maria-farinha e a barata-da-praia, também estudados pelo naturalista. O estande terá ainda bichos-pau e besouros, utilizados em projetos de pesquisa e extensão pela equipe do Laboratório de Abelhas Nativas.

Parte do material que será apresentado nos estandes 73 e 74, na área de educação, é fruto do trabalho dos professores Margherita Barracco, Mário Steindel, Alberto Lindner e Josefina Steiner, do Centro de Ciências Biológicas da UFSC, que tiveram aprovado junto à Fundação de Apoio à Pesquisa Científica e Tecnológica do Estado de Santa Catarina (Fapesc) um projeto educativo para divulgação do legado de Fritz Müller. Depois da Sepex, as gavetas e painéis farão parte de uma mostra itinerante, em escolas da região da Grande Florianópolis.

Mais informações com Josefina Steiner: 48 3721-6509 (steiner@mbox1.ufsc.br ) e Margherita Barracco: 48 3721-8951/ (barracco@mbox1.ufsc.br)

8ª Semana de Ensino, Pesquisa e Extensão da UFSC

Com o tema Ciência para todos, a UFSC realiza de 21 a 24 de outubro a oitava edição de sua Semana de Ensino, Pesquisa e Extensão (Sepex). Integrado à Semana Nacional de Ciência e Tecnologia, o evento faz do campus universitário um grande palco para demonstração das ações da universidade.

Este ano poderão ser visitados mais de 200 estandes com trabalhos nas áreas de comunicação, cultura, educação, meio ambiente, saúde e tecnologia. Serão também oferecidos no período quase 300 minicursos gratuitos.

Entre os eventos paralelos estão o 19º Seminário de Iniciação Científica da UFSC, a I Feira do Inventor e as mostras Ver Ciência (documentários da Semana Nacional de Ciência e Tecnologia) e Planet.move (mostra de filmes sobre meio ambiente e globalização).

O objetivo é mobilizar a população em torno de temas e atividades de ciência e tecnologia, valorizando a criatividade, a atitude científica e a inovação.

Comissão organizadora da Sepex: sepex@reitoria.ufsc.br | (48) 3721-9915

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O projeto Casa Solar Flex, desenvolvido por professores e estudantes da Universidade Federal de Santa Catarina em conjunto com outras cinco instituições de ensino, é a atração do estande 133 na 8ª Semana de Ensino Pesquisa e Extensão que ocorre entre os dias 21 e 24 de outubro. O projeto da equipe brasileira, que consiste em uma casa totalmente sustentável pela energia solar voltada para o turismo, é o primeiro de um país do hemisfério Sul a participar da competição internacional de Solar Decathlon.

A competição é realizada a cada dois anos nos Estados Unidos desde 2002 e terá no ano que vem uma edição inédita na Europa, em Madrid, o Solar Decathlon Europe. Ao todo, são 21 projetos inscritos de dez países diferentes que serão submetidos a dez avaliações que definirão o vencedor. O objetivo é apontar o projeto que melhor contemplar design arquitetônico, novas tecnologias e usabilidade funcional à captação de energia solar. Dessa forma, é possível incentivar a construção de moradias energicamente sustentáveis que pouco agridem o meio ambiente e chamar a atenção do público para as novas alternativas energéticas.

O projeto escolhido para participar da competição internacional tem como grande diferencial o fato de ser uma casa voltada para o turismo que possibilita a educação de seus temporários habitantes. “A ideia é que os moradores aprendam a viver de maneira diferente enquanto estão na casa” afirma um dos coordenadores do projeto, o professor de arquitetura e José Kos. A casa, que será construída antes em São Paulo, para depois ir de navio para a Espanha, conta com uma série painéis solares móveis que se deslocam de acordo com a insolação. Kos ainda alerta que não adianta viver em uma casa solar, autosustentável, e não mudar os hábitos. “É importante que os as pessoas saibam quanto gastam de energia elétrica nas atividades domésticas para realizá-las nos horários mais adequados”. Por exemplo, programar a maquina de lavar a roupa para o horário do meio-dia, quando há bastante produção de energia e não durante a noite, quando é escassa.

Consórcio Brasil, como é chamada a equipe brasileira, é formado por professores e estudantes da UFSC, USP, UFMG, UFRJ, Unicamp e UFRGS, sendo que as duas primeiras já desenvolvem estudos na área há cerca de um ano. A escolha do projeto selecionado para representar o Brasil aconteceu através de uma competição nacional onde a UFSC conquistou o primeiro e terceiro lugares. O projeto vencedor, considerando todos os gastos, está orçado em cerca de R$ 4 milhões.

Mais informações nos site www.sdbrasil.org/por/index.html ou com José Kos no telefone (48) 9132-3700 e no email josekos@ufrj.br.

Por Erich Casagrande/ Bolsista de Jornalismo na Agecom

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O estande do Laboratório de Farmacologia da UFSC na 8ª Sepex pretende informar a população sobre questões de saúde como o uso abusivo de drogas, doenças conhecidas, como o Mal de Parkinson, e outras nem tão conhecidas, como a Sepes. Sob orientação do professor Rui Daniel Prediger e localizado no estande 49, os seis bolsistas do laboratório esperam esclarecer dúvidas acerca dessas questões.

A proposta surgiu da necessidade de divulgar à comunidade universitária e à população em geral as atividades desenvolvidas nos laboratórios junto ao programa de Pós-Graduação em Farmacologia. O estande conta com apresentações, na forma de pôsters, de cinco estudos científicos realizados por alunos da Farmacologia. Os trabalhos selecionados representam as principais linhas de pesquisa desenvolvidas nos laboratórios do departamento.

No ramo da Psicofarmacologia, uma pesquisa sobre a doença de Parkinson chama a atenção para o diagnóstico da doença e as novas alternativas para o seu tratamento. “Queremos mostrar que é possível conviver com determinadas doenças que, se descobertas precocemente, podem ser facilmente tratadas”, diz Daniela Dal Secco, aluna da Pós-graduação em Farmacologia.

Outra pesquisa que se destaca enfoca o uso de canabinóides, substâncias encontradas na maconha. Apesar de os carabinóides serem utilizados em alguns países com função medicinal, a pesquisadora adverte que “são casos isolados e sob determinados cuidados. É preciso ter consciência, pois o uso indiscriminado pode trazer vários prejuízos à saúde”.

No ramo da farmacologia cardiovascular, um estudo sobre a Sepse, uma doença não tão comum, alerta para os cuidados com a higiene e com o tratamento para feridas e machucados. A sepse é definida como Síndrome da Resposta Inflamatória Sistêmica (SRIS), decorrente de uma infecção geralmente de origem bacteriana. Pode se manifestar em pessoas com o sistema imunológico debilitado quando pequenos ferimentos não são tratados com o devido cuidado e acabam gerando uma infecção. “É importante procurar um médico logo no começo, quando a bactéria ainda não se proliferou por todo o organismo. E isso não se restringe a apenas essa doença, mas é um cuidado que todos deveriam ter”, ressalta Daniela.

Por Tiago Pereira/ Bolsista de Jornalismo na Agecom

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