Especial Pesquisa: UFSC publica artigo no mais importante periódico científico da área de astrofísica

01/07/2009 13:36

DQ Herculis no céu e exemplos dos mapas gerados na UFSC

DQ Herculis no céu e exemplos dos mapas gerados na UFSC

A UFSC assina um artigo na ediçäo de março do Astrophysical Journal Letters, o periódico em astrofísica mais conceituado no mundo. O trabalho apresenta mapas de eclipse de sistemas formados por duas estrelas, em uma qualidade até então nunca obtida. A partir de técnicas indiretas de obtenção de imagens (tipo tomografia), o estudo traz respostas a questões que há décadas intrigavam os astrônomos sobre as chamadas estrelas variáveis cataclísmicas ─ sistemas binários onde existe transferência de matéria de um corpo celeste para o outro.

Com dados coletados por um telescópio de cinco metros de diâmetro em Monte Palomar, na Califórnia (EUA), o estudo da UFSC permitiu a construção de mapas de eclipse de DQ Herculis. Nessa binária a estrela que doa matéria passa na frente da anã branca e do seu disco de gás uma vez a cada 4h38m. Graças aos eclipses, é possível medir a velocidade do movimento das estrelas, determinar suas massas e dimensões, entre outros parâmetros.

“O trabalho foi chamado de estado da arte para técnicas de mapeamento indireto pelo revisor dessa importante revista científica, e demonstra a qualidade da pesquisa em astrofísica realizada na UFSC”, comemora o físico Roberto Saito, que divide a autoria do artigo com seu orientador no doutorado, o professor Raymundo Baptista, integrante do Grupo de Astrofísica, ligado ao Departamento de Física da UFSC.

O artigo publicado no periódico americano apresenta parte da tese de Saito, desenvolvida junto ao Programa de Pós-Graduação em Física da UFSC. “Os resultados permitem entender muitas coisas acerca de DQ Herculis e, ao mesmo tempo, nos livram de muitas explicações pouco convincentes e incompatíveis”, complementa o professor Raymundo Baptista, um especialista em imageamento indireto para estrelas, líder de um grupo de pesquisa que coleciona vasta lista de resultados obtidos com essas técnicas.

O estudo das binárias próximas é importante pois a interação entre elas permite extrair uma grande quantidade de informações e aplicar as leis de Newton e de Kepler, para determinação das massas e raios das estrelas. Os resultados obtidos por Saito servem para testar modelos e teorias e auxiliam numa maior compreensão da física dos discos de acréscimo (que levam matéria para uma das estrelas no sistema binário), colaborando com investigações sobre como estes astros se comportam.

“Justificando a designação, as estrelas variáveis cataclísmicas são palco de eventos cataclísmicos, como explosões de Novas e Novas anãs”, lembra o professor Raymundo Baptista, exemplificando a contribuição do estudo para a astronomia e o avanço do conhecimento sobre o Universo.

A primeira geração de doutores formada pelo professor Baptista está em instituições como Universidade de São Paulo (USP) e Laboratório Nacional de Astrofísica (LNA). Roberto Saito terminou o doutorado na UFSC em março de 2008 e após um ano no LNA mudou-se para o Chile, onde faz pós-doutorado na Pontificia Universidad Católica do Chile (PUC-Chile). Seu supervisor é Dante Minniti, um entusiasta na busca e caracterização de planetas fora do sistema solar.

Trabalho da UFSC decifra pulsação da estrela binária DQ Herculis

Concepção artística de um estrela DQ Herculis

Concepção artística de um estrela DQ Herculis

DQ Herculis é um corpo celeste que apresenta brilho peculiar. Além da variaçäo causada pelo movimento das duas estrelas que a formam, com período 4h38m, existe uma outra variação de brilho, com período de 71 segundos. O trabalho da UFSC tornou possível a obtenção de mapas de eclipse ao longo dos períodos de pulsação, com precisão significativa, desvendando detalhes de seu comportamento.

Em um sistema desse tipo, uma estrela tipo solar transfere matéria para uma estrela compacta do tipo anã branca (objeto cósmico remanescentes de estrelas mortas). A matéria afunila em direção à anã branca via um disco de matéria (o chamado disco de acréscimo). É então capturada pelas linhas de campo magnético, formando um “chuveiro de matéria”, até chocar-se com os pólos magnéticos na superfície da anã branca (veja concepção artística ao lado). O choque desse material sobre os pólos magnéticos da anã branca cria duas grandes manchas brilhantes e causa um efeito de “farol” enquanto a estrela rotaciona.

Os mapas obtidos a partir do trabalho da UFSC mostram duas regiões de brilho. Uma mais interna, que gira no sentido anti-horário, coerente com os chuveiros de matéria previstos pelos modelos de acréscimo com campo magnético. Além disso, uma região que pulsa com o período de 71s, que pode ser facilmente interpretada como a iluminação do disco externo pelo “farol” que gira junto com a estrela central, levando à pulsação que há meio século intrigava os astrônomos.

“Apesar da pulsação de 71 segundos ser conhecida há 50 anos, havia uma dúvida se o que víamos era um farol com feixe único, girando com 71s, ou um farol com dois feixes opostos, girando com 142 segundos, pois o efeito é o mesmo: pulsos a cada 71 segundos. Nossos resultados mostram que existem mesmo dois feixes, mas girando com 71 segundos. Resolvemos uma dúvida de mais de 30 anos.”, comemora o professor Raymundo Baptista.

Os mapas revelam também que a principal fonte da pulsação é a luz refletida na borda externa e espessa que existe na frente do disco de acréscimo (algo não considerado nos modelos anteriores). Segundo Baptista, ninguém havia imaginado (ou propôs em artigo) que essa região poderia ser uma fonte de pulsação do sistema. Até porque ninguém tinha visto que ela é espessa, conforme o trabalho da UFSC mostra.

Outra questão que intrigava os astrônomos é que o período da pulsação de 71 segundos tem mudado ao longo dos anos (às vezes é um pouco menor). As explicações propostas até então requeriam freiar ou acelerar o giro da anã branca com uma rapidez incrível, demandando uma quantidade de energia acima da esperada para esse objeto celeste. Os resultados da tese de Roberto Saito permitem entender essas mudanças de período de forma muito mais simples, sem necessidade de quantidades absurdas de energia.

“Não é a anã branca que freia ou acelera. É uma simples questão de brilho relativo. Quando a transferência de matéria é maior, a borda do disco fica mais espessa, e a pulsação produzida ali domina o brilho do objeto. O período do pulso é mais longo. Quando a transferência de matéria é menor, o disco fica mais fino, a borda diminui e a pulsação gerada ali quase desaparece. O período do pulso fica mais curto”, explica o professor Raymundo Baptista.

São as mudanças na transferência de matéria entre as estrelas que modulam a pulsação observada, esclarecem os mapas produzidos pela tese da UFSC. “E estas mudanças ocorrem porque a estrela que doa matéria é uma estrela magnética como o sol, que “respira” inchando e encolhendo (uma mízera parte em 10.000) mais ou menos uma vez por década (no caso do sol o ciclo é de 11 anos). As mudanças de período observadas em HD Herculis também ocorrem em escala de décadas. Cheque mate!”, comemora o pesquisador.

Mais informações: Raymundo Baptista, e-mail: raybap@gmail.com, fone (48) 3721-9234 Ramal: 237 / Roberto Saito: robsaito@gmail.com

Por Arley Reis / Jornalista da Agecom

Saiba Mais:

(Com informações do texto ´Imageamento indireto para estrelas: o interessante caso da pulsação em DQ Herculis`, de Roberto Saito)

– Estrelas não são como a Terra, que possui uma superfície sólida. São um fluído mantido coeso pelo equilíbrio entre a gravidade, que exerce uma força de fora para dentro, na tentativa de comprimir a estrela; e a fornalha nuclear em seu interior, que exerce uma pressão pra fora.

– Quando contemplarmos o céu noturno e somos questionados sobre o que são os pontinhos brilhantes, a resposta imediata e que parece óbvia é: “cada pontinho é uma estrela!”. Mas essa resposta é só parcialmente verdadeira, pois para boa parte dos pontos (alguns astrônomos diriam que para metade deles) a resposta mais correta é: “aquele pontinho brilhante é um par de estrelas muito próximas”.

– Estrelas duplas são bastante comuns no Universo, podendo inclusive ser mais comuns do que as isoladas, como é o caso de nossa estrela, o Sol. Entretanto, não conseguimos enxergar estas estrelas separadas, devido à limitação de nossa visão.

– Existem estrelas binárias que conseguem ser separadas visualmente com o auxilio de telescópios potentes, mas a visualização de muitos sistemas está além de nossa tecnologia. Não é possível separá-los nem com a nova geração de grandes telescópios em Terra, nem com os modernos telescópios espaciais.

– Quando estrelas estão muito próximas podem ocorrer efeitos interessantes, como as estrelas se tornarem ovais pela atração gravitacional entre elas, ou até mesmo uma estrela sugar o material da outra, formando um disco de acréscimo sobre a estrela que recebe o material, análogo ao redemoinho formado pela água ao escoar pelo ralo da pia.

MEC desenvolveu proposta que reduz a 22 as numerosas denominações dos cursos de Engenharia

01/07/2009 11:58

Pela proposta do MEC, os 22 cursos seriam: Agronomia, Arquitetura e Urbanismo, Engenharia Aeronáutica, Engenharia Agrícola, Engenharia Ambiental,Engenharia Civil, Engenharia de Agrimensura, Engenharia de Alimentos,Engenharia de Computação, Engenharia de Controle e Automação,Engenharia de Materiais, Engenharia de Minas, Engenharia de Pesca, Engenharia de Produção, Engenharia de Telecomunicações, Engenharia Elétrica, Engenharia Eletrônica, Engenharia Florestal, Engenharia Mecânica, Engenharia Metalúrgica, Engenharia Naval, Engenharia Química.

Leia a notícia publicada no portal do MEC nesta segunda, dia 29 de junho:

Para contribuir com a avaliação, a regulação e a supervisão dos cursos de graduação (bacharelado e licenciatura), com desdobramentos para a mobilidade e empregabilidade dos egressos desses cursos, a Secretaria da Educação Superior (SESu) desenvolve, por meio do Projeto “Referenciais Nacionais dos Cursos de Graduação”, uma sistemática de trabalho participativo com a comunidade acadêmica e os demais segmentos interessados, que resulte em um Referencial Nacional desses cursos.

Esse instrumento deverá constituir-se em referência para a elaboração dos projetos pedagógicos dos cursos, para orientar estudantes nas escolhas profissionais e para facilitar a mobilidade interinstitucional, assim como propiciar aos setores de recursos humanos das empresas, órgãos públicos e terceiro setor maior clareza na identificação da formação necessária aos seus quadros de pessoal, oportunizando melhorias nos procedimentos de recrutamento e seleção de pessoas.

Com este mecanismo, a proposta é contribuir para organizar as ofertas de cursos superiores, uniformizando denominações para conteúdos e perfis similares, de modo a produzir convergências que facilitem a compreensão por todos os segmentos interessados na formação superior, sem inibir possibilidades de contemplar especificidades demandadas por regiões ou setores laborais do País.

Após levantamento nos bancos de dados do Ministério da Educação (MEC), constatou-se a existência de numerosas denominações para os cursos de Engenharia. Com o auxílio de profissionais e pesquisadores que atuam nas áreas, um estudo aprofundado desenvolveu uma proposta de nomenclatura que adapta todas as denominações atualmente existentes em 22 cursos.

Realizado esse trabalho, essa Consulta Pública tem como objetivo submeter ao conhecimento da sociedade os seguintes documentos:

1. Convergência de Denominação (De → Para)

2. Referencial dos 22 cursos de Engenharia

O documento Convergência de Denominação (De → Para) apresenta o nome atual dos cursos e a sugestão de enquadramento na nomenclatura a ser adotada doravante. O Referencial descreve sucintamente, para cada curso, o perfil do egresso, os temas abordados na formação, as áreas de atuação, a infraestrutura recomendada e a legislação pertinente.

De acordo com Resolução CNE/CES 11, de 11 de março de 2002, que institui as Diretrizes Curriculares de Engenharia, no artigo 6º, todo o curso de Engenharia, independente de sua modalidade, deve possuir em seu currículo um núcleo de conteúdos básicos, um núcleo de conteúdos profissionalizantes e um núcleo de conteúdos específicos que caracterizem a modalidade. O núcleo de conteúdos básicos versará sobre os seguintes tópicos: Metodologia Científica e Tecnológica; Comunicação e Expressão; Informática; Expressão Gráfica; Matemática; Física; Fenômenos de Transporte; Mecânica dos Sólidos; Eletricidade Aplicada; Química; Ciência e Tecnologia dos Materiais; Administração; Economia; Ciências do Ambiente; Humanidades, Ciências Sociais e Cidadania. Uma vez atendido esse núcleo básico comum, nos descritivos, serão mencionados apenas os conteúdos profissionalizantes de cada curso.

A realização da Consulta Pública encerra o trabalho e busca a contribuição dos mais variados setores da sociedade.

As contribuições à consulta pública devem ser enviadas até o dia 31 de julho, por meio do

formulário de avaliação

para o endereço eletrônico: referenciais.sesu@mec.gov.br

Este endereço de e-mail está protegido contra spambots. Você deve habilitar o JavaScript para visualizá-lo.

Postada por Alita Diana/ Jornalista da Agecom

Fonte: Portal do MEC www.mec.gov.br

Abertas inscrições para pleitear bolsa para cursos extracurriculares de línguas estrangeiras

01/07/2009 11:46

A Coordenadoria de Serviço Social da Pró-Reitoria de Assuntos Estudantis informa que estão abertas até 22 de julho as inscrições para bolsas, destinadas a estudantes de graduação da UFSC, para cursos extracurriculares de línguas estrangeiras.

O estudante deve ter seu cadastro socioeconômico aprovado previamente. O último dia para devolução do cadastro e da documentação comprobatória é 20 de julho.

As inscrições devem ser feitas na Coordenadoria de Serviço Social/PRAE, no andar térreo do Prédio da Reitoria, Campus Universitário Trindade, de segunda à quinta de 14h às 17h e sextas das 8h às 11h30min.

Documentos necessários para inscrição:

a.. Cadastro socioeconômico aprovado

b.. requerimento

c.. comprovante de matrícula e histórico escolar atualizados.

Fonte: Coordenadoria de Serviço Social/PRAE

Orientanda de Paulo Meksenas presta homenagem ao mestre falecido

01/07/2009 11:23

Professor Paulo Meksenas

Professor Paulo Meksenas

PAULO MEKSENAS – UMA MENTE BRILHANTE

Como aluna egressa do Centro de Educação da UFSC, tive o privilégio de ser aluna de graduação e pós-graduação de Paulo Meksenas, porém, a sorte foi maior ainda quando tive a oportunidade de tê-lo como meu orientador no Mestrado.

Paulo foi um professor que marcou minha trajetória de vida como pessoa e como educador. Como pessoa, um sujeito simples, amável, tímido, de opinião própria, sério e ao mesmo tempo encantador, inteligente, extremamente responsável e cuidadoso com as pessoas.

Como educador, uma mente brilhante, possuía uma forte inquietude

intelectual, apaixonado pelo que fazia, planejava cuidadosamente suas aulas, possuía o hábito da leitura e da escrita, da pesquisa e do debate para trabalhar a forma dialética de ensinar. Socializava seu conhecimento e materiais com frequência. Tinha a preocupação de se aproximar das dúvidas e da realidade dos alunos, nos fazia pensar, procurava nos desestruturar com seus questionamentos, fazia de uma mera pergunta uma grande oportunidade de reflexão, acreditava no ensino como meio para transformar o homem. Obrigada, Paulo, por ter existido e ter nos ensinado muito com a sua maneira de ser e viver. Saudades…

Flávia Wagner

Leia também: Leia também: Falece professor Paulo Meksenas do Departamento de Estudos Especializados em Educação

Projeto 12:30 Acústico recebe show com a cantora e compositora Tereza Virginia

01/07/2009 10:47

Tereza: professora de Literatura Brasileira na UFSC

Tereza: professora de Literatura Brasileira na UFSC

O show A Outra, com músicas do CD lançado em 2008, é a atração desta quinta-feira, dia 2 de julho, no Projeto 12:30 Acústico. Com momentos de intimismo e densidade e com a vibração do baião, do xote e do samba, a apresentação será no palco do Teatro da UFSC, Praça Santos Dumont, às 12h30min. Gratuito e aberto à comunidade.

Tereza Virginia se propõe a expor a voz e a perspectiva feminina ao compor através dos gêneros musicais xote, samba e fado. Suas canções são resultados de parcerias estabelecidas com compositores como Beatriz Sanson, Chico Saraiva, Emílio Pagotto, Ive Luna e Luiz Gustavo Zago.

Nos arranjos e canções, ela procura desestabilizar identidades musicais, e as letras são elaboradas para desafiar as convenções usuais comuns a cada gênero. Em Xote em Nó, a composição de Emílio Pagotto foi de forma amaxixada e letra maliciosa; e Tereza Virginia acrescentou marcas do barroco. A compositora revisita o pós-moderno, tema que pesquisou durante anos, através da tendência autorreflexão.

Tereza Virginia canta o xote, o baião e o samba. A Outra é o nome do fado que Tereza Virginia escreveu em parceria com Beatriz Sanson e que dá titulo ao show que ela apresenta atualmente. No espetáculo, Tereza Virginia mostra o repertório do CD, lançado em 2008 pelo selo Beluga, de Florianópolis. Ao longo do processo de concepção do CD, Tereza Virginia se envolveu tanto com música que se descobriu melodista. Musicou um poema seu, Camille, em homenagem à escultora Camille Claudel e dividiu com o arranjador a autoria da transformação em samba de uma “letra/puxão de orelha” intitulada No prumo.

Tereza Virginia optou por trazer ao presente uma canção da década de 1940, o samba de breque Menina fricote, de Marília Batista e Henrique Batista, acompanhada pelo Grupo Garapuvu de choro. A compositora interpreta, ainda, três canções inéditas de outros compositores, recriadas por sua perspectiva: o metasamba Promessa repetida de Toni Edson, Baião moderno de Emílio Pagotto e Nós dois de Neno Miranda.

No show A Outra Tereza Virginia interpreta, ainda, o samba O que vier eu traço, composto na década de 1920 por Zé Maria e Alvaiade e a belíssima e intensa canção Flores Horizontais composta por José Miguel Wisnik sobre poema de Oswald de Andrade. Apresenta-se com os músicos Julio Cordoba (violão) Raphael Galcer (violão de sete cordas) e Flavio Araújo (percussão).

Saiba mais sobre os músicos

Tereza Virginia de Almeida

Nasceu no Rio de Janeiro e formou-se em Letras pela UERJ em 1985. Durante a década de 1980, estudou teatro com Perfeito Fortuna, participou de grupos teatrais de criação coletiva e estudou canto com a soprano Clarice Szjnbrum. Na década de 1990, cursou mestrado e doutorado na Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro.

Em 1996, passou a atuar na Universidade Federal de Santa Catarina como professora de Literatura Brasileira. Publicou em 1998 o livro A Ausência lilás da Semana de Arte Moderna: o olhar pós-moderno. Cursou pós-doutorado no centro de Literatura Comparada da Universidade de Stanford em 1999. Em 2002, direcionou seu trabalho de pesquisa para as relações entre música e literatura. Entre 2003 e 2004 integrou o Polyphonia Khorus, grupo com o qual realizou turnês e atuou na ópera Carmen de Bizet.

Criou, em 2004, o Núcleo de Estudos Poético-Musicais na UFSC, passou a concentrar suas pesquisas na canção popular e a ser editora-chefe da Repom, revista on line dedicada à interface música e literatura.

Em 2005, apresentou espetáculo no Congresso Fazendo Gênero, da UFSC, como intérprete de compositoras populares brasileiras. Em 2006, publicou na Revista de História o artigo No “balanço do lundu” e foi selecionada para o Encontro Palavra Cantada II, no Rio de Janeir, para apresentar sua pesquisa sobre a canção popular. Neste mesmo ano, iniciou seus trabalhos de composição para a realização de seu primeiro CD.

Entre 2001 e 2008, Tereza Virginia coordenou o Projeto Floripa em composição, dedicado à realização de apresentações com compositores de Florianópolis. Em 2004, assinou em nome do Núcleo sob sua coordenação convênio com o Instituto Cravo Albin/RJ para a realização do Dicionário de Música Popular de Santa Catarina.

Ao longo de 2007, esteve em estúdio para gravar o CD com arranjos do pianista catarinense Luiz Gustavo Zago. Em 2008, lançou o CD “Tereza Virginia” pelo selo Beluga, de Florianópolis, um trabalho no qual investiga as relações da palavra poética com gêneros da música popular como o choro, o xote, o samba e o fado.

Para a apresentação do repertório do CD, Tereza Virginia criou o espetáculo A Outra com o qual tem se apresentado em espaços como o Teatro do Sesc e Teatro da Ubro, em Florianópolis. Em 2009, o show conta com a participação dos músicos Julio Córdoba (violão), Raphael Galcer (violão de sete cordas) e Flavio Araújo (percussão). A convite do SESC, Tereza Virginia realiza em julho de 2009 uma turnê por nove cidades de Santa Catarina.

Julio Cordoba

Violonista. Bacharel em Violão pela Uni-Rio (Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro), onde estudou sob orientação do professor Nícolas de Souza Barros, tendo concluído o curso em 2001. Natural do Rio de Janeiro, está em Florianópolis desde 2002, onde atua como professor de violão em escolas de música.

Integrou a Camerata de Violões da UDESC de 2004 a 2008 e é violonista no conjunto de choro Chorando pelos Dedos. Está concluindo o curso de Mestrado em Música pela UDESC (Universidade do Estado de Santa

Catarina), na área de Musicologia.

Raphael Galcer

Violonista, cantor e compositor. Raphael Galcer eside em Florianópolis há três anos. Como violonista estudou harmonia com o guitarrista Dalton Xavier em Itajaí, cidade onde participou do festival de musica de Itajaí, abrindo apresentações de Wagner Tiso, Luis Melodia e Demônios da Garoa.

Também participou de oficinas com mestres como Mauricio Carrilho, Pablo Tridade, Clara Sandroni e Arismar do Espírito Santo. Foi integrante por dois anos do Bom Partido, grupo de samba de Florianópolis que interpreta varias vertentes do gênero como o partido alto, o samba de roda, samba canção, samba de breque entre outros.

Flavio Araújo

Curitibano, cresceu no subúrbio do Rio de Janeiro – em Padre Miguel. Aos 12 anos tem seu primeiro contato com instrumentos de percussão na fanfarra da escola em que estudava. Uma década depois inicia sua trajetória como músico integrando a Casa de Marimbondo – Curitiba. De lá para cá vem pesquisando os ritmos brasileiros, principalmente o samba e o choro.

Hoje atua como músico e professor de bateria, percussão e rítmica. É percussionista do grupo Orelha de Cobra e diretor de bateria da Escola de Samba “Acadêmicos do Samba”. Participou de oficinas, cursos e workshops com: Carlos Stasi, Barbatuques, Guello, Celsinho Silva, Jorginho do Pandeiro, Marco Suzano, Pedro Amorim, Mário Seve, Hermeto Pascoal e Naná Vasconcelos.

Projeto 12:30

O projeto 12:30 é realizado pelo Departamento Artístico Cultural (DAC), vinculado à Secretaria de Cultura e Arte da UFSC e apresenta semanalmente atrações de cunho cultural de música, dança e teatro. As apresentações acontecem todas as quartas-feiras, ao ar livre, na Concha Acústica, e, quinzenalmente, às quintas-feiras, no Projeto 12:30 Acústico, no Teatro da UFSC.

Artistas e grupos interessados em se apresentar no projeto dentro do campus da UFSC devem entrar em contato com o DAC através dos telefones (48) 3721-9348 / 3721-9447 ou por e-mail, enviando mensagem para projeto1230@dac.ufsc.br.

Serviço:

O QUÊ: Show com Tereza Virginia, com a participação dos músicos Julio Cordoba (violão), Raphael Galcer (violão de sete cordas) e Flavio Araújo (percussão).

QUANDO: Dia 2 de Julho de 2009, quinta-feira, às 12h30min.

ONDE: Projeto 12:30 Acústico, no Teatro da UFSC, em Florianópolis.

QUANTO: Gratuito e aberto à comunidade.

CONTATO Projeto: projeto1230@dac.ufsc.br e (48) 3721-9348 ou 3721-9447

Visite www.dac.ufsc.br

Fonte: Stephanie Pereira – bolsista de Jornalismo, Assessoria de Imprensa do Projeto 12:30: DAC: SECARTE: UFSC, com material institucional e dos músicos. Créditos das fotos: Nisie Nolasco.

Trabalho de conclusão de curso de jornalismo mostra novos arranjos familiares

01/07/2009 10:32

Começaram as apresentações de Trabalhos de Conclusão de Curso no Departamento de Jornalismo da Universidade Federal de Santa Catarina. Os TCCs serão defendidos pelos alunos durante esta semana, de 29 de junho a 3 de julho, no auditório Henrique Fontes do Centro de Comunicação e Expressão (CCE).

Na segunda-feira, dia 29, aconteceram as primeiras bancas da turma que se forma neste primeiro semestre de 2009. Ainda pela manhã, os estudantes Eduardo Wolff, Elaine Manini e Mayara Rinaldi apresentaram suas produções. Durante a tarde, foi a vez de Bruno Branco, Giovana Suzin, Laura Dauden e Ingrid Cristina dos Santos realizarem a defesa pública de seus trabalhos.

Para encerrar o primeiro dia de defesas, foi apresentado às 19h o videodocumentário produzido pelas estudantes Fernanda Friedrich e Bruna Wagner. O vídeo intitulado Família no Papel, com duração de 47 minutos, conta a história de três casais homossexuais que lutaram na justiça para conseguir realizar a adoção de crianças que estavam em abrigos.

O documentário conta com depoimentos do primeiro casal homossexual do sexo masculino a conseguir a adoção conjunta de uma criança no Brasil, de um transexual que perdeu seu filho para sempre ao pedir sua guarda na Justiça e de um casal homossexual do sexo feminino que obteve recentemente a guarda de um menino de 7 anos na cidade de Lages. Foram tratados temas como o preconceito, a aceitação da sociedade e, principalmente, o relacionamento com as crianças.

A banca examinadora foi formada pelos professores do curso de Jornalismo Maria José Baldessar (orientadora) e Sérgio Ferreira de Mattos, além da professora Aglair Bernardo, da Coordenadoria Especial de Artes. As estudantes alcançaram a nota máxima no trabalho. As demais apresentações de Trabalhos de Conclusão de Curso seguem até a sexta-feira, dia 3 de julho. A programação completa pode ser acessada no site www.jornalismo.ufsc.br

O curso de Jornalismo da UFSC completou 30 anos em março de 2009. Para celebrar as três décadas de existência, a Coordenadoria e a Chefia do curso organizaram uma série de ações comemorativas e produziram, com alunos e professores, um vídeo e um livro contando a história do mais antigo curso de Jornalismo de Santa Catarina.

Por Tiago Pereira/bolsista de jornalismo na Agecom

Departamento de Cultura e Eventos da UFSC expõe artesanato no andar térreo

01/07/2009 10:05

Fotos: Paulo Noronha/Agecom

Fotos: Paulo Noronha/Agecom

Inicia nesta quarta-feira, 1° de julho, e vai até sexta-feira, 3 de julho, a 5ª exposição dos trabalhos produzidos nos minicursos oferecidos gratuitamente pela UFSC, por meio do Departamento de Cultura e Eventos. A mostra será realizada no térreo do Centro de Cultura e Eventos, das 9h às 17h30, com entrada gratuita. Serão apresentados e comercializados os trabalhos de técnicas de mosaico direto em madeira, crivo, tear, artes aplicadas, artes com material reciclável, origami, bijuteria, cartonagem e pintura em madeira.

Os minicursos fazem parte do Programa Vitrine Cultural, uma parceria da UFSC com a Associação Amigos do HU, e visam proporcionar aos participantes a ampliação dos seus conhecimentos e possibilitar aos concluintes condições de criarem ou aumentarem suas rendas. Além disso, o minicurso é uma ajuda em diversas outras questões como o resgate do artesanato, a reintegração social, o estabelecimento de um ciclo de amizades, que fortalecem a auto-estima e auxiliam em muitos problemas emocionais.

Criado em 2005, o Projeto Vitrine Cultural já atendeu cerca de 800 pessoas. Novas turmas de minicursos serão abertas no segundo semestre deste ano. Mais informações pelo site www.eventos.ufsc.br, pelo telefones (48) 3721-9569 / 3721-9559 ou formatura@reitoria.ufsc.br e eventos@reitoria.ufsc.br.

Fonte: Departamento de Cultura e Eventos da UFSC

Estudantes de Letras Estrangeiras visitam “O Mundo Ovo” de Eli Heil

01/07/2009 09:39

No encerramento da disciplina Literatura Ocidental, os estudantes da professora Maria Aparecida Barbosa, do DLLE, visitaram o Museu do Ovo da artista plástica Eli M. Heil, situado no Bairro Santo Antônio de Lisboa, em Florianópolis. O grupo foi recebido pelos filhos de Heil, Tereza e Zé Pedro, administradores e também artistas.

Além das obras originais e multicores expostas nas salas do museu, a artista apresenta algumas esculturas no ambiente do jardim, numa conjugação de expressão e fecundidade em meio às montanhas cerradas da mata atlântica, provando que a denominação “ovo” e os bandos de pássaros estilizados de Eli Heil certamente não compõem por acaso aquele mundo.

O presidente da fundação, Zé Pedro, conduziu os estudantes, instruindo a respeito das mais de 150 técnicas empregadas na confecção dos objetos da coleção e falando sobre o percurso profissional da prestigiada artista. Após o contato com o acervo, os estudantes tiveram a oportunidade de visitar o ateliê repleto de construções em processo, estimulante alento à inspiração e à prática criadora em todos os sentidos. Eli Heil, que recentemente completou 80 anos, “bateu um papo” com a turma sobre seu trabalho.