CHARGE DA SEMANA

20/07/2009 17:05

CHARGE DA SEMANA – Economia mundial ainda está em voo cego

Para Charles Morris, best-seller nos EUA< quem se arrisca a previsões "não sabe de nada" e Bolsa é mau termômetro sobre fim da crise

Fonte: Folha de S.Paulo, 30/05, Caderno Dinheiro, pág B14

Especial Pesquisa: UFSC e Epagri estudam macroalgas para ampliar maricultura catarinense

20/07/2009 13:11

Fotos: Jones Bastos / Agecom

Fotos: Jones Bastos / Agecom

Em parceria com a Epagri, a UFSC investiga mais uma atividade para a maricultura catarinense. É o cultivo da alga vermelha Kappaphycus alvarezii, comercialmente importante por ser a principal fonte de carragenana, aditivo extensamente empregado nas indústrias alimentícia, de cosméticos e farmacêutica. O Brasil importa mais de mil toneladas de carragenana por ano, o que representa cerca de R$13 milhões.

Nativa das Filipinas, a alga Kappaphycus alvarezii teve seu primeiro cultivo experimental no Brasil realizado em São Paulo. Em Santa Catarina testes estão sendo realizados desde 2008, em um cultivo experimental implantado na praia de Sambaqui, em Florianópolis. Dados preliminares indicam que o estado tem bom potencial para trabalho com a espécie. O cultivo é realizado a partir de pedaços de talo, amarrados em cabos mantidos em sistemas flutuantes, como balsas ou long-lines usados na produção de ostras e mexilhões.

O projeto em Santa Catarina envolve pesquisadores da UFSC, Universidade de São Paulo (USP), Epagri e Instituto de Pesca de São Paulo. A Fundação de Apoio à Pesquisa Científica e Tecnológica do Estado de Santa Catarina (Fapesc) financiou a primeira etapa do projeto e na segunda etapa são investidos recursos do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e do Ministério da Pesca e Aquicultura (MPA).

“A segunda etapa do projeto vai avaliar o ciclo produtivo dessa alga procurando estabelecer metodologias que viabilizem a introdução comercial no litoral catarinense”, informa a coordenadora do projeto e professora do Centro de Ciências Biológicas da UFSC, Zenilda L. Bouzon.

“A expectativa é tornar o Brasil independente das importações”, complementa a pesquisadora Leila Hayashi, que trabalhou com a espécie em sua tese de doutorado e foi convidada a atuar como pesquisadora visitante na UFSC, dando continuidade aos estudos com a Kappaphycus alvarezii. Ela alerta, no entanto, para uma divulgação cuidadosa do potencial desse cultivo em Santa Catarina.

“Até agora os resultados são positivos e mostram que a espécie se adapta bem às condições do litoral de Santa Catarina. Mas ainda estamos em fase de estudos”, deixa bem claro Leila. Segundo ela, os estudos buscam tecnologia para cultivo sustentado da espécie e a seleção de linhagens mais produtivas, para produção de carragenana de qualidade. Há também investigações para desenvolvimento de tecnologia para secagem da alga, já que em Florianópolis a ocorrência de chuvas complica esse processo.

Além disso, as pesquisas buscam tecnologia que garanta um cultivo seguro da alga. Isso porque uma das vantagens da espécie, seu rápido ciclo de crescimento (cerca de 45 dias), é também um risco à propagação descontrolada. Espécie exótica originária das Filipinas, o manuseio da Kappaphycus alvarezii exige controle para que se evite a chamada contaminação biológica (quando uma espécie exótica se prolifera descontroladamente).

Leila participou de estudos que deram suporte à elaboração de uma estrutura normativa para regulamentação do cultivo dessa espécie de alga no país. Segundo ela, as perspectivas para o litoral brasileiro dependem um programa estratégico que contemple estudos do ciclo produtivo, processamento e comercialização. Somente com esse suporte serão recomendados cultivos comerciais.

Mais informações: Leila Hayashi, e-mail: leilahayashi@hotmail.com, fone: 3721 5149

Por Arley Reis / Jornalista da Agecom

Saiba Mais:

– Segundo dados da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO), a produção mundial de algas produtoras de carragenanas em 2007, proveniente principalmente dos cultivos de Kappaphycus e Eucheuma das Filipinas, Indonésia e Tanzânia, atingem a cifra anual de 1.587.117 toneladas, rendendo aproximadamente US$ 175 milhões. A produção da indústria de carragenana excedeu 50 mil toneladas entre 2007 e 2008, com um valor superior a US$ 600 milhões, excluindo a produção da China (http://www.seaweed.ie/uses_general/carrageenans.lasso, consultado em 26 de abril de 2009).

– As populações naturais de algas produtoras de carragenanas têm se mostrado insuficientes para atender a demanda de consumo, e a exploração tem levado a um rápido declínio dos bancos naturais.

– O cultivo de algas, efetuado em escala extensiva no mar (cultivo comercial), é considerado uma das únicas alternativas para satisfazer a demanda crescente de matéria-prima, principalmente para a produção de ficocolóides (gels de macroalgas), uma vez que os estoques naturais são insuficientes.

– A maricultura de macroalgas está se tornando cada vez mais popular por resultar em menos impacto ambiental e degradação, ao invés da colheita escontrolada de populações selvagens. Atualmente, a maior parte das algas usadas para a produção de carragenana é proveniente de cultivos.

– O cultivo de macroalgas marinhas é uma tradição nos países orientais, principalmente no Japão, na China e na Coréia. Um exemplo bem-sucedido é o cultivo da alga vermelha Porphyra C. Agardh que se estabeleceu aproximadamente há 300 anos no Japão e atualmente abrange 60 mil hectares, empregando 10 mil famílias e estendendo-se para a China e a Coréia.

– A República das Filipinas é o país maior produtor mundial de carragenana, seguido por Indonésia e Tanzânia.

– Há cerca de três décadas, outras espécies começaram a ser cultivadas, como a alga verde Monostroma Thuret e as algas pardas Undaria Suringar e Laminaria J.V. Lamouroux, entre outras, no Japão e na China, e as carragenófitas Eucheuma J. Agardh e Kappaphycus Doty, nas Filipinas.

– Na América Latina, cultivos comerciais em larga escala, principalmente de Gracilaria Greville, são realizados apenas no Chile, embora cultivos em escala piloto sejam desenvolvidos em Cuba, na Venezuela e no Brasil.

– Experimentos de cultivo de algas marinhas têm sido realizados no Brasil, nos estados de Santa Catarina, São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Bahia, Paraíba, Rio Grande do Norte e Ceará, estimulados pela demanda e mercado de agaranas e carragenanas.

– Desafios: Os cultivos são desenvolvidos com baixos custos de capital inicial e operacional e com mão-de-obra pouco especializada. As algas secas, consequentemente, são comercializadas a baixos preços, sendo este o principal problema referido pelos produtores. O material bruto é avaliado e diferenciado pelo conteúdo e pela qualidade da carragenana, e não apenas pela alga vendida por peso. Quanto melhor a qualidade da carragenana, maior será o valor da planta.

Leia mais sobre pesquisas da UFSC no Especial Pesquisa.

Especial Pesquisa: prédio da UFSC é um dos cinco primeiros a receber Etiqueta de Eficiência Energética em Edificações

20/07/2009 12:37

Projeto está em fase de licitação para construção

Projeto está em fase de licitação para construção

Além de dar suporte à criação da Etiqueta de Eficiência Energética em Edificações, a UFSC pode comemorar o fato de ser uma das instituições pioneiras no recebimento dessa rotulagem de respeito ao ambiente.

Entre as cinco construções divulgadas na cerimônia de lançamento da etiqueta, realizada no início de julho em São Paulo, está o projeto do edifício do Centro de Tecnologias Sociais para Gestão da Água (Cetragua), que será erguido no campus da Trindade, em Florianópolis.

A construção vai sediar atividades coordenadas pelo Departamento de Engenharia Sanitária e Ambiental da UFSC, e que são direcionadas à gestão da água em Santa Catarina. O financiamento para a construção vem do Programa Petrobras Ambiental e da Financiadora de Estudos e Projetos (FINEP).

O Centro terá abrangência regional, com sede em Florianópolis e conexões nas comunidades atendidas pelo projeto Tecnologias Sociais para Gestão da Água. Dessa forma o edifício vai localizar fisicamente as ações de governança do recurso água em Santa Catarina. Será um espaço de promoção de debates, difusão de tecnologias de proteção dos recursos hídricos, implementação de atividades de capacitação, desenvolvimento tecnológico e estudos nesse campo.

“É também um marco de sustentabilidade das ações futuras do projeto, tendo em vista o modelo cooperativo de administração que se pretende implantar”, avaliam os professores Armando Borges de Castilhos e Paulo Belli, coordenadores do Cetragua.

Segundo eles, a contratação dos projetos arquitetônico, hidráulico, sanitário e estrutural do Centro teve como pressuposto a utilização de normas de desempenho de edifícios e a sustentabilidade ambiental. A edificação prevê estruturas para recuperação e aproveitamento de água de chuva e utilização da água recuperada em banheiros. Segue também princípios de eficiência energética, aproveitando iluminação e ventilação natural para um menor consumo de energia elétrica.

Por suas características, o projeto recebeu do Inmetro e da Eletrobrás a Etiqueta de Eficiência Energética de Edificações Comerciais, de Serviços e Públicos. “O esforço dedicado à fase de projeto, imbuído das preocupações de sustentabilidade ambiental e de eficiência energética, foram recompensados pela avaliação positiva do Inmetro e da Eletrobrás”, comemoram os coordenadores.

De acordo com os professores, a certificação traz resultados positivos tanto para as agências financiadoras quanto para a UFSC, que em breve terá mais uma edificação projetada e construída segundo as normas ambientais e de desempenho energético. (Leia também: Novo prédio da UFSC quer ser referência em arquitetura sustentável

A etiqueta

A Etiqueta de Eficiência Energética em Edificações faz parte do Programa Brasileiro de Etiquetagem (PBE), desenvolvido pelo Programa Nacional de Conservação de Energia (Procel). A certificação reconhece edificações que reduzam o consumo de energia elétrica e água. A metodologia aplicada para a certificação foi desenvolvida por meio de um convênio entre a Eletrobrás, por meio do Procel Edifica, e o Laboratório de Eficiência Energética em Edificações (LabEEE), ligado ao Departamento de Engenharia Civil da UFSC.

Contou também com a participação de uma comissão formada por representantes do Inmetro, do Centro de Pesquisa de Energia Elétrica (Cepel), do Conselho Federal de Engenharia, Arquitetura e Agronomia (Confea), do Instituto dos Arquitetos do Brasil (IAB), da Caixa Econômica Federal, de universidades e de associações de fabricantes de materiais de construção.

Depois de aprovada pelo Comitê Gestor de Indicadores e Níveis de Eficiência Energética, do Ministério de Minas e Energia, a metodologia foi à consulta pública, tendo incorporado sugestões encaminhadas por representantes de diversos setores da construção civil e pela sociedade em geral.

Inicialmente, apenas o laboratório de Eficiência Energética em Edificações (LabEEE), da UFSC, e o Centro de Pesquisa de Energia Elétrica (Cepel) serão responsáveis pela análise dos projetos. No entanto, cerca de 20 laboratórios já estão em processo de capacitação para auxiliar as avaliações.

Para obter a etiqueta, as empresas devem entrar em contato com os laboratórios de avaliação credenciados pelo Inmetro. O processo permite que as edificações sejam avaliadas em três quesitos: envoltória, sistema de iluminação e sistema de condicionamento de ar.

Por enquanto a etiquetagem é voluntária e aplicável a edifícios com área útil superior a 500 metros quadrados ou atendidos por alta tensão. Pode ser concedida para o edifício completo ou para parte dele, quando é avaliado o nível de eficiência da sua envoltória (como a arquitetura externa pode contribuir para a economia de energia ) ou combinando a envoltória com um dos outros sistemas – iluminação e ventilação. Os prédios são classificados de A a E, sendo A o mais eficiente, como já ocorre hoje com geladeiras e outros produtos da linha branca.

Por Arley Reis / Agecom/UFSC

Saiba Mais:

Os cinco edifícios que já receberam a Etiqueta de Eficiência Energética em Edificações:

– Agência da Caixa Econômica Federal (CEF) em Curitiba, no Paraná

– Projeto da sede administrativa da Caixa Econômica Federal em Belém, no Pará

– Edifício da Associação Beneficente da Indústria Carbonífera de Santa Catarina (SATC), em Criciúma, Santa Catarina

– Edifício da Faculdade de Tecnologia Nova Palhoça (Fatenp), em Nova Palhoça, Santa Catarina

– Projeto do Centro de Tecnologias Sociais para Gestão da Água (Cetragua), da Universidade Federal de Santa Catarina, em Florianópolis

Mais informações:

Sobre o Centro de Tecnologias Sociais para Gestão da Água (Cetragua):

Paulo Belli Filho, e-mail: belli@ens.ufsc.br , fone: 3721-7741

Armando Borges de Castilhos Jr., e-mail: borges@ens.ufsc.br, fone: 3721-7097

Sobre a Etiqueta de Eficiência Energética em Edificações:

Roberto Lamberts, e-mail: lamberts@ecvf.ufsc.br / fone 3721-5193

Joyce Carlo , e-mail: joyce@labeee.ufsc.br, fone 3721-5185

Leia mais sobre pesquisas da UFSC no Especial Pesquisa

Encontro Nacional de Estudantes de Economia movimenta campus da UFSC

20/07/2009 09:17

Será realizado até sexta-feira, 24/07, no Centro de Cultura e Eventos da UFSC, o 35º Encontro Nacional de Estudantes de Economia (Eneco). O evento é organizado pelo Centro Acadêmico Livre de Economia da UFSC e deve ter a presença de dois mil estudantes de todo o país. Os participantes debaterão assuntos relacionados ao tema central do evento, “A Integração Latino-Americana em Tempos de Crise”, e participarão de debates, minicursos, grupos de discussão e apresentações de trabalhos acadêmicos.

Na noite desta segunda-feira, 20/07, o ex-presidente do BNDES Carlos Lessa, economista e professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro, deverá atrair as atenções dos participantes, na mesa que tratará do tema “A crise: limites e possibilidade do Estado”. Também integram a mesa o professor Paulo Nakatani, da Universidade Federal do Espírito Santo, e Alejandro Olmos Gaona, que ganhou notoriedade ao ser convocado pelo presidente Rafael Correa para investigar a dívida externa do Equador.

Amanhã, 21/07, estarão na UFSC o presidente do MST, João Pedro Stédile, o professor Claudio Katz, da Universidad Buenos Aires, o economista José Luís Oreiro, da Universidade de Brasília. Já na quinta, 23/07, participa do evento o fundador e atual presidente do Instituto Miscs Brasil, Helio Marcos Coutinho Beltrão. Entre os temas das mesas, aparecem “O Brasil no Contexto Latino-Americano: (SUB) Imperialismo ou Integração?”, “Crise e imperialismo: as estruturas internacionais de poder” e “A crise e o comércio internacional”.

A organização contabiliza a participação de estudantes de todas as regiões do país. O coordenador geral do encontro, Guilherme Fissmer, explica que os inscritos terão direito a infraestrutura completa e certificado de participação. “Os estudantes de fora ficarão instalados na UFSC, onde terão alojamento, alimentação, chuveiros, tudo incluso no valor da inscrição”, diz ele. “Quem mora em Florianópolis tem a opção de pagar R$ 100,00 sem alojamento”. Para fazer a inscrição ou obter maiores informações, os interessados podem acessar o site do Eneco 2009 (www.eneco2009.com.br), onde estão a programação completa e outras notícias do evento.

Mais informações pelos telefones (48) 3721-6569 e 8825-1169, com Samuel Bezerra Barquet, ou pelo e-mail eneco2009@gmail.com.

Visite o site http://www.eneco2009.com.br/

Programação

Mesas Temáticas:

Dia 19/07

Mesa de Abertura – Noite: 19h às 21h

Integração Latino-americana: A Crise e o Papel do Economista:

Roberto Requião de Mello e Silva – Governador do Paraná

Político brasileiro e atual governador atualmente o estado do Paraná.

É advogado formado pela Universidade Federal do Paraná e jornalista pela Pontifícia Universidade Católica do Paraná. Também Cursou Urbanismo na Fundação Getúlio Vargas.

Dia 20/07

Mesa Temática – Manhã: 9h às 11h

A Crise e a Questão Nacional na América Latina

1) Plínio Soares Arruda Sampaio Júnior – UNICAMP

Fez Graduação em Ciências Econômicas pela Universidade de São Paulo (1979), Mestrado (1988) e Doutorado (1997) em Ciências Econômicas pela Universidade Estadual de Campinas, onde atualmente é professor do Instituto de Economia.

2) Reinaldo Gonçalves – UFRJ

Formado em Economia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro, em 1973, fez mestrado em Economia na Fundação Getúlio Vargas e doutorado na University of Reading. É livre-docente de Economia Internacional de Economia da UFRJ, desde 1993. Atualmente é professor titular do Instituto de Economia da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Foi o ganhador da comenda Personalidade Econômica do Ano, em 2004. Gonçalves também ganhou o Prêmio Fundação Universitária José Bonifácio, em 1991, e recebeu o Prêmio Jabuti 2001 – como primeiro lugar da categoria Economia, Direito, Administração e Negócios – pelo livro O Brasil e o Comércio Internacional.

3) José Valenzuela – UNAM

Mesa Temática – Noite: 19h às 21h

A Crise: Limites e Possibilidades do Estado

1) Alejandro Olmos Gaona – Equador

Argentino e formado em História foi convocado pelo governo do Equador para investigar a dívida externa do país. Especialista em direito público internacional, filho de Alexandre Olmos, que foi o primeiro a expor a ilegitimidade da dívida externa argentina. O presidente Rafael Correa o convocou para realizar uma auditoria da dívida do Equador.

2) Carlos Lessa – UFRJ

Formado em Ciências Econômicas pela Universidade do Brasil, mestrado em analise econômica pelo Conselho Nacional de Economia e doutorado pelo Instituto de Filosofia e Ciências Humanas da Unicamp. Foi professor no Instituto Rio Branco do Itamaraty (1961-1964), de cursos da CEPAL e ILPES da ONU (1962-1968), do Instituto para Integração da América Latina (1966-1969), da Universidade do Chile (1967), da Unicamp (1979-1994) e da UFRJ(desde 1978 até hoje). Tem grande importância no contexto latino-americano, foi economista do Instituto Latino Americano de Planificación Econônmica & Social da ONU. Foi exilado no Chile durando o período da ditadura militar. Ajudou a fundar a faculdade de economia na Unicamp, quando voltou ao Brasil, um pouco antes do AI-5. Foi reitor, em 2002, da UFRJ. Presidenciou o BNDES entre 2003 e 2004 do qual foi afastado devido a divergências com a política econômica do governo Lula.

3) Paulo Nakatani – UFES e SEP

Possui graduação em Ciências Econômicas pela Universidade Federal do Paraná (1971), mestrado em Système de L`économie Mondiale – Université de Paris X, Nanterre (1981), doutorado em Ciências Econômicas – Université de Picardie (1982) e pós-doutorado na Université Paris XIII (2002). Atualmente é professor associado I da Universidade Federal do Espírito Santo, membro do Conselho Editorial da Revista de Economia Critica e Presidente da SEP – Sociedade Brasileira de Economia Política. Tem experiência na área de Economia, com ênfase em Estado, Política Monetária e Fiscal do Brasil, atuando principalmente nos seguintes temas: Capitalismo Contemporâneo, Socialismo, Política Econômica, Política Monetária, Setor externo e Política Fiscal.

Dia 21/07

Mesa Temática – Noite: 19h às 21h

Crise e Imperialismo: As estruturas internacionais de poder

1) Claudio Katz – UBA

É economista, pesquisador do CONICET e professor da Universidad de Buenos Aires. É autor de inúmeros textos de interpretação do capitalismo contemporâneo e da realidade latino-americana. Participa ativamente de fóruns por todo o continente de impugnação do livre-comércio, endividamento externo e militarização. Seus três últimos livros são “El porvenir del socialismo” (menção honrosa no Prêmio Libertador al Pensamiento Crítico Venezuela 2005), “El rediseño de América Latina” e “Disyuntivas de la izquierda en América Latina”. Como integrante do EDI (Economistas de Izquierda) publicou vários ensaios sobre a conjuntura política e social da Argentina.

2) João Pedro Stédile – MST

Formado em Economia pela PUC-RS, com pós-graduação no México na Universidad Nacional Autónoma de México. É também ativista e um dos fundadores do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra, fazendo parte da coordenação nacional do MST e da Via Campesina Brasil, além de ser autor de diversas publicações que sobre a questão agrária brasileira. Atuou como membro da Comissão de Produtores de Uva dos Sindicatos dos Trabalhadores Rurais do Rio Grande do Sul, na região de Bento Gonçalves. É autor e co-autor de vários livros sobre a questão da reforma agrária.

3) José Luis Oreiro – UnB

Bolsista de Produtividade em Pesquisa do CNPq – Nível 1D. Possui graduação em Ciências Econômicas pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (1992), mestrado em Economia pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (1996) e doutorado em Economia da Indústria e da Tecnologia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (2000). Atualmente é professor adjunto do departamento de economia da Universidade de Brasília. Foi professor do departamento de economia da Universidade Federal do Paraná de 2003 a 2008, onde exerceu o cargo de Diretor do Centro de Pesquisas Econômicas (CEPEC), de vice-coordenador do Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento Econômico (2004-2008) e de coordenador do Boletim Economia & Tecnologia (2005-2007), do qual foi o fundador. Tem experiência na área de Economia, com ênfase em Dinâmica Macroeconômica.

Dia 23/07

Mesa Temática – Manhã: 9h às 11h

O Brasil no Contexto Latino-Americano: (SUB) Imperialismo ou Integração?

1) Marcelo Dias Carcanholo – UFF

Possui graduação em Ciências Econômicas pela Universidade de São Paulo (1993), mestrado em Economia pela Universidade Federal Fluminense (1996) e doutorado em Economia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (2002). Atualmente é professor adjunto da Universidade Federal Fluminense e Membro do Núcleo Interdisciplinar de Estudos e Pesquisas em Marx e marxismo (NIEP-UFF). Tem experiência na área de Economia, com ênfase em Economia Política, Economia Marxista e Desenvolvimento Econômico, atuando principalmente nos seguintes temas: neoliberalismo, vulnerabilidade externa, abertura externa, Economia Brasileira e América Latina.

2) Mathias Seibel Luce – UFRGS

Doutorando em História pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul, mestre em Relações Internacionais pela UFRGS (2007). Tem experiência nas áreas de História Contemporânea Mundial e da América e de Política Internacional. Desenvolve pesquisas sobre Teoria do Imperialismo, Teoria Marxista da Dependência, marxismo e Relações Internacionais, Teoria da Integração Regional e Geopolítica Internacional.

3) Theotonio dos Santos – UFF

Possui graduação em Sociologia e Política e Administração Pública pela Universidade Federal de Minas Gerais (1961), mestrado em Ciência Política pela Universidade de Brasília (1964) , doutorado em Economia Por Notório Saber pela Universidade Federal de Minas Gerais (1985) e doutorado em Economia Por Notório Saber pela Universidade Federal Fluminense (1995) . Atualmente é professor titular da Universidade Federal Fluminense, Coordenador de Cátedra da Unesco e Membro de corpo editorial da Monitor Mercantil. Tem experiência na área de Economia, com ênfase em Economia Internacional.

Mesa Temática – Noite: 19h às 21h

A Crise e o Comércio Internacional

1) Frederico Gonzaga Jayme Jr – UFMG

Bolsista de Produtividade em Pesquisa do CNPq – Nível 2. Graduou-se em Economia pela Universidade Federal de Minas Gerais (1988), obteve o mestrado em Economia pela Universidade Estadual de Campinas (1994) e o doutorado em Economia pela New School for Social Research, Nova York – EUA (2001). É atualmente Professor da Universidade Federal de Minas Gerais desde 1991. Pesquisa principalmente nos seguintes temas: Restrição Externa ao Crescimento, Sistema Financeiro e Finanças Públicas.

2) Helio Marcos Coutinho Beltrão – IMB e IM

Fundador e atual Presidente do Instituto Mises Brasil, é também fundador/membro do Conselho Consultivo do Instituto Millenium.

Possui graduação em Engenharia pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC/RJ) com MBA em finanças pela Columbia University em New York – graduação com distinção Beta Gamma Sigma. Foi executivo do Banco Garantia, ex-sócio da Mídia Investimentos (private equity), atual sócio da Sextante Investimentos (gestão de fundos) e membro do conselho de administração do Grupo Ultra, da Artesia Investimentos e da Le Lis Blanc. Também é membro do conselho consultivo da Ediouro Publicações e Lab SSJ.

Tem como principais áreas de conhecimento: Finanças, Economia, Filosofia da Liberdade, Governança Corporativa e Sistemas de remuneração.

3) Nildo Domingos Ouriques – IELA e UFSC

Atualmente é presidente do Instituto de Estudos Latino-Americanos (IELA) e professor adjunto do Departamento de Economia da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Realizou doutorado em Economia na Universidade Nacional Autônoma do México (UNAM) onde também atuou no jornalismo e como professor na Faculdade de Economia. Consagrou sua atuação na universidade brasileira aos estudos latino-americanos com diversas publicações nesta área, especialmente em temas como a dependência e o subdesenvolvimento, o endividamento externo e interno, as migrações, entre outros. Professor do Programa de Doutorado em Desenvolvimento Econômico da Benemérita Universidade de Puebla (UAP-México).

Arte, cultura e eventos

As programações de Arte e Cultura serão inseridas nas JANELAS que são espaços entre os eventos acadêmicos. A organização prevê apresentações de cultura local e nacionais como Boi-de-mamão, Dança Afro, Índios, Dança Alemã, etc. Estão previstas também amostras de filmes, curtas-metragens, teatro e circo. Na parte artística serão oferecidas oficinas de capoeira, grafite, entre outras.

Galeria de Arte da UFSC faz 20 anos e expõe obras do acervo

20/07/2009 08:57

Obras do acervo

Obras do acervo

Abre à visitação pública nesta terça-feira, 21/7, às 18h, na Galeria de Arte da Universidade Federal de Santa Catarina, a exposição ´Traços da Memória, Esboços da História`, com obras de arte do acervo da UFSC. A mostra comemora os 20 anos de implantação da galeria, em agosto de 1989, com sala de exposição denominada Aníbal Nunes Pires, reconhecimento ao importante personagem do movimento modernista do Grupo Sul, que veio a tornar-se o mais expressivo movimento literário-cultural que o Estado já registrou. A exposição é também uma homenagem a todos os artistas que fazem parte do acervo da Universidade. Durante a mostra está prevista realização de palestra e apresentação de DVDs sobre arte contemporânea. A exposição poderá ser vista até dia 21 de agosto, de segunda a sexta-feira, das 10h às 18h30min.

Ao todo a exposição apresenta 35 obras, entre pinturas, desenho, gravuras, tapeçaria e esculturas, de artistas locais, de outras cidades e de outros estados. Dentre as pinturas, está o óleo sobre tela “Rua Fernando Machado”, de Domingos Fossari, e os acrílicos sobre tela “Dançando na Chuva”, de Elias Andrade, o “Índio”, e “Senhora dos 4 Elementos”, de Albertina Prates.

Entre as gravuras estão os trabalhos de André de Miranda e de Liliana Lobo Ferreira. Das esculturas expostas, há o trabalho em bronze “Mulher Sentada”, de Cremilda Santini, a cerâmica em técnica de faiança “Gestação VI”, de Rosana Bortolin, e a escultura em cerâmica “Torso”, de Rosana Garíglio de Andrade, obra que obteve o primeiro prêmio no Salão Estadual Universitário de Artes Plásticas (VIII Seuap), realizado pela UFSC em 1987.

Do artista e médico Moacir Amaral, cuja exposição inaugurou a galeria, em agosto de 1989, será apresentado o trabalho em Crayon sobre papel, que foi premiado no Salão Universitário de Artes Plásticas em 1981. Na ocasião do salão Moacir Amaral cursava Medicina na UFSC, profissão que exerce em São Paulo, onde também se dedica ao trabalho de artista. Localizado, depois de tanto tempo, pelos organizadores desta exposição, o artista ficou muito satisfeito em lembrar que já faz 20 anos da sua exposição que inaugurou a Galeria de Arte da UFSC, e por saber que novamente fará parte de uma mostra na Universidade.

“A Galeria de Arte da UFSC é um espaço que há 20 anos procura atender artistas das mais variadas tendências. Num processo democrático, a cada ano uma comissão representativa da comunidade acadêmica e artística seleciona os trabalhos que serão expostos. Além disso, há as exposições de um artista convidado pela UFSC e a dos servidores e professores. Portanto, creio que a Galeria de Arte da UFSC ocupa um papel importante no cenário cultural de Santa Catarina”, avalia o cineasta e Diretor do DAC (Departamento Artístico Cultural da UFSC), Zeca Pires. Segundo ele, o nome da sala Aníbal Nunes Pires é uma justa homenagem a quem deu uma contribuição para as artes e para a educação de Santa Catarina, sendo um dos responsáveis pela criação do Museu de Arte Moderna de Santa Catarina.

Formação do acervo

As obras desta exposição são apenas uma parte do acervo da UFSC, que vem sendo ampliado desde a criação da universidade. As aquisições acontecem de várias formas, como a doação direta do artista, ou aquisição como prêmio de salões de arte realizados na UFSC. Por muitos anos também foram obtidas através das apresentações mensais realizadas na Galeria de Arte da Universidade, em que os artistas que realizaram exposições individuais doaram uma obra da mostra para o acervo da instituição.

As exposições do acervo costumam ser programadas a cada dois anos ou mais e, nessas ocasiões, além de algumas obras mais antigas, a Galeria expõe parte das peças incorporadas recentemente. O acervo da UFSC possui obras de artistas renomados nacionalmente, como Burle Max, Eli Heil, Rodrigo de Haro, Rubens Oestroem e Guido Heuer, além de trabalhos de artistas de outros países. Alguns desses artistas farão parte desta mostra.

Além dessas obras do acervo, que costumam ser expostas em diversos setores da instituição, há outras que estão expostas permanentemente em fachadas de edifícios ou pelos jardins do campus, como “Companheiros em Realização”, mural cerâmico do americano Gene Anderson, resultado de um workshop com artistas locais; “Grande Escultura”, resultado de uma obra coletiva com ceramistas da região; “O Guardião”, escultura de Elke Hering; “Livro da Criação da América Latina”, mural cerâmico de Rodrigo de Haro, que está sendo restaurado; “Caminhos da Liberdade”, de Max Moura, Flávia Fernandes e Jandira Lorenz, resultado da implantação da oficina de gravura em metal no DAC/UFSC.

O público que visita a Universidade também pode apreciar a pintura mural “Humanidade”, de Hassis Corrêa, no interior da Igrejinha da UFSC, que carece de restauração, e a pintura mural, “Folclore e Indústrias de Santa Catarina”, de Martinho de Haro, no Hall da Reitoria.

A Galeria de Arte da UFSC

A Galeria de Arte da UFSC, que completará 20 anos em agosto, tem se consolidado como espaço de referência para exposições no Estado de Santa Catarina. Local de estudo e apreciação da arte, realiza workshops e encontros com artistas, ampliando o acervo de obras de arte que promovem a humanização do campus. Apresenta trabalhos de diversos artistas plásticos locais, nacionais e estrangeiros, em uma dezena de exposições individuais ou coletivas em que cerca de 60 artistas apresentam suas obras para um público da ordem de 10 mil pessoas por ano.

Espaço cultural com localização privilegiada dentro do campus da UFSC, a Galeria de Arte é considerada uma das melhores do Estado, tem programação permanente e realiza uma nova exposição a cada mês. Com sala de exposição denominada Aníbal Nunes Pires, e área de 220m², dispõe de infra-estrutura necessária à realização de mostras de qualquer natureza.

As exposições realizadas na Galeria de Arte têm possibilitado que se ofereça à comunidade universitária um “Encontro com o Artista”. O objetivo desse encontro é possibilitar que o artista que expõe na universidade possa fazer uma comunicação do seu trabalho para a comunidade universitária, artistas e professores de arte da rede pública de ensino. Nesses encontros o artista tem a oportunidade de falar sobre o processo criativo da sua obra, o que envolve o conceito teórico e as técnicas utilizadas na produção de uma obra de arte.

Nessa aproximação entre o artista e a comunidade também são relatadas experiências de vida do artista, desde a sua formação, processos de pesquisa, produção e difusão dos trabalhos. “O encontro é uma oportunidade para socializar o conhecimento que é produzido nos ateliês e na academia”, enfatizam os coordenadores do projeto da Galeria de Arte da UFSC.

A galeria tem como objetivo mostrar propostas com linguagens contemporâneas em várias técnicas que proporcionem à comunidade universitária o debate, discussão e conhecimento de novas técnicas do fazer artístico. Diversos artistas de Santa Catarina e de outras regiões do Brasil já realizaram exposições na Galeria da Universidade, tanto em exposições individuais, como coletivas, a exemplo de grupos de artistas do Paraná e do Rio Grande do Sul.

Além dos brasileiros, a presença de artistas estrangeiros foi marcada por exposições como a do argentino Alejandro Pita, da austríaca Moje Menhardt e do designer de cerâmica do Museu Guggenhein de Nova York, o norte-americano Gene Anderson. Ele, além da exposição, realizou um workshop, durante um mês, com um grupo de ceramistas locais, o que resultou numa obra que está afixada em parede externa de edifício da UFSC.

Para artistas interessados em expor na UFSC, a Universidade oferece a infra-estrutura física, com sala de exposições, sala de apoio de montagem/desmontagem, pequena copa e banheiro. Além disso, a universidade também oferece a impressão de cerca de 700 convites modelo padrão para serem encaminhados pela instituição e pelos artistas. A equipe do DAC – Departamento Artístico Cultural da UFSC, que administra a galeria, oferece os serviços de apoio administrativo, bem como de apoio à divulgação junto à imprensa local, que tem dado grande visibilidade às atividades nessas duas décadas de trabalho. As obras que forem selecionadas deverão ser encaminhadas e retiradas por conta dos artistas expositores. A abertura de inscrições de propostas para exposições em 2010 deverá acontecer ainda nesta segundo semestre de 2009.

A galeria funciona no prédio do Centro de Convivência do campus, de segunda a sexta-feira das 10h às 18h30min, e faz parte do DAC – Departamento Artístico Cultural, vinculado à Secretaria de Cultura e Arte (SeCArte) da UFSC.

Endereço para correspondência:

Universidade Federal de Santa Catarina

Galeria de Arte da UFSC

DAC – Departamento Artístico Cultural

Praça Santos Dumont – Campus Universitário

88040-900 – Trindade – Florianópolis-SC

Contato: galeriadearte@dac.ufsc.br, (48) 3721-9347, www.dac.ufsc.br

O regulamento para exposições poderá ser acessado no link abaixo, onde ainda está publicado o de 2009: http://www.dac.ufsc.br/institucional_espacos_culturais_galeria_regulamento.php

Serviço:

O QUÊ: Exposição de Obras de Arte do Acervo da UFSC.

QUANDO: Abertura: Dia 21 de julho de 2009, terça-feira, às 18 horas. Visitação: Até 21 de agosto, de segunda a sexta-feira, das 10 às 18h30min.

ONDE: Galeria de Arte da UFSC, andar térreo do Centro de Convivência.

QUANTO: Gratuito e aberto à comunidade.

CONTATO: Galeria (48) 3721-9683 – galeriadearte@dac.ufsc.br – www.dac.ufsc.br

Fonte: [CW] DAC-SecArte-UFSC

UFSC sedia primeiro encontro sobre teoria social, educação, ontologia e realismo crítico

20/07/2009 08:31

O primeiro Encontro sobre Teoria Social, Educação, Ontologia e Realismo Crítico será realizado nos dias 28, 29 e 30 de julho, no Auditório da Reitoria da UFSC. O objetivo é ampliar e estimular a discussão na área e contribuir para os debates sobre as diferentes vertentes do pensamento social, em especial, o educacional, e as questões relativas ao ceticismo epistemológico e o relativismo ontológico pós-modernos manifestos nas diversas áreas de conhecimento.

O encontro é organizado pelo Grupo de Estudos e Pesquisas em Ontologia Crítica (Gepoc), do Centro de Ciências da Educação (CED), e promovido pelos Programas de Pós-Graduação em Educação, juntamente com o Programa de Pós-Graduação em Sociologia Política da UFSC (CHF) com o apoio de outros programas de pós-graduação e núcleos e laboratórios da universidade e de outras instituições.

A proposta do I Encontro sobre Teoria Social, Educação, Ontologia e Realismo Crítico encontra-se no marco da XII Conferência Anual da Associação Internacional para o Realismo Crítico – Realismo e Emancipação Humana: Outro Mundo é Possível? Essa conferência está sendo organizada pelo Instituto de Filosofia e Ciências Humanas e pela Faculdade de Economia da Universidade Federal Fluminense, Niterói/RJ, e será realizada de 23 a 25 de julho de 2009

Informações pelo site www.gepoc.ced.ufsc.br.

Presença destacadas de: Nicolas Tertulian (Ehess/Paris), Alex Callinicos (King´s College London), Newton Duarte (Unesp/(UNESP/Araraquara), Moishe Postone (University of Chicago), Roy Bhaskar(University of London, Institute of Education), Alan Norrie (King`s College London, School of Law)e Mario Duayer ( Departamento de Economia/UFF).

Programação

Terça-feira – Dia 28 de julho

8h: Credenciamento e entrega do material

8h30min: abertura

Conferência I

9h

Realismo Crítico e emancipação humana

Roy Bhaskar (University of London, Institute of Education)

Conferência II

14h

Critica, especificidade histórica e Reflexão Teórica. Moishe Postone (University of Chicago),

Quarta-feira – Dia 29 de julho

Conferência III

9h

Dialética e diferenças: Realismo Crítico Dialético e as Bases da Justiça. Alan Norrie (King`s College London, School of Law).

14h

Conferência IV

Os limites do Marxismo e do Realismo Crítico. Alex Callinicos (King`s College London, European Studies).

Quinta-feira – Dia 30 de Julho

9h

Conferência V

Sobre o método ontológico-genético em filosofia. Nicolas Tertulian (EHESS, Escola de Altos Estudos em Ciências Sociais/Paris).

14h

Conferência VI (encerramento)

Ciência, Educação e Ontologia. Mario Duayer (Universidade Federal Fluminense, Departamento de Economia) e Newton Duarte (UNESP/Araraquara).

Por Alita Diana/jornalista da Agecom

Informações: promotores do evento

Na Mídia: Sustentabilidade – Exemplos Concretos

20/07/2009 08:20

Adotar medidas para economia de energia em prédios e edificações é uma opção para as construtoras hoje. Mas, dentro de alguns anos, o cumprimento de requisitos para eficiência energética será obrigatório. E SC largou na frente nesta tendência de incorporar a prática sustentável na construção civil.

Dos cinco edifícios com eficiência energética certificada pela Eletrobrás e pelo Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (Inmetro), três são projetos catarinenses. Os outros dois são agências da Caixa Econômica em Curitiba e Belém (PA).

Recém-lançada, a Etiqueta de Eficiência Energética em Edificações faz parte do Programa Brasileiro de Etiquetagem (PBE), desenvolvido pelo Programa Nacional de Conservação de Energia (Procel).

Para receber o selo, as edificações são avaliadas em três níveis de eficiência: envoltório (a forma como a arquitetura externa pode contribuir para a economia de energia), sistema de iluminação e sistema de ventilação. O objetivo é diminuir o ganho de calor e, ao mesmo tempo, aproveitar melhor a iluminação e a ventilação naturais, levando a um consumo menor de energia elétrica, além de incentivar o uso da energia solar e o gasto racional de água.

No Estado, os projetos da Associação Beneficente da Indústria Carbonífera de SC (SATC), em Criciúma, da Faculdade de Tecnologia Nova Palhoça (Fatenp), em Palhoça, e do Laboratório da Engenharia Ambiental (Cetragua) da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), em Florianópolis, foram certificados.

Para o presidente da Eletrobrás, José Antonio Muniz, a etiqueta é um marco importante no caminho da conscientização da sociedade de que o futuro do planeta passa pelo uso racional da energia elétrica.

– O Brasil, ao lançar essa etiqueta, se coloca entre os países mais avançados do mundo – afirma.

Classificação será obrigatória em 2010

Assim como os eletrodomésticos, que fazem parte do PBE, os projetos de arquitetura são analisados e recebem etiquetas com graduações de acordo com o consumo de energia. Inicialmente implantada de forma gradual e voluntária, a etiquetagem passará a ser obrigatória. Os prédios serão classificados de A a E, sendo A o mais eficiente, como já ocorre hoje com geladeiras e outros produtos da linha branca.

– A iniciativa de criar soluções sustentáveis para as construções é mundial, e, gradualmente, o Inmetro está adotando ações nesse sentido. O grande desafio da eficiência energética nas edificações é garantir um clima interno que não prejudique o dia a dia dos frequentadores, privilegiando a economia de energia. As construtoras que aderirem ao programa terão a etiqueta como diferencial competitivo – diz o presidente do Inmetro, João Jornada.

A adesão voluntária abrange apenas construções públicas e de serviços. Mas, a previsão do Inmetro é de que, a partir de 2010, os prédios residenciais também tenham os seus projetos avaliados e classificados.

simone.kafruni@diario.com.br

Simone Kafruni

Editoria de Economia / Diário Catarinense

Esforço recompensado na UFSC

Idealizado com estruturas para recuperação e aproveitamento de água da chuva, utilização de materiais de construção alternativos e busca de eficiência energética, o futuro prédio do Centro de Tecnologias Sociais para a Gestão da Água da Universidade Federal de SC (UFSC) recebeu a Etiqueta de Eficiência Energética de Edificações Comerciais, de Serviços e Públicos.

Segundo os coordenadores do Cetragua, professores Paulo Belli Filho e Armando Borges de Castilhos, o esforço dedicado à fase de projeto, cercado de preocupações de sustentabilidade ambiental e de eficiência energética, foi recompensado pela avaliação positiva do projeto certificado pela etiqueta.

“O centro é um marco fundamental”

– Isso traz resultados igualmente positivos às agências financiadoras e à UFSC pelo aspecto pioneiro, pois a universidade deterá brevemente a primeira edificação projetada e construída segundo as mais modernas normas ambientais e de desempenho energético – diz Castilhos.

A edificação do Cetragua, sob coordenação do Departamento de Engenharia Sanitária e Ambiental da UFSC, tem por objetivo principal servir de referência às ações de governança do recurso água em SC.

– O Cetragua é um espaço privilegiado de implementação das atividades de capacitação, formação, desenvolvimento tecnológico, informação e estudos, bem como um marco fundamental de sustentabilidade das ações futuras do projeto, tendo em vista o modelo cooperativo de administração que se pretende implantar – afirmam os coordenadores.

A primeira fase consistiu na contratação dos projetos arquitetônico, hidráulico, sanitário e estrutural. A atenção se concentrou na recuperação e aproveitamento da água da chuva em banheiros e na eficiência energética, com a utilização máxima da capacidade de iluminação e ventilação naturais para o menor consumo possível de energia.

Leia material completo no jornal Diário Catarinense:

– Exemplos concretos

– Investimento pago em dois anos

– Iniciativa pioneira para o setor privado

– Esforço recompensado na UFSC

– Foco na construção verde

Talentos artísticos da UFSC têm espaço na 8ª Semana de Ensino, Pesquisa e Extensão

20/07/2009 08:15

Estão abertas as inscrições para apresentação de projetos e talentos artístico-culturais da UFSC durante a 8ª Semana de Ensino, Pesquisa e Extensão (Sepex). O evento deste ano acontecerá de 21 a 24 de outubro, novamente integrado à Semana Nacional de Ciência e Tecnologia, que terá como tema ´Ciência no Brasil`.

Como tem acontecido nos outros anos, o DAC, Departamento Artístico Cultural da UFSC, está envolvido na coordenação dessa programação e reforça o convite a todos os coordenadores de projetos institucionais. As apresentações serão realizadas em um palco montado no pavilhão da Sepex, em frente à reitoria.

Como na última edição do evento, além de alunos, professores e funcionários técnico-administrativos da UFSC, poderão participar artistas e grupos da comunidade em geral que estejam envolvidos em projetos com a universidade.

Os interessados devem fazer o pedido de inscrição pelo e-mail sepexartistico@reitoria.ufsc.br, encaminhando uma breve descrição do que pretendem apresentar, com um breve currículo do projeto e do coordenador responsável pela ação, contendo e-mail e telefone para contato. Além disso, devem mencionar os possíveis dias e períodos disponíveis para a apresentação. Os momentos artístico-culturais da Sepex deverão acontecer entre 9h e 19h, de quarta a sexta-feira. No sábado o encontro será encerrado às 16h.

Oportunamente o DAC entrará em contato para selecionar as atividades e montar a grade de programação.

Fonte: [CW] DAC–SeCArte–UFSC

Leia também:Abertas inscrições para estandes e oferta de minicursos na 8ª Semana de Ensino, Pesquisa e Extensão da UFSC

Pesquisador da SBPC defende reconhecimento da astronomia indígena

17/07/2009 17:56

Contam os índios tembé da Amazônia, que a indiazinha mais linda, filha do cacique Pirajuara, conheceu o boto cor-de-rosa em uma noite de lua cheia quando adormeceu observando o pôr-do-sol à margem do rio. Ela teve medo ao ver o rapaz saindo das águas com seu chapéu de palha, mas logo se enamorou dele. Os dois começaram a se encontrar sempre em noites de lua cheia, até que em uma madrugada, depois de engravidá-la, o rapaz sumiu para sempre nas águas do rio, voltando a ser boto. Nove luas depois, para a surpresa de todos, Flor da Noite, em vez de um filho, deu a luz a três botos.

Difícil quem não tenha ouvido falar da lenda do boto rosa, largamente difundida pela antropologia e representada pela literatura, cinema e outras artes. O que a grande maioria desconhece é que os mitos indígenas, como os documentos e achados arqueológicos, revelam saberes valiosos de astronomia e cosmologia. O pesquisador do CNPq pela UFPR, Germano Bruno Afonso, conferencista do encerramento do congresso da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) (17/06), advoga o reconhecimento científico e antropológico da Astronomia Indígena, que na sua visão ajudaria a compreender a história da ciência e muitos fenômenos ainda não explicados. Trata-se de um saber empírico que ancestralmente já revela, por exemplo, a influência das luas sobre o movimento das marés, ignorada por Galileu Galilei no século XVI e só reconhecida no século XVII por Isaac Newton, apesar de todas as evidências de observação.

Muito assustada e triste, Flor da Noite, a índia seduzida pelo boto rosa, solta no rio os três filhos-botos para que sobrevivam. Com saudades da mãe, eles se unem à sua procura e partem saltando sobre as águas na lua nova e na lua cheia. Fazem uma grande onda que se estende até as margens do rio, derruba árvores e vira embarcações. Surge, assim, a pororoca, que é o estrondo do encontro do rio com as grandes ondas do mar. Para Afonso, membro e estudioso da cultura Guarani, integrante de aldeia do Paraná, mais do que uma representação estética e um modo particular de narrar o mundo, esse mito mostra como os índios compreendem tudo que ocorre na terra em relação com o céu. Assim, a lenda da pororoca, entre muitas outras, assinalam que em 1632, quando Galileu publicou suas teorias sobre o heliocentrismo e sobre as marés, seus dois maiores erros já poderiam ter sido dirimidos se houvesse um contato e uma troca entre a cultura ocidental e a cosmologia indígena.

Mas ainda hoje, mesmo depois da publicação da teoria de Isaac Newton, em 1687, demonstrando que a causa das marés é a atração gravitacional do sol e, principalmente, da lua sobre a superfície da terra, os conhecimentos dos índios do Brasil sobre os céus e sua relação com as pessoas e práticas antrópicas e fenômenos naturais da terra são desprezados pela ciência e pelas escolas. Inexiste no país estudo sobre cultura astronômica indígena. “Não afirmo que a astronomia indígena seja melhor ou pior do que a ocidental, mas acredito que os índios poderiam contribuir com seu conhecimento empírico sobre a influência da lua em todas as atividades humanas, no comportamento dos animais e até das pessoas”, reivindica o professor, que é graduado na área de engenharia.

Em virtude da longa prática de observação da lua, os índios brasileiros conheciam e utilizavam suas fases nos rituais, na caça, na pesca, no plantio e no corte de madeira. Eles consideravam que a melhor época para essas atividades era a da lua-nova, pois na fase de lua-cheia os animais se tornam mais agitados devido ao aumento de luminosidade. Nas peregrinações pelas aldeias, Afonso descobriu porque os índios esperam a mudança de lua para construir uma casa: “Segundo me explicou o cacique, os fungos da madeira ficam mais agitados em época de lua cheia e a madeira apodrece mais rápido”. Os índios sabem que a incidência de percevejo do arroz e da soja é mais abundante na lua cheia e em algumas noites que a precedem e quase nula na lua nova. Da mesma forma, a captura do mosquito transmissor da dengue (Aedes aegypti) é cinco vezes maior em noites de lua cheia do que em noites de lua nova. “Essas informações ajudariam a ciência a eliminar os focos”, sugere.

Setenta e três anos antes de Isaac Newton, o missionário capuchinho francês D´Abbeville publicou que os tupinambá atribuem à lua o fluxo e o refluxo do mar e distinguem muito bem as duas marés cheias que se verificam na lua cheia e na lua nova ou poucos dias depois. “Também observam o movimento do nascer e do pôr-do-sol e o seu deslocam na linha do horizonte, que efetua entre os dois trópicos, limites que jamais ultrapassam. Eles sabiam que quando o sol vinha do lado norte trazia-lhe ventos brisas e que, ao contrário, quando vinha do lado sul, trazia-lhes chuvas. Eles contavam perfeitamente os anos em doze meses e isso pelo conhecimento do deslocamento do sol de um trópico a outro e vice-versa. Conheciam igualmente os meses pela época das chuvas e pela época dos ventos ou ainda pelo tempo dos cajus”.

As conclusões do professor indígena se baseiam em 20 anos de pesquisa de campo em aldeias das etnias tupi-guarani e caingangue, sobretudo no sul do país, mas também no Maranhão. Documentos históricos sobre a importância da astronomia no cotidiano das famílias indígenas, achados arqueológicos, tais como arte rupestre e monumentos rochosos, observações do céu, diálogos com pajés e professores de educação indígena de todas as regiões brasileiras fazem parte da sua metodologia. Em sua cruzada científica, promoveu a construção do primeiro observatório indígena solar em aldeia do Paraná, com recursos do Ministério da Ciência e Tecnologia. Busca recuperar tecnologias e instrumentos astronômicos indígenas diversos, como o calendário lunissolar e o Gnômon (sombra de sol) uma haste vertical que aponta para os quatro pontos cardeais, encontrada primeiramente às margens do Iguaçu, no Paraná, onde foi construída a usina hidrelétrica.

Sua pesquisa, agora subsidiada por edital do CNPq, empenha-o na permanência de oito horas diárias nas aldeias com o objetivo de fornecer subsídios para a sistematização de uma teoria em torno do saber empírico dos indígenas sobre o movimento do sol, da lua, da Via Láctea e constelações e suas associações à biodiversidade local. “Essas associações, principalmente, é que são diferenciadoras e desconhecidas dos cientistas”, acrescenta. As periodicidades relacionadas ao sol (dia e ano), assim como as associações entre dia e ano com os ciclos da vida na terra é uma relação bem conhecida, mas a dos ciclos da lua (fases) com os ciclos biológicos foram pouco estudadas.

No paradigma desses povos, tudo o que está na terra reflete o céu. Assim, o Caminho de Compostela é a via láctea, o campo de estrelas. “Quem caminha por Compostela ignorando isso perde o seu significado mais místico”, ironiza o pesquisador índio, para quem caminhar pela terra é espiar os céus.

Por Raquel Wandelli/ Doutoranda UFSC/ Professora de Jornalismo Unisul/SC

Reunião Anual da SBPC: Amazônia terá torre da altura da Eiffel para monitoramento do clima

17/07/2009 17:21

(Agência SBPC) – Com recursos assegurados da ordem de R$ 24 milhões, Brasil e Alemanha estão realizando um sonho acalentado pela comunidade científica desde a década de 1980: a implantação do projeto Observatório Amazônico de Torre Alta (ATTO, na sigla em inglês de Amazon Tall Tower Observatory), que implicará a construção de uma estrutura de 300 metros de altura, no meio da floresta.

Reforçando a atual rede de 15 unidades de até 50 metros, a nova torre a ser edificada – com a mesma altura da Torre Eiffel, em Paris – multiplicará as condições de monitoramento das mudanças climáticas na região, informou Antonio Ocimar Manzi, pesquisador do Instituto Nacional de Pesquisas do Amazonas (Inpa) e gerente do projeto pelo lado brasileiro. Manzi contou detalhes do projeto ATTO em uma conferência nesta quinta-feira, 16, durante a 61ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), em Manaus, AM.

Fruto de um convênio entre o Ministério de Educação e Pesquisa da Alemanha e o Ministério da Ciência e Tecnologia brasileiro, o Observatório fará a “escuta” da “conversa” da biosfera com a atmosfera. A torre de 300 metros será instalada na Reserva de Desenvolvimento Sustentável de Uatumã, em Presidente Figueiredo, município a cerca de 200 quilômetros de Manaus. Só existe uma experiência similar, na Sibéria.

A torre de 300 metros será rodeada por quatro torres meteorológicas, de até 50 metros. Manzi estima que o sítio experimental do projeto terá vida útil de 20 a 30 anos.

Contando com parcerias de universidades e institutos da Alemanha, Brasil, Finlândia, EUA e Holanda, o Observatório terá em sua mira o efeito estufa, a documentação e quantificação das mudanças biogeoquímicas, os desmatamentos, as queimadas, as chuvas e a substituição das florestas por outras vegetações e por projetos agropecuários. Em resumo, os cientistas querem ver até onde a floresta amazônica se relaciona com o fenômeno do aquecimento global. A iniciativa é denominada pelos pesquisadores como “Experimento de Grande Escala da Biosfera-Atmosfera na Amazônia”.

Os investimentos e custos de construção e operacionalização do projeto, explica o pesquisador do Inpa, serão compartilhados meio a meio por Brasil e Alemanha. Os R$ 12 milhões da parte brasileira sairão dos fundos setoriais transversais administrados pela Financiadora de Estudos e Projetos (Finep).

Para acelerar o processo de implantação, a Alemanha já definiu os nomes de um gerente (Jürgen Kesselmeir) e o pesquisador-líder em Manaus (Jochen Schoengort). Do lado brasileiro, falta escolher o pesquisador-líder. Além da análise de solo e ambiente locais visando à construção da torre, a equipe está detalhando as linhas de pesquisa e o modelo operacional do ATTO. Com cronograma já aprovado e recursos garantidos, Ocimar Manzi espera que as torres fiquem prontas dentro de dois anos. Um dos desafios, assinalou, passa pela disponibilidade de energia elétrica.

Ainda de acordo com o gerente local, as chuvas e o estoque de carbono receberão atenção especial do Observatório. “A importância pode ser medida pelo fato de aqui, na Amazônia, chover o dobro do que a média mundial”, sublinhou Manzi. Destacou, igualmente, o grande estoque de carbono. “São 100 bilhões de toneladas na biomassa e outras tantas no solo, ou seja, vinte vezes mais do que o estoque mundial”. A questão energética apresenta-se como uma preocupação estratégica dos parceiros envolvidos.

“O complexo de torres propiciará, em síntese, as condições para a comunidade científica conhecer e dominar todos os mecanismos da camada de ozônio limite em escala planetária”, concluiu o pesquisador do Inpa.

Por Moacir Loth, da UFSC, para a Agência SBPC

Governador Roberto Requião abre Encontro Nacional de Estudantes de Economia

17/07/2009 17:12

O governador do Paraná, Roberto Requião, fará a palestra de abertura – “Integração Latino-Americana: a Crise Capitalista e o Papel do Economista” – do 35º Encontro Nacional de Estudantes de Economia (Eneco), às 18h de domingo, dia 19, no Centro de Cultura e Eventos da UFSC. O encontro é organizado pelo Centro Acadêmico Livre de Economia da UFSC e deve ter a presença de dois mil estudantes de todo o país. Até dia 24, eles debaterão assuntos relacionados ao tema central do evento, “A Integração Latino-Americana em Tempos de Crise”, e participarão de debates, minicursos, grupos de discussão e apresentações de trabalhos acadêmicos.

Na segunda-feira, 20, um dos destaques é a presença do professor Plínio Soares Arruda Sampaio Júnior, da Unicamp, mas o ex-presidente do BNDES Carlos Lessa, economista e professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro, também deverá atrair as atenções dos participantes, na mesa que tratará do tema “A crise: limites e possibilidade do Estado”. Também tomam parte das discussões do dia os professores Reinaldo Gonçalves, da UFRJ, Paulo Nakatani, da Universidade Federal do Espírito Santo, e Alejandro Olmos Gaona, que ganhou notoriedade ao ser convocado pelo presidente Rafael Correa para investigar a dívida externa do Equador.

Nos outros dias do encontro estarão na UFSC o presidente do MST, João Pedro Stédile, o professor Claudio Katz, da Universidad Buenos Aires, o economista José Luís Oreiro, da Universidade de Brasília, e o fundador e atual presidente do Instituto Miscs Brasil, Helio Marcos Coutinho Beltrão, entre outros. Entre os temas das mesas aparecem “A crise e a questão nacional na América Latina”, “Crise e imperialismo: as estruturas internacionais de poder” e “A crise e o comércio internacional”.

A organização contabiliza a participação de estudantes de todas as regiões do país. O coordenador geral do encontro, Guilherme Fissmer, explica que os inscritos terão direito a infraestrutura completa e certificado de participação. “Os estudantes de fora ficarão instalados na UFSC, onde terão alojamento, alimentação, chuveiros, tudo incluso no valor da inscrição”, diz ele. “Quem mora em Florianópolis tem a opção de pagar R$ 100,00 sem alojamento”. Para fazer a inscrição ou obter maiores informações, os interessados podem acessar o site do Eneco 2009 (www.eneco2009.com.br), onde estão a programação completa e outras notícias do evento.

Mais informações pelos telefones (48) 3721-6569 e 8825-1169, com Samuel Bezerra Barquet, ou pelo e-mail eneco2009@gmail.com.

PROGRAMAÇÃO

MESAS TEMÁTICAS

Dia 19/07

Mesa de Abertura – Noite:

Integração Latino-americana: A Crise e o Papel do Economista:

A Confirmar: Rafael Correa – Presidente do Equador

Economista, político e o atual presidente do Equador.

Correa nasceu em Guayaquil e formou-se em Economia na Universidad Católica de Santiago de Guayaquil (1987), possui Mestrado em Economia na Université Catholique de Louvain in Belgium (1991) e Doutorado na University of Illinois at Urbana-Champaign (1999), ainda um a PhD na mesma universidade (2001).

Foi assessor do ex-presidente Alfredo Palacio durante suas funções como vice-presidente. Foi ministro de Economia e Finanças no início da gestão de Palacio na presidência, entre abril e agosto de 2005, após a destituição de Lucio Gutiérrez. Renunciou ao cargo por discordar da política presidencial.

Correa propõe renegociar a dívida externa, rever contratos petrolíferos (inclusive com a Petrobras), não renovar a concessão de uma base usada por militares dos EUA e convocar uma Assembléia Constituinte para reduzir a influência política sobre o Judiciário e obrigar os deputados a viverem nos pequenos distritos eleitorais que representam. Também é contrário à assinatura de tratado de livre-comércio com os EUA, pois prefere aderir à ALBA.

Roberto Requião de Mello e Silva – Governador do Paraná

Político brasileiro e atual governador atualmente o estado do Paraná.

É advogado formado pela Universidade Federal do Paraná e jornalista pela Pontifícia Universidade Católica do Paraná. Também Cursou Urbanismo na Fundação Getúlio Vargas.

Dia 20/07

Mesa Temática – Manhã:

A Crise e a Questão Nacional na América Latina

1) Plínio Soares Arruda Sampaio Júnior – UNICAMP

Fez Graduação em Ciências Econômicas pela Universidade de São Paulo (1979), Mestrado (1988) e Doutorado (1997) em Ciências Econômicas pela Universidade Estadual de Campinas, onde atualmente é professor do Instituto de Economia.

2) Reinaldo Gonçalves – UFRJ

Formado em Economia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro, em 1973, fez mestrado em Economia na Fundação Getúlio Vargas e doutorado na University of Reading. É livre-docente de Economia Internacional de Economia da UFRJ, desde 1993. Atualmente é professor titular do Instituto de Economia da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Foi o ganhador da comenda Personalidade Econômica do Ano, em 2004. Gonçalves também ganhou o Prêmio Fundação Universitária José Bonifácio, em 1991, e recebeu o Prêmio Jabuti 2001 – como primeiro lugar da categoria Economia, Direito, Administração e Negócios – pelo livro O Brasil e o Comércio Internacional.

3) José Valenzuela – UNAM

Mesa Temática – Noite:

A Crise: Limites e Possibilidades do Estado

1) Alejandro Olmos Gaona – Equador


Argentino e formado em História foi convocado pelo governo do Equador para investigar a dívida externa do país. Especialista em direito público internacional, filho de Alexandre Olmos, que foi o primeiro a expor a ilegitimidade da dívida externa argentina. O presidente Rafael Correa o convocou para realizar uma auditoria da dívida do Equador.

2) Carlos Lessa – UFRJ

Formado em Ciências Econômicas pela Universidade do Brasil, mestrado em analise econômica pelo Conselho Nacional de Economia e doutorado pelo Instituto de Filosofia e Ciências Humanas da Unicamp. Foi professor no Instituto Rio Branco do Itamaraty (1961-1964), de cursos da CEPAL e ILPES da ONU (1962-1968), do Instituto para Integração da América Latina (1966-1969), da Universidade do Chile (1967), da Unicamp (1979-1994) e da UFRJ(desde 1978 até hoje). Tem grande importância no contexto latino-americano, foi economista do Instituto Latino Americano de Planificación Econônmica & Social da ONU. Foi exilado no Chile durando o período da ditadura militar. Ajudou a fundar a faculdade de economia na Unicamp, quando voltou ao Brasil, um pouco antes do AI-5. Foi reitor, em 2002, da UFRJ. Presidenciou o BNDES entre 2003 e 2004 do qual foi afastado devido a divergências com a política econômica do governo Lula.

3) Paulo Nakatani – UFES e SEP

Possui graduação em Ciências Econômicas pela Universidade Federal do Paraná (1971), mestrado em Système de L`économie Mondiale – Université de Paris X, Nanterre (1981), doutorado em Ciências Econômicas – Université de Picardie (1982) e pós-doutorado na Université Paris XIII (2002). Atualmente é professor associado I da Universidade Federal do Espírito Santo, membro do Conselho Editorial da Revista de Economia Critica e Presidente da SEP – Sociedade Brasileira de Economia Política. Tem experiência na área de Economia, com ênfase em Estado, Política Monetária e Fiscal do Brasil, atuando principalmente nos seguintes temas: Capitalismo Contemporâneo, Socialismo, Política Econômica, Política Monetária, Setor externo e Política Fiscal.

Dia 21/07

Mesa Temática – Noite:

Crise e Imperialismo: As estruturas internacionais de poder

1) Claudio Katz – UBA

É economista, pesquisador do CONICET e professor da Universidad de Buenos Aires. É autor de inúmeros textos de interpretação do capitalismo contemporâneo e da realidade latino-americana. Participa ativamente de fóruns por todo o continente de impugnação do livre-comércio, endividamento externo e militarização. Seus três últimos livros são “El porvenir del socialismo” (menção honrosa no Prêmio Libertador al Pensamiento Crítico Venezuela 2005), “El rediseño de América Latina” e “Disyuntivas de la izquierda en América Latina”. Como integrante do EDI (Economistas de Izquierda) publicou vários ensaios sobre a conjuntura política e social da Argentina.

2) João Pedro Stédile – MST

Formado em Economia pela PUC-RS, com pós-graduação no México na Universidad Nacional Autónoma de México. É também ativista e um dos fundadores do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra, fazendo parte da coordenação nacional do MST e da Via Campesina Brasil, além de ser autor de diversas publicações que sobre a questão agrária brasileira. Atuou como membro da Comissão de Produtores de Uva dos Sindicatos dos Trabalhadores Rurais do Rio Grande do Sul, na região de Bento Gonçalves. É autor e co-autor de vários livros sobre a questão da reforma agrária.

3) José Luis Oreiro – UnB

Bolsista de Produtividade em Pesquisa do CNPq – Nível 1D. Possui graduação em Ciências Econômicas pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (1992), mestrado em Economia pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (1996) e doutorado em Economia da Indústria e da Tecnologia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (2000). Atualmente é professor adjunto do departamento de economia da Universidade de Brasília. Foi professor do departamento de economia da Universidade Federal do Paraná de 2003 a 2008, onde exerceu o cargo de Diretor do Centro de Pesquisas Econômicas (CEPEC), de vice-coordenador do Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento Econômico (2004-2008) e de coordenador do Boletim Economia & Tecnologia (2005-2007), do qual foi o fundador. Tem experiência na área de Economia, com ênfase em Dinâmica Macroeconômica.

Dia 23/07

Mesa Temática – Manhã:

O Brasil no Contexto Latino-Americano: (SUB) Imperialismo ou Integração?

1) Marcelo Dias Carcanholo – UFF

Possui graduação em Ciências Econômicas pela Universidade de São Paulo (1993), mestrado em Economia pela Universidade Federal Fluminense (1996) e doutorado em Economia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (2002). Atualmente é professor adjunto da Universidade Federal Fluminense e Membro do Núcleo Interdisciplinar de Estudos e Pesquisas em Marx e marxismo (NIEP-UFF). Tem experiência na área de Economia, com ênfase em Economia Política, Economia Marxista e Desenvolvimento Econômico, atuando principalmente nos seguintes temas: neoliberalismo, vulnerabilidade externa, abertura externa, Economia Brasileira e América Latina.

2) Mathias Seibel Luce – UFRGS

Doutorando em História pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul, mestre em Relações Internacionais pela UFRGS (2007). Tem experiência nas áreas de História Contemporânea Mundial e da América e de Política Internacional. Desenvolve pesquisas sobre Teoria do Imperialismo, Teoria Marxista da Dependência, marxismo e Relações Internacionais, Teoria da Integração Regional e Geopolítica Internacional.

3) Theotonio dos Santos – UFF

Possui graduação em Sociologia e Política e Administração Pública pela Universidade Federal de Minas Gerais (1961), mestrado em Ciência Política pela Universidade de Brasília (1964) , doutorado em Economia Por Notório Saber pela Universidade Federal de Minas Gerais (1985) e doutorado em Economia Por Notório Saber pela Universidade Federal Fluminense (1995) . Atualmente é professor titular da Universidade Federal Fluminense, Coordenador de Cátedra da Unesco e Membro de corpo editorial da Monitor Mercantil. Tem experiência na área de Economia, com ênfase em Economia Internacional.

Mesa Temática – Noite:

A Crise e o Comércio Internacional

1) Frederico Gonzaga Jayme Jr – UFMG

Bolsista de Produtividade em Pesquisa do CNPq – Nível 2. Graduou-se em Economia pela Universidade Federal de Minas Gerais (1988), obteve o mestrado em Economia pela Universidade Estadual de Campinas (1994) e o doutorado em Economia pela New School for Social Research, Nova York – EUA (2001). É atualmente Professor da Universidade Federal de Minas Gerais desde 1991. Pesquisa principalmente nos seguintes temas: Restrição Externa ao Crescimento, Sistema Financeiro e Finanças Públicas.

2) Helio Marcos Coutinho Beltrão – IMB e IM

Fundador e atual Presidente do Instituto Mises Brasil, é também fundador/membro do Conselho Consultivo do Instituto Millenium.

Possui graduação em Engenharia pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC/RJ) com MBA em finanças pela Columbia University em New York – graduação com distinção Beta Gamma Sigma. Foi executivo do Banco Garantia, ex-sócio da Mídia Investimentos (private equity), atual sócio da Sextante Investimentos (gestão de fundos) e membro do conselho de administração do Grupo Ultra, da Artesia Investimentos e da Le Lis Blanc. Também é membro do conselho consultivo da Ediouro Publicações e Lab SSJ.

Tem como principais áreas de conhecimento: Finanças, Economia, Filosofia da Liberdade, Governança Corporativa e Sistemas de remuneração.

3) Nildo Domingos Ouriques – IELA e UFSC

Atualmente é presidente do Instituto de Estudos Latino-Americanos (IELA) e professor adjunto do Departamento de Economia da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Realizou doutorado em Economia na Universidade Nacional Autônoma do México (UNAM) onde também atuou no jornalismo e como professor na Faculdade de Economia. Consagrou sua atuação na universidade brasileira aos estudos latino-americanos com diversas publicações nesta área, especialmente em temas como a dependência e o subdesenvolvimento, o endividamento externo e interno, as migrações, entre outros. Professor do Programa de Doutorado em Desenvolvimento Econômico da Benemérita Universidade de Puebla (UAP-México).

Arte, cultura e eventos

As programações de Arte e Cultura serão inseridas nas JANELAS que são espaços entre os eventos acadêmicos. A organização prevê apresentações de cultura local e nacionais como Boi-de-mamão, Dança Afro, Índios, Dança Alemã, etc. Estão previstas também amostras de filmes, curtas-metragens, teatro e circo. Na parte artística serão oferecidas oficinas de capoeira, grafite, entre outras.

Reunião Anual da SBPC: Mudanças climáticas exigem agenda social para atingidos

17/07/2009 16:14

(Agência SBPC) – O Brasil precisa urgentemente construir uma agenda social para prevenir e enfrentar os impactos causados para as populações pelas mudanças climáticas. A proposta foi defendida nesta quinta-feira, 16, na 61ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), em Manaus, pelos pesquisadores Ulisses Eugenio Cavalcanti Confalonieri (Fiocruz/UFMG) e Roberto Luiz do Carmo (Cedeplar). Eles participaram da mesa redonda intitulada “População e mudanças climáticas: riscos, vulnerabilidade e adaptação”.

Os três foram unânimes em projetar o agravamento dos desastres naturais nos próximos anos e décadas, com reflexos na saúde, na agricultura, no emprego, nos biomas e nos sistemas energéticos. A agenda deve, segundo os pesquisadores, prever ações para conter as agressões ao meio ambiente e medidas para compensar os impactos climáticos que passam pela assistência técnica e financeira aos atingidos. “Cada vez será maior o contingente de pessoas em situação de risco”, advertiu Alisson Barbieri.

O médico Ulisses Confalonieri, que realiza pesquisas na área desde a década de 1990, enfatizou a interface entre as mudanças do clima e a saúde humana. Ele realizou pesquisas para o Governo Federal sobre os impactos causados nos Estados. A situação mais grave foi verificada no Nordeste, que exigiu uma nova análise, incorporando dados mais completos. “O Nordeste é a região mais impactada por causa do clima semi-árido”, frisou. Ulisses afirmou que a região possui o semi-árido com maior densidade demográfica do mundo, superando inclusive a África.

Além dos problemas de saúde e desnutrição, esse quadro acelera as migrações e a concentração demográfica nas cidades. Pesquisador do Núcleo de Estudos de População da Universidade de Campinas (Unicamp-SP), Roberto Luiz do Carmo sublinhou que a redistribuição espacial da população elevou a concentração urbana, em 50 anos, de 30% para 80%. Ele estima que os fenômenos serão cada vez mais frequentes e agudos e tendem a afetar de forma mais violenta as pessoas pobres. Roberto lista temperaturas extremas, inundações, secas, endemias, elevação do nível do mar, furações, tornados e aumento da concentração de ozônio. Como exemplos citou a seca e cheia no Amazonas.

Os pesquisadores adotam, entre outros, a definição das Nações Unidas (ONU) para vulnerabilidade das populações, que “incorpora a capacidade de indivíduos, comunidades e sociedades de se adaptarem aos impactos da mudança climática, evitando sofrimentos e perdas parcialmente irreversíveis numa condição de estabilidade e bem-estar”. A ideia tem o sentido de antecipar, prevenir e reparar danos produzidos pelos desastres naturais.

O pesquisador da Unicamp mostrou como algo positivo o crescimento da conscientização ecológica da sociedade. Numa pesquisa que fez em Campinas e Santos (SP) descobriu que 90% dos entrevistados consideram as mudanças climáticas como sendo um problema muito grave. Roberto Luiz do Carmo defendeu um comprometimento maior das Ciências Sócias com a temática. “É necessário incorporar as dimensões humanas nesse contexto”, alertou.

Por Moacir Loth, da UFSC, para a Agência SBPC

Reunião Anual da SBPC: Queimadas alteram ciclos biogeoquímicos e clima da Amazônia

17/07/2009 16:10

As queimadas na floresta amazônica, provocadas pela criação de áreas de pastagem, exploração da madeira e agricultura familiar, estão causando alterações nos ciclos biogeoquímicos (os percursos realizados no meio ambiente por um elemento químico) e afetando ainda mais o clima da região. A revelação foi feita pelos pesquisadores Paulo Artaxo, da Universidade de São Paulo (USP), e Flávio Luizão, do Instituto de Pesquisas da Amazônia (INPA), em uma mesa-redonda realizada ontem (15/07), durante a 61ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), que está sendo realizada em Manaus (AM).

De acordo com os pesquisadores, um dos exemplos mais evidentes de alterações de ciclos biogeoquímicos na Amazônia provocados pelas queimadas é o do nitrogênio – um nutriente essencial para as plantas, que está presente no solo, no ar e na água. No estado gasoso, este elemento químico representa 78% da atmosfera, mas, para que seja aproveitado pelas plantas é necessário que os micróbios presentes nos caules das plantas e no solo capturem e quebrem o nitrogênio para disponibilizá-lo na forma de outros elementos. A partir daí, parte desse composto é fixado no solo sob as formas de nitrito e nitrato, por exemplo. E através das chuvas, chega aos meios aquáticos na forma de amônia.

Segundo os pesquisadores, o que está ocorrendo na Amazônia é que ao queimar a floresta parte dos compostos nitrogenados presentes nas árvores, como a amônia, por exemplo, são vaporizados e vão para a atmosfera onde se combinam com outros elementos e acabam formando chuva ácida. Isso também gera um aumento da quantidade de nitrogênio armazenado na biosfera, contribuindo para mudanças no ciclo hidrológico – de chuvas – e nas condições climáticas da região.

“A gente observa um impacto importante do homem na emissão de nitrogênio aqui na região amazônica através de queimadas”, afirma o pesquisador da USP Paulo Artaxo. Mas ele ressalva que o problema não diz respeito apenas à região. “Embora boa parte dessas ações ocorram na Amazônia, na verdade há uma contribuição global muito importante de queimadas, principalmente da África e da Oceania, que alteram o ciclo do nitrogênio. Mas é importante termos em mente que apenas o desmatamento no Brasil corresponde a 41% do desmatamento global”, compara Artaxo.

Para o pesquisador Flávio Luizão, as queimadas também causam uma enorme perda de nutrientes na biomassa e deterioram as condições do solo. “O solo de uma área de pastagem se deteriora em 13 anos e, em condições naturais, são necessários 70 anos para recuperar o ciclo de hidrogênio desse sistema”, diz o especialista.

Solução – Uma das alternativas indicadas pelo pesquisador para recuperar áreas degradadas abandonadas na Amazônia – que correspondem a mais de 50% do total de 17% da área desmatada da floresta – é o uso de culturas leguminosas ou a substituição da atividade agropecuária por sistemas agroflorestais. A Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), por exemplo, já conseguiu, em apenas 13 anos, recuperar a parte biológica de um sistema degradado na região por meio da plantação de culturas de pupunha e açaí.

Os pesquisadores também se manifestaram absolutamente contrários à recente concessão do licenciamento ambiental para restauração e pavimentação da BR-319, que liga Manaus (AM) a Porto Velho (RO). “Nessa região, onde estão querendo pavimentar a estrada, há uma altíssima biodiversidade, maior do que em outras regiões da Amazônia. Essa obra não tem justificativa econômica. O número de famílias que habita essa região é baixíssimo. Será, sem sombra de dúvida, um desastre ambiental”, avalia Luizão.

Por Elton Alisson, da Assessoria de Imprensa da SBPC, para a Agência SBPC

Reunião Anual da SBPC: Carlos Minc anuncia os primeiros projetos do Fundo Amazônia

17/07/2009 15:56

O Brasil mudará seu papel de “vilão”, desempenhado nos últimos painéis internacionais de discussão sobre mudanças climáticas, para o de “mocinho” na próxima Conferência do Clima, que será realizada em dezembro deste ano em Copenhague, na Dinamarca. A mudança será devido ao auxílio de diversos atores coadjuvantes – os cientistas brasileiros -, que trabalharam intensamente para a elaboração de um plano nacional de mudanças climáticas, para fixar metas de redução da emissão de gás carbônico e para a criação do Fundo Amazônia. A avaliação foi feita pelo ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, na abertura da conferência que proferiu nesta quinta-feira (15/07), na 61ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), em Manaus (AM).

“Nós fizemos questão de homenagear o trabalho da SBPC e dos cientistas brasileiros na questão climática, garantindo o assento da Sociedade no comitê orientador dos projetos do Fundo Amazônia, com direito de voz e voto. Porque sabemos que não resolveremos o problema do desmatamento da Amazônia só com polícia e o Ibama. Se não tivermos alternativas científicas e tecnológicas para o desenvolvimento da região, com baixo impacto ambiental, estamos sem saídas”, disse.

O ministro anunciou que serão aprovados nas próximas duas a três semanas os cinco primeiros projetos aprovados no âmbito do Fundo Amazônia, lançado no ano passado para captar e investir recursos para combater o desmatamento e promover o desenvolvimento sustentável da região amazônica. Os primeiros contemplados com investimentos do Fundo na Amazônia são programas de pagamento por serviços ambientais, realizados pelo próprio governo, além de outros conduzidos por instituições como o Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa), e o Museu Emilio Goeldi, no Pará.

Controle do desmatamento – Conforme anunciou no início do mês passado, o ministro voltou a afirmar que o índice de desmatamento da Amazônia será o menor dos últimos 20 anos. E creditou à façanha a um conjunto de fatores, como o aumento do controle por monitoramento por satélites e a ações de combate ao crime ambiental, entre outras iniciativas. Mas manifestou sua discordância da tese defendida por críticos à política brasileira para o meio ambiente de que o Brasil representa uma grande unidade de conservação, cujos recursos naturais são, na opinião dos críticos, excessivamente protegidos. “Se tivéssemos tanta proteção, não teríamos um aumento tão grande do número de espécies ameaçadas em extinção como vem ocorrendo nos últimos anos. E isso aconteceu por causa das monoculturas, das queimadas e expansão da agropecuária”, rebateu.

De acordo com Minc, grandes monoculturas, como a da soja, deixaram de ser um fator relevante para o desmatamento da Amazônia nos últimos anos em função de acordos articulados pelo ministério com o setor moageiro, como a “moratória da soja”. Por intermédio dessa ação, grandes empresas processadoras da oleaginosa se comprometeram a não comprar grãos cultivados em áreas desmatadas.

O ministro afirmou que acordos semelhantes à moratória da soja estão sendo negociados com outros setores, como o madeireiro, cujos representantes se comprometeram a comprar e exportar madeiras oriundas de planos de manejo legais. Porém, indicou que o setor econômico que também contribui para o desmatamento da Amazônia e está mais fora de controle na região é o agropecuário.

“Os frigoríficos não desmatam, mas compram carne de desmatadores. Tentamos celebrar um acordo similar ao da soja e da madeira com a Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne (Abiex), e eles responderam que não era possível por causa da crise. Na época eu alertei que eles corriam o risco da crise e de serem boicotados pelo mercado. Não deu outra”, contou, se referindo à recente ação movida pelo Ministério Público e ONGs ambientalistas, que exigiu que as redes de supermercados deixassem de comprar a carne de gado criado em áreas desmatadas no Pará fornecida por grandes frigoríficos.

Amanhã o ministro participará em Curitiba do lançamento mundial do “Certificado Life da biodiversidade”, uma certificação que atesta que os produtos fabricados por uma determinada empresa em toda sua cadeia produtiva não causam efeitos negativos na biodiversidade e produzem impactos mínimos ao ecossistema. Diversas universidade e institutos de pesquisa, de diversos lugares do mundo, se juntaram para conceder a certificação. “Isso mostra como as áreas científica e tecnológica podem dar um importante apoio não só na proteção, mas também na indução para que as empresas cada vez mais adotem tecnologias mais limpas e procedimentos menos predatórios”, disse.

Professor do curso de geografia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e com uma tese de doutorado sobre a região amazônica, em que comparou os processos de ocupação territorial dos estados do Pará e de Rondônia, Minc encerrou a conferência, intitulada “Biodiversidade e sustentabilidade”, com “saudações ecológicas e libertárias”. O que o presidente da SBPC, Marco Antonio Raupp, complementou com “e saudações científicas”.

Por Elton Alisson, da Assessoria de Imprensa da SBPC, para a Agência SBPC

Especial Pesquisa: UFSC desenvolve método para controlar o uso de gordura trans nos restaurantes

16/07/2009 13:40

Gordura trans: OMS orienta fim do consumo

Gordura trans: OMS orienta fim do consumo

Comer fora de casa é um hábito cada vez mais comum, especialmente nas grandes cidades. Mas como medir a qualidade nutricional da comida oferecida diariamente nos restaurantes? Foi pensando nisso, em especial na redução do consumo de gordura trans, responsável por aumentar o risco de doenças cardiovasculares, que um estudo do Programa de Pós-Graduação em Nutrição da UFSC criou um método para controlar a qualidade na produção de refeições. A pesquisa foi desenvolvida pela nutricionista Vanessa Hissanaga, sob orientação da professora Rossana Pacheco, junto ao Núcleo de Pesquisa de Nutrição em Produção de Refeições (Nuppre), ligado ao Departamento de Nutrição da UFSC.

Fruto de um estudo de caso em um restaurante de Florianópolis, o trabalho buscou identificar processos que mantêm a gordura trans nos alimentos. Após a observação, Vanessa notou que o local apresentava deficiências no conhecimento da origem de alguns produtos e na conferência dos rótulos. Seria necessário, então, um instrumento que colaborasse com a aplicação desses e de outros procedimentos. É aí que entra o ‘Método de Controle de Gorduras Trans no Processo Produtivo de Refeições’, chamado de CGTR.

A ferramenta foi organizada em sete etapas. Em cada uma delas, o nutricionista preenche um formulário sobre os processos de produção de refeições. Com a ajuda de um glossário de termos científicos, descobre onde o procedimento pode ser melhorado e o que pode ser feito. Os itens citados acima, por exemplo, se enquadram na etapa três: acompanhamento do fluxo produtivo de refeições. Se fossem identificados, o método orientaria que os rótulos precisam ser conferidos e que os fornecedores devem, de preferência, utilizar óleo vegetal, que é mais saudável. Desta forma, após a aplicação do CGTR, o estabelecimento tem condições de oferecer uma refeição com menos gordura trans.

O desenvolvimento do trabalho contou com a parceria professora Jane Mara Block, do Departamento de Ciência e Tecnologia de Alimentos, do Centro de Ciências Agrárias (CCA) da UFSC, além de alunas do curso de graduação em Nutrição. “Com a ascensão da alimentação fora de casa, os restaurantes acabam se tornando responsáveis pela saúde de muitas pessoas”, destaca Vanessa, ressaltando a importância da pesquisa.

Ela lembra que desde 2004 a Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda o fim do consumo de gordura trans, apoiada em estudos que comprovam sua relação com o desenvolvimento de doenças cardiovasculares. Da mesma forma, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária obrigou todas as empresas do ramo alimentar, a partir de 2006, a discriminarem nos rótulos dos produtos a quantidade da substância, o que popularizou a estampa ‘Livre de gordura trans’. “O CGTR vem ao encontro desta proposta e pode ser um apoio para nutricionistas que gerenciam unidades produtoras de refeições”, acredita Vanessa.

Mais informações pelo telefone 3721-9020 ou pelo site www.nuppre.ufsc.br / e-mail: vanessahissanaga@hotmail.com

Por Júlio Ettore Suriano / Bolsista de Jornalismo na Agecom

Saiba mais: as gorduras e a gordura trans

– As gorduras são uma classe dos lipídios, moléculas com grandes cadeias de átomos de carbono que armazenam muita energia, por isso são uma das reservas do nosso corpo. Dividem-se em dois grupos: saturadas e insaturadas. As primeiras são produzidas pelos animais e encontradas na natureza em estado sólido, como nas carnes que comemos. São conhecidas nutricionalmente por aumentarem os níveis de LDL, o “colesterol mau”, podendo causar o entupimento de veias e artérias. Já as insaturadas são líquidas e produzidas pelos vegetais, como o óleo de soja e o azeite. Estas, por outro lado, geralmente aumentam o “colesterol bom”, o HDL.

– Quimicamente, a diferença entre as duas é a seguinte: na gordura saturada, todos os átomos realizam o mesmo tipo de ligação (simples), o que deixa a molécula mais estável e, por isso, acabam gerando uma estrutura coesa e sólida. Na insaturada, alguns átomos têm ligações duplas, o que aumenta a instabilidade e dificulta o agrupamento, resultando em líquidos.

– No início do século passado, a indústria alimentar tentou descobrir uma substância mais saudável e barata que a gordura animal (saturada), para a fabricação de massas, pães e outros. A solução foi aparentemente simples: forçar o rompimento das ligações duplas da gordura vegetal (insaturada), gerando um sólido. Como fazer isso? Adicionando átomos de hidrogênio para se ligarem aos carbonos com duplas ligações, transformando-as em duas simples, em um processo chamado de hidrogenação. Nasceu aí a gordura vegetal hidrogenada.

– A nova gordura, além de ser considerada menos danosa ao organismo, conferia aos alimentos mais tempo de conserva e melhor consistência. Além disso, criou a margarina, que pode ser espalhada em um pedaço de pão logo após ser retirada da geladeira, ao contrário da manteiga, que endurece a baixas temperaturas. Aos poucos, a gordura hidrogenada substituiu a animal.

– A partir da década de 80, ganharam força as evidências de que a gordura hidrogenada poderia ser ainda menos saudável que a gordura saturada. O motivo: na hidrogenação industrial, nem todas as ligações duplas são eliminadas e as restantes formam um ângulo muito pequeno, o que em Química se reconhece pelo prefixo “Trans” – daí o nome “gordura trans”. O resultado é uma molécula extremamente difícil de ser digerida, portanto com grandes possibilidades de se acumular. Descobriu-se então que a gordura trans, além de aumentar o LDL, como a gordura saturada, ainda diminui o HDL, colocando-a na lista de substâncias nocivas ao organismo.

Fonte: NUPPRE

Visite::

– Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa): www.anvisa.gov.br

– Tabela de composição química dos alimentos: www.unifesp.br/dis/servicos/nutri

Departamento de Nutrição da UFSC e Sociedade Vegetariana Brasileira organizam curso sobre alimentação crudívora

16/07/2009 13:25

Estão abertas na UFSC inscrições para um curso de culinária saudável e saborosa baseado na culinária crudívora. De acordo com a organizadora, a professora do Departamento de Nutrição da UFSC, Suzeley Jorge, que trabalha com alimentação vegetariana, o objetivo é mostrar para as pessoas o que é e quais os benefícios dessa culinária em que o indivíduo não consome alimentos de origem animal e os componentes não são cozidos.

“Nessa dieta, nada pode ser preparado ao fogo, por se acreditar que este tipo de preparação causa perda de nutrientes. Não quer dizer, necessariamente, que se coma apenas alimentos crus. Existem processos de preparação que não causam perdas, como a desidratação dos alimentos”, explica a professora.

Segundo ela, a alimentação crudívora é também chamada de “alimentação viva” ou “comida viva”, sendo baseada em alimentos crus, frutos frescos e secos (hidratados), vegetais, sementes, grãos germinados como o germe de trigo e algas.

Os ministrantes do curso são Aris La Tham e Alberto P. Gonzalez. Aris La participou em 2004 do 36º Congresso Vegetariano Mundial, em Florianópolis, organizado pela Sociedade Vegetariana Brasileira. É considerado o pai da culinária crudívora, ética e gourmet. Sua estreia nas criações crudívoras foi em 1979, quando fundou a Sunfired Foods, uma empresa de alimentos crudívoros em Nova Iorque. Desde então, treinou milhares de chefs crudívoros e acrescentou inúmeras receitas ao seu repertório.

Alberto Gonzalez é médico e cirurgião formado pela Universidade de Brasília, tendo realizado mestrado e doutorado em medicina pelo Instituto de Pesquisas Cirúrgicas de Munique, Alemanha. É autor do livro ´Lugar de Médico é na Cozinha` (Edil editora, 2007, 3a edição). Médico do Programa de Atenção à Saúde da Família de Campos do Jordão (Unifesp) e coordenador da oficina da semente e do curso de extensão ´Bases Fisiológicas da Terapêutica Natural e Alimentação Viva`.

O curso tem custo de R$ 100 e será ministrado nos dias 29 e 30 de julho, com apresentações teóricas e práticas sobre alimentação crudívora, no Laboratório de Técnica e Dietética do Curso de Nutrição da UFSC. Inscrições pelo e-mail: cursoculinariasaudavel@gmail.com. Promoção do Departamento de Nutrição da UFSC e da Sociedade Brasileira Vegetariana Brasileira.

Mais informações: (48) 9947-3388 Suzeley Jorge

Por Arley Reis / Jornalista da Agecom

Reunião Anual da SBPC: Brasil subirá de posição no ranking de pesquisas em genoma

16/07/2009 09:52

(Agência SBPC) – O Brasil ocupa hoje o oitavo lugar em número de projetos de sequenciamento de genoma em estudo. A meta é que o País salte para a terceira posição até o final do ano. A declaração é da pesquisadora do Laboratório Nacional de Computação Científica (LNCC/MCT), Ana Tereza Ribeiro de Vasconcelos, que apresentou a palestra “Genoma Brasileiro”, nesta quarta-feira (15/07), em Manaus (AM), na 61ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC). Um dos principais assuntos levantados pela esquisadora foi a finalização do sequenciamento genético do mosquito da malária, prevista para o próximo mês.

Vasconcelos falou também da Rede Nacional de Sequenciamento de DNA (Projeto Genoma Brasileiro), de iniciativa do Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT), que realiza estudos com o intuito de contribuir para o avanço do conhecimento na área da genética da saúde humana. “Hoje estamos com um estudo do câncer de mama, uma doença que mata cerca de 40 mil mulheres por ano. A intenção é traçar todo o perfil do genoma da doença e, em seguida, identificar uma melhor forma de tratamento”, disse.

Outro estudo apresentado pela palestrante diz respeito ao sequenciamento da bactéria Mycoplasma hyopneumoniae, que causa pneumonia infecciosa crônica em porcos. A Rede Nacional de Seqüenciamento de DNA e a Rede Sul de Análise de Genomas foram criadas pelo MCT com o objetivo de ampliar a competência, em nível nacional, nas atividades de pesquisa sobre genoma. O Ministério oferece apoio financeiro para complementação laboratorial, formação de recursos humanos especializados e desenvolvimento de trabalhos multiinstitucionais. “O Brasil é um grande produtor de suínos, principalmente na região Sul do País. Queremos sequenciar esses genomas para desenvolver as vacinas”, enfatizou.

Sequenciador – Vasconcelos também destacou a importância do Laboratório de Bioinformática (Labinfo) do LNCC e do sequenciador de alto desempenho, capaz de gerar uma grande quantidade de informação genômica. Ela explicou que o sequenciador 454, criado pela empresa 454 Life Sciences com a suíça Roche, possibilita gerar sequências de genomas em alta escala e com altíssima precisão. “Com isso, a comunidade científica do País tem acesso a um novo patamar de desempenho”, ressaltou.

Da assessoria de comunicação do Ministério de Ciência e Tecnologia

Reunião Anual da SBPC: formar professores para educação básica é desafio para universidades

16/07/2009 09:41

A formação de professores para educação básica (ensino fundamental ao médio) está entre os maiores desafios a serem enfrentados pelo Brasil, afirmou nesta terça-feira (14/07) o presidente da Capes, Jorge Guimarães, em conferência na Reunião Anual da SBPC, que vai até dia 17, em Manaus.

Na avaliação de Guimarães, apesar do desafio, a pós-graduação brasileira descolou-se dessa tarefa. “A pós-graduação pega a nata dos estudantes. De cada 100 que entram no primário, meia dúzia conclui. De cada 100 que se graduam no ensino superior, três fazem mestrado e um faz doutorado. Não tem funil mais violento que esse. Isso não pode continuar assim”, analisou Guimarães.

Segundo o presidente da Capes, a agência do MEC aceitou o desafio de contribuir para a melhoria do ensino básico ao passar por mudanças em sua estrutura organizacional, em dezembro de 2007. Com a reestruturação, a área internacional foi alçada ao status de diretoria e foram criadas duas diretorias com foco no ensino básico: a Diretoria de Ensino a Distância e a Diretoria de Ensino Básico Presencial.

Também foi criado o Conselho Técnico-Científico da Educação Básica. Para enfrentar o problema, o MEC fez um diagnóstico sobre a situação dos professores dos ensinos fundamental e médio. Na conferência, Guimarães citou números para mostrar que a discrepância entre o número de professores formados e a demanda projetada é enorme, especialmente em disciplinas de formação específica (química, física, biologia, história etc.). “Para formar os professores de física – demandados -, precisaríamos hoje de 84 anos”, ilustrou Guimarães.

Entre as ações para atacar o problema e contribuir para melhorar a formação dos professores da educação básica, o presidente daCapescitou a Universidade Aberta do Brasil (UAB), que prepara os docentes com cursos à distância, e o Plano Nacional de Formação do Professor da Rede Pública, que visa oferecer formação superior a 350 mil professores das redes públicas estaduais e municipais, em 76 universidades adeptas do plano.

Grupo de trabalho

O papel das universidades na formação dos professores da educação básica esteve em pauta nesta terça-feira também na reunião do Grupo de Trabalho sobre Educação da SBPC, que completará um ano em 8 de agosto próximo.

A reunião tomou o dia inteiro e começou com duas apresentações sobre diagnósticos da educação no país, de Mozart Neves Ramos, presidente-executivo do movimento Todos pela Educação e conselheiro do Conselho Nacional de Educação (CNE), e Marcos Formiga, assessor da Confederação Nacional da Indústria (CNI). Na parte da tarde, os membros do GT debateram propostas de como contribuir para melhorar a formação dos professores.

O coordenador do GT, Isaac Roitman, avaliou a reunião como positiva. Após os debates, os membros do grupo decidiram que será elaborada uma moção de apoio ao fim da desvinculação de receitas da união (DRU), em fase final de votação no Congresso, e de pedido para que os recursos a serem liberados sejam investidos prioritariamente na educação básica.

Além disso, segundo Roitman, o GT decidiu pela formação de um subgrupo para preparar uma proposta de reformulação dos currículos de todas as licenciaturas. “O professor hoje não pode ser formado como era há 30 anos”, afirmou Roitman, após a reunião.

Formado por nove membros – serão dez, com a inclusão de um representante do movimento estudantil –, o GT de Educação já fez quatro reuniões presenciais, todas em São Paulo. A intenção é manter esse ritmo. Roitman adiantou que está prevista ainda para este ano a realização de um seminário sobre educação. O evento será em São Paulo, provavelmente em setembro ou outubro. Segundo o coordenador do GT, confirmações ainda dependem das negociações para convidar palestrantes.

Fonte: Vinicius Neder, do Jornal da Ciência, para a Agência SBPC

Estudantes de economia discutem integração latino-americana e a crise atual

16/07/2009 09:29

Dois mil estudantes de todo o país estarão em Florianópolis, entre os dias 19 e 24 de julho, para discutir a crise mundial e a integração latino-americana no 35º Encontro Nacional de Estudantes de Economia (Eneco). O evento acontece na Universidade Federal de Santa Catarina e é organizado pelo Centro Acadêmico Livre de Economia. O tema central vai ser “A Integração Latino-Americana em Tempos de Crise” e a abertura será no domingo, dia 19, às 18h, no Centro de Cultura e Eventos da UFSC, com a palestra “Integração Latino-Americana: a Crise Capitalista e o Papel do Economista”.

As inscrições estão abertas desde maio e a organização já contabiliza a participação de mais de 1.500 estudantes de todas as regiões do país. O coordenador geral do encontro, Guilherme Fissmer, explica que os inscritos terão direito a infraestrutura completa e certificado de participação. “Os estudantes de fora ficarão instalados na UFSC, onde terão alojamento, alimentação, chuveiros, tudo incluso no valor da inscrição”, diz ele. “Quem mora em Florianópolis tem a opção de pagar R$ 100,00 sem alojamento”.

As atividades serão abertas ao público (vagas limitadas), que poderá participar de todos os debates, minicursos, grupos de discussão e assistir a apresentações de trabalhos acadêmicos. Entre os convidados estão o ex-presidente do BNDES Carlos Lessa e o pesquisador da Universidad Buenos Aires Claudio Katz. O presidente do Equador, Rafael Correa, que é formado em Economia, também pode confirmar presença. Para fazer a inscrição ou obter maiores informações, os interessados podem acessar o site do Eneco 2009 (http://www.eneco2009.com.br/), onde estão a programação completa e outras notícias do evento.

Mais informações pelos telefones (48) 3721-6569 e 8825-1169, com Samuel Bezerra Barquet, ou pelo e-mail eneco2009@gmail.com.

Engenharia Biomédica da UFSC ministra palestra sobre o método Support Vector Machine

15/07/2009 18:32

O ciclo de seminários da Engenharia Biomédica da UFSC realiza a palestra “Modelagem do sistema de autorregulação do fluxo sanguíneo cerebral usando métodos de aprendizado”, com o Dr. Max Chacón Pacheco, da Universidade de Santiago do Chile.

A apresentação do Dr. Chacón usa métodos de aprendizado, especificamente o Support Vector Machine (SVM), para realizar modelos multivariados, que incluem pressão sanguínea arterial e pressão de CO2 no ar inspirado, com o objetivo de analisar as interações entre estas variáveis.

O sistema de autorregulação do fluxo sanguíneo cerebral é encarregado de manter o fluxo relativamente constante numa certa faixa de pressão, garantindo a introdução de substâncias líquidas nos tecidos cerebrais por meio de injeção em vasos sanguíneos e protegendo dos aumentos rápidos de fluxo. Modelar adequadamente este sistema é de grande importância para diagnosticar, monitorar e tratar diversas doenças e alterações cérebro-vasculares. Nos últimos anos a discussão tem se centrado na estrutura matemática deste sistema, principalmente no referente à sua linearidade.

O seminário acontece dia 16/07, às 16h, no Anfiteatro do Instituto de Engenharia Biomédica (IEB), localizado no segundo andar do edifício branco e laranja do IEB, nos fundos do HU.

Outras informações com José Marino Neto, telefone 3721-8181.

Por Mara Paiva/ Jornalista na Agecom

Convênio irá transformar máquinas de caça-níqueis em computadores educativos

15/07/2009 18:23

O projeto de reciclagem digital, batizado de Rede Piá, vai chegar às escolas públicas municipais. Para tanto, a Prefeitura de Florianópolis, através das secretarias de Educação e de Assistência Social, assinou nesta quarta-feira, 15/07, um convênio com as instituições envolvidas em transformar as máquinas caça-níqueis, apreendidas pela polícia, em equipamentos de informática para uso didático-pedagógico. Participam da parceria o Ministério Público Estadual, o Senac, a Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), a Polícia Civil e o Governo Estadual.

Caberá à Secretaria Municipal de Educação a tarefa de transportar os caça–níqueis do depósito do Ministério Público para o Núcleo Educacional do Senac, na Avenida Gama D’ Eça, que por sua vez terá a função de fazer as adaptações necessárias nos equipamentos. Com softwares instalados pelo Laboratório de Experimentação Remota (Rexlab), da UFSC, serão montados cerca de 300 novos computadores. Estes equipamentos terão editores de texto, planilhas, navegadores para internet e programas educacionais, que englobam jogos de prevenção ao uso de drogas e de testes de português.

Há uma previsão inicial dos computadores chegarem até as unidades escolares a partir de agosto. Entre as 25 escolas básicas municipais, as maiores devem receber três computadores cada uma, enquanto as 11 escolas desdobradas devem ficar individualmente com uma máquina. O mesmo número deverá ser repassado para as unidades infantis e para as organizações não governamentais, que lidam com crianças de zero a seis anos de idade.

Como os caça-níqueis são instrumentos para a execução de uma contravenção penal – o jogo de azar -, o Código Penal prevê a perda do direito de propriedade. Dessa forma, os equipamentos apreendidos pela Polícia Civil poderão ser convertidos à medida que o processo judicial for concluído.

Conforme o Ministério Público, que vem, desde 2007, desenvolvendo a ideia em várias localidades de Santa Catarina, as máquinas que forem apreendidas em um determinado município voltarão convertidas para escolas da mesma cidade.

Origem

A expressão Rede vem de “R”, de Reciclagem; “D”, de Digital e “E”,

de Educativa.

Já o PIÁ é um substantivo masculino utilizado para indicar a expressão “menino”, sendo o “P” de Pró; “I”, de Infância; e “A”, de Adolescência. Assim, surgiu o nome Rede PIÁ.

Por Ricardo Leantro de Medeiros/ Assessoria de Imprensa da Secretaria de Educação de Florianópolis

Projeto Rondon leva seis alunas e dois professores da UFSC à Restinga Seca

15/07/2009 18:00

Seis alunas da UFSC, junto aos professores Luis Moretto Neto, do curso de Administração, e Miguel Muller, de Engenharia de Alimentos, estão participando da operação Nordeste-Sul do Projeto Rondon de julho. O grupo chegou à Restinga Seca – cidade próxima a Santa Maria (RS)- no domingo, 12/07, e vai permanecer na cidade até sexta, dia 24/07. “A acolhida de Restinga Seca foi ótima! Toda a equipe tem muita vontade de contribuir de alguma maneira com as necessidades da cidade”, afirmou Andressa Larios, rondonista da 6ª fase de Ciências Contábeis.

Estudantes e professores estão oferecendo palestras, oficinas de capacitação e visitas de orientação dentro de suas áreas do saber. Naiara Pagnan e Iara Cruz, alunas da 8ª fase de Engenharia de Alimentos, junto com o professor Muller, estão visitando cerca de 20 estabelecimentos de produção ou venda de alimentos – como açougues, padarias e cozinhas dos colégios públicos – para verificar quais são os cuidados tomados pelos funcionários na hora de manipular os ingredientes. Ao final das visitas, o grupo vai oferecer um treinamento sobre boas práticas de manejo de alimentos.

Mariana Ferreira, estudante da 6ª fase de Administração, está dando palestras sobre finanças pessoais para toda a comunidade. Já Andressa está ministrando palestras e orientando estabelecimentos interessados em aprender mais sobra sobre outra questão financeira: o fluxo de caixa.

Laila Tiossi, da 8ª fase de Direito, está exibindo filmes das cinco regiões do Brasil em escolas públicas para incentivar o debate sobre as diferenças culturais presentes no País. Entre as obras escolhidas estão “O Quatrilho” (1994), “ Linha de Passe” (2008) e “Orquestra dos Meninos” (2008).

A sexta integrante do grupo, Lígia Lunardi, estudante da 6ª fase de Jornalismo, cuida de toda a divulgação das ações do Projeto na cidade. O professor Moretto, além de auxiliar Andressa e Mariana em suas apresentações, irá ministrar palestra sobre a profissão de administrador para alunos da área e fará também uma análise crítica da obra “A escola que sempre sonhei”, de Rubem Alves, para professores da rede pública de ensino.

Participam da ação, além dos representantes da UFSC, seis alunos e dois professores da Universidade de Taubaté – que executam ações com foco em direitos humanos, saúde e educação – e o sargento Rodrigo Meireles, militar responsável por acompanhar os rondonistas durante toda a operação.

O Projeto

O Projeto Rondon é um projeto de integração social coordenado pelo Ministério da Defesa e conta com a colaboração da Secretaria de Educação Superior do Ministério da Educação (MEC). O Projeto envolve atividades voluntárias de universitários e busca aproximar esses estudantes da realidade do país, além de contribuir para o desenvolvimento de comunidades.

Cerca de dois mil universitários participam anualmente do Projeto, que acontece todos os meses de julho e janeiro ou fevereiro e tem duração de 15 dias. O Ministério da Defesa está se planejando para aumentar as vagas para dois mil e 500 alunos em 2010 e três mil em 2011.

Por Lígia Lunardi/ ligia_lr@yahoo.com.br / Aluna do curso de Jornalismo e participante do Projeto Rondon

Fotos: Equipe do Projeto Rondon

Câmara homenageia Jornalismo da UFSC

15/07/2009 11:29

Loureiro, Áureo Moraes(coordenador do curso) e Justo

Loureiro, Áureo Moraes(coordenador do curso) e Justo

Em sessão solene, na noite de ontem (14/07), a Câmara de Vereadores, por proposta do seu presidente, Gean Loureiro (DEM), prestou homenagem ao curso de Jornalismo da Universidade Federal de Santa Catarina, pela passagem dos seus 30 anos de criação. Além de três dos seus fundadores – Moacir Pereira, Paulo Brito, Celestino Sachet estarem presentes, e dois outros, Cesar Valente e Aurora Goulart, representados, compareceu também o ex-reitor Caspar Erich Stemmer, que há 31 anos, no dia 27 de março de 1978, assinou a portaria que deu o primeiro passo ao que é considerado e avaliado como o melhor curso de jornalismo do Brasil. Todos receberam um troféu do Legislativo.

A sessão foi aberta com discurso de saudação, em nome da Câmara, do vereador Márcio de Souza (PT), que fez um histórico do curso, destacando várias de suas passagens. O jornalista Moacir Pereira discursou em nome dos homenageados, enfatizando que o curso surgiu num momento extremamente difícil da política brasileira. Também fez menção à trajetória do curso nas últimas décadas, lembrando alguns personagens chaves nesse processo, como os professores Celestino Sachet, Silvio Coelho dos Santos e Caspar Erich Stemmer, além do pequeno grupo de mestres que esteve à sua frente no início.

Na sessão de hoje a Câmara aprovou, por unanimidade, requerimento do vereador Ricardo Vieira (PCdoB) no qual o Legislativo manifesta ao Supremo Tribunal Federal sua contrariedade com a decisão que liberou o diploma de jornalista para o exercício da profissão.

Pouco antes, em seus discursos na sessão em homenagem aos 30 anos do curso de Jornalismo da UFSC, os oradores criticaram a decisão do STF. O vereador Márcio de Souza (PT) qualificou-a como “um golpe, quase letal”. O jornalista Moacir Pereira disse que a desregulamentação, “foi um lamentável gesto de retrocesso” da mais alta corte de justiça do País.

O reitor em exercício da UFSC, Carlos Alberto Justo da Silva, também criticou a desregulamentação, “que não vai parar a nossa universidade; pelo contrário, cada vez mais ela vai querer que seus alunos de jornalismo façam a diferença”.

Fonte: Diretoria de Comunicação Social – Câmara de Vereadores de Florianópolis.

Foto: Édio Ramos

Inscrições para o Pré-Vestibular da UFSC prorrogadas até hoje (17)

14/07/2009 16:55

A Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), em parceria com a Secretaria de Estado da Educação, divulgou o edital do processo seletivo para o preenchimento de vagas do Pré-Vestibular da UFSC. As inscrições foram prorrogadas até hoje (17), exclusivamente pela internet, através do site www.prevestibular.ufsc.br.

Os interessados devem ler atentamente o edital, preencher o formulário de inscrição, imprimi-lo e assiná-lo no local indicado. Feito isso, o candidato deverá enviar o comprovante do requerimento de inscrição e as fotocópias dos documentos exigidos via correio para a Secretaria do Pré-Vestibular da UFSC ou entregá-los pessoalmente na unidade escolhida para frequentar o curso.

Para o segundo semestre de 2009, o Pré-Vestibular da UFSC estará presente em 20 cidades do Estado, disponibilizando 26 novas turmas, totalizando mais de 2 mil vagas. Serão oferecidas novas unidades em Araranguá, Blumenau, Brusque, Canoinhas, Chapecó, Criciúma, Itajaí, Lages, Mafra, Rio do Sul e São Bento do Sul.

Podem se inscrever alunos que tenham concluído ou que estejam cursando o terceiro ano do ensino médio em escola pública; que não estejam cursando ou tenha concluído curso superior; e que tenham disponibilidade de frequentar as aulas de segunda a sexta-feira, no respectivo horário de aula da unidade do Pré-Vestibular da UFSC escolhida pelo candidato.

A proposta do Pré-Vestibular da UFSC e da Secretaria de Estado da Educação é criar oportunidades para estudantes de escolas públicas ingressarem no ensino superior. Em 2008, o curso atingiu a importante marca de 35% de aprovação nos processos seletivos da UFSC e UDESC. Somando estes resultados com a parceria da Secretaria de Estado da Educação, a expectativa é por números ainda mais expressivos, transformando o curso no maior projeto de inclusão social, público, gratuito e de qualidade.

Segundo a pró-reitora de Ensino e Graduação, Yara Maria Rauh Müller, o número crescente de alunos do Pré-Vestibular da UFSC aprovados nos últimos três anos, pressupõe melhorias constantes nos processos pedagógicos e administrativos do Programa de Inclusão da universidade. “É interessante destacar que o Pré-Vestibular da UFSC é uma ação concreta de possibilidades para se frequentar universidades públicas, gratuitas e de qualidade,” completa.

Para o secretário de Estado da Educação, Paulo Bauer, ficou clara a validade da parceria entre as instituições. “O governo catarinense e o governo federal uniram forças com o objetivo de assegurar aos estudantes da rede estadual uma chance valiosa de conseguir uma vaga no ensino superior. Independente de partidos políticos, esta iniciativa comprova a necessidade de se investir em educação para todos”, comentou.

De acordo com o coordenador do curso, Otávio Augusto Auler Rodrigues, “a herança que estamos deixando para a humanidade é a inclusão social pública e de qualidade.”

A lista dos candidatos selecionados será publicado na internet, nos sites www.prevestibular.ufsc.br e www.sed.sc.gov.br, e afixado nos murais do Hall da Reitoria da UFSC e das escolas onde ocorrerão as aulas do curso, a partir do dia 18 de agosto de 2009.

Os candidatos selecionados deverão realizar sua matrícula em data e local a serem divulgados na publicação do resultado do processo seletivo.

Unidades do Pré-vestibular da UFSC

Araranguá – EEB de Araranguá

Balneário Camboriú – EEB Presidente João Goulart

Blumenau – EEB Pedro II

Brusque – EEB Feliciano Pires

Canoinhas – EEB Almirante Barroso

Chapecó – EEB Bom Pastor

Criciúma – EEB Sebastião Toledo dos Santos

Curitibanos – EEB Casimiro de Abreu (Vespertino e Noturno)

Florianópolis – Campus Universitário – EEB Osmar Cunha (Canasvieiras) – EEB Prof. Henrique Stodieck (Centro) – Instituto Estadual de Educação (Vespertino e Noturno)

Itajaí – EEB Dep. Nilton Kucker

Jaraguá do Sul – EEB Roland Harold Dornbusch

Joaçaba – EEB Governador Celso Ramos

Joinville – EEB Dr. Tufi Dippe – EEB Profª Jandira D’Avila

Lages – EEB de Lages

Mafra – EEB Barão de Antonina

Palhoça – EEB Irmã Maria Teresa

Rio do Sul – EEB Paulo Zimmermann

São Bento do Sul – EEB Prof. Roberto Grant

São José – EEB Profª Maria José Barbosa Vieira

Tubarão – EEM Dite Freitas

Outras informações pelo telefone (48) 3721-8248, pelo e-mail prevestibular@prevestibular.ufsc.br ou pelo site www.prevestibular.ufsc.br.

Vestibular Suplementar: Coperve divulga o índice de abstenção

14/07/2009 16:40

A Comissão Permanente do Vestibular (Coperve) divulgou nesta terça, 14/07, o índice de abstenção desta primeira edição do Vestibular Suplementar da UFSC. Nos três dias de provas foram computados 531 faltantes, o que corresponde a um índice de abstenção de 11,78%.

“O número de candidatos que não compareceram às provas está dentro do esperado. No último concurso que realizamos em 2008 – o vestibular para ingresso no início deste ano de 2009 – , o índice esteve em 13,96%”, atesta o professor Júlio Szeremeta, presidente da Coperve. É a primeira vez que a instituição tem concurso no inverno, abrindo 655 vagas para nove cursos, nos campi de Florianópolis, Joinville, Curitibanos e Araranguá.

As questões discursivas, que neste concurso passaram para seis (contra as três do último vestibular), foram aglutinadas na terça, junto com a Redação. “Achamos interessante reuni-las em um só dia, para que o candidato não tenha que manusear cartão-resposta e folhas de discursivas. Acredito que facilita também a operacionalização das provas, e pretendemos adotar esse sistema para os próximos vestibulares”, ressalta o presidente.

Os gabaritos das provas serão divulgados às 10h desta quarta 15/07, no site www.vestibular2009suplementar.ufsc.br. A data de divulgação do listão ainda não foi definida. Os candidatos classificados deverão efetuar sua matrícula nos dias 30 e 31 de julho, nas respectivas cidades em que frequentarão o curso. As aulas começam em agosto.

Mais informações no sitewww.vestibular2009suplementar.ufsc.br, ou com a Coperve, pelo fone (48) 3721-9200

Índice de abstenção

1° dia – 445 faltantes – 9,87%

2º dia – 490 faltantes – 10,87%

3º dia – 531 faltantes – 11,78%

Por Cláudia Reis/ Jornalista na Agecom

Fotos: Paulo Noronha/ Agecom