Laboratório de Orientação Profissional vai orientar futuros aposentados

26/03/2008 13:17

O Laboratório de Orientação Profissional, vinculado ao Departamento de Psicologia da UFSC, está com inscrições abertas para o curso Preparação para aposentadoria. As matrículas serão realizadas até ser completado o número de 15 participantes e podem ser feitas gratuitamente, através dos telefones (48) 3721-9402 (das 08:00 às 21:00 horas), ou por e-mail: aposenta@cfh.ufsc.br. Vão ser nove encontros, de duas horas cada, sendo um por semana, a partir da primeira quinzena do mês de abril/2007. Além disso, serão realizadas uma entrevista inicial individual e uma entrevista integrativa individual com cada participante.

O objetivo da atividade é desenvolver atividades grupais com intuito de prevenir os diversos problemas que aposentadoria pode trazer. Fazem parte da programação reflexões e planejamento sobre esta nova etapa de vida. O curso é destinado às pessoas que estão próximos da data de aposentadoria e aos recentemente aposentados.

Os assuntos a serem tratados abrangem os seguintes temas: O mundo do trabalho e a previdência; Projeto de vida; Trajetória profissional; Mudanças e escolhas; A família e o aposentado; Relacionamento social; Finanças pessoais; Saúde e prevenção na aposentadoria; Esporte e lazer; A busca de si mesmo; Organização de pequenos negócios. Outros aspectos podem ser trabalhados, respeitando o interesse e evolução do grupo.

As atividades são coordenadas pelas acadêmicas Juliana dos Santos Damásio, Juliana Figueiró Otávio, Mirian Ghizoni Pereira e pelas pós-graduandas Marilaine Bittencourt de Freitas Lima, Aline Bogoni Costa, supervisionadas pela professora Dulce Helena Penna Soares. Para o desenvolvimento das aulas, os alunos vão desenvolver a seguinte metodologia: Exposições dialogadas, Dinâmicas de grupo e Palestras. Novas formas de trabalho poderão ser desenvolvidas dependendo da dinâmica e relacionamento do grupo. Será entregue Certificado de Participação. O projeto vai ser desenvolvido no Serviço de Atendimento Psicológico – SAPSI, da UFSC.

Por José Antônio de Souza/Agecom

Jornalistas discutem qualidade de ensino e conhecimento da profissão

26/03/2008 13:02

A Federação Nacional dos Jornalistas (FENAJ) promove entre os dias 27 e 30 de março, em Florianópolis, dois seminários que pretendem debater e reunir propostas sobre a prática e formação profissional no jornalismo. O I Seminário Nacional sobre o Conhecimento do Jornalismo e o II Seminário do Programa Nacional de Estímulo à Qualidade do Ensino em Jornalismo e do Estágio Acadêmico devem reunir cerca de 400 profissionais, entre pesquisadores, professores e dirigentes sindicais da categoria.

A parceria entre a FENAJ, a FNPJ (Fórum Nacional de Professores de Jornalismo) e a SBPJor (Sociedade Brasileira de Pesquisadores em Jornalismo) para a realização do evento surgiu pela necessidade de ampliar as discussões sobre o jornalismo como uma área de conhecimento. “O I Seminário Nacional sobre o Conhecimento do Jornalismo é o primeiro passo para dialogarmos sobre o assunto e mostrarmos ao meio acadêmico que esta também é uma função dos estudantes e professores”, afirma Sérgio Murillo de Andrade, presidente do FENAJ.

Além das discussões teóricas em jornalismo, a FENAJ quer recolher propostas e contribuições para a renovação do Programa de Qualidade de Ensino lançado em 1997 e revisar as normas de elaboração do Estágio Acadêmico em vigor desde 2006. As duas propostas serão discutidas no II Seminário do Programa Nacional de Estímulo à Qualidade do Ensino em Jornalismo e do Estágio Acadêmico, que definirá quais pontos serão abordados no Congresso Nacional de Jornalismo marcado para agosto, em São Paulo.

A cerimônia de abertura contará com a presença do professor Nilson Lage, autor de diversos livros sobre comunicação e teoria do jornalismo, além de ser uma das grandes referências da categoria. Segundo Sérgio Murillo, Florianópolis foi escolhida pela quantidade e qualidade de profissionais e de instituições vinculadas aos estudos em jornalismo, além do interesse demonstrado pelo sindicato estadual em realizar o evento. “Promover os seminários em Santa Catarina, além de ser o ambiente ideal, é uma forma de homenagear os grandes profissionais que iniciaram estas mesmas discussões no Brasil”, lembra Valci Zuculoto, diretora do Departamento de Educação da FENAJ em Santa Catarina.

Informações: www.fenaj.org.br ou www.sjsc.org.br

Cecília Cussioli / Bolsista da Agecom

Ciclo de cinema exibe documentário no auditório do CCE

26/03/2008 11:21

Trazendo o tema “Guerrilhas e Conflitos Urbanos”, começa na próxima quarta-feira, dia 2 de abril, o ciclo de cinema do projeto “CinePet e Espreita”, parceria entre o PET-Serviço Social e o PET-Direito. A primeira exibição será do documentário Soy Cuba e acontece no auditório do Centro de Comunicação e Expressão (CCE), às 13h30. Após o filme haverá um debate com Waldir José Rampinelli, professor de História da UFSC.

As outras exibições do ciclo estão marcadas para os dias 9 e 16 de abril, no auditório do Centro Sócio-Econômico (CSE), também às 13h30. O evento é aberto para toda a comunidade.

Mais informações com o PET-Serviço-Social (3721-9453) ou com o PET-Direito (3721-6522).

Abertas inscrições para o Programa de Preparação para Aposentadoria

25/03/2008 12:11

“Da Olivetti à Internet ” será lançado quinta (27/03), na livraria Saraiva de Florianópolis

25/03/2008 11:36

As redações de jornais passaram, nas últimas três décadas, por profundas mudanças tanto no seu modo de produção tecnológica como na política e nas técnicas do fazer jornalístico. Reunir e documentar estas transformações de forma plural, a partir da vivência de 22 jornalistas que atuam em Santa Catarina, é a proposta do livro “Da Olivetti à Internet – Política e Técnica da Notícia”, organizado por Laudelino Sardá e publicado pela Editora Unisul, com o apoio da Fundação Centros de Referência em Tecnologias Inovadoras – CERTI. O livro será lançado na Livraria Saraiva do Shopping Iguatemi, em Florianópolis, nesta quinta (27/03), às 19h30min.

“Não se pode definir se as três últimas décadas eram melhores. E estamos com dificuldades de prever como será o jornalismo do amanhã. Só sabemos do risco de perdermos a dimensão do caráter, se a informação não encontrar meios capazes de intensificar e estabelecer como paradigmas os valores indispensáveis à construção de uma sociedade ainda mais humana”, adverte Laudelino Sardá em seu texto de introdução à obra, “A máquina que permitia pensar”.

Quem assina a orelha do livro é a professora Amaline Mussi, onde afirma: “Com os depoimentos desta coletânea, escreve-se em mosaico a história do jornalismo catarinense a partir de meados do século passado. Todos eles se permitem evocação e análise crítica das mais diferentes experiências e não renunciam a contextualizá-las na atualidade, de forma objetiva. Constituem, de certo modo, uma conclamação a que o jornalismo esteja inteiramente posto a serviço de seu futuro”. E complementa: “Os textos que o livro nos oferece têm alma. Este é um livro sobre o jornalismo com alma”.

O jornalista e diretor da Editora Unisul, Raimundo Caruso, relata que, desde a sua elaboração, o livro foi se constituindo numa “grata surpresa”. “Imaginado para documentar a transição tecnológica acontecida nas redações dos jornais nos últimos trinta anos, e também as mudanças nos estilos e formas de produção da informação, logo se transformou num documento social de inestimável valor”, analisa. Para ele, “Da Olivetti à Internet se constitui, igualmente, num retrato político do Brasil da década de 70, quando dominavam a ditadura militar, a censura nos jornais, a autocensura dos jornalistas, a repressão e também a resistência nas ruas e nas redações”.

Um dos traços mais singulares da obra é que os relatos não foram pautados nem sugeridos por ninguém. Cada jornalista escolheu livremente, e a seu critério, como e sobre o que escrever. “O resultado – conclui Caruso – é uma variedade de histórias e experiências sobre a profissão de repórter e fotógrafo ao longo das últimas décadas, bem como a evolução do jornalismo não só em Santa Catarina, mas também no Brasil, já que a maioria dos autores repórteres foi também correspondente dos mais importantes jornais e revistas nacionais”.

A Fundação CERTI , uma instituição tecnológica catarinense de referência no Brasil e no exterior, apoiou a edição de Da Olivetti à Internet. Na contracapa, o superintendente geral da Fundação, professor Carlos Alberto Schneider, Dr. Ing., destaca: “O livro, recomendado especialmente aos profissionais do jornalismo e aos estudantes de comunicação, é uma coletânea de depoimentos de jornalistas que, procedentes de diversas escolas e estados brasileiros, trabalharam nos últimos 30 anos em jornais, rádios, televisões e revistas de Santa Catarina”.

Os textos, a maioria redigida num estilo livre, informal e na primeira pessoa, conformam um documento essencial da comunicação brasileira moderna, abordando a transição das antigas e barulhentas redações das máquinas de escrever Olliveti às instalações contemporâneas e silenciosas dos computadores e das redes de comunicação digital. “O livro – resume Schneider – é um convite à reflexão sobre o papel do jornalismo, numa comparação inusitada entre um período em que se valorizava mais a produção e os dias atuais tomados pelo fascínio tecnológico, ocultando o lado romântico e espiritual que literalizava a visão e a compreensão do cotidiano”.

Os 22 autores e seus textos em “Da Olivetti à Internet”

– Acari Amorim, Jornalismo econômico só vê a “perversa globalização”

– Adelor Lessa, Hoje são escritas as versões do mocinho e do bandido

– Aldo Grangeiro, Numa entrevista, a fonte é essencial. Mas, duvide

– Apolinário Ternes, O exército telefonava e proibia “tal assunto”

– Celso Vicenzi, Viaja-se pelo país e todos os jornais são iguais

– Elaine Borges: “Mulher jornalista? Afinal, aonde é que nós estamos”?

– Elisabeth Karam, De volta ao jornal, a angústia: “Será que vi a cor local?”

– Gervásio Luz, Briga célebre entre a Olivetti e o computador

– Ildo Silva, Equipes mínimas e a notícia veloz

– Laudelino José Sardá, Quando a velocidade atropela a razão

– Laudelino Santos Neto, Guevara, revolução gráfica e modernização

– Lourenço Cazarré, “Não sou saudosista, mas queríamos era mudar o país”

– Luciano Bitencourt, Um mini-ensaio sobre o mal-estar no jornalismo

– Marcos A. Bedin, A investigação jornalística numa sociedade tradicional

– Mário Medaglia, Os dramas de um gaúcho editor de esportes em SC

– Mauro Meurer, Informação jornalística tornou-se descartável

– Orestes Araújo, Fotografar o cotidiano, tumultos e tragédias

– Orlando Tambosi, Panorama visto da “cozinha” de uma antiga “redaça”

– Raimundo C. Caruso, Duas entrevistas que não houve, e o que é a mídia hoje

– Raul Caldas Filho, Da gilette press ao computador

– Salim Miguel, Antes era a barulheira, hoje o tumular silêncio

– Sérgio Lopes, Censura e jornalismo depois do golpe de 1964

Mais informações com Laudelino Sardá, (48) 8427 7439.

Por Mário Xavier/Jornalista na Certi

Especial Pesquisa: Série de matérias mostra produção do conhecimento na UFSC

25/03/2008 11:09

Estudo identificou uso de 60 plantas, entre elas a babosa

Estudo identificou uso de 60 plantas, entre elas a babosa

– Estudo indica necessidade de maior orientação sobre uso de plantas medicinais no tratamento do câncer

O banco de dissertações da UFSC na área de Ciências da Saúde / Farmácia teve acrescido ao acervo uma pesquisa sobre a prevalência do uso de fitoterapia no tratamento do câncer e a interferência deste uso associada a medicamentos convencionais antineoplásicos. A pesquisa se destaca pelas importantes observações científicas que apresenta, como também por seu pioneirismo, em função da falta de estudos nesta área no Brasil. Rita de Cássia Franz Vieira desenvolveu a dissertação com apoio de duas bolsistas de iniciação científica do CNPq e orientação da professora Cláudia Maria Oliveira Simões. A defesa aconteceu dia 11 de julho.

– UFSC comprova que prejuízos no olfato precedem sintomas clássicos na doença de Parkinson

– Departamento de Nutrição colabora com avaliação da obesidade infantil em Santa Catarina

– Jovens pesquisadores da UFSC apresentarão trabalhos em outubro

– Universidade desenvolve simuladores para Petrobras

– UFSC integra rede que avalia empreendimentos habitacionais populares em cinco estados

– UFSC implanta ´embrião` de um Museu de Ciência

Foto: Claudia Nedel Mendes de Aguiar

Foto: Claudia Nedel Mendes de Aguiar

– UFSC avança na busca de células-tronco em materiais alternativos

– Finep aprova 4,6 milhões para modernização da infra-estrutura de pesquisa na UFSC

– Seminários divulgam experiências do Programa Nacional de Alimentação Escolar em Santa Catarina

– Seminários divulgam experiências do Programa Nacional de Alimentação Escolar em Santa Catarina

– Inscrições para evento sobre propagandas de medicamentos e de alimentos vão até 10 de junho

– Números confirmam destaque da UFSC no trabalho cooperativo com empresas

– Estudo gera instrumento para avaliação nutricional e sensorial de bufês de café da manhã

– UFSC acompanha desinstitucionalização do Instituto de Psiquiatria de Santa Catarina

– Estudo mostra que combinação morfina-medicamento contra impotência sexual pode diminuir inflamação

– Projeto da UFSC reduz pela metade uso de água potável em casa de Ratones

– UFSC aprova projeto em edital de apoio à agricultura familiar

– Estudo da UFSC recebe menção honrosa no Prêmio Capes de Tese 2007

– Finep aprova mais de 1,7 milhão para que UFSC execute projetos nas áreas de genômica e proteômica

– Laboratório POLO da UFSC é um dos contemplados do Pronex

– Trabalhos do Programa de Pós-Graduação em Enfermagem são premiados

– UFSC inaugura Laboratório Central de Microscopia Eletrônica

– UFSC contribui para identificação de comunidades quilombolas

– Estudantes da UFSC têm dicas para sobremesas mais saudáveis

– Parceria entre UFSC e Natura resulta em desenvolvimento de novos cosméticos

– Capes eleva conceito de 11 cursos de pós-graduação da UFSC

– Pesquisa sobre traduções de obras italianas em estudo na UFSC

– Obesidade infantil em Florianópolis é tema de pesquisa na UFSC

– Estudante da UFSC busca processos limpos e econômicos para o tratamento de resíduos hospitalares

– Jovem pesquisador: Estudante de agronomia caracteriza populações de xaxim para conservar a espécie em extinção

– Acadêmica da UFSC ganha Prêmio Adelmo Genro Filho de Pesquisa em Jornalismo

– Trabalho estabelece composição nutricional do berbigão da Reserva Extrativista Marinha Pirajubaé

– Trabalho estabelece composição nutricional do berbigão da Reserva Extrativista Marinha Pirajubaé

– Doutoranda da UFSC recebe prêmio em simpósio na Alemanha

– UFSC comemora dez anos de produção solar de energia elétrica

– Estudo relaciona ansiedade, depressão e consumo de álcool entre jovens

– UFSC colabora com esforço nacional de estudo do biodiesel

– Pós-graduandos da UFSC recebem menção honrosa na Reunião Anual da Federação de Sociedades de Biologia

– Consumo de medicamentos em comunidades indígenas é tema de dois estudos da UFSC

– Projeto do Departamento de Ecologia e Zoologia estuda pesca artesanal na Baía Norte

– UFSC estuda nanocápsulas com princípio ativo do açafrão para tratamento do câncer de pele

– Coletânea debate novos arranjos familiares e parcerias numa perspectiva transdisciplinar

– UFSC desenvolve tecnologia para recuperação de florestas degradadas

– Estudante da UFSC prepara livro sobre feijoada

– UFSC estuda células-tronco a partir de placenta e de cordão umbilical

– UFSC e Epagri lançam espécies melhoradas da goiabeira-serrana

– Fazendas marinhas diversificam produção em Santa Catarina

– Laboratório recebe financiamento para continuar pesquisas com vacina contra a AIDS

– Pesquisa comprova presença do subtipo C do vírus da AIDS em Santa Catarina

– Projeto da UFSC sobre utilização da água de coco verde ganha prêmio nacional

– Pesquisa da UFSC pode garantir a segurança no consumo de moluscos

– Laboratório da UFSC é peça-chave na pesquisa e no controle da leishmaniose em Santa Catarina

– Laboratório de Moluscos Marinhos participa de projeto de coletores de mexilhão

– Trabalho com samambaia-preta rende Prêmio Mercosul de Ciência e Tecnologia 2006 para mestranda da UFSC

– Professores da UFSC participam da assinatura do convênio entre Sebrae e Acavitis para produção de vinhos finos

– Pesquisa analisa homicídios na Região Metropolitana de Florianópolis

– UFSC assina acordos e marca implantação de seu Núcleo de Inovação Tecnológica

– Pesquisador aborda em livro a formação econômica de SC

– Núcleo que pesquisa cuidado de pessoas com doenças crônicas completa 20 anos

– Pastoreio Voisin da UFSC mostra as vantagens de um manejo racional dos pastos

– Pesquisadores da UFSC desenvolvem bala de erva-mate

– Pesquisas da UFSC constroem com as comunidades rurais conhecimentos para desenvolver usos alternativos da floresta

– Estudo mostra como funciona o mercado imobiliário em áreas de pobreza da região metropolitana de Florianópolis

– Análise de vegetais consumidos em Florianópolis é apresentada na Semana de Ensino, Pesquisa e Extensão

– Projeto que busca proporcionar ‘status de café’ à erva-mate será mostrado na Semana de Ensino, Pesquisa e Extensão

– Professores da UFSC se unem para construir o primeiro Museu de Ciências do Estado

Especial Pesquisa: UFSC acompanha desinstitucionalização do Instituto de Psiquiatria de Santa Catarina

25/03/2008 11:05

Um grupo de pesquisa da UFSC vai documentar e analisar o processo de desinstitucionalização do Instituto de Psiquiatria de Santa Catarina. Assim como outros hospitais direcionados ao cuidado da saúde mental, a antiga Colônia Santana terá que promover uma transformação no estilo de tratamento ― especialmente em relação aos pacientes em situação asilar, que deverão ser reintegrados à sociedade. É a chamada desinstitucionalização, que desafia profissionais em todo o país, já que 2012 foi estipulado pelo Ministério da Saúde como prazo máximo para redução de leitos em hospitais psiquiátricos

O processo faz parte da Política Nacional de Saúde Mental. A exemplo de outros países, o Ministério da Saúde, a partir da Coordenação de Saúde Mental, vem promovendo uma reforma do modelo assistencial nessa área. No caso do Centro de Convivência Santana (CCS) do IPq, que abriga os pacientes em condição asilar, acredita-se haver um número significativo com condições de participar de um projeto de desinstitucionalização.

A pesquisa da UFSC tem como objetivo colaborar e dar suporte a esse processo. O trabalho será realizado pelo Grupo de Pesquisas em Políticas de Saúde/Saúde Mental, ligado ao Programa de Pós Graduação em Saúde Pública do Centro de Ciências da Saúde. O estudo será possível graças a uma parceria entre a Secretaria de Estado da Saúde, o Colegiado de Políticas Públicas de Saúde Mental e o Instituto de Psiquiatria de Santa Catarina, entre outras instituições.

De acordo com o coordenador do projeto de pesquisa, o professor Walter Ferreira de Oliveira, a desinstitucionalização é um processo amplo e complexo. “A desinstitucionalização busca uma mudança de olhar, quer quebrar o estigma de que as pessoas com problemas mentais são perigosas, improdutivas e incapazes”, explica o professor. A expectativa do grupo é de que o acompanhamento e a documentação das atividades no IPq possam também subsidiar outros hospitais nessa trajetória.

No Instituto de Psiquiatria de Santa Catarina a fase atual é de levantamento dos internos em condições de serem desinstitucionalizados, a partir da verificação de graus de dependência e da situação psicológica e social das pessoas em condição asilar. Fases posteriores do processo de desinstitucionalização incluem a localização dos municípios de onde os pacientes são oriundos, o mapeamento da rede de serviços de saúde mental existente nestas cidades, o levantamento de familiares e de outros atores relevantes para a vida destas pessoas.

A pesquisa da UFSC prevê entrevistas com os membros da Comissão de Desinstitucionalização, com técnicos do IPq e outras pessoas que participem ou influenciem ações decisivas para o processo de desinstitucionalização. Todos os 12 integrantes da Comissão serão entrevistados com o objetivo de conhecer suas posturas, idéias e sentimentos em relação ao processo; para entender as representações da desinstitucionalização através do discurso captado.

O estudo prevê também a chamada observação participante, a partir da presença dos pesquisadores em reuniões e outros momentos deliberativos relacionados à desinstitucionalização. “O projeto deverá trazer para os membros da comissão de desinstitucionalização do IPq, uma oportunidade de reflexão sobre seu próprio trabalho”, acredita o coordenador.

A expectativa é de que o projeto contribua com a construção de conhecimento sobre problemas sociais complexos, subsidiando outras instituições e órgãos governamentais e não-governamentais, bem como a comunidade acadêmica em tomadas de decisões importantes para o bem-estar das populações menos assistidas. “As idéias, sentimentos e representações dos membros da Comissão de Desinstitucionalização e outros sujeitos poderão dar origem a novos rumos na pesquisa e enriquecer o processo desinstitucionalização”, destaca o professor. Ele ressalta que diante da complexidade do processo é preciso buscar o máximo de segurança sobre as decisões a serem tomadas.

Mais informações com o coordenador do projeto de pesquisa, o professor Walter Ferreira de Oliveira, fone 3721 9388; e-mail: walter@ccs.ufsc.br

Por Arley Reis / Agecom

Banda “Bluestherapy” se apresenta nesta quarta no Projeto 12:30

25/03/2008 10:36

Os quatro integrantes do “Bluestherapy” se apresentam na Concha Acústica da UFSC nesta quarta-feira, dia 26/3, com um repertório de rock clássico e blues. A banda vai interpretar clássicos do gênero, canções de Eric Clapton, Beatles, Stevie Ray Vaughan e Raul Seixas. Com três anos de estrada, o “Bluestherapy” mantém seu trabalho em Florianópolis e costuma se apresentar em encontros de motociclistas e casas de shows, como o John Bull de Balneário Camboriu.

O gosto pelo blues e rock une os quatro músicos que, paralelamente, exercem outras atividades. O baixista e líder da banda, Fernando Vianna, por exemplo, mantém uma empresa de informática. Mesmo assim consegue conciliar, há 15 anos, os estudos de música. Ao seu lado, na “cozinha” da banda, o baterista Silvio César, se encarrega da sessão rítmica. Ele já passou por outras bandas conhecidas da ilha, como “Gubas e os Possíveis Budas” e “Sociedade Soul”, além de seu trabalho atual como percussionista na banda 3Jay. Em conjunto com o Conselho Comunitário do Pantanal, Silvio também desenvolve ações de conscientização ambiental e cívica, cuja meta é a gravação de um CD – intitulado “Aquinomorro” – ainda este ano, com músicas de bandas da região.

José Ernani Martins está mais estritamente ligado à música. Exercendo a atividade de professor, ao mesmo tempo em que estuda Licenciatura Musical na Udesc, pretendendo se dedicar ao jazz, ele é o solista principal do “Bluestherapy”, contando com a experiência de vinte anos na guitarra e no violão. O engenheiro civil Francisco Marcondes se encarrega do vocal e da guitarra base, além de acompanhar algumas músicas com a gaita de boca, elemento constante na tradição blues. Curioso notar que foi da relação de professor e aluno, entre José Martins e “Chico” Marcondes, que surgiu a idéia de formar um conjunto, cuja última alteração foi a entrada de Silvio na bateria, há apenas três semanas.

O Projeto 12:30 é realizado pelo DAC – Departamento Artístico Cultural, vinculado à Pró- Reitoria de Cultura e Extensão da UFSC e apresenta semanalmente atrações de cunho cultural, grupos de música, dança e teatro, que acontecem às quartas-feiras, ao ar livre na Concha Acústica, e às quintas-feiras, no Projeto 12:30 Acústico, no Teatro da UFSC ou no auditório do Centro de Convivência.

Artistas interessados em participar do projeto devem entrar em contato com o DAC através dos telefones (48) 3721-9348 / 3721-9447 ou por e-mail, enviando mensagem para projeto1230@dac.ufsc.br.

Serviço

O QUE: Show com a banda Bluestherapy

ONDE: Projeto 12:30, na Concha Acústica da UFSC

QUANDO: 26 de março de 2008, quarta-feira, às 12h30

QUANTO: Gratuito e aberto ao público

CONTATO Banda: silviobatera@yahoo.com.br

CONTATO: Projeto 12:30: (48) 3721-9348 e projeto1230@dac.ufsc.br

Fonte: Marco Valente, Coordenação do Projeto 12:30, Assessoria de Imprensa do Projeto 12:30 – Telefones: (48) 3721-9348 e 3721-9447

Inscrições para práticas corporais no Centro de Desportos

25/03/2008 10:22

Ficam abertas até o dia 2 de abril as inscrições para as práticas corporais realizadas no Centro de Desportos da UFSC. As atividades acontecem às segundas e quartas-feiras, das 7h30 às 8h20, no laboratório de dança do Bloco 5 do CDS, e incluem aulas de práticas corporais baseadas em exercícios de alongamento, flexibilidade, respiração e relaxamento, bem como dança, esportes, massagens, brincadeiras e meditação. A idéia é desenvolver “uma proposta de sensibilização corporal e promoção da alegria de viver”.

Voltadas prioritariamente para pessoas com idade acima de 45 anos, as práticas corporais baseiam-se na ludicidade e incluem também jogos e caminhadas. As inscrições podem ser feitas na sala 50 ou no Setor de Extensão da UFSC, no horário comercial, e custam R$ 80,00.

Mais informações com a professora Cristiane, pelo telefone 3721-8561.

Banheiro seco: abertas inscrições para cursos gratuitos de formação de mão-de-obra

25/03/2008 10:02

Permanecem abertas as inscrições para cursos de capacitação gratuitos que serão oferecidos durante a construção de um banheiro seco na UFSC. O banheiro seco substitui a descarga de água por matéria orgânica seca (como serragem e aparas de grama) e transforma os dejetos humanos em adubo orgânico.

A construção vai permitir capacitações nas áreas de carpinteiro de formas (1/4); concreto pré-moldado e argamassa armada (8/5); paredes monolíticas de solo estabilizado (16/6); tijolos de solo estabilizado: fabricação e assentamento (12/8); de acabamentos (esquadrias, revestimentos, pavimentações, pintura e aparelhos) (15/9), e término (17/10). Os cursos terão duração de cinco semanas, com quatro horas por dia e 20 vagas em cada um. Serão ministrados pelo professor Wilson Jesus da Cunha Silveira, chefe do Departamento de Arquitetura e Urbanismo da UFSC, e por estudantes monitores.

As formações são preferencialmente direcionadas a pessoas que moram no entorno da UFSC, que já tenham experiência na área de construção e tenham entre 20 e 40 anos. As inscrições podem ser feitas pelo site www.banheirosecoufsc.blogspot.com. Para maior divulgação um estande foi montado no Serviço Nacional de Empregos (SINE), materiais e formulários de inscrição foram distribuídos na cidade, com apoio da Gerência da Família, da Secretaria de Assistência Social da Prefeitura Municipal de Florianópolis. Os organizadores também estão planejando um curso especial para índios guarani, sobre paredes monolíticas.

A iniciativa é um projeto interdisciplinar aprovado pelo Departamento de Apoio à Extensão da UFSC e pelo CNPQ. Vai permitir a implantação na UFSC de uma alternativa experimentada em todo o mundo e que todo o processo de construção e monitoramento do banheiro seco seja documentado.

O grupo espera também que a edificação seja uma estrutura demonstrativa da tecnologia, tenha uso na educação ambiental e mesmo que a iniciativa pode dar origem a uma incubadora de banheiros secos. O objetivo é fornecer aos trabalhadores integrantes dos cursos de capacitação subsídios para formar uma cooperativa de trabalho que implante banheiros secos em outras localidades.

O projeto tem patrocínio do Governo do Estado de Santa Catarina, da Eletrosul e do Centro Acadêmico de Ciências Biológicas. Tem também apoio do Centro de Ciências Biológicas e do Centro Tecnológico da UFSC, da Pró-Reitoria de Cultura e Extensão, da Pró-Reitoria de Pesquisa e da Pró-Reitoria de Orçamento, Administração e Finanças, do Escritório Técnico Administrativo da UFSC (Etusc) da Prefeitura de Florianópolis, do CNPq e do Sine/SC

Artigo sobre a iniciativa foi aceito para apresentação no Ecobuilding (Fórum Internacional de Arquitetura e Tecnologias para a Construção Sustentável), que será realizado de 23 a 25 de maio, em São Paulo.

Saiba Mais

O banheiro seco é uma alternativa de saneamento ambiental que usa matéria orgânica seca ao invés de água. Uma das vantagens é que não mistura fezes com água potável e, assim, não gera a enorme quantidade de esgoto que muitas vezes acaba poluindo rios e outras fontes de água.

O sanitário evita o emprego de redes de esgoto, pois os dejetos são tratados no local e depois podem ser usados como adubo. O banheiro da UFSC será construído no início do bairro Córrego Grande, atrás do prédio do Centro de Ciências Biológicas e da Prefeitura Universitária, ao lado do pátio de compostagem.

A estrutura terá paredes de solo estabilizado, tijolos prensados de solo estabilizado (também conhecidos popularmente como tijolos de terra crua), pré-moldados de argamassa armada e teto grama.

Mais informações: www.banheirosecoufsc.blogspot.com / banheiroseco@yahoo.com.br ou 9931 9230

Arley Reis / Agecom

Inscrições abertas para o Programa Internacional de Bolsas de Pós-Graduação da Fundação Ford

25/03/2008 09:46

Palestra e oficina sobre o Programa Internacional de Bolsas de Pós-Graduação da Fundação Ford (International Fellowships Programa – IFP):

“Enfrentando desafios em experiência de ação afirmativa na pós-graduação: o Programa IFP no Brasil”

Professora Fúlvia Rosenberg (coordenadora do Programa de Bolsas no Brasil/ Fundação Carlos Chagas – Brasil), dia 27/3 – quinta-feira

Horários:

manhã 9h às 12h e à tarde 14h às 18h, no auditório do CFH

Promoção: Núcleo de Estudos sobre Identidade e Relações Interetnicas

(NUER/UFSC)

PPGAS – Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social /CFH UFSC

Apoio: Comissão de Acompanhamento e Avaliação do Programa de Ações Afirmativas da UFSC

Bolsas da Fundação Ford

Estão abertas as inscrições para a Seleção Brasil 2008 do Programa Internacional de 40 Bolsas de Pós-Graduação da Fundação Ford (International Fellowships Programa – IFP). A iniciativa oferece 40 bolsas de mestrado (por até 24 meses) e de doutorado (por até 36 meses) para o aperfeiçoamento acadêmico de líderes em questões relacionadas à justiça e igualdade social. As oportunidades são para cursos no Brasil e no exterior.

Destinada a profissionais com potenciais de liderança em seus campos de atuação que pretendam prosseguir seus estudos superiores para promover o desenvolvimento de seus países. Para participar, é preciso ter o diploma da graduação com comprovado desempenho acadêmico, experiência em trabalhos comunitários ou voluntários e, ainda, ter residência permanente no Brasil.

O Programa é implementado em diversos países da África, América Latina, Ásia, Oriente Médio e na Rússia – locais onde a Fundação Ford atua. No Brasil, a iniciativa, além de estar atenta à igualdade de gênero, destina-se prioritariamente a pessoas negras ou indígenas, originárias das regiões Norte, Nordeste ou Centro-Oeste do Brasil ou provenientes de famílias de baixa renda e pouca escolaridade.

É vedada a participação de ex-bolsistas do IFP, das pessoas já matriculadas, inscritas ou que cursem o mestrado, dos profissionais que já disponham de doutorado ou que tenham iniciado o curso antes do 2º semestre letivo de 2007.

A bolsa exige dedicação exclusiva aos estudos, dessa forma incompatível com atividade remunerada, Com exceção para atividades acadêmicas relacionadas ao projeto de dissertação ou tese em situações específicas e mediante aprovação prévia.

Além da bolsa de estudos, são oferecidos diversos apoios aos selecionados. Para aqueles que ainda não estão matriculados na pós-graduação, a iniciativa pode oferecer assistência para a inscrição no processo de seleção. E mais, quando necessário, o programa apóia a participação dos bolsistas em cursos de curta duração, como de idiomas, informática e de aperfeiçoamento para elaboração de projetos. Há auxílios também para a constituição de rede de bolsistas internacionais e de ex-bolsistas.

Processo Seletivo

Os candidatos interessados em participar do IFP 2008 devem acessar o site oficial do programa e fazer o download do Caderno de Instruções da Candidatura 2008, para conhecer todas as regras do processo seletivo. Em seguida, o candidato deve fazer o download do Formulário para Candidatura 2008, preenchê-lo e enviá-lo, em duas cópias, exclusivamente por correio à sede da Fundação Carlos Chagas, no seguinte endereço:

Fundação Carlos Chagas

Programa bolsa

Av. Prof. Francisco Morato, 1565

Jd. Guedala- São Paulo/SP

CEP : 05513-900

Junto com o Formulário de Candidatura devem ser anexados o pré-projeto de dissertação ou tese (com, no máximo, dez laudas), o currículo (no formato que consta no Caderno de Instruções para Candidatura) e o comprovante de atuação em programas, trabalhos ou atividades comunitárias, voluntárias ou militantes. Além disso, são exigidas cópias do histórico escolar da graduação, da carteira de identidade, da certidão de nascimento e da declaração do imposto de renda e duas fotos coloridas, em formato de passaporte, datadas e identificadas com o nome do candidato no verso. É preciso enviar, ainda, cartas de recomendação de um professor e de um profissional.

Os candidatos à bolsa de doutorado devem incluir também uma cópia da dissertação de mestrado, duas cópias do diploma ou certificado de conclusão do mestrado, duas cópias do histórico escolar do mestrado, duas cópias da inscrição no doutorado – caso já esteja inscrito – e duas cópias do currículo do orientador – caso já tenha escolhido.

A Fundação Carlos Chagas é a instituição responsável pela coordenação, no Brasil, do Programa Internacional de Bolsas de Pós-Graduação da Fundação Ford. As candidaturas serão avaliadas por uma comissão de seleção brasileira, composta de especialistas dos diversos campos do conhecimento. A comissão nacional fará a indicação para o ingresso do candidato no Programa Internacional de Bolsas de Pós-Graduação. A decisão final será tomada pela Secretaria Técnica do Programa, com sede em Nova York, nos Estados Unidos.

Os bolsistas são selecionados com base em seu potencial acadêmico e de liderança e compromisso com a solução de problemas de sua comunidade, grupo social, região ou país. Os selecionados poderão cursar programas de mestrado ou doutorado em qualquer área do conhecimento, desde que relacionada aos interesses e objetivos da Fundação Ford, que visam fortalecer os valores democráticos, reduzir a pobreza e a injustiça, fomentar a cooperação internacional e, ainda, promover o desenvolvimento humano.

Áreas prioritárias

Os pré-projetos devem estar relacionados a um dos campos de atuação da Fundação Ford listados a seguir:

Formação de recursos e desenvolvimento comunitário

– Desenvolvimento comunitário

– Financiamento para o desenvolvimento e segurança econômica

– Qualificação da força de trabalho

– Meio ambiente e desenvolvimento

Conhecimento, criatividade e liberdade:

– Artes e cultura

– Educação e Ensino Superior

– Mídia

– Religião, sociedade e cultura

– Sexualidade e saúde reprodutiva

Paz e justiça social:

– Sociedade civil

– Governo

– Direitos humanos

O programa

No Brasil, são realizadas seleções anuais com início de inscrições todo o mês de março. As seis seleções brasileiras já realizadas concederam em torno de 250 bolsas. Mais informações sobre o programa podem ser obtidas no site www.programabolsa.org.br, pelo e-mail programabolsa@fcc.org.br ou com a Fundação Carlos Chagas pelo telefone (11) 3722-4404.

Fonte: Portal Universia, 13/3/2008

Divulgado Edital de bolsa de estudos para pesquisadores em Paris

24/03/2008 15:46

A Prefeitura de Paris divulgou o Edital 2008 de bolsas de pesquisa para receber pesquisadores estrangeiros nos laboratórios públicos parisienses (somente na cidade de Paris). As bolsas são direcionadas a pesquisadores estrangeiros que ainda não estejam na França.

Os dossiês completos deverão ser enviados pelo correio em papel (veja endereço abaixo) em quatro exemplares (nenhum dossiê recebido via mensagem eletrônica será examinado). A data limite para a recepção das candidaturas é 18 de abril.

Informações e encaminhamento de dossiês:

Prefeitura de Paris

Direção dos Assuntos Escolares

Sub-direção do Ensino Superior

Escritório de Pesquisa e de Inovação

Aos cuidados do Senhor Laurent KANDEL – Edital “Bolsas de Pesquisa 2008”

4, bis Boulevard Diderot – 75012 Paris

Calendário:

– Data limite de recepção das candidaturas : 18 de abril

– Comunicação dos resultados no site da Cidade de Paris : início de junho >>

Informações : evelyne.gest@paris.fr

– Para baixar o dossiê: Accueil des chercheurs étrangers à Paris

Pré-Vestibular Popular da UFSC recebe inscrições de técnico-administrativos e dependentes

24/03/2008 14:14

Serão abertas nos dias 26 e 27 de março as inscrições para o Pré-Vestibular Popular da UFSC destinado a servidores técnico-administrativos e dependentes. Os interessados devem se dirigir ao prédio da Reitoria, 2º andar, sala 8, das 8h às 12h e das 14h às 18h.

Os documentos necessários para a inscrição são: Fotocópia do RG e CPF, comprovante de residência, contra-cheque do mês de janeiro ou fevereiro, comprovante de conclusão de ensino médio e preenchimento da ficha de inscrição no local. As aulas iniciam no dia 7 de Abril e serão ministradas de segunda à sexta-feira, das 18h30min às 22h, no Campus Universitário da UFSC.

A proposta do Pré-Vestibular da Universidade Federal de Santa Catarina é de criar oportunidades para estudantes carentes ingressarem no ensino superior. Através do Programa Inclusão para a Vida, as pró-reitorias de Ensino de Graduação (PREG) e de Apoio aos Estudantes (PRAE), disponibilizam vagas para o cursinho, que está em funcionamento desde 2003.

O Projeto de Inclusão da UFSC aprovou 112 alunos no vestibulares públicos de 2007, com 25% de aprovações, um aumento de 70% em relação a 2006. Além disso, pela primeira vez colocou um aluno do curso de Direito entre os 50 primeiros do vestibular da UFSC.

O trabalho não termina com as aulas do cursinho. A universidade faz o acompanhamento desses alunos até o final de sua vida acadêmica, dando suporte e incentivando a permanência na universidade. “Esse é um projeto de inclusão social muito importante que estamos desenvolvendo na universidade, uma vez que muitos desses alunos não teriam condições econômicas para pagar um cursinho pré-vestibular para concorrer em condições de igualdade com os demais candidatos”, avalia o coordenador do projeto, Otavio Augusto Auler Rodrigues.

Segundo o Pró-Reitor de Ensino de Graduação, Marcos Laffin, o número crescente de alunos do cursinho popular da UFSC aprovados nos últimos três anos pressupõe melhorias constantes nos processos pedagógicos e administrativos do Programa de Inclusão da universidade. “É interessante destacar que o Cursinho Pré-Vestibular da UFSC é uma ação concreta na abertura de possibilidades para se freqüentar universidades públicas, gratuitas e de qualidade,” completa.

Mais informações: 3721-8319

Nova visão sobre a “guerra santa” do Contestado

24/03/2008 12:11

Quando se trata do conflito do Contestado, é sempre bem-vinda a publicação de estudos, teses e novas pesquisas que tragam informações, análises e diferentes interpretações sobre um episódio histórico ainda cercado de dúvidas e pouco conhecido pelo grande público. Movimento social de cunho messiânico-milenarista que se desenvolveu em uma zona de litígio entre os estados do Paraná e Santa Catarina durante os anos de 1912 a 1916, o Contestado nunca mereceu, por exemplo, o destaque que contemplou Canudos, confronto que se deu no nordeste brasileiro, embora possa ter, na visão de alguns especialistas, igual importância social e histórica que este.

Agora, a Editora da Universidade Federal de Santa Catarina publica “A Guerra Santa Revisitada – Novos Estudos sobre o Movimento do Contestado”, volume organizado por Márcia Janete Espig e Paulo Pinheiro Machado e que reúne trabalhos recentes de professores universitários sobre o tema. A cultura sertaneja, o problema da terra, a atuação das forças militares, a memória dos remanescentes do conflito e aquela construída por autoridades após o fim dos combates – tudo isso está no livro. O lançamento da obra será no dia 27 de março, quinta-feira, às 18h30, na livraria Livros & Livros (rua Jerônimo Coelho, 215, Centro), em Florianópolis.

Alguns dos estudos presentes na publicação utilizam fontes primárias, algumas delas recentemente colocadas à disposição do público, como acervos militares, judiciários e iconográficos. O movimento sertanejo é visto sob vários aspectos temáticos, permitindo ao leitor entender com maior abrangência as experiências sociais, a vida material, as identidades étnicas, as práticas culturais e a luta dos habitantes do Contestado. Importante também é a possibilidade de aproximação com os debates sobre os projetos de nação e de civilização vigentes no início da República no Brasil.

Os capítulos de “A Guerra Santa Revisitada” se detêm ainda em questões como a religiosidade, o profetismo popular e a visão da imprensa acerca do conflito, fechando com uma análise da relação entre o pintor Hiedy de Assis Corrêa, o Hassis, e o tema e com imagens feitas por Claro Gustavo Jansson, fotógrafo sueco radicado no Brasil, sobre aspectos do conflito, especialmente nas cidades de Porto União, Canoinhas e Três Barras.

Para o leitor, esta é uma boa oportunidade para compreender por que tantas classificações – guerra sertaneja, fanatismo, guerra santa, loucura coletiva, movimento social, luta pela terra – foram atribuídas ao conflito do Contestado por autores de distintas procedências teórico-metodológicas. É também a chance de conhecer “uma mostra qualitativa da produção mais recente nessa área de estudos, sobre a qual a atenção acadêmica tem sido redobrada nos últimos anos”, segundo os organizadores.

Uma das fontes que inspiraram a obra – e até o seu nome – é a tese La “Guerre Sainte” au Brésil: Lê Mouvement Messianique du “Contestado”, escrita em 1957 por Maria Isaura Pereira de Queiroz, que deu início a uma série de estudos que ampliaram o corpus documental sobre o movimento. Outra grande contribuição foi a de Maurício Vinhas de Queiroz, autor do clássico “Messianismo e Conflito Social (A Guerra Sertaneja do Contestado – 1912-1916)”, baseada em entrevistas com remanescentes do conflito, rompendo com a visão crítica e até pejorativa das fontes militares sobre os participantes do movimento.

O papel dos imigrantes

Chama a atenção, no livro, o ensaio do escritor e historiador catarinense Fernando Tokarski sobre os aspectos étnicos relacionados ao Contestado – tema que literatos e pesquisadores nunca analisaram com profundidade, preferindo designar a todos os envolvidos como “caboclos”. Após entrevistar descendentes de atores do conflito, Tokarski conclui que muitos imigrantes poloneses – que ocuparam amplas áreas do Paraná e o norte de Santa Catarina a partir do final do século XIX – foram “personagens, algozes e vítimas” de uma guerra que enfrentaram contra a vontade, por uma contingência histórica.

Para boa parte deles, foi melhor apagar da memória familiar “a participação e as histórias que seus ancestrais construíram há quase 90 anos numa terra que lhes prometeu fartura de leite e mel, mas lhes ofereceu agruras, miséria e mil embaraços”. Não por acaso, após a Guerra do Contestado, muitos moradores da região atingida migraram para outras áreas, descendo a Serra do Mar e se fixando em municípios do Alto Vale do Itajaí como Rio do Campo, Taió, Pouso Redondo, Rio do Sul, Santa Terezinha e Mirim Doce.

Organizadores e autores

Paulo Pinheiro Machado, um dos organizadores, é graduado em História pela UFRGS, mestre e doutor em História pela Unicamp e desde 1987 professor da UFSC, onde leciona nos cursos de graduação e pós-graduação em História. Márcia Janete Espig fez graduação, mestrado e doutorado em História na UFRGS e atualmente leciona na Universidade de Caxias do Sul e na Universidade Luterana do Brasil, em Canoas.

Os demais co-autores de “A Guerra Santa Revisitada – Novos Estudos sobre o Movimento do Contestado” são Rogério Rosa Rodrigues, Tarcísio Motta de Carvalho, Ivone Cecília D’Ávila Gallo, Telmo Marcon, Roberto Iunskovski, Liz Andréa Dalfré, Fernando Tokarski, Fernando C. Boppré e Dorothy Jansson Moretti.

“A Guerra Santa Revisitada

– Novos Estudos sobre o Movimento do Contestado”

Márcia Janete Espig e Paulo Pinheiro Machado (org.)

331 p. – R$ 38,00

Contatos com os autores: Paulo Pinheiro Machado – (48) 3721-9249/9673, 3334-2937 e pmachado@mbox1.ufsc.br; Márcia Janete Espig: (51) 3477-4000, 3330-8791 e marcia.espig@terra.com.br

Paulo Clóvis Schmitz/Jornalista da Agecom

Conselho Universitário da UFSC defende manutenção da URP aos professores

24/03/2008 10:52

Em reunião realizada no dia 20 de março, o CUn – Conselho Universitário da UFSC – aprovou, por unanimidade, duas moções: uma pela manutenção do pagamento do direito adquirido da compensação salarial de 26,05%, correspondente a “URP Plano Verão” devida aos professores, e a extensão desse índice a todos os trabalhadores. Eis os textos na íntegra.

MOÇÃO

O Conselho Universitário da Universidade Federal de Santa Catarina, reunido extraordinariamente em 20 de março de 2008, aprovou, por unanimidade, moção pela manutenção do pagamento do direito adquirido da compensação salarial de 26.05% correspondente a “URP Plano Verão” devida aos professores.

Florianópolis, 20 de março de 2008

CONSELHO UNIVERSITÁRIO DA UFSC

MOÇÃO

O Conselho Universitário da Universidade Federal de Santa Catarina, reunido extraordinariamente em 20 de março de 2008, considerando o princípio fundamental do tratamento isonômico, aprovou, por unanimidade, moção pela extensão do índice “26,05 URP Plano Verão” para todos os trabalhadores.

Florianópolis, 20 de março de 2008.

CONSELHO UNIVERSITÁRIO DA UFSC

Venda de livros com desconto de 25% vai até 31 de março

20/03/2008 11:47

A Editora da UFSC mantém até o dia 31 de março sua Promoção Volta às Aulas, que oferece descontos de 25% em todos os títulos próprios e de 10% para os livros de outras editoras. As obras com desconto podem ser adquiridas na Livraria Espaço Vital (hall do Centro de Comunicação e Expressão), no Espaço Cruz e Sousa (prédio da EdUFSC) e na Banca da Revista Universitária (em frente à Biblioteca da UFSC).

Um desses ambientes, o Espaço Cruz e Sousa, é um show-room onde os visitantes e interessados em adquirir livros da EdUFSC têm condições de sentar, folhar as obras que desejarem e pedir as informações necessárias a quem estiver atendendo. Ali estão, por exemplo, todas as obras não esgotadas da Série Didática, clássicos nacionais e internacionais, dezenas de títulos da série Pocket (da LP&M) e livros de editoras nacionais como a Vozes, Paz e Terra, Edusp, Unesp e editoras da UnB e da Unicamp. O espaço fica no prédio da EdUFSC, atrás do Centro de Cultura e Eventos, e funciona de segunda a sexta-feira, das 8h às 12h e das 14h às 18h.

Segundo a gerente do Espaço Cruz e Sousa, Leonita Fernandes, a editora deve receber em breve as reedições dos livros A Interpretação de Imagens Aéreas, de Carlos Loch, e Fundamentos de Sistemas Hidráulicos, de Irlan von Linsingen, muito procurados – como todos os volumes da Série Didática – pelos alunos da Universidade.

No show-room estão lançamentos recentes da EdUSFC como A Guerra Santa Revisitada – Novos Estudos sobre o Movimento do Contestado, organizado por Márcia Janete Espig e Paulo Pinheiro Machado, Contos de Gabriele Wohmann (autora contemporânea alemã) e Homens e Algas, de Othon d’Eça – este, incluído na lista de obras do próximo Vestibular. Os amantes dos livros também vão encontrar obras-primas da literatura universal, como Werther (Goethe), A Divina Comédia (Dante Alighieri), Guerra e Paz (Leon Tolstoi), Luz em Agosto (William Faulkner), Dom Quixote (Cervantes), Macbeth (Shakespeare) e obras de Jack Kerouac, Agatha Christie, Arthur Rimbaud, Edgar Allan Poe e Umberto Eco.

Em língua portuguesa, o espaço oferece, entre outras, obras de Machado de Assis, Raul Pompéia, José de Alencar, Eça de Queiroz, Fernando Pessoa, Mário Quintana, Moacyr Scliar, Millôr Fernandes e João Ubaldo Ribeiro. E há os catarinenses da coleção Ipsis Litteris, que abre espaço para autores ainda pouco conhecidos pelos leitores, como Luis Soler, Miriam Portela, Marcelo Steil, Silmar Boher e Eloí Bocheco.

Mais informações podem ser obtidas pelos telefones (48) 3721-8735 e 3721-9686 ou pelo e-mail edufsc@editora.ufsc.br.

Núcleo de Estudos Açorianos recebe ´Poética do Cotidiano`

20/03/2008 11:27

Poética do Cotidiano é a nova exposição que inicia na próxima terça-feira, 25/3, no Espaço Cultural do Núcleo de Estudos Açorianos da UFSC. A proposta da artista Soli de Oliveira é retratar elementos comuns no dia-a-dia dos casais açorianos que chegaram ao Brasil no século XVIII. Este ano marca os 260 anos da chegada dos primeiros casais na Ilha de Santa Catarina.

A mostra que pode ser visitada até 30 de abril é composta por 10 pinturas. As imagens retratam cenas do cotidiano no litoral de Santa Catarina – renda de bilro, festa do Espírito Santo, cerâmica utilitária, tecelagem, a arquitetura luso-brasileira.

A artista plástica Soli de Oliveira nasceu no Alto Aririú, município de Palhoça (SC), e iniciou suas atividades na marmoraria pertencente à família, produzindo desenhos diversos gravados em granito. Em seguida partiu para o desenho em tela, experimentando várias texturas. A obras têm cor vibrante e traço marcante. A cultura brasileira integra seu trabalho artístico, criando uma singular poética do cotidiano com uma linguagem narrativa que reflete a densidade do folclore, dos costumes, do patrimônio arquitetônico e hábitos do povo.

Serviço:

Promoção: Universidade Federal de Santa Catarina/ Pró-Reitoria de Cultura e Extensão.

Realização: Núcleo de Estudos Açorianos da UFSC

Apoio Cultural: Direcção das Comunidades/ Governo dos Açores

Período: 25 de março a 30 de abril de 2008 (Segunda a sexta-feira das 9h às 12h e das 13h30 às 17h)

Imagens para ilustrar as matérias: www.nea.ufsc.br

Mais informações: NEA 48 3721.8605 / joi@nea.ufsc.br

Contatos da Artista: Salete Maria Farias de Oliveira – Soli 48 32570505/ 99715416 / www.soli.com.br / soli@matrix.com.br

Especial Pesquisa: Projeto da UFSC reduz pela metade uso de água potável em casa de Ratones

20/03/2008 08:50

O aproveitamento da chuva, da água do chuveiro, do tanque, da máquina de lavar e da pia do banheiro possibilitou uma redução de 50% do consumo da água de abastecimento em uma casa de Ratones. O projeto experimental implantado pela UFSC fez o consumo passar de 10,54 metros cúbicos para 4,43 – uma economia de 57,7% na conta da água. Os sistemas de captação, de separação e de tratamento, implantados e monitorados, comprovam o potencial do saneamento descentralizado.

A pesquisa é desenvolvida desde 2004 por integrantes do Grupo de Estudos em Saneamento Descentralizado (Gesad), ligado ao Departamento de Engenharia Sanitária e Ambiental da UFSC. A equipe é uma das representantes da UFSC junto ao Programa de Pesquisa em Saneamento Básico (Prosab), financiado com recursos da Finep e CNPq (órgãos do Ministério da Ciência e Tecnologia), e pela Caixa Econômica Federal.

“Estamos explicitando a grande vantagem da separação dos efluentes e do reaproveitamento da água”, ressalta o professor Luiz Sérgio Philippi, coordenador do projeto em Ratones. Ele lembra que um dos paradigmas atuais do saneamento é evitar o consumo da água da rede de abastecimento em usos menos nobres, como o vaso sanitário. Sua equipe trabalha com o desenvolvimento e a avaliação de fontes alternativas de água para fins não potáveis, estudando práticas de saneamento com separação e tratamento do esgoto doméstico na origem, ou seja, nas residências. O saneamento descentralizado também é pensado como uma possibilidade de evitar a contaminação do ambiente pelo esgoto doméstico e reduzir a pressão sobre os sistemas de drenagem das cidades.

Para trabalhar com estes desafios, a pesquisa em Ratones foi dividida em dois subprojetos. Um deles avalia o aproveitamento da água da chuva e estuda o reaproveitamento das chamadas águas cinzas – da pia do banheiro, chuveiro, tanque e máquina de lavar roupas. Outro estuda o tratamento e a disposição final das águas residuárias não reutilizadas, as provenientes da pia da cozinha e do vaso sanitário, chamadas de águas negras.

Separação

Uma etapa fundamental do saneamento descentralizado é a separação dos diferentes tipos de esgotos domésticos na fonte. Na casa de Ratones o esgoto do vaso sanitário e da pia de cozinha (mais difícil de ser tratado), foi separado do efluente gerado no chuveiro, na pia do banheiro, no tanque e na máquina de lavar. Além de serem separadas, as águas cinzas foram quantificadas (hidrômetros foram instalados em cada equipamento para esta medição) e qualificadas (foram analisadas suas características físico-químicas e microbiológicas). Esse processo ajuda a equipe a avaliar se a quantidade justifica o tratamento, e se pode ajudar a suprir as necessidades (demanda por água) dos moradores.

As águas cinzas também são tratadas separadamente e a pesquisa vem permitindo a experimentação e a documentação do desempenho de diferentes procedimentos. Atualmente está sendo testado um sistema formado por filtro anaeróbio preenchido por brita e um filtro aeróbio preenchido com areia. Depois de passar por esse processo, e de receber cloro, a água é usada na descarga do vaso sanitário e para regar o jardim.

De acordo com o grupo, uma análise de custo x benefício, que permitirá uma melhor avaliação sobre o preço de instalação dos sistemas, será realizada até o final do projeto. No entanto a equipe já ressalta em seus relatórios depoimentos positivos dos moradores, com relatos comprovando que a água tratada no local não apresentou mau cheiro nos meses de pesquisa e que a cor também não desagradou. Além disso, o registro do número de descargas dadas no vaso sanitário pelos moradores durante um dia (uma média diária de 7,7 acionamentos, consumo de 46,2 litros/dia) e o acompanhamento da geração das águas cinzas, comprovaram que o atendimento da demanda é possível.

Águas azuis

O sistema de coleta, tratamento e reserva de água de chuva foi instalado nos meses de dezembro de 2006 e janeiro de 2007. Está operando desde fevereiro de 2007. Depois de tratada, a água de chuva é utilizada pela família no tanque e na máquina de lavar roupas. A captação é feita por meio de calhas coletoras no telhado. Estas calhas direcionam a água para tratamento e armazenamento. O sistema de tratamento é composto por uma unidade de descarte da primeira água da chuva, considerada de lavagem do telhado; uma unidade de peneiramento, composta por quatro telas, e um reservatório.

O reservatório foi instalado na forma de cisterna, no nível do solo, com o objetivo de economizar gastos com instalações, energia elétrica, operação e manutenção de bombas. Para suprir a demanda de pressão, e para conduzir a água até os pontos de uso, principalmente da máquina de lavar roupas, foi testado no período de abril a setembro de 2007 um pressurizador de água convencional, utilizado comumente em chuveiros. Em outubro passado foi instalado outro equipamento com capacidade pressurizadora maior e acionamento automático, com o objetivo de facilitar a operação e aumentar a velocidade de enchimento da máquina de lavar e pressão de água no tanque.

Para desinfecção dessa água, dois sistemas foram propostos – um deles por cloração e outro radiação ultravioleta. A água desinfectada passou por análises para verificação de sua qualidade e a maioria dos resultados está dentro dos padrões exigidos. No caso estudado, para uma cisterna de 2000 litros e consumo médio de água de 134litros/dia, o período ideal para reposição de pastilhas de cloro de 18 gramas foi de 25 dias (as pastilhas eram repostas se a cisterna estivesse com, no mínimo, 20% de sua capacidade). “Considerando que o preço médio de uma pastilha de 15 gramas de Ácido Tricloro Isocianúrico é de aproximadamente R$ 0,70, o gasto mensal com pastilhas de cloro fica em torno de R$ 0,85”, destaca o último relatório da pesquisa, apresentado no início desse ano em São Paulo, em uma reunião das redes Prosab. Agora a equipe está acompanhando o processo de desinfecção por ultravioleta.

Apesar do preço praticamente irrisório de tratamento com cloro, a implantação de sistemas de captação da água da chuva ainda é cara para o usuário comum. “Em uma casa de 200 a 300 mil, um sistema pode ser obtido por R$ 10 mil.”, exemplifica o professor. As pesquisas da UFSC buscam comprovar a viabilidade desse reaproveitamento e chegar a parâmetros para implantação de sistemas eficientes e mais acessíveis. A pesquisa em Ratones pode mostrar que o investimento, mesmo em casas populares, vale a pena quando se leva em conta a economia de muitos metros cúbicos da água da rede de abastecimento.

Mais informações no site www.gesad.ufsc.br ou no telefone 3721 7696

Por Arley Reis / Agecom

Saiba Mais

Outros projetos do Grupo de Estudos em Saneamento Descentralizado:

Guia de tratamento de esgotos para prefeituras

Pesquisa financiada pela Fundação Nacional da Saúde (Funasa) estuda quatro diferentes combinações de sistemas de tratamento de esgotos domésticos e visa à elaboração de um guia que ajude pequenas prefeituras e vigilâncias sanitárias na promoção de melhorias na qualidade de vida da população em periferias, áreas rurais e assentamentos. A vantagem da utilização e estudo de unidades combinadas é que a qualidade do esgoto tratado é maior do que nas unidades isoladas. Este projeto de pesquisa chama-se “Arranjos tecnológicos para o tratamento de esgotos sanitários de forma descentralizada”. Todos os experimentos já foram finalizados e o relatório final entregue à Funasa. O grupo está finalizado o guia para pequenas prefeituras.

Filtros com plantas

O grupo também estuda para o tratamento de esgoto doméstico filtros com macrófitas, plantas que crescem na água. Estes filtros são também conhecidos como Wetlands ou Zona de raízes. Os princípios básicos dessa tecnologia são a filtração do esgoto e a formação de biofilme. Biofilme é uma comunidade de microorganismos que adere às raízes das plantas do sistema e que atua na purificação do esgoto retido no filtro.

Biofiltros com cascas de ostras

Outro projeto também estuda o arranjo Tanque Séptico seguido de Biofiltros Aerados Submersos para o tratamento descentralizado de esgotos. Neste são utilizadas cascas de ostras como material de preenchimento dos Biofiltros, tendo em vista que as cascas vêm se tornando um problema ambiental, pela quantidade que vira resíduo. As cascas de ostras também favorecem o surgimento de comunidades de microorganismos que otimizam o tratamento do esgoto.

Abertas inscrições para representantes técnico-administrativos no CUn e Conselho de Curadores

19/03/2008 17:40

Estão abertas no período de 19 a 25 de março as inscrições para eleição de representantes dos servidores técnico-administrativos no Conselho Universitário e no Conselho de Curadores. Os candidatos devem procurar a Secretaria dos Conselhos, no térreo da Reitoria, das 8h às 12h e das 14h às 17h. As eleições serão realizadas no dia 3 de abril.

Para o Conselho Universitário serão eleitos três titulares e respectivos suplentes, para um mandato de dois anos. O CUn é o órgão máximo deliberativo e normativo da UFSC, sendo responsável por definir as diretrizes da política universitária, acompanhar sua execução e avaliar resultados, em conformidade com as finalidades e os princípios da instituição.

Para o Conselho de Curadores há uma vaga para titular e para o respectivo suplente. O mandato será também de dois anos. Este é o órgão deliberativo e consultivo da UFSC em matéria de fiscalização econômica e financeira.

Locais de votação:

– Hall da Reitoria, 8h às 18h;

– Hospital Universitário, 7h às 19h

– Centro de Ciências Agrárias , 8h às 18h

– Colégios Agrícolas de Araquari e Camboriu, das 8h às 15h

Para Andifes, expansão das federais não afeta qualidade

19/03/2008 17:06

Para repercutir o impacto das mudanças promovidas pelo Reuni, o Universia ouviu ex-ministros, reitores e dirigentes do Ensino Superior brasileiro

O aumento no número de alunos matriculados nas universidades federais não significará queda na qualidade do ensino. Não apenas o governo pensa assim como também as próprias universidades. O crescimento na relação professor/aluno é uma das metas previstas no Reuni (Programa de Apoio a Planos de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais). Essa relação está atualmente na faixa de 12 alunos por professor e a proposta é chegar até 2012 a 18 alunos por professor. Segundo Arquimedes Ciloni, presidente da Andifes (Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior), o aumento dessa relação, proposto no Reuni, é compatível com a capacidade das instituições federais. Na última quinta-feira, 13 de março, os reitores de 53 universidades federais estiveram em Brasília para a assinatura do Acordo de Metas do Reuni.

`Além da verba para contratar mais professores e técnicos administrativos que dêem sustentabilidade ao projeto, acredito que o número de alunos por professores é razoável para a realidade das universidades federais. Ainda que haja um aumento expressivo, os professores vão dar conta e os acordos serão integralmente cumpridos`, disse Ciloni. O Reuni é um braço do PDE (Plano de Desenvolvimento da Educação) do governo federal, que, com ele, pretende, entre outras coisas, reduzir a taxa de evasão nas federais, aumentar número de vagas nessas instituições e promover modificações nas estruturas acadêmicas. No Acordo de Metas assinado em Brasília, a questão da evasão e da relação professor/aluno são dois duas das principais condições a serem cumpridas para que as universidades tenham acesso ao dinheiro investido.

O Reuni foi desenvolvido para trabalhar a partir de três pilares: melhorar o acesso às federais, garantir a formação ao combater a evasão universitária e aumentar a qualidade dos cursos. Para isso, o governo federal quer melhorar o aproveitamento das estruturas físicas e de recursos humanos existentes nas suas universidades. Esses propósitos se traduzem em números. A meta é aumentar a quantidade de cursos de graduação presencial, que hoje são 2.570, para 3.601 até 2012. Dessa forma, o governo espera fazer crescer as vagas disponíveis no sistema federal. Hoje são 149.042 vagas e a meta é elevá-las para 227.260, em 2012. Outra ponta de atuação do governo federal diz respeito aos cursos noturnos. Há uma atenção especial com relação aos cursos noturnos porque muitos estudantes em potencial deixam de fazer cursos de graduação porque precisam trabalhar durante o dia e só teriam oportunidade de estudar à noite. Por isso, o Reuni pretende aumentar a oferta de cursos noturnos dos atuais 725 e chegar até 2012 a 1.299 cursos noturnos. Além disso, quer fazer crescer as vagas nesses cursos e elevar as atuais 38.711 vagas existentes hoje para 79.215 em 2012.

Para dar conta dessa nova demanda o governo vai investir R$ 2 bilhões para o período que vai de 2007 a 2012. Uma parte dessa verba, R$ 250 milhões, já foi liberada em dezembro. No que diz respeito à questão da evasão, o Reuni pretende baixar o índice atual de 40% de evasão universitária para 10% até 2012. O Reuni também abrange a questão dos cursos de licenciatura, aqueles dedicados à formação de professores. A estratégia do governo é usar o Reuni e toda a expansão que ele propõe em benefício do Ensino Básico. Segundo dados do MEC, existe um déficit de 246 mil professores na educação básica. Dessa forma o MEC pretende elevar os 931 cursos de licenciatura oferecidos pelas universidades federais para 1.198 até 2012. Mais cursos e mais vagas também, a meta do governo é subir de 49.551 as vagas hoje disponíveis para 71.191.

Para atender as novas demandas, a contratação de professores de Ensino Superior também passa a ser uma meta quando se fala em tantos aumentos nos cursos e nas vagas disponíveis nas federais. Por isso mesmo, o Reuni estabelece a contratação pelas federais de 13.276 de professores. De acordo com Ciloni, o valor do investimento é suficiente para promover as mudanças necessárias ao alcance das metas propostas no Reuni. `Os R$ 2 bilhões a mais foi um verba proposta pelas próprias universidades, não foi o governo que a estabeleceu. Nós fizemos as contas e estabelecemos os critérios. Creio que, com certeza, com a economia estabilizada e a inflação baixa, o cenário é amplamente favorável. Claro que é preciso um acompanhamento para algum reajuste. Mas nós fizemos os cálculos dentro daquilo que consideramos necessário para o governo atender`, declarou o dirigente.

O Secretário de Educação Superior do MEC (Ministério da Educação), Ronaldo Mota, garantiu que além do dinheiro investido, haverá uma modificação no orçamento das federais para contemplar o custeio que os novos cursos e alunos implicarão para as federais. Esse valor, segundo Mota, pode ultrapassar os R$ 2 bilhões investidos, o que elevaria o orçamento das federais para algo acima dos R$ 12 bilhões até 2012.

Mota negou ainda que as metas para diminuição da evasão nas federais signifiquem a adoção de sistemas que facilitem a aprovação dos estudantes para que assim, eles permaneçam estimulados a manter o curso até o fim. O secretário diz que essa é uma `leitura equivocada` da meta. Segundo ele, respeitada a autonomia das instituições, há `maneira simples` de cumprir as metas de evasão, que o governo pretende que caiam a 10% até 2012. Hoje, esse índice de evasão gira, segundo projeções do MEC, na faixa dos 40%. `Você pode estimular a transferência de alunos para cursos onde há evasão. Especialmente para alunos de instituições particulares, que passariam por um processo eletivo junto ao colegiado do curso em questão. Essa é uma maneira simples e que não traz prejuízo para a qualidade`, afirma ele. Mota também citou o aumento no leque de disciplinas, com ênfase nos cursos noturnos, como fator contribuinte à diminuição na evasão.

O secretário explicou que a distribuição do investimento nas federais foi pensada de maneira a proporcionar às menores instituições maiores possibilidades de crescimento. Assim, as universidades classificadas como de pequeno porte, aquelas com menos de mil professores, têm a possibilidade de explorar até 50% do valor de seu orçamento dentro da verba investida. As maiores poderão explorar até 20% do valor de seu orçamento. `Isso dará às menores universidades a oportunidade de crescer proporcionalmente mais`, diz o secretário.

Ciloni comentou um ponto que foi alvo de crítica feita pelo ex-ministro da Educação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Cristóvam Buarque, de que o Reuni não resolverá o problema do acesso ao Ensino Superior no longo prazo. Para Buarque, o governo só resolve o problema do acesso ao Ensino Superior quando trabalhar na educação de base. Para Ciloni, o Reuni acabará por beneficiar o Ensino Básico e Médio. `O impacto que a expansão terá em termos de retorno para a sociedade é outra questão importante. As universidades federais estarão mais aptas para formar mais alunos e mais professores. Assim, os governos municipais, estaduais e federais terão mais mão-de-obra qualificada a sua disposição para recuperar o ensino público básico`, aposta o dirigente.

Para ex-ministros, Reuni não resolve o problema

Com reservas, Cristovam Buarque e Paulo Renato dão crédito a projeto

Do lado de fora do governo, ex-ministros enxergam o Reuni (Programa de Apoio a Planos de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais) como uma possibilidade de resolver problemas de ordem administrativa das Ifes (Instituições Federais de Ensino Superior). Por outro lado, ex-comandantes da pasta não o consideram suficiente para transformar a educação da maneira necessária para a evolução do País.

De um lado, sobram críticas à falta de interesse federal para ampliar as medidas restritas às universidades para todo o sistema de ensino, como o Ensino Básico e Ensino Médio, a fim de favorecer o acesso ao Ensino Superior. Do outro, protestos à lentidão com o que governo se dirige a um novo modelo de educação como o adotado pelos Estados Unidos e a Europa (Tratado de Bolonha) que visam reformular a universidade para formar cidadãos mais críticos e com visão de mundo, em detrimento de profissionais que apenas buscam mais um lugar ao sol no mercado de trabalho.

`O Reuni é um bom projeto, mas daqui a dez anos vamos olhar para nosso Ensino Superior e ver que continuamos atrasados em relação a outros continentes e países que adotaram um novo modelo de universidade que realmente trará uma transformação social como é o caso da Europa e dos Estados Unidos. Hoje, o Reuni cria medidas que pretendem organizar o trabalho das Ifes (Instituições Federais de Ensino Superior) quando na verdade deveria voltar os olhos para a educação como um todo para promover uma verdadeira transformação. Não acho que o projeto é ruim. É como a lei do ventre-livre: ela era boa, mas não abolia a escravatura`, destaca o ex-ministro Cristovam Buarque.

Na opinião do ex-ministro Paulo Renato Souza, que chefiou o MEC na gestão do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, se o governo federal não prestar atenção às mudanças que o cenário internacional faz no quesito educação, certamente ficaremos para trás. Ele acrescenta, porém, que para promover verdadeira transformação social a partir de um novo modelo de universidade, este modelo deveria ser debatido com o mercado, pois sem flexibilização na regulamentação das profissões e do perfil do profissional exigido, transformar os currículos das universidades com modelos em ciclos não seria o suficiente. `São necessárias articulações entre universidade e mercado. É preciso que os objetivos estejam alinhados para o sucesso de uma transformação com este peso. Sem esta sinalização de mudança na universidade e articulação com o mercado certamente ficaremos para trás`, diz.

Buarque acredita, porém, que a grande prioridade do governo federal deveria ser repensar o conceito de universidade e voltar os olhos para o grande problema da exclusão de jovens que vem da rede pública, mal formados por um ensino Fundamental e Médio decadente. Na opinião dele, ainda que a educação nestes níveis seja de responsabilidade municipal ou estadual, o governo federal, mais do que se preocupar com questões políticas e administrativas do sistema, deveria atender aos alunos para garantir amplo acesso ao Ensino Superior. `Enquanto a preocupação for atender só ao sistema que cabe ao governo e, ainda assim, uma pequena parcela como é o caso das Ifes, não veremos a transformação de que o Brasil tanto precisa`, lamenta o ex-ministro.

Para Buarque, ainda que modificar o conceito de universidade e interferir no Ensino Básico e Médio sejam grandes transformações, essas são bandeiras que deveriam ser levantadas pelo governo federal. Especialmente quando projetos como o Reuni são criados e tido como transformadores. `O Reuni é um bom projeto, mas que mostra outra vez a lentidão com que o governo Lula caminha para tomar decisões e propor transformações importantes do ponto de vista social. O governo não interfere nos outros níveis de educação porque isso não dá voto. Ele não tem como creditar a si o sucesso ou o fracasso dos projetos, então ele não interfere. Quem dá voto é universitário. Quem tem peso político é reitor. Enquanto isso, o ensino Fundamental e Médio continuam sucateados e os alunos excluídos. Seria preciso `federalizar` o Ensino Fundamental e Médio e criar um Ministério para isso`, opina Buarque.

Entre os pontos positivos do Reuni, os ex-ministros citam o aumento da proporção de alunos por professor e das vagas a serem oferecidas no período noturno. `Na minha época essa proporção era de oito alunos por professor, conseguimos chegar até o patamar de 12 alunos, que ainda é confortável demais. Com o aumento, poderemos explorar mais o potencial dos professores e nos aproximarmos do patamar internacional. Sem dúvida, esse aumento de alunos é favorável`, acredita Paulo Renato. Para Buarque, o aumento de vagas no período noturno também é outro fator positivo porque ele democratiza o acesso ao possibilitar o ingresso na universidade por estudantes que sequer pensariam em prestar vestibular, caso as vagas noturnas não existissem. `Alegro-me em dizer que em meus tempos de reitor da UnB (Universidade de Brasília) fui o primeiro a implantar cursos noturnos na universidade. Contrariei inclusive professores universitários que não aceitavam a idéia`, lembra ele.

O episódio na UnB serve de argumento para Buarque na defesa das mudanças que ele propõe na universidade. `Tem muito professor universitário – principalmente de esquerda – que quer mudar o mundo, mas não começa pela própria universidade. E quando tem a oportunidade, ele se nega a transformar a realidade onde vive. Hoje, os professores pensam que só falta dinheiro e isso não é verdade. É verdade, sim, que o professor universitário faz milagre com os poucos recursos que têm. É também verdade, porém, que se chovesse dinheiro na universidade ele ia virar lama porque ela também precisa se transformar`, afirma Buarque.

As transformações a que Buarque se refere incluem mudanças no ingresso à universidade com o fim do vestibular e a inclusão do PAS (Programa de Avaliação Seriada), como já existe na UnB, para dar mais chance ao estudante de escola pública ter acesso ao Ensino Superior. Elas incluem ainda a reforma nos currículos; mudanças na concepção de que os cursos precisam ter uma duração fixa já que, para ele, cada estudante tem um tempo para se formar; a inclusão de mais aulas à distância (mesmo em cursos presenciais); e a substituição de um diploma permanente pelo diploma provisório, a fim de estimular que o aluno continue sempre a estudar.

`Tudo isso estava documentado no tempo em que eu era ministro e sequer foi debatido. Posso dizer que a universidade não tem interesse de mudar. Não existe nada mais conservador do que um professor que quer mudar o mundo, mas não muda a própria universidade`, lamenta Buarque.

O ex-ministro acredita que tais mudanças serviriam também como medida para reduzir a evasão, porque propõem um novo conceito de educação. Segundo ele, mais do que medidas alternativas como o PNAES (Plano Nacional de Assistência Estudantil) promovido pelo governo federal e que concede verba para alimentação, moradia além de bolsas permanência para alunos carentes das Ifes, elas permitiriam que o estudante ingressasse no Ensino Superior mais preparado e com um novo conceito de Educação. `O PNAES é excelente porque garante que parte dos excluídos tenha condições de se manter na universidade. Se pensarmos, porém, em reduzir a educação como um todo, inevitavelmente as medidas passam pela construção de uma universidade diferente`, defende ele.

O ex-ministro Paulo Renato Souza também acredita que mudanças no currículo e na estrutura da universidade como a adoção do ciclo básico, ainda que não reduzissem a evasão, poderiam retardá-la, porque permitiriam ao estudante uma visão mais completa de sua formação e um período maior de aprendizado antes do conhecimento prático de sua profissão. `É preciso ressaltar, porém, que isso só seria possível a partir de uma articulação com as profissões e o mercado. Do contrário a experiência não daria certo`, reforça.

Entenda o impacto que o Reuni terá nas IES brasileiras

Reitores repercutem as ações previstas no projeto e avaliam mudanças

Com a adesão de 58 instituições que integram o sistema federal brasileiro, o Reuni (Programa de Apoio ao Plano de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais) ganhou repercussão nacional. Para refletir sobre o impacto do programa nas IES brasileiras, o Universia conversou com reitores de todas as regiões do país. Os textos foram divididos pelas regiões do país, de acordo com a localização da instituição ouvida.

Para ler os textos, clique aqui.

SUL

A região Sul do Brasil conta, atualmente, com oito instituições de Ensino Superior federais. E cada uma delas, receberá, até 2012, uma quantia do governo federal, estipulada pelo Reuni ( Programa de Apoio ao Plano de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais), para investir na expansão do sistema na região. Para a UFSC (Universidade Federal de Santa Catarina), por exemplo, estão reservados R$ 264 milhões, destinados à criação de cursos noturnos e interiorização da universidade, com a construção de novos campi.

Segundo o reitor da universidade, Lúcio José Botelho, essas ações contribuem para a ampliação do número de ingressos na instituição. “Atualmente, temos 20 mil alunos de graduação. A meta é, nos próximos cinco anos, alcançar o índice de 40 mil”, aponta. Para ele, o Reuni veio agilizar o processo de expansão da Federal de Santa Catarina. “As ações já estavam sendo desenvolvidas, antes mesmo da criação do programa. Mas em uma proporção muito menor e mais lenta. Com a injeção de recursos, os resultados serão colhidos mais rápidos”, conta.

Na opinião de Botelho, a verba destinada ao projeto é suficiente para atender a demanda da universidade até 2012. “O desafio, no entanto, será encontrar meios para se manter depois desse prazo”, ressalta.

Para garantir o recebimento da verba estipulada, as universidades federais precisam cumprir uma série de metas traçadas pelo MEC (Ministério da Educação). Uma delas é aumentar a taxa média de alunos concluintes de 40% para 90%. “Em alguns cursos da UFSC já conseguimos atingir essa média. Mas, em outros, como é o caso de Pedagogia, estamos bem longe de alcançar a meta”, afirma.

O reitor, porém, acredita que é uma hipocrisia pensar que a universidade, por si só, conseguirá atingir essa meta. “Isso não depende única e exclusivamente da instituição de ensino. Há fatores que fogem do nosso controle”, ressalta. Isso não significa que a Federal não vai brigar para atingir a meta. “Tudo que tiver ao nosso alcance vamos fazer, e uma dessas coisas é a melhoria nas políticas de permanência na universidade”, descreve.

O projeto também prevê o aumento no número de estudantes por professor. Mas para a UFSC este não será nenhum problema, já que a universidade já trabalha com a proporção estimulada (18 por um) há algum tempo. A questão que surge nesse tópico é: essa medida não pode comprometer a qualidade do ensino? Para Botelho, isso não passa de uma falácia. “Você pode ter uma aula teórica com 300 alunos, sem deixar que a qualidade caia. O problema está nas matérias práticas. Mas o número 18 por professor está muito longe de comprometer a eficiência da educação”, assegura.

Impactos no Sul

Muito mais do que os benefícios que o Reuni irá trazer à UFSC, o reitor Lúcio José Botelho aponta os reflexos do projeto na região Sulista. “A sociedade civil organizada do Sul já vinha discutindo a questão de ampliar a qualidade e a oferta de vagas do Ensino Superior na região. E o Reuni veio contribuir com o objetivo de não deixarmos ninguém dentre 18 e 25 anos, que queira estudar, fora da universidade”, descreve.

O reitor ressalva ainda a importância do projeto para o desenvolvimento do Brasil. “É o primeiro momento na história do país em que a educação deixa de ser discurso e passa a fazer parte da pauta de discussões. Essa é uma grande virtude, não só para UFSC e para a região sul, e, sim, para todo o país”, conclui.

Fonte: Portal Universia, 18/3/08

Governo Federal disponibiliza proposta de remuneração dos docentes de nível superior

19/03/2008 16:47

O Governo Federal disponibilizou a tabela com a proposta de remuneração dos docentes de nível superior. De acordo com o documento, o vencimento básico dos professores será mantido até fevereiro de 2009, reajustando-se os valores da Gratificação de Estímulo à Docência (GED). Após esta data, a Gratificação de Atividade Executiva (GAE) será incorporada ao vencimento básico.

No início deste ano, o Ministério da Educação informou que as propostas de tabelas apresentadas nos acordos assinados com as entidades sindicais seriam mantidas, tanto as de docentes, quanto as dos técnico-administrativos. Contudo, em função da não aprovação do orçamento de 2008, seria debatida com as entidades a possibilidade de revisão dos prazos e da discussão sobre a carreira dos docentes de 1º e 2º graus.

Confira a tabela.

Fonte: Assessoria de Comunicação da Andifes – Lilian Saldanha

AIESEC Florianópolis abre vagas para novos membros

19/03/2008 16:29

A Association Internationale des Etudiants en Sciences Economiques et Commerciales (AIESEC), em Florianóplois, realiza mais um processo seletivo para estudantes universitários e recém-graduados, com interesse em participar da organização através do trabalho no escritório local, ou em realizar intercâmbios profissionais. As inscrições estão abertas até dia 24 de março. Nesta quarta-feira, dia 19, haverá uma palestra informativa sobre o processo seletivo às 18h, no Auditório da Engenharia Elétrica (Teixeirão).

Reconhecida pela Unesco como a maior organização de estudantes do mundo, a AIESEC quer selecionar jovens universitários ou recém-formados interessados em desenvolver competências de liderança através de uma experiência integrada que envolve vivência internacional, troca de conhecimentos, valorização da diversidade e gestão de equipes.

Fundada em 1948, na França, e presente em mais de 100 países e territórios, a organização tem como foco o desenvolvimento de lideranças conscientes para causarem um impacto positivo na sociedade.

Em Florianópolis há mais de sete anos, atualmente mais de 50 voluntários de diversos cursos trabalham na organização. As áreas de atuação são variadas e os voluntários escolhem quais habilidades querem desenvolver trabalhando nas equipes de: marketing, gestão de talentos, gestão financeira, relações corporativas, gestão de intercâmbio ou gestão de projetos.

Além de desenvolver competências por meio do envolvimento nas atividades locais da organização o jovem AIESECer tem oportunidade de alavancar sua carreira com o programa de intercâmbio profissional em um dos muitos paises em que a AIESEC está presente. O programa oferece vagas para trabalhar na sua área de formação com salários compatíveis ao estilo de vida de cada região. Alcatel, ABN AMRO, Cadbury Schweppes, DHL, Electrolux, InBev, P&G, Unilever, Greenpeace e UBS são apenas alguns exemplos das mais de 3.500 organizações parceiras.

Outras informações pelo endereço www.aiesec.org/brazil/florianopolis.

Fonte: Assessoria AIESEC

Aluno de Jornalismo da UFSC ganha prêmio Nacional

19/03/2008 15:47

O trabalho de Conclusão de Curso do jornalista João Werner Grando, formado em setembro de 2007 no Curso de Jornalismo da UFSC, foi reconhecido com o Prêmio Vega Ambiental de Jornalismo 2007. O trabalho “A peleja do eucalipto”, elaborado na forma de grande reportagem e sob a orientação da professora Gislene Silva, aborda a polêmica envolvendo os investimentos de três grandes empresas na formação de um pólo produtor de celulose no Rio Grande do Sul e a criação de um zoneamento ambiental para regular a atividade. Esse instrumento inexistente na maior parte dos estados brasileiros, inclusive em Santa Catarina, onde a plantação de árvores também é uma atividade que ocupa largas extensões de terra.

João Werner Grando recebeu a primeira colocação na categoria Jornalismo impresso/revista (acadêmico). O prêmio é concedido pela Vega Engenharia Ambiental, empresa que atua em 23 cidades brasileiras e em Lima, no Peru, Sendo a maior empresa do ramo na América Latina. Com a premiação a Vega busca valorizar trabalhos jornalísticos que alertem e conscientizem sobre a necessidade de preservação da natureza como forma de desenvolvimento sustentável.

Mais informações:

<a href=www.premiovega.com.brhttp://www.premiovega.com.br/site/noticias2.php?id=64

>www.premiovega.com.brhttp://www.premiovega.com.br/site/noticias2.php?id=64

Livro analisa contribuição de ´O Segredo da Pirâmide` para pesquisa em Jornalismo

19/03/2008 15:37

No dia 27 de março, às 19h, no Centro de Comunicação e Expressão da UFSC, será lançado o livro Olhares sobre o Jornalismo. A contribuição de Adelmo Genro Filho (Facos Editora, 2007).

Organizado pela professora Márcia Franz Amaral, da Universidade Federal de Santa Maria, a coletânea reúne trabalhos apresentados no seminário realizado em junho de 2007 em Santa Maria, pelo Programa de Pós-Graduação em Comunicação para celebrar os 20 anos do lançamento da pioneira obra de Adelmo Genro Filho.

Os professores do Mestrado em Jornalismo da UFSC, Elias Machado e Tattiana Teixeira, participam do livro com os capítulos ´A pesquisa brasileira em jornalismo (1987-2007). Um balanço 20 anos depois da publicação de O Segredo da Pirâmide` e ´O Segredo da Pirâmide, 20 anos depois`.

Falecido em 1988, Adelmo Genro Filho foi professor do Departamento de Jornalismo da UFSC entre 1982 e 1987. Formado em Jornalismo pela UFSM, em 1975 publicou O Segredo da Pirâmide – para uma teoria marxista do jornalismo em 1987, obra considerada pelos especialistas como uma das contribuições mais originais dos pesquisadores brasileiros às teorias do jornalismo.