Abertas inscrições para o 1º Congresso Nacional de Pesquisa em Tradução e Interpretação de Língua de Sinais Brasileira

19/09/2008 10:07

O 1º Congresso Nacional de Pesquisa em Tradução e Interpretação de Língua de Sinais Brasileira será realizado nos dias 9 e 10 de outubro, na Universidade Federal de Santa Catarina. O evento é direcionado a intérpretes e tradutores de línguas de sinais e a profissionais interessados. As inscrições estão abertas.

Os principais objetivos são a troca de informações sobre o tema, a apresentação de resultados de pesquisas e o intercâmbio entre diferentes áreas do conhecimento, como lingüística, tradução e educação. Haverá debates, palestras e oficinas com pesquisadores nacionais e internacionais. As atividades serão realizadas no auditório da Reitoria e no Bloco B do Centro de Comunicação e Expressão (CCE).

A UFSC foi a primeira universidade da América Latina a implantar um curso de Licenciatura em Letras Libras, a Língua Brasileira de Sinais. Criada em 2006, a graduação tem como foco a formação de professores. Em junho deste ano, teve início também o Bacharelado em Letras Libras, que forma intérpretes e tradutores. A criação destes cursos foi uma iniciativa da universidade com instituições conveniadas e o MEC. Representou uma conquista para os surdos brasileiros e foi possível após a regulamentação, em 22 de dezembro de 2005, da Lei Nº 10.436, a Lei de Libras, que reconheceu a Língua Brasileira de Sinais como meio legal de comunicação e expressão no Brasil.

Com a intenção de reunir intérpretes, tradutores e estudiosos, o congresso é mais um passo no sentido de dar visibilidade e promover debates entre os profissionais da área, estimulando a consolidação de um espaço de reflexão sobre o tema no meio acadêmico.

O evento é organizado pelo Programa de Pós-graduação em Lingüística (PPGL), o Programa de Pós-Graduação em Tradução (PGET) e o Grupo de Estudos Lingüísticos Surdos, do Centro de Comunicação e Expressão, juntamente com o Programa de Pós-Graduação em Educação e o Grupo de Estudos Surdos (GES), do Centro de Ciências da Educação da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC).

A programação pode ser encontrada no site www.congressotils.cce.ufsc.br.

Mais informações: congressotils@ead.ufsc.br /

Por Isis Martins Dassow / Bolsista de Jornalismo na Agecom

SEMANA OUSADA DE ARTES: Cinco dias para mexer com a produção cultural de Florianópolis

19/09/2008 10:01

Tetê Espíndola é um dos destaques

Tetê Espíndola é um dos destaques

O belo, o sublime, o inusitado e o assombroso ocupando o mesmo ambiente. A vanguarda, o novo e o intenso abrindo caminho, impondo discussões. Pintores, músicos, cineastas, filósofos, performers e oficineiros se cruzando no campus e fora dele. Este é o caldeirão que espera os participantes e espectadores da Semana Ousada de Artes, que a Universidade Federal de Santa Catarina e a Udesc realizam de 22 a 26 deste mês em Florianópolis.

Arrigo Barnabé e Tetê Espíndola, Sylvio Back e César Cavalcanti, Márcia Tiburi e Vinícius Figueiredo são presenças de destaque, ao lado de João Vicente Goulart (filho do ex-presidente João Goulart), dos artistas plásticos Antônio Vargas, Fernando Lindote e Flávia Fernandes e de cineastas como Zeca Pires e Éverson Faganello.

“Nossa intenção é mostrar o que existe de contemporâneo e ousado na arte catarinense e, ao mesmo tempo, estabelecer um diálogo desses artistas com os convidados de fora”, diz a secretária de Cultura e Artes da UFSC, Maria de Lourdes Alves Borges, que divide com a professora Claudia Maria Messores, da Udesc, a coordenação do evento.

Diversidade

A Semana terá atividades nas áreas de cinema, teatro, dança, música, moda, artes visuais e filosofia. A programação prevê ainda 11 oficinas, que vão da fotografia pinhole (com lata) ao portunhol selvagem (língua falada na fronteira do Brasil com o Paraguai, misturando o português, o espanhol e o guarani). A maior parte das programações acontece no Centro de Cultura e Eventos da UFSC.

A secretária diz que as duas universidades estão propondo “pensar” a cultura e, por isso, por trás de cada evento há um viés estético, que busca refletir filosoficamente sobre a produção artística atual em Santa Catarina. “A intenção é estimular o desenvolvimento da arte contemporânea, com a presença de filósofos, estetas, artistas e técnicos”, afirma. “É um diálogo sobre as tendências da cultura e da produção local, que tem qualidade e expressões relevantes, mas que não aparecem como deveriam”.

Mostra de cinema

Um ponto alto será a exibição do filme “Jango em três atos”, documentário dirigido por Deraldo Goulart que especula sobre as reais circunstâncias da morte do ex-presidente João Goulart, deposto pelo regime militar em 1964. Oficialmente, ele morreu de ataque cardíaco em 1976 na Argentina, mas um ex-agente secreto do governo uruguaio disse, em depoimento, que Jango foi envenenado com um comprimido colocado dentro dos remédios que tomava para controlar a saúde.

O filme será exibido às 14h de terça-feira, dia 23, no auditório da Reitoria da UFSC, e logo após haverá um debate com a participação de João Vicente Goulart, que ainda luta para esclarecer os fatos que culminaram com a morte de seu pai.

A mostra de cinema da Semana Ousada de Artes prevê ainda a exibição do documentário “Olhar de um cineasta” (de César Cavalcanti, sobre a obra do cineasta catarinense Marcos Farias), de “Cruz e Sousa, o poeta do Desterro” (Sylvio Back), “Seo Chico, um retrato” (de João Rafael Mamigonian), “Outra memória” (Éverson Faganello), “Alva paixão” (Maria Emília Azevedo), entre outros.

Música, teatro e dança

Na música, o destaque será o show de Arrigo Barnabé e Tetê Espíndola, às 20h30 do dia 23, mas haverá também apresentações do pianista Diogo de Haro e das bandas Coletivo Operante, 3 Jay, Vinegar e do Quarteto de Cordas da Udesc. A programação teatral inclui as peças “Vermelho vermelho”, “Crimes delicados”, “O santo e a porca”, “A maldição do vale negro” (esta, da Oficina de Teatro de Adolescentes do DAC/UFSC), entre outras.

Na área da dança, haverá na quinta-feira, às 20h, uma mostra do Cefid/Udesc, no Teatro do CIC, com 26 companhias e escolas de Florianópolis que trabalham com dança clássica, folclórica, contemporânea, de salão, de rua, jazz e dança do ventre.

Exposições, debates e oficinas

Na área de artes plásticas, haverá as exposições “Sushi com maionese” (de Antônio Vargas), “Difusor de desejos” (Diogo Fagundes), “Asfalto – Arqueologia urbana (Renato Menezes Velasco), “O cinza e a cor” (José Maria Dias da Cruz), “Mostra [Um]” (coletiva de 16 artistas jovens), além de uma retrospectiva sobre Marcos Farias, com cartazes, fotos, artigos, entrevistas e contos de autoria do cineasta catarinense que ajudou a criar o movimento Cinema Novo.

Na filosofia, a presença de Márcia Tiburi será no dia 25, no debate “O que é estética hoje?”, às 16h30, seguido do lançamento de dois livros da autora, “Filosofia em comum” e “Mulheres, filosofia ou coisas do gênero”, às 18h30. Haverá ainda um debate sobre estética contemporânea com Vinícius Figueiredo e outro com Claudia Drucker, cujo tema é “A leitura heideggeriana de Hälderlin”.

Entre as oficinas programadas para a Semana Ousada de Artes estão as de cerâmica utilitária (ministrada por Tânia Regina Fernandes), fotografia pinhole (Lílian Barbon e Francielly Dossin), intervenções artísticas no espaço (Flávia Fernandes), portunhol selvagem (Diego Diegues), trato do papel machê e mosaico (Maria Regina Ziegler de Castro e Margareth Borba Rodrigues), tecelagem artesanal (Lena Rosa) e construindo histórias no teatro (Maris Viana).

A programação completa da Semana Ousada de Artes está no site

www.semanaousada.ufsc.udesc.br

Mais informações na Secretaria de Cultura e Artes da UFSC, no fone (48) 3721-8304 e pelo e-mail ousadaufscudesc@reitoria.ufsc.br. Na Udesc, os contatos são (48) 3321-8359 e nucleoceart@udesc.br.

Por Paulo Clóvis Schmitz / Jornalista da Agecom

Inscrições para 24ª Exposição de Arte dos Funcionários da UFSC devem ser feitas até a próxima quarta-feira

19/09/2008 09:55

Abertura será no dia 30 de setembro

Abertura será no dia 30 de setembro

Estão abertas até a próxima quarta-feira, 24/9, as inscrições para a 24ª Exposição de Arte dos Funcionários da UFSC. Poderão se inscrever professores e servidores técnico-administrativos dos quadros da UFSC, ativos ou aposentados. As inscrições e a entrega das obras deverão ser feitas na Galeria de Arte da UFSC, no prédio do Centro de Convivência. O formulário de inscrição pode ser retirado na Galeria ou solicitado pelo e-mail galeriadearte@dac.ufsc.br

Continuando a boa experiência dos anos anteriores, neste ano também acontecerá o “Encontro com o Artista” na abertura do evento. Este é um momento em que os artistas expositores poderão fazer breves relatos, partilhando com o público, com outros colegas e artistas, suas experiências sobre as trajetórias pessoais e o processo de criação das suas obras. O “Encontro com o Artista” faz parte das atividades de Ação Educativa e Cultural da Galeria de Arte da UFSC. Os expositores interessados em fazer comunicações ou palestras durante a abertura da mostra, deverão mencionar essa intenção no momento da inscrição.

A abertura da exposição e o encontro com os artistas estão programados para 30 de setembro, terça-feira, às 18h30min. Para essa abertura também está agendada a apresentação do Coral da UFSC. A exposição ficará aberta para a visitação até 24 de outubro de 2008.

Destaque do trabalho de professores e servidores

Destaque do trabalho de professores e servidores

Cada artista poderá inscrever até dois trabalhos, escolhendo entre várias categorias, como desenho, pintura, escultura, gravura, fotografia, tecelagem, tapeçaria e instalação, entre outras. Os trabalhos deverão ser entregues em condições de serem expostos, com molduras ou outro suporte, conforme a técnica da obra.

Além de ser um momento de comemoração e de confraternização entre os colegas, a exposição é também uma oportunidade para divulgar o trabalho artístico de funcionários da UFSC que, na maioria das vezes, têm se dedicado à arte como uma atividade paralela às suas atividades profissionais na instituição.

A exposição nasceu do desejo de comemorar o Dia do Servidor (Funcionário) Público Federal, dia 28 de outubro. A edição da mostra de 2007 contou com o apoio da Pró-Reitoria de Desenvolvimento Humano e Social da UFSC e do Sindicato dos Trabalhadores da Universidade Federal de Santa Catarina – Sintufsc.

A mostra é uma realização do DAC – Departamento Artístico Cultural / Secretaria de Cultura e Arte da Universidade Federal de Santa Catarina.

Serviço:

O QUÊ: Inscrição para a 24ª Exposição de Arte dos Funcionários da UFSC.

QUANDO: Até 24 de setembro, de 2ª a 6ª, das 10h às 18h30min.

ONDE: Galeria de Arte da UFSC, prédio do Centro de Convivência.

QUANTO: Gratuito, aberto aos professores e técnicos-administrativos da UFSC, da ativa e aposentados.

FORMULÁRIO DE INSCRIÇÃO: Retire-o na Galeria ou solicite-o pelo e-mail da Galeria

CONTATO: Galeria: (48) 3721-9683 e galeriadearte@dac.ufsc.br

Fonte: [CW] DAC:SECARTE:UFSC

SEMANA OUSADA DE ARTES: Kits dão direito a ingressos para show de Arrigo Barnabé e peças de teatro

19/09/2008 09:47

Os interessados em assistir ao show com Arrigo Barnabé e Tetê Espíndola e às peças “Vermelho vermelho” e “Crimes delicados”, que serão apresentados durante a Semana Ousada de Artes, podem retirar os ingressos no Hall do Centro de Cultura e Eventos da UFSC. Os ingressos serão trocados por um kit contendo sabonete, escova e pasta de dente. Cada kit dá direito ao ingresso para um dos espetáculos. As demais atrações da semana têm entrada gratuita.

O show de Arrigo e Tetê será às 19h30 do dia 23, terça-feira, no Centro de Cultura e Eventos. O mesmo local recebe dia 24, às 20h30, a montagem “Crimes delicados”, de José Antônio de Souza. E a peça “Vermelho vermelho” será apresentada no dia de abertura da Semana, 22 de setembro, às 20h30, na Igrejinha da UFSC.

Arrigo Barnabé é uma das grandes atrações da Semana Ousada de Artes. Ele tornou-se conhecido em 1979, ao receber o primeiro prêmio do Festival Universitário da TV Cultura com a música “Diversões Eletrônicas” (parceria com Regina Porto). Em 1980, lançou o álbum independente “Clara Crocodilo”, marco inicial da vanguarda paulista, apresentando uma fusão entre a música popular urbana e a música erudita contemporânea. Em 1984, com o LP “Tubarões Voadores”, iniciou uma pesquisa para unir música e história em quadrinhos.

Artista-residente na Unicamp, há poucos meses Arrigo realizou a curadoria e direção artística de “Crisantemúsica”, uma série de recitais no Centro Cultural Banco do Brasil, em São Paulo, evento comemorativo dos 100 anos da imigração japonesa no país. Para essa série, Arrigo escreveu “Viver”, música para piano, violino, koto e guitarra elétrica, que teve sua première no dia 20 de maio passado.

Mais informações: 3721 8304

SEMANA OUSADA DE ARTES: Marcia Tiburi debate e lança livros

19/09/2008 09:42

Professora, filósofa, colaboradora das revistas Cult e Vida Simples e integrante da equipe do programa Saia Justa, do canal GNT, Marcia Tiburi é uma das atrações da Semana Ousada de Artes, que a Universidade Federal de Santa Catarina e a Udesc realizam entre os dias 22 e 26 de setembro em Florianópolis. No dia 25, às 16h30, ela vai participar de um debate sobre estética contemporânea chamado “O que é estética hoje?”, no auditório do Centro de Cultura e Eventos da UFSC. No mesmo dia e local, às 18h30, lança dois livros recentes, editados em 2008: “Filosofia em comum” e “Mulheres, filosofia ou coisas do gênero”.

Em livros e artigos, as reflexões de Marcia Tiburi se espraiam por temas como ética, criação artística, indústria cultural, democracia e a filosofia na vida cotidiana. “Filosofia em comum – Para-ler junto” (Record) tem, segundo a autora, o objetivo de “mostrar que a filosofia é o modo de pensar de cada um que se qualifica e organiza, que aprende a se perceber e que, a partir daí, estabelece comunicação com o outro”. Para ela, a filosofia “é muito mais uma criação coletiva, que se faz junto com o outro, pelo diálogo, pela conversação, do que uma teoria que tem a pretensão de dizer a verdade (…)”.

O outro livro a ser lançado na Semana Ousada de Artes é “Mulheres, filosofia ou coisas do gênero”, que traça a relação entre as mulheres e a filosofia no Brasil. Trata-se de uma reunião de textos de Marcia e de colegas estudiosas da filosofia de diversas universidades brasileiras que começou a nascer em 2006, sendo somente agora editada pela Edunisc. Outros livros da autora são “As mulheres e a filosofia” (Unisinos, 2002), “Uma outra história da razão” (Unisinos, 2003), “Filosofia cinza – Melancolia e o corpo nas dobras da escrita” (Escritos, 2004), “O corpo torturado” (Escritos, 2004), “Magnólia” (Bertrand Brasil, 2005) e “A mulher de costas” (Bertrand Brasil, 2006).

Marcia Tiburi é professora da Universidade Presbiteriana Mackenzie e da Fundação Armando Álvares Penteado, ambas de São Paulo, e publicou textos sobre filosofia e temas afins nas revistas Vida Simples, Cult, BemStar e De Mulher para Mulher, além dos jornais Zero Hora e Folha de S.Paulo. Foi finalista do Prêmio Jabuti, em 2006, pelo romance “Magnólia”, que integra uma série que batizou de Trilogia Íntima.

Outros convidados – Para discutir a estética contemporânea, a programação da Semana Ousada de Artes contará ainda com as presenças de João Vicente Goulart, Vinícius Figueiredo e Claudia Drucker. Figueiredo abordará o tema “Estética e ciência modernas” e a palestra de Drucker será sobre “A decadência do gosto”.

Informações sobre a Semana Ousada de Artes podem ser obtidas pelos telefones (48) 3721-9279 (UFSC) e 3321-8350 (Udesc) ou no site www.semanaousada.ufsc.udesc.br. O evento tem a coordenação de Maria de Lourdes Alves Borges, da Secretaria de Cultura e Arte da UFSC, e Claudia Maria Messores, da Udesc.

Por Paulo Clóvis Schmitz / Jornalista da Agecom

SEMANA OUSADA DE ARTES: abertas inscrições para oficinas

19/09/2008 09:39

Estão abertas as inscrições para as oficinas que serão oferecidas durante a 1ª Semana Ousada de Artes UFSC-Udesc, agendada para o período de 22 a 26 de setembro. São 11 oficinas gratuitas que acontecerão durante o evento. De “Cerâmica utilitária – Olaria” a “Intervenções Artísticas no Espaço”, passando pela peculiar “Portunhol Selvagem”, que será ministrada por um poeta residente da fronteira Brasil-Paraguai, a proposta irreverente e heterogênea das oficinas se explica pelo objetivo conceitual da semana.

A inscrição deve ser feita presencialmente na SeCArte, 2° andar do prédio da Editora da UFSC, no campus universitário, até o preenchimento total das vagas. Os encontros serão realizados no Centro de Cultura e Eventos da UFSC.

A Semana Ousada de Artes:

Criada pela Secretaria de Cultura e Arte (SeCArte) da UFSC, em parceria com o Centro de Artes da Udesc (Ceart) e apoio da Fundação Catarinense de Cultura (FCC), a 1ª Semana Ousada de Artes visa transformar e promover a cultura no ambiente universitário, em que a comunidade possa viver o que há de novo e ousado na arte e na estética em suas mais variadas linguagens, tanto nas discussões teóricas como em aplicações práticas. Também procura ampliar as ações da UFSC e da Udesc como centros irradiadores da cultura em Santa Catarina e revigorar o panorama artístico e cultural em Florianópolis.

Os objetivos específicos, que procuram contemplar todas as grandes formas de arte – música, cinema, artes plásticas, dança, literatura, moda e teatro – e aspectos da cultura e filosofia contemporâneas, resultaram em um calendário abrangente e diversificado. A programação inclui, além das oficinas, shows musicais e espetáculos cênicos, exposições de artistas plásticos catarinenses, apresentações de cultura popular ao ar livre pelos campi das duas universidades, um ciclo de debates sobre estéticas contemporâneas e, ainda, a realização de uma pequena mostra de cinema catarinense, com diálogo entre o público e autores/diretores.

Como parte da programação, ocorre também mais uma edição do projeto de extensão da UFSC “Sarau Boca de Cena”, no dia 24 de setembro, que inclui apresentações de música, teatro, dança e poesia, exposição de artes plásticas e exibição de curta-metragem.

Outras informações podem ser obtidas no site www.semanaousada.ufsc.udesc.br.

SERVIÇO:

O QUÊ: 1ª Semana Ousada de Artes UFSC-Udesc

QUANDO: de 22 a 26 de setembro. As inscrições começam no dia 8/9 e vão até o encerramento das vagas

ONDE: UFSC e Udesc

QUANTO: gratuito e aberto à comunidade

INFORMAÇÕES E CONTATO: www.semanaousada.ufsc.udesc.br

Secretaria de Cultura e Arte – UFSC. Telefone: (48) 3721 9279. E-mail: ousadaufscudesc@reitoria.ufsc.br

Núcleo de Comunicação do CEART/UDESC. Telefone: (48) 3321 8350. E-mail: nucleoceart@udesc.br

Fonte: Gustavo Bonfiglioli, acadêmico de Jornalismo, Assessoria de Imprensa DAC – SECARTE – UFSC, com texto e fotos de divulgação.

UFSC outorga títulos de Doutor Honoris Causa a Carlos Augusto Figueiredo Monteiro e João José Bigarella

19/09/2008 09:33

Carlos: "A climatologia tem um lado mais humano"

Carlos: "A climatologia tem um lado mais humano"

O Conselho Universitário da UFSC concedeu na noite desta quinta-feira(18/9), no auditório da Reitoria, o título de Doutor Honoris Causa aos professores Carlos Augusto Figueiredo Monteiro e João José Bigarella, que trabalharam ativamente para a criação e consolidação da pós-graduação do Curso de Geografia da Universidade. A cerimônia foi presidida pelo reitor Alvaro Toubes Prata, e teve como participantes da mesa o presidente da Fapesc e ex-reitor da UFSC, Diomário de Queiroz, e o presidente do Conselho dos Curadores, Milton Luis Vieira, além dos homenageados.

Carlos Augusto Figueiredo Monteiro relembrou, a partir da cerimônia, o início do ano letivo de 1960, quando foi convidado a ministrar a aula magna da Faculdade Catarinense de Filosofia, o embrião da UFSC, localizada ao pé do Colégio Catarinense. “Havia a dúvida se aquela aula seria um adeus ou um até logo. Parti para o interior de São Paulo, dentre outros motivos, porque entendo que a gente sempre deve sair de cena quando está no auge. Hoje, aos 81, posso afirmar que dos 28 aos 32 anos, época em que vivi em Florianópolis, experimentei o período mais feliz da minha vida”.

Depois de dezessete anos se deu o retorno. “Vi que aquela Florianópolis não existia mais. A cidade tinha crescido, progredido, mas continuava encantadora. Visitei a Universidade no campus novo. Revi ex-alunos que já atuavam como docentes. Percebi então que a instituição que ajudei a fundar já estava firmada”.

As raízes com a cidade são muitas: desde os amigos queridos – principalmente a família Aquino, representada no auditório pelo reitor da Unisinos, Marcelo Fernandes de Aquino – até o time de futebol – “fui e ainda sou torcedor do Figueirense!”.

O professor ainda enfatizou as diferenças entre climatologia e meteorologia. “A climatologia tem um lado mais humano, que a meteorologia não tem. Esse diferencial deve ter feito sucesso, porque até hoje sou convidado a participar dessas coisas“, brincou, referindo-se à cerimônia.

Bigarella: "A pesquisa precisa ser transmitida"

Bigarella: "A pesquisa precisa ser transmitida"

João José Bigarella enfatizou que seus primeiros anos de vida foram fundamentais para sua formação. “Meus pais sempre me incentivaram a estudar e a adquirir livros – lia Pasteur, Darwin – e isso me despertou o interesse pela pesquisa de novos assuntos. Além disso, tive sorte; no curso ginasial, que terminei em 1949, lembro que os professores realmente nos estimulavam. Acredito que essa formação talvez tenha sido mais importante do que aquela adquirida na universidade”.

Em 1949 o professor começou a lecionar. “Quando se trabalha com pesquisa, ela precisa ser transmitida. Mas eu não tinha o dom da palavra, então usei muito o audiovisual e o trabalho em campo”. Ele entende que o pesquisador, como professor, precisa utilizar não só dos conhecimentos que estão nos livros, mas também os que acumulou em suas experiências pessoais. “Vejo a universidade como um grande Buda. A pesquisa é seu coração de brilhantes, e o conhecimento – o coração – deve ser levado até os braços, ou seja, até a comunidade”.

Foi através da pesquisa que, entre 1970 e 1980 o professor trabalhou na África e na Ásia. Na Índia analisou o porquê da pobreza sob o ponto de vista geológico. “As casas eram feitas de pau-a-pique, cobertas de sapé. Eu chegava e tirava os sapatos para entrar – e o piso era de chão batido. No centro da sala havia uma manjedoura, com uma vaca para a produção de leite e esterco. A gente se sentava no chão, a dona da casa trazia a comida e nós comíamos com a mão. Eram pessoas educadas, e também felizes. Achei a experiência um espetáculo!”, relata.

O reitor Álvaro Prata assinalou que, em 48 anos de existência, a UFSC concedeu dezoito títulos de Doutor Honoris Causa, sendo que os professores Carlos Augusto Figueiredo Monteiro e João José Bigarella representam os 19° e 20° homenageados. “A UFSC se afirma onde a qualidade prevalece sobre a quantidade. Queremos que ambos nos inspirem com suas carreiras e nos sirvam de exemplo pelo rigor acadêmico”.

A cerimônia ainda teve a participação do Coral da UFSC, que executou o hino nacional e o hino da Universidade, e também contou com a participação do grupo Harmônicas da Ilha – composto por professores aposentados da UFSC – que apresentou músicas tocadas com gaitas de boca e violão.

Quem são os homenageados

Carlos Augusto de Figueiredo Monteiro é natural do Piauí , formou-se em Geografia e História em 1950 pela Faculdade Nacional de Filosofia, atual Universidade Federal do Rio de Janeiro. Ingressou em 1955 no ensino superior na Faculdade Catarinense de Filosofia, hoje Universidade Federal de Santa Catarina, e posteriormente foi professor de Geografia física junto à Faculdade de Filosofia Ciências e Letras de Rio Claro, São Paulo.

Em 1968 se integrou ao Departamento de Geografia da Faculdade de Filosofia Ciências e Letras da USP, vindo a se aposentar como professor titular no ano de 1987, ano em que retornou à UFSC como colaborador visitante no curso de mestrado em Geografia onde permaneceu até 1990. Suas aulas sempre foram cuidadosamente preparadas e através da sua visão holística procurava despertar nos alunos curiosidades para as muitas outras áreas do saber.

Foi orientador de inúmeras dissertações e teses, coordenador de trabalhos sobre planejamento urbano e palestrante dos congressos da UGI -União Internacional dos Geógrafos, bem como dos encontros nacionais, especialmente os de Climatologia. Como pesquisador é autor de numerosas obras contendo mais de uma centena de títulos, especialmente na área de climatologia e meio ambiente, além de outros trabalhos inéditos. O rigor acadêmico e a qualidade inovadora dos seus trabalhos consagram-no como personalidade de renome na geografia brasileira e internacional.

João José Bigarella nasceu em Curitiba. Bacharel em Ciências Químicas pela Faculdade de Filosofia Ciências e Letras do Paraná (1943), químico industrial pela Escola de Química do Paraná (1945) e engenheiro químico pela UFPR (1953), trocou os laboratórios por um continuo trabalho de campo, mais em contato com a natureza, se dedicando intensamente à Geologia e, mais tarde, à defesa ambiental.

Em 1956 ingressou no ensino superior, tornando-se catedrático de Mineralogia e Geologia Econômica da UFPR. Colaborou também com os cursos de pós-graduação das universidades de Pernambuco, Bahia, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e Santa Catarina, bem como da Universidade de São Paulo.

Desde 1985 é pesquisador do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e é professor visitante da UFSC onde colabora com o programa de Pós-Graduação em Geografia , tendo prestado orientações em inúmeras dissertações e teses., realizado palestras e trabalhos de campo com alunos da Geografia.

Desenvolveu pesquisas geológicas e geográficas em vários países da América do Sul e da África, interessado principalmente na interpretação dos paleoambientes e nos problemas relacionados com a deriva continental. Publicou cerca de 230 trabalhos científicos no Brasil e no exterior (Estados Unidos, Canadá, Inglaterra, Holanda, Alemanha, Rússia e África do Sul).

Como presidente da Associação de Defesa e Educação Ambiental (1974 – 1994), em colaboração com outras instituições e pesquisadores, redigiu vários livros sobre a problemática ambiental. Pela Editora da UFSC – EdUFSC, publicou 3 volumes da série Estrutura e Origem das Paisagens Tropicais e subtropicais. O 4º está no prelo.

Por Cláudia Schaun Reis/jornalista na Agecom

Fotos: Jones João Bastos

SEMANA OUSADA DE ARTES: documentário fala da obra do cineasta catarinense Marcos Farias

19/09/2008 09:32

Depoimentos de Cacá Diegues, Nelson Pereira dos Santos, Eduardo Coutinho, Othon Bastos e Flávio Migliaccio, além de intelectuais catarinenses, dão a dimensão de quem foi e o que realizou o diretor Marcos Farias, tema do documentário “Olhar de um cineasta”, dirigido por Cesar Cavalcanti. Morto em 1985, Farias – que nasceu em 1933 em Campos Novos – participou do Grupo Sul e dirigiu, no Rio de Janeiro, um episódio de “Cinco vezes favela”, o filme que praticamente inaugurou o Cinema Novo, nos anos 60. O documentário de Cavalcanti, com cenas gravadas em Florianópolis, Rio e Petrópolis, será exibido às 15h40 do dia 24 de setembro no auditório da Reitoria da UFSC, dentro da programação da Semana Ousada de Artes.

Com 75 minutos de duração, o filme mescla cenas das produções de Farias com depoimentos de companheiros do cinema brasileiro que com ele conviveram – além dos acima citados, aparecem Paulo Cesar Saraceni, Salim Miguel, Eglê Malheiros, Silveira de Souza, Herculano Farias e Cícero Sandroni. A atriz Ângela Leal, que atuou em dois de seus filmes, fala emocionada de sua relação profissional e da amizade com o cineasta. E Othon Bastos e Flávio Migliaccio falam de sua sensibilidade na direção de atores.

Eglê Malheiros e Salim Miguel foram parceiros de Marcos Farias nos tempos do Grupo Sul e, mais tarde, nos filmes “A cartomante” e “Fogo morto”, cujos textos originais (de Machado de Assis e José Lins do Rego, respectivamente) transformaram em roteiro cinematográfico. Participam ainda do documentário a filha Patrícia e a mulher do cineasta, Maria Clara Borges Feigenbaun, que recordam momentos da vida privada do diretor.

“Ele primava pela sutileza e delicadeza na narrativa, quando abordava questões sociais”, diz o diretor de “Olhar de um cineasta”, Cesar Cavalcanti. O documentarista acredita que farias estava à frente de seu tempo, “embora tenha sido um vigoroso operário e um grande empreendedor em tudo que realizava”. Entre os longas que dirigiu e produziu estão “Cinco vezes favela” (episódio “Um favelado”), “A vingança dos 12”, “A cartomante”, “Fogo morto” e “Bububu no bobobó”.

Exposição de textos e imagens –Acompanhando a programação da Semana, será montada uma exposição retrospectiva composta pela reprodução de materiais que retratam momentos importantes da vida de Marcos Farias. São cartazes de filmes, fotos de cenas, artigos sobre cinema, contos de sua autoria, entrevistas e outros textos levantados junto ao acervo da família e de amigos. Ele deixou roteiros, argumentos e críticas que ajudam a entender a sua participação na criação das bases do Cinema Novo.

O objetivo do evento multimídia é “trazer ao conhecimento das novas gerações a importância da obra de Farias para a cultura brasileira”, segundo Cesar Cavalcanti. A exposição pode ser vista de 23 a 26 de setembro, das 8h às 22h, no hall da reitoria da UFSC.

Por Paulo Clóvis Schmitz / Jornalista na Agecom

Pesquisadora do Departamento de Saúde Pública da UFSC é destaque em boletim de divulgação da ciência

19/09/2008 08:56

Números dolorosos

Por Alex Sander Alcântara

Agência FAPESP – Uma pesquisa realizada em 250 municípios brasileiros constatou alta prevalência de dor nos dentes ou nas gengivas entre adolescentes de 15 a 19 anos. O estudo, que envolveu municípios das cinco regiões do país, de diferentes portes populacionais, identificou o problema em 35,6% dos jovens.

Para a análise foram utilizadas informações de 16.126 adolescentes que participaram do Levantamento Epidemiológico Nacional de Saúde Bucal (SB-Brasil), entre 2002 e 2003. O estudo foi publicado na revista Cadernos de Saúde Pública, editada pela Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca (ENSP), da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).

De acordo com uma das autoras do trabalho, Karen Glazer Peres, professora do Departamento de Saúde Pública da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), embora existam poucos estudos de base populacional que possibilitem comparações, o índice de prevalência de mais de 35% é considerado alto.

“Praticamente um em cada três adolescentes apresentou dor de dente em um curto espaço de seis meses anteriores à pesquisa”, disse Karen à Agência FAPESP. O estudo contou com outros pesquisadores da UFSC e da Faculdade de Odontologia da Universidade de São Paulo.

Ela destaca que outra pesquisa de acompanhamento de adolescentes até 12 anos de idade, feita em Pelotas (RS), também apontou números preocupantes. “Observamos ali que 63% dos entrevistados relataram dor de dente em algum momento da vida e 11% no período de um mês anterior à entrevista”, disse Karen, que também é pesquisadora associada da Universidade Federal de Pelotas (Ufpel).

Na análise das variáveis independentes, o estudo baseado em dados do SB-Brasil apontou alta prevalência em adolescentes que não estudam (40,2%), com menor escolaridade (41,8%) e com menor renda per capita, que relataram mais dor nos dentes ou nas gengivas que os demais. Verificou-se também que o problema afeta mais as meninas (37,8%) do que os meninos (32,6%).

Karen afirma que existem duas possíveis explicações para uma maior prevalência feminina. “Alguns pesquisadores apontam que diferentes mecanismos biológicos são desencadeadores da dor em homens e mulheres. E, por outro lado, essa diferença pode estar representando normas sociais para a expressão da dor. Ou seja, os meninos procuram se mostrar mais resistentes e, portanto, tendem a relatar menos dor”, disse a professora, que é formada em odontologia pela UFSC.

Continuidade do estudo

Segundo ela, o tamanho da amostra garantiu resultados robustos. Outro ponto que contribuiu para dar solidez ao estudo foi o tempo. O período de seis meses teve base em um parâmetro adotado a partir de estudos encontrados na literatura.

“A opção de se perguntar sobre a experiência de dor de dente ocorrida nos últimos seis meses não está relacionada ao desenho da pesquisa. Esse é um dos parâmetros encontrados na literatura, pelo qual se optou, possibilitando comparações com outros estudos”, explicou.

A associação entre condição socioeconômica e dor nos dentes ou nas gengivas corroborou o que se verificou em estudos anteriores, mas não existe consenso na literatura científica sobre essa associação. Segundo Karen, o desenho do estudo não permite inferir causalidade, e sim associação.

“Pesquisas com delineamento mais apropriado para esse tipo de inferência têm mostrado que indivíduos pertencentes a estratos sociais desfavorecidos economicamente têm pior condição de vida, menor acesso a bens de consumo e auto-cuidado, além de utilizar menos os serviços de saúde. Essas pessoas apresentam maior prevalência e gravidade da cárie dentária, principal causa de dor de dente”, apontou.

A pesquisa terá continuidade a partir de 2010, quando está previsto um novo levantamento epidemiológico de saúde bucal nacional. Karen alerta para a necessidade de se garantir o acesso da atenção à saúde bucal e do cuidado desses grupos com o objetivo de garantir a eqüidade, um dos princípios do Sistema Único de Saúde (SUS).

“Diminuir a prevalência de dor é um dos principais objetivos da profissão odontológica e do SUS. Somente neste próximo estudo poderemos saber se essa meta foi atingida”, disse.

Para ler o artigo Dor nos dentes e gengivas e fatores associados em adolescentes brasileiros: análise do inquérito nacional de saúde bucal SB-Brasil 2002-2003, de Karen Glazer Peres e outros, disponível na biblioteca on-line SciELO (Bireme/FAPESP), clique aqui.

Leia a matéria na Agência Fapesp

Fapesc lança projeto-piloto para usar água da chuva

18/09/2008 18:22

O Programa de Sistemas de Aproveitamento de Água da Chuva foi lançado oficialmente nesta quarta-feira (17), em Concórdia. Ele beneficiará não só o oeste – onde secas freqüentes podem ser compensadas com o uso de recursos pluviais – mas também o estado como um todo, pois o decreto 099/2007 determina que todos os prédios públicos a serem construídos daqui para frente tenham um sistema de coleta de água da chuva.

O programa é uma iniciativa do Governo Estadual, por meio da Secretaria de Desenvolvimento Regional de Concórdia, da Secretaria de Estado do Desenvolvimento Sustentável e da Fapesc (Fundação de Apoio à Pesquisa Científica e Tecnológica do Estado de Santa Catarina).

No lançamento do projeto-piloto, feito na Associação Catarinense de Criadores de Suínos, o governador Luiz Henrique destacou que as mudanças climáticas verificadas nos últimos anos em Santa Catarina justificam a busca por formas de enfrentar longos períodos de estiagem, principalmente no oeste. “Tivemos três secas consecutivas em 2004, 2005 e 2006, sendo que a região do Alto Uruguai Catarinense, onde está Concórdia, foi a mais castigada”, observou Luiz Henrique. A partir do aproveitamento da água da chuva, pretende-se melhorar a capacidade de prevenção e convivência com impactos decorrentes do aquecimento global.

Agindo localmente

A secretária de Desenvolvimento Regional de Concórdia, Solange Sprandel da Silva, observou que “a dimensão do projeto tem valor incalculável perante os benefícios que virão no futuro, quando o projeto for implantado em todo o Estado”. Antes disso, os R$ 250 mil a serem repassados pela Fapesc vão viabilizar o projeto-piloto no oeste. Os experimentos acontecerão nas Escolas Carlos Chagas, de Piratuba, e Rosina Nardi, de Seara, além de duas propriedades produtoras de aves e suínos integradas à Sadia e à Perdigão. A pesquisa será conduzida pela Universidade Federal de Santa Catarina.

”O projeto que será desenvolvido na região de Concórdia irá estudar formas mais adequadas de captação, armazenamento e uso da água da chuva, bem como materiais empregados no sistema de coleta, transporte e armazenamento da água captada”, explica o professor Zenório Piana, diretor de Pesquisa Agropecuária e Meio Ambiente da Fapesc. A instituição auxiliou na qualificação técnica e institucional da pesquisa desde o início. “Convém salientar que a Fapesc está apoiando importantes projetos na área ambiental, dentre os quais citam-se o Aqüífero Guarani/Serra Geral, o Inventário Florístico Florestal, Compostagem para dejetos suínos, e outros projetos para Redução de gases de efeito estufa.”

Apóiam o programa Água da Chuva empresas como a WEG, Tigre e Schneider; a Casan, Epagri e as Secretarias de Estado da Educação e Agricultura, Universidade do Contestado, Associação Catarinense de Criadores de Suínos, BRDE, Badesc e Defesa Civil de Santa Catarina.

Fonte: Fapesc

Seis formaturas acontecem nesta semana

18/09/2008 16:38

O Centro de Cultura e Eventos da UFSC dá continuidade nesta sexta-feira, dia 19 de setembro, às cerimônias de formaturas referentes ao primeiro semestre de 2008. Até 18 de outubro serão realizadas 24 solenidades para 37 cursos de graduação.

Desde 2004 a universidade oferece colação de grau gratuita aos formandos. São fornecidos becas, capelos, mestres de cerimônia, decoração interna do auditório, iluminação e som, cadeiras, equipes de limpeza, apoio, segurança e coordenadores para o evento. O planejamento, a organização e a execução ficam sob responsabilidade do Departamento de Cultura e Eventos, que disponibiliza ainda uma sala para a recepção dos formandos e reserva, por aluno, dois lugares na platéia a convidados especiais.

Luiz Roberto Barbosa, diretor do Centro de Cultura e Eventos, enfatiza que todos os estudantes devem, desde o começo da faculdade, estar cientes desta gratuidade. “Todos terão a mesma formatura, independentemente do nível socioeconômico”, diz. Ele lembra que antigamente muitos alunos não participavam da cerimônia por falta de recursos financeiros que custeassem as despesas com a empresa responsável pela organização do evento.

Além disso, as solenidades podem ser assistidas ao vivo pelo site www.eventos.ufsc.br, no qual também são disponibilizados para download os arquivos em vídeo. Os alunos têm ainda a possibilidade de contratar empresas especializadas em fotografias e filmagens, que devem se credenciar junto à UFSC com cinco dias de antecedência. O custo é responsabilidade dos formandos.

Todas as formaturas são realizadas no auditório Guarapuvu, com capacidade para 1.371 pessoas. O espaço já proporcionou 220 colações de grau desde 2004. De acordo com Luiz Roberto, são 55 formaturas, em média, por ano, cada uma com uma lotação aproximada de 1.300 pessoas.

Cerimônias de colação de grau programadas nesta semana:

– 19/9, sexta-feira, às 19h30 – Curso de Agronomia

– 19/9, sexta-feira, às 19h30 – Curso de Engenharia de Aqüicultura

– 19/9, sexta-feira, às 18h, no Templo Ecumênico – Curso de Engenharia de Materiais

– 20/9, sábado, às 15h – Curso de Engenharia Sanitária e Ambiental

– 20/9, sábado, às 15h – Curso de Engenharia de Produção

– 20/9, sábado, às 19h30 – Curso de Engenharia de Materiais

– 20/9, sábado, às 19h30 – Curso de Engenharia Mecânica

Mais informações pelos telefones (48) 3721-9781, 3721-9360 e 3721-9559 ou pelo site www.eventos.ufsc.br.

Por Isis Martins Dassow / Bolsista de Jornalismo na Agecom

Graduação em Jornalismo em debate na Semana do Jornalismo da UFSC

18/09/2008 16:11

O importante é observar

A pesquisadora e professora da USP, Cremilda Medina, foi a convidada dessa quarta-feira na VII Semana. Ela falou sobre graduação em Jornalismo para estudantes dispostos a discutir experiências e conhecimento da professora, que é considerada ícone dos “estudiosos de jornalismo no Brasil”.

Medina começou contando que Florianópolis é sua “terra eleita” desde a década de 60, “quando aqui não existiam nem ruas asfaltadas”. Colocou que a parte mais importante de sua palestra seria a segunda, em que se abre espaço para as perguntas e que caberia a ela o papel de interlocutora.

Começou então a primeira parte, na qual fez uma homenagem “indireta” a seus alunos. Em uma seqüência de slides sobre o título Tudo quer dizer alguma coisa?, Medina contou sobre a história da série São Paulo de Perfil – projeto que hoje computa 26 publicações em que são apresentadas as personalidades da cidade. Os temas variam desde a primeira edição, de 1987, intitulada Virado à paulista (que preconiza que o jornalista deve aprofundar-se nos perfis para poder conhecer a sociedade em que vive), passando pela vida dos migrantes, o que as crianças pensam, o paradoxo metrô-superfície até a última, publicada ano passado, sob o tema USP Leste e seus vizinhos.

Ao fim da apresentação, uma das organizadoras do evento, a aluna Juliana Sakae, indagou a professora a respeito de como ela via os currículos das universidades de jornalismo, tanto a UFSC quanto a USP, a relação entre a teoria e a prática, a técnica e a reflexão – tema inicialmente proposto para a palestra.

Medina explicou que, “como testemunha e participante de diversas etapas curriculares”, ao longo de sua vida acadêmica, chegou à conclusão que não há como estabelecer um currículo único. Cada região, cada cultura deve moldar a formação de seus jornalistas de acordo com a realidade que a cerca. Hoje, “alforriada”, fora do departamento de jornalismo da USP, a professora vê com mais nitidez os erros e acertos dos cursos de graduação. Para ela, os currículos, porém, “não se apresentam como um avanço progressivo. Têm períodos de sustos, arrancos e depois vão para traz”.

Então, o que fazer? Como melhorar ou adequar os currículos? Medina explica que uma solução seria buscar nas raízes humanísticas (filosofia, história, sociologia, entre outras) e na interdisciplinaridade os recursos para melhor compreender a sociedade e os fatos que devem ser relatados a ela. A observação, para Medina, é a chave para fugirmos do Jornalismo duro, maquinal e para passarmos aos leitores o que a realidade tem a oferecer aos sentidos, à percepção além dos relatos oficiais.

A professora finaliza argumentando que, para se sobressair na profissão e fazer um jornalismo consistente é preciso sim dominar as técnicas de apuração, redação e edição, mas sobretudo tornar-se um “mediador-autor do diálogo social”.

Por Bárbara Dal Fabbro / Assessoria da VII Semana do Jornalismo da UFSC

Cobertura jornalística eleitoral é tema de discussão na Semana do Jornalismo

18/09/2008 16:05

Faça apenas o básico

Três homens. Três realidades diferentes. Um é repórter do Estado de São Paulo. Outro é editor da Gazeta do Povo de Curitiba. O terceiro é colunista do Diarinho, jornal do litoral catarinense. Três jornalistas políticos, convidados da mesa-redonda Cobertura jornalística eleitoral da VII Semana do Jornalismo. Lá fora o céu limpo da tarde de quarta-feira. Dentro do auditório do CCE, o céu cai sobre as cabeças dos aspirantes a foca: “no dia-a-dia, tem que fazer o feijão-com-arroz!”.

É nisso que acredita Fausto Macedo, jornalista de política do Estadão. Em 35 anos de carreira já sofreu 37 ações de indenização. É dele o conselho “para garantir o emprego, faça o que o pauteiro mandou você fazer”. É dele a definição “o repórter é um laranja na redação”. “O dono do jornal é burocrático, comparsa, cúmplice do candidato que tem dinheiro ou que está no poder. É da publicidade que vive o jornal. Que ninguém tenha a ilusão que pode ser diferente disso” afirma Macedo. Mesmo assim, defende neutralidade e muita precaução.

Quem opina é o colunista. Mas César Valente, do Diarinho, avalia que o leitor não distingue o que é voz do dono (editorial), opinião (coluna) e informação(matérias). Ele confessa ter tido dificuldade em comentar fatos que acontecem nessa eleição, mesmo não tendo censura alguma do editor. “A interpretação da coluna seria uma declaração de voto.”

Já para Rodrigo Deda, editor de Vida Pública, um dos objetivos é fazer o jornalismo político se tornar mais atraente. Desde a reforma gráfica e editorial em maio de 2007, a Gazeta do Povo tenta entrar em “sintonia com o leitor”, focando no jornalismo cidadão. Para isso, procura tratar de assuntos do cotidiano do leitor, como aumento de salários e previdência social. “As pessoas tem que entender que quando votam em um candidato, elas estão votando em um partido”, explica o mais jovem componente da mesa. Cobrar lista de funcionários comissionados e acessar as contas públicas na internet são “prato cheio para fazer matérias” e ajuda a fiscalizar o poder público. Matérias de denúncia não tem censura na Gazeta, segundo Deda, desde que sejam comprovadas. “A gente sempre grava as entrevistas”, adverte.

Quanto à cobertura eleitoral, Deda defende que o jornalismo contribui quando divulga a proposta dos candidatos expondo as contradições. “Os vereadores falam coisas que eles não tem a competência de fazer. O legislativo mais que fazer leis, fiscaliza o executivo”, afirma o editor.

“Eu gostaria que houvessem debates como esse no sindicato ou nos órgãos da classe, com participação efetiva dos jornalistas”, falou o jornalista Moacir Pereira. “Tem que fazer auto-crítica pra chegar lá”. Hoje colunista político do Diário Catarinense, Pereira estava entre as 27 pessoas que assistiam o debate no auditório do CCE, que tem 120 lugares.

A falta de interesse dos leitores por jornalismo político, segundo Fausto Macedo, é causada pelo descrédito da política hoje. “Eu sinto que faço um bom trabalho. É o que dá pra fazer. Se o feijão-com-arroz for temperadinho, também é gostoso. Não dá pra achar que vai salvar o mundo”. César Valente concorda: “Essa de salvar o mundo é só uma fase, depois passa”. Aqui na UFSC, nunca falta o feijão com arroz no Restaurante Universitário. Mas sempre que o acompanhamento é strogonofe, a fila do RU dobra de tamanho.

Por Andressa Dreher / Assessoria da VII Semana do Jornalismo da UFSC

Inscrições para Congresso Brasileiro de Energia Solar têm desconto até 26 de setembro

18/09/2008 13:04

Será realizado,de 18 a 21 de novembro, no Centro de Cultura e Eventos da UFSC, o evento conjunto II CBENS – Congresso Brasileiro de Energia Solar – e III ISES-CLA – Conferência Latino-americana da International Solar Energy Society. A data-limite para inscrições com desconto é 26 de setembro. A tabela de taxas está em www.cbens-crlises.com.br/site_br/taxas.htm

O objetivo é promover – através de palestras, apresentação de trabalhos, mesas-redondas, minicursos e mostra tecnológica – o intercâmbio de informações e experiências entre universidades, institutos de pesquisa, empresas, órgãos governamentais, agentes do setor elétrico e associações civis.

As áreas abordadas incluem, além das conversões térmica e fotovoltaica da energia solar, a energia eólica, o uso energético da biomassa, micro centrais hidrelétricas, energia das marés e das ondas e células a combustível, entre outros temas afins.

O enfoque é científico e tecnológico, mas será dada ênfase também aos debates relacionados às políticas energéticas no Brasil e nos demais países da América Latina, à viabilização econômica das tecnologias abordadas e aos impactos sócio-ambientais decorrentes do uso (e do não uso) das fontes renováveis de energia.

A mostra tecnológica será realizada simultaneamente no hall de exposições do segundo pavimento do Centro de Cultura e Eventos e na Praça da Cidadania da UFSC.

Para mais informações: www.cbens-crlises.com.br

info@cbens-crlises.com.br

Alexandre Montenegro – 48 – 84081498

Palestrantes confirmados:

Dirk Assmann – Alemanha

Agência Alemã de Cooperação Técnica – GTZ GmbH

É um dos autores do livro “Renewable Energy: A Global Review of Technologies, Policies and Markets”

Tema da palestra: A Lei de Energias Renováveis da Alemanha (EEG) e seus efeitos no estabelecimento da geração solar fotovoltaica naquele país

Eduardo Lorenzo – Espanha

Professor da Universidad Politécnica de Madrid, UPM

Instituto de Energía Solar

Tema da palestra: A energia fotovoltaica conectada à rede e seu mercado na Espanha

Enio Bueno Pereira – Brasil

INPE – Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais

Chefe da Divisão de Clima e Meio Ambiente

É um dos autores do “Atlas Brasileiro de Energia Solar”, publicado pelo INPE em 2006.

Tema da palestra: Projeto multinacional SWERA (Solar and Wind Energy Resource Assessment) de mapeamento dos recursos energéticos solar e eólico em diversos países em desenvolvimento.

Hermann Scheer – Alemanha

Presidente da Eurosolar e do WCRE (Conselho Mundial de Energias Renováveis)

Deputado alemão que foi o principal responsável pela lei que pôs em prática o maior programa de incentivo às fontes renováveis da Alemanha.

Autor dos livros: “Energy Autonomy: The Economic, Social and Technological Case for Renewable Energy” e “The Solar Economy: Renewable Energy for a Sustainable Global Future”

Tema da palestra: Programa alemão de incentivo às fontes renováveis de energia

Ignácio Cruz Cruz – Espanha

CIEMAT – Centro de Investigaciones Energéticas, Medioambientales y Tecnológicas

Departamento de Energias Renovables

Temas da palestra: Aerogeradores de grande e pequeno porte interligados à rede, e Certificação de aerogeradores de pequeno porte

Monica Oliphant – Austrália

Presidente de ISES (International Solar Energy Society)

Tema da palestra: Sistemas fotovoltaicos interligados à rede em áreas urbanas

Paul McKay – Canadá

Premiado jornalista e ecologista, autor dos livros “Electric Empire: The Inside Story of Ontario Hydro”, “The Pilgrim and the Cowboy”, “The Roman Empire: The Life and Times of Stephen Roman”.

Tema da palestra: A New Power Plant Paradigm: Green Laptops vs Conventional Mainframes

Roberto Schaeffer – Brasil

Professor Associado do Programa de Planejamento Energético da COPPE/UFRJ

Integrante do Painel Intergovernamental sobre Mudança Climática (IPCC)

É um dos autores do relatório “Climate Change 2007: Mitigation of Climate Change. Contribution of Working Group III to the Fourth Assessment Report of the IPCC”

Tema da palestra: Efeitos do aquecimento global na disponibilidade das fontes renováveis de energia

Minicursos confirmados:

– Eficiência Energética em Edificações – Roberto Lamberts

– Energia Eólica – Paulo Carvalho

– Energia Solar Fotovoltaica – Fundamentos e Aplicações – Trajano Viana

– Energia Solar Térmica – Samuel Luna de Abreu

– Ferramentas para análise da acessibilidade da iluminação e insolação no ambiente urbano – Veridiana Atanasio

– Simulação Computacional de Sistemas de Conversão de Energia Solar – Arno Krenzinger

Cinco dias para mexer com a produção cultural de Florianópolis

18/09/2008 12:48

Tetê Espíndola é um dos destaques

Tetê Espíndola é um dos destaques

O belo, o sublime, o inusitado e o assombroso ocupando o mesmo ambiente. A vanguarda, o novo e o intenso abrindo caminho, impondo discussões. Pintores, músicos, cineastas, filósofos, performers e oficineiros se cruzando no campus e fora dele. Este é o caldeirão que espera os participantes e espectadores da Semana Ousada de Artes, que a Universidade Federal de Santa Catarina e a Udesc realizam de 22 a 26 deste mês em Florianópolis.

Arrigo Barnabé e Tetê Espíndola, Sylvio Back e César Cavalcanti, Márcia Tiburi e Vinícius Figueiredo são presenças de destaque, ao lado de João Vicente Goulart (filho do ex-presidente João Goulart), dos artistas plásticos Antônio Vargas, Fernando Lindote e Flávia Fernandes e de cineastas como Zeca Pires e Éverson Faganello.

“Nossa intenção é mostrar o que existe de contemporâneo e ousado na arte catarinense e, ao mesmo tempo, estabelecer um diálogo desses artistas com os convidados de fora”, diz a secretária de Cultura e Artes da UFSC, Maria de Lourdes Alves Borges, que divide com a professora Claudia Maria Messores, da Udesc, a coordenação do evento.

Diversidade

A Semana terá atividades nas áreas de cinema, teatro, dança, música, moda, artes visuais e filosofia. A programação prevê ainda 11 oficinas, que vão da fotografia pinhole (com lata) ao portunhol selvagem (língua falada na fronteira do Brasil com o Paraguai, misturando o português, o espanhol e o guarani). A maior parte das programações acontece no Centro de Cultura e Eventos da UFSC.

A secretária diz que as duas universidades estão propondo “pensar” a cultura e, por isso, por trás de cada evento há um viés estético, que busca refletir filosoficamente sobre a produção artística atual em Santa Catarina. “A intenção é estimular o desenvolvimento da arte contemporânea, com a presença de filósofos, estetas, artistas e técnicos”, afirma. “É um diálogo sobre as tendências da cultura e da produção local, que tem qualidade e expressões relevantes, mas que não aparecem como deveriam”.

Mostra de cinema

Um ponto alto será a exibição do filme “Jango em três atos”, documentário dirigido por Deraldo Goulart que especula sobre as reais circunstâncias da morte do ex-presidente João Goulart, deposto pelo regime militar em 1964. Oficialmente, ele morreu de ataque cardíaco em 1976 na Argentina, mas um ex-agente secreto do governo uruguaio disse, em depoimento, que Jango foi envenenado com um comprimido colocado dentro dos remédios que tomava para controlar a saúde.

O filme será exibido às 14h de terça-feira, dia 23, no auditório da Reitoria da UFSC, e logo após haverá um debate com a participação de João Vicente Goulart, que ainda luta para esclarecer os fatos que culminaram com a morte de seu pai.

A mostra de cinema da Semana Ousada de Artes prevê ainda a exibição do documentário “Olhar de um cineasta” (de César Cavalcanti, sobre a obra do cineasta catarinense Marcos Farias), de “Cruz e Sousa, o poeta do Desterro” (Sylvio Back), “Seo Chico, um retrato” (de João Rafael Mamigonian), “Outra memória” (Éverson Faganello), “Alva paixão” (Maria Emília Azevedo), entre outros.

Música, teatro e dança

Na música, o destaque será o show de Arrigo Barnabé e Tetê Espíndola, às 20h30 do dia 23, mas haverá também apresentações do pianista Diogo de Haro e das bandas Coletivo Operante, 3 Jay, Vinegar e do Quarteto de Cordas da Udesc. A programação teatral inclui as peças “Vermelho vermelho”, “Crimes delicados”, “O santo e a porca”, “A maldição do vale negro” (esta, da Oficina de Teatro de Adolescentes do DAC/UFSC), entre outras.

Na área da dança, haverá na quinta-feira, às 20h, uma mostra do Cefid/Udesc, no Teatro do CIC, com 26 companhias e escolas de Florianópolis que trabalham com dança clássica, folclórica, contemporânea, de salão, de rua, jazz e dança do ventre.

Exposições, debates e oficinas

Na área de artes plásticas, haverá as exposições “Sushi com maionese” (de Antônio Vargas), “Difusor de desejos” (Diogo Fagundes), “Asfalto – Arqueologia urbana (Renato Menezes Velasco), “O cinza e a cor” (José Maria Dias da Cruz), “Mostra [Um]” (coletiva de 16 artistas jovens), além de uma retrospectiva sobre Marcos Farias, com cartazes, fotos, artigos, entrevistas e contos de autoria do cineasta catarinense que ajudou a criar o movimento Cinema Novo.

Na filosofia, a presença de Márcia Tiburi será no dia 25, no debate “O que é estética hoje?”, às 16h30, seguido do lançamento de dois livros da autora, “Filosofia em comum” e “Mulheres, filosofia ou coisas do gênero”, às 18h30. Haverá ainda um debate sobre estética contemporânea com Vinícius Figueiredo e outro com Claudia Drucker, cujo tema é “A leitura heideggeriana de Hälderlin”.

Entre as oficinas programadas para a Semana Ousada de Artes estão as de cerâmica utilitária (ministrada por Tânia Regina Fernandes), fotografia pinhole (Lílian Barbon e Francielly Dossin), intervenções artísticas no espaço (Flávia Fernandes), portunhol selvagem (Diego Diegues), trato do papel machê e mosaico (Maria Regina Ziegler de Castro e Margareth Borba Rodrigues), tecelagem artesanal (Lena Rosa) e construindo histórias no teatro (Maris Viana).

A programação completa da Semana Ousada de Artes está no site

www.semanaousada.ufsc.udesc.br

Mais informações na Secretaria de Cultura e Artes da UFSC, no fone (48) 3721-8304 e pelo e-mail ousadaufscudesc@reitoria.ufsc.br. Na Udesc, os contatos são (48) 3321-8359 e nucleoceart@udesc.br.

Por Paulo Clóvis Schmitz / Jornalista da Agecom

UFSC sedia XII Simpósio Sobre a Doença de Alzheimer

18/09/2008 11:39

Com a proposta de trazer apoio e informação a familiares de portadores da doença, a UFSC promove, em parceria com a Associação Brasileira de Alzheimer (ABRAz), o XII Simpósio Sobre a Doença de Alzheimer. O evento será realizado nesta sexta-feira, 20/9, no auditório da Reitoria, e tem como objetivo reunir, principalmente, parentes de portadores da enfermidade.

Na programação, diversas palestras com profissionais da área de saúde, inclusive com cuidadores, termo usado para designar a pessoa leiga e sem formação médica, mas que cuida do familiar com Alzheimer. A professora do Departamento de Enfermagem da UFSC, Silvia Maria Azevedo dos Santos, uma das organizadoras do evento, ressalta a importância de dar voz às famílias e criar uma rede de cuidadores e voluntários cada vez maior.

Entre outros assuntos, serão abordados os avanços no diagnóstico da doença, que quanto mais precocemente detectada, possibilita ao portador a preservação de suas capacidades por mais tempo. Além disso, serão discutidos temas como o fornecimento de medicamentos pelo SUS e haverá o lançamento do projeto Casa Segura.

Coordenado e idealizado pela professora Sílvia, o projeto consiste em um ambiente virtual e interativo que torna possível o passeio pelas instalações de uma casa segura e adequada para idosos. As inscrições para o simpósio devem ser feitas no dia 19, no local do evento, e custam R$ 15 para estudantes, voluntários e familiares de portadores da doença, e R$ 30 para profissionais da área.

Mais informações pelos telefones (48) 3721-8041 e 3721-9445 ou pelo e-mail silvia@ccs.ufsc.br.

Por Gabriela Bazzo/ Bolsista de Jornalismo na Agecom

Programação:

7h30 – 8h30min – Inscrições

8h30min – 9h – Cerimônia de Abertura

9h – 10h – Conferência: Avanços no Diagnóstico de DA

Conferencista: Médico Neurologista Ylmar Corrêa

10h – 10h30min – Intervalo para café

10h30min – 12h – Mesa-redonda: Abordagem Multiprofissional a Pessoa Portadora de DA e seus Familiares.

– Suporte nas situações de crise – Psicólogo Luciano Pedro Estevão

– Cuidados com a nutrição da pessoa com DA – Nutricionista

Erasmo Benício Santos de Moraes Trindade.

– O que Mudou na Dispensação de Medicamentos com a Farmácia

Escola da UFSC – Farmacêutica Mareni Rocha Farias.

– Cuidados Domiciliares: projeto casa segura – Enfermeira Silvia

M. A. dos Santos

12h – 14h – Intervalo para almoço

14h – 14h30min – Coral do NETI/PRPE/UFSC

14h30min – 16h – Mesa-redonda: Rede de Suporte ao Cuidador

– ABRAz/SC – Zilda de F. V. de Souza

– Acolhimento + GAM – Terapeuta Ocupacional Leila H. Peiter

– Cuidador Familiar – Eliete Marciano

16h – 16h30min – Intervalo para Café

16h30min – 17h30min – Conferência: A Pessoa Portadora de DA e suas Comorbidades

Conferencista: Médico Geriatra Vanir Cardoso

Saiba Mais

Alzheimer é uma doença degenerativa que provoca diversas alterações no comportamento e pode comprometer a capacidade de pensamento, memorização e raciocínio do portador. Embora não exista cura, os medicamentos para conter e retardar os sintomas têm se mostrado cada vez mais eficientes para proteger o doente dos efeitos causados pela enfermidade.

A doença não afeta apenas o paciente, mas toda a família, por trazer não apenas a sobrecarga emocional e financeira, mas por exigir toda uma rede de cuidados e supervisão para monitorar as condições do doente. O Departamento de Enfermagem da UFSC desenvolve há 14 anos o projeto de extensão Grupo de Ajuda Mútua, que consiste em reuniões quinzenais com famílias de portadores da doença.

O projeto também conta com a parceria da ABRAz, o que proporcionou sua expansão para 11 cidades catarinenses. Durante as reuniões, os familiares recebem apoio e orientação para lidar com os vários estágios da doença, e trocam experiências entre si. Além disso, cada nova família que entra no grupo passa por um período de acolhimento, onde é entrevistada e cadastrada por membros que freqüentam as reuniões há mais tempo. Os encontros ocorrem nas dependências do Hospital Universitário, e mais de 500 famílias já estão cadastradas em todo o Estado.

Interessados em participar do Grupo de Ajuda Mútua devem entrar em contato através do telefone (48) 3721-8041.

UFSC outorga mais dois títulos de Doutor Honoris Causa.

18/09/2008 11:21

O Conselho Universitário da UFSC entrega nesta quinta-feira, 18/9, às 19h, no auditório da Reitoria, o título de Doutor Honoris Causa para dois grandes mestres da geografia brasileira: Carlos Augusto Figueiredo Monteiro e João José Bigarella. O evento será transmitido em tempo real, via internet. Assista ao vivo clicando aqui.

Desde 1977 a Universidade vem outorgando essa homenagem, considerada a maior honraria concedida pela academia brasileira. Em 48 anos de existência, a UFSC concedeu 44 títulos, sendo 13 de Doutor Honoris Causa. Seguem as biografias dos pesquisadores homenageados.

João José Bigarella nasceu em Curitiba. Bacharel em Ciências Químicas pela Faculdade de Filosofia Ciências e Letras do Paraná (1943), químico industrial pela Escola de Química do Paraná (1945) e engenheiro químico pela UFPR (1953), trocou os laboratórios por um continuo trabalho de campo, mais em contato com a natureza, se dedicando intensamente à Geologia e, mais tarde, à defesa ambiental.

Em 1956 ingressou no ensino superior, tornando-se catedrático de Mineralogia e Geologia Econômica da UFPR. Colaborou também com os cursos de pós-graduação das universidades de Pernambuco, Bahia, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e Santa Catarina, bem como da Universidade de São Paulo.

Desde 1985 é pesquisador do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e é professor visitante da UFSC onde colabora com o programa de Pós-Graduação em Geografia , tendo prestado orientações em inúmeras dissertações e teses., realizado palestras e trabalhos de campo com alunos da Geografia.

Desenvolveu pesquisas geológicas e geográficas em vários países da América do Sul e da África, interessado principalmente na interpretação dos paleoambientes e nos problemas relacionados com a deriva continental. Publicou cerca de 230 trabalhos científicos no Brasil e no exterior (Estados Unidos, Canadá, Inglaterra, Holanda, Alemanha, Rússia e África do Sul).

Como presidente da Associação de Defesa e Educação Ambiental (1974 – 1994), em colaboração com outras instituições e pesquisadores, redigiu vários livros sobre a problemática ambiental. Pela Editora da UFSC – EdUFSC, publicou 3 volumes da série Estrutura e Origem das Paisagens Tropicais e subtropicais. O 4º está no prelo.

Carlos Augusto de Figueiredo Monteiro é natural do Piauí , formou-se em Geografia e História em 1950 pela Faculdade Nacional de Filosofia, atual Universidade Federal do Rio de Janeiro.Ingressou em 1955 no ensino superior na Faculdade Catarinense de Filosofia, hoje Universidade Federal de Santa Catarina, e posteriormente foi professor de Geografia física junto à Faculdade de Filosofia Ciências e Letras de Rio Claro, São Paulo.

Em 1968 se integrou ao Departamento de Geografia da Faculdade de Filosofia Ciências e Letras da USP, vindo a se aposentar como professor titular no ano de 1987, ano em que retornou à UFSC como colaborador visitante no curso de mestrado em Geografia onde permaneceu até 1990. Suas aulas sempre foram cuidadosamente preparadas e através da sua visão holística procurava despertar nos alunos curiosidades para as muitas outras áreas do saber.

Foi orientador de inúmeras dissertações e teses, coordenador de trabalhos sobre planejamento urbano e palestrante dos congressos da UGI -União Internacional dos Geógrafos, bem como dos encontros nacionais, especialmente os de Climatologia. Como pesquisador é autor de numerosas obras contendo mais de uma centena de títulos, especialmente na área de climatologia e meio ambiente, além de outros trabalhos inéditos. O rigor acadêmico e a qualidade inovadora dos seus trabalhos consagram-no como personalidade de renome na geografia brasileira e internacional.

Mais informações: Prof. Carlos Espíndola (cje@cfh.ufsc.br), telefones 37219412; Profa. Maria Lúcia de Paula Herrmann (herrmannblue@gmail.com), telefones 3225-2449.

Fotos: Divulgação

Laboratório quer discutir educação cerebral e levá-la a escolas

18/09/2008 11:01

Com o objetivo de pensar a saúde do cérebro como parte essencial da saúde humana, o Laboratório de Neurociência do Esporte e Exercício (Lanespe) da UFSC promove a I Semana de Educação Cerebral. O encontro será realizado entre os dias 22 e 27 de setembro, com palestras, oficinas e minicursos sobre Neurociência e a possibilidade de se pensar formas novas de estimular a educação do cérebro. No sábado, 27, será lançado um projeto que quer aplicar as teorias na prática: a Escolinha Móvel de Educação Cerebral, que vai à comunidade levar atividades com o enfoque na educação do cérebro.

A I Semana de Educação Cerebral está sendo organizada pelo professor do Lanespe Emílio Takase. Apesar de fazer parte do Departamento de Psicologia, Takase realiza trabalho com pós-graduandos de Educação Física e Psicologia. A idéia surgiu para divulgar e debater formas de avançar na educação do cérebro. “A gente pensa muito no corpo e acaba não falando sobre a saúde do cérebro”, explica ele.

Esse campo busca formas de otimizar o rendimento do órgão – o que é feito melhor até os 25 anos de idade, durante o período de maturação do cérebro. Atividades cognitivas, jogos ou o esporte, por exemplo, podem explorar o potencial da capacidade cerebral, ainda antes de ensinar. De acordo com o professor, o modelo tradicional de aprendizagem, que propõe primeiro adquirir o conhecimento, para então ensinar a prática, não precisa ser a maneira ideal de se lidar com a educação. “Por que não começar pela prática, pelo prazer, o lúdico?”, questiona.

E se a semana pretende discutir essas questões, o projeto Escolinha Móvel de Educação Cerebral quer aplicá-las na prática. O projeto terá início no sábado, 27, e levará até a Escola Básica Municipal Osmar Cunha, em Canasvieiras, atividades com o objetivo de fortalecer o cérebro e, dessa forma, educar melhor. O trabalho tem duração de cerca de dois meses, e será realizado aos sábados à tarde, com a intenção de atingir não só os alunos e funcionários da escola, como toda a comunidade.

Malabares, teatro, esportes como tênis de mesa e capoeira são exemplos de atividades que a escolinha vai oferecer, além de oficinas de jogos cognitivos usando materiais recicláveis e mostra de filmes seguidas de discussões. Outro objetivo é capacitar pessoas no colégio para continuar o trabalho.

A escola Osmar Cunha foi escolhida através do programa Escola Aberta, do MEC. O projeto da UFSC pretende ir até os colégios cadastrados no programa, mas escolas, ONGs ou escolinhas de esporte que estejam interessadas em receber as atividades podem entrar em contato com o Lanespe.

A programação completa da I Semana de Educação Cerebral está no site www.educacaocerebral.com. Inscrições para o evento podem ser feitas na sala 72, da Piscina, no Centro de Desportos.

Mais informações sobre a Semana e o projeto Escolinha Móvel de Educação Cerebral, no Laboratório de Neurociência do Esporte e Exercício (Lanespe): telefone 3721-8245 ou pelos e-mails lanespe@educacaocerebral.com / takase@educacaocerebral.com.

Por Letícia Arcoverde / Bolsista de Jornalismo na Agecom

Kits dão direito a ingresso para show de Arrigo Barnabé e peças de teatro

18/09/2008 10:04

Os interessados em assistir ao show com Arrigo Barnabé e Tetê Espíndola e às peças “Vermelho vermelho” e “Crimes delicados”, que serão apresentados durante a Semana Ousada de Artes, podem retirar os ingressos no Hall do Centro de Cultura e Eventos da UFSC. Os ingressos serão trocados por um kit contendo sabonete, escova e pasta de dente. Cada kit dá direito ao ingresso para um dos espetáculos. As demais atrações da semana têm entrada gratuita.

O show de Arrigo e Tetê será às 19h30 do dia 23, terça-feira, no Centro de Cultura e Eventos. O mesmo local recebe dia 24, às 20h30, a montagem “Crimes delicados”, de José Antônio de Souza. E a peça “Vermelho vermelho” será apresentada no dia de abertura da Semana, 22 de setembro, às 20h30, na Igrejinha da UFSC.

Arrigo Barnabé é uma das grandes atrações da Semana Ousada de Artes. Ele tornou-se conhecido em 1979, ao receber o primeiro prêmio do Festival Universitário da TV Cultura com a música “Diversões Eletrônicas” (parceria com Regina Porto). Em 1980, lançou o álbum independente “Clara Crocodilo”, marco inicial da vanguarda paulista, apresentando uma fusão entre a música popular urbana e a música erudita contemporânea. Em 1984, com o LP “Tubarões Voadores”, iniciou uma pesquisa para unir música e história em quadrinhos.

Artista-residente na Unicamp, há poucos meses Arrigo realizou a curadoria e direção artística de “Crisantemúsica”, uma série de recitais no Centro Cultural Banco do Brasil, em São Paulo, evento comemorativo dos 100 anos da imigração japonesa no país. Para essa série, Arrigo escreveu “Viver”, música para piano, violino, koto e guitarra elétrica, que teve sua première no dia 20 de maio passado.

Mais informações: 3721 8304

Biblioteca Universitária celebra centenário de morte de Machado de Assis

17/09/2008 18:35

Inscrições encerradas. Informação postada em 19 de setembro, às 14 horas.

“Escrever é uma questão de colocar acentos”, dizia Machado de Assis, cronista, contista, dramaturgo, jornalista, poeta, novelista, romancista, crítico e ensaísta.

A Biblioteca Central da UFSC (BU) promove, de 29 de setembro a 1º de outubro, a Semana Machado de Assis, em celebração ao centenário de morte do escritor. As inscrições para os dois primeiros dias do evento estão abertas e são gratuitas. São 80 vagas para cada dia. Ao final, será oferecido certificado aos participantes.

O evento é aberto à comunidade e inclui palestras e mesas-redondas, que serão realizadas no auditório Elke Hering, no piso superior da BU. Dentre os convidados, estão professores do Centro de Comunicação e Expressão (CCE) da universidade e autores catarinenses.

Desde 15 de setembro, pôsteres com imagens relacionadas à vida de Machado de Assis estão expostos na Biblioteca. A mostra segue até o fim de outubro.

Outras informações e inscrições com a diretora da Biblioteca Universitária, Narcisa Amboni, fone 3721 9310 ou 3721-9472, com João Oscar, e 3721-9511, com Roberta de Bem, ou pelos e-mails joao@bu.ufsc.br e roberta@bu.ufsc.br.

Programação

Dia 29, às 14h – Machado de Assis e a Crítica Literária

Debatedores: Maria Lúcia de Barros Camargo e Raul Antelo (UFSC) e os escritores Celestino Sachet, Eglê Malheiros, Flávio José Cardozo e Salim Miguel.

Moderador: Giovanni Fiorenzano (UFSC)

Dia 30, às 14h – Machado de Assis sob o ponto de vista histórico

Debatedores: Ana Lice Brancher, João Hernesto Weber, Stélio Furlan (UFSC) e Maria Tereza Santos Cunha (Udesc).

Moderador: Giovanni Fiorenzano (UFSC)

Dia 30, às 15h30 – Projeto de Digitalização da Obra de Machado de Assis junto ao Ministério da Educação

Apresentadores: Alckmar Luiz dos Santos e Deise Joelen Tarouco de Freitas (UFSC)

Dia 1º/10, às 8h – Machado de Assis no Ensino Médio

Palestrante: José Miguel do Anjos (professor do Colégio Dom Jaime – São José)

Por Isis Martins e Tifany Ródio / Bolsistas de Jornalismo na Agecom

Coral da UFSC no Projeto 12:30 Acústico

17/09/2008 17:42

O Coral da UFSC se apresenta no Projeto 12:30 Acústico nesta quinta-feira, dia 18 de setembro. O show será no Teatro da UFSC, tem

início às 12h30 e é gratuito e aberto à comunidade.

Fundado em 9 de janeiro de 1963, o Coral da UFSC é composto por alunos, professores, funcionários da universidade e também por pessoas da comunidade. Desde então, o coral contou com a participação de mais de 2.300 cantores no total. O grupo já gravou sete discos LPs e dois CDs e possui um histórico de apresentações que passam por diversas cidades do Brasil e também por uma turnê na Europa em 1994.

Este ano, o coro tem 55 integrantes e, desde maio de 2004, conta com a regência de Mirian Moritz, formada em música pela UDESC. Moritz estudou flauta transversa, canto e canto coral. A maestrina passou cinco anos fazendo apresentações em Portugal e Espanha e é pós-graduada em musicoterapia pela UNISUL. O grupo de dança Fazendo Corpo Mole, coordenado pela professora Luciana Fiamoncini, do Centro de Desportos, também participa de apresentações do Coral da UFSC.

O Projeto 12:30

Realizado pelo Departamento Artístico Cultural (DAC), vinculado à

Secretaria de Cultura e Arte da UFSC, o projeto apresenta atrações de

cunho cultural de música, dança e teatro. As apresentações acontecem

todas as quartas-feiras, ao ar livre, na Concha Acústica, e,

quinzenalmente, às quintas-feiras, no Projeto 12:30 Acústico, no Teatro da UFSC. Artistas interessados em se apresentar no Projeto 12:30 devem entrar em contato com o DAC através dos telefones (48) 3721-9348 e 3721-9447 ou pelo e-mail projeto1230@dac.ufsc.br.

SERVIÇO:

O QUÊ: Apresentação do Coral da UFSC, no Projeto 12:30 Acústico

ONDE: Teatro da UFSC

QUANDO: 18 de setembro de 2008, quinta-feira, às 12h30min

QUANTO: Gratuito e aberto ao público

CONTATO: DAC (48) 3721-9348 e 3721-9447 – Visite www.dac.ufsc.br

Fonte: Luís Knihs – Acadêmico de Jornalismo, Assessoria de Imprensa do Projeto 12:30 – DAC – SECARTE – UFSC.

Trânsitos da Modernidade é tema de colóquio na UFSC

17/09/2008 17:23

O Programa de Pós-Graduação em História da UFSC realizará o 1º Colóquio de História e Arte: Trânsitos da Modernidade, no período de 24 a 26 de setembro, com o objetivo de discutir os problemas que estes trânsitos colocam à disciplina da História.

A palestra de abertura será proferida, no dia 24, às 19h, pelo professor José Emílio Burucúa, da Universidade de San Martim, Argentina, e terá como tema “Las Pathosformeln de lo cómico y el grabado europeo a comienzos de la modernidad”.

Nos dois dias seguintes, 25 e 26 de setembro, serão realizadas mesas-redondas sobre os seguintes temas: Arte, imagem e memória; Exposições de arte; Modernidades em trânsito; Arte e pensamento palestrantes e debatedores. A programação ocorrerá pela manhã e pela tarde.

Podem participar interessados em geral. O evento é gratuito e acontecerá no auditório do Centro de Filosofia e Ciências Humanas (CFH).

Outras informações pelos telefones (48) 9164-4879 e 9136-2649, com a professora Maria Bernardete Ramos Flores.

Margareth Rossi / Jornalista da Agecom

O suicídio como notícia é tema de mesa-redonda na Semana de Jornalismo da UFSC

17/09/2008 16:38

Noticiar sim, mas como?

Um estudo realizado pelo sociólogo Émile Durkheim na Europa, ao final do século XIX, revelou que o número de suicídios e o índice de loucura eram sempre inversamente proporcionais. Mostrou também que as pessoas se matavam em momentos em que a vida acontecia intensamente, como no verão ou durante o dia. No ano passado, pelo menos uma pessoa se matou por dia em Santa Catarina. No entanto, “o suicídio normalmente não é informado, mas sim revelado de outras formas”, explicou Arthur Dapieve, na mesa de discussão “O suicídio como notícia”, da VII Semana do Jornalismo, nesta terça-feira, dia 16.

Segundo Dapieve, o tratamento dessas notícias pelo jornalismo pode acontecer de três formas, por omissão, eufemismo, ou justificado por doença mental ou desespero absoluto. Laura Coutinho e Marcelo Ferla, os outros dois convidados da mesa, publicaram em 2008 reportagens relacionadas a casos de pessoas que se mataram. As matérias têm abordagens muito diferentes, mas trouxeram mais uma vez à tona a discussão, que continua um tabu: como noticiar casos de suicídio?

“O jornal não abordar seria, a meu ver, omissão”, afirmou Coutinho. A série de reportagens da jornalista para o Diário Catarinense optou pelo viés da saúde pública, já que o estado, de 1995 a 2004, ocupou a segunda colocação no número de suicídios e não há políticas públicas voltadas para esses casos. A matéria de Ferla, publicada na revista Rolling Stone, trata-se de um perfil de um garoto de 16 anos, músico, que havia cometido suicídio há um ano e meio. A preocupação do jornalista foi “não glamourizar, não dar recados sobre como identificar possíveis suicidas, ou culpar a internet. A questão envolve muitas outras coisas”.

Arthur Dapieve

Arthur Dapieve

Na realidade, para Dapieve, o suicídio é um fenômeno social e que carregas estigmas. Mas tanto os parentes quanto profissionais da saúde reconhecem que falar pode ser a melhor saída. Coutinho falou da importância que o guia da Organização Mundial de Saúde (OMS) – organizado para a mídia de como tratar o assunto – teve em durante seu trabalho. Ela se preocupou em não divulgar o nome, detalhes da morte, nem as desconfianças com relação ao uso de drogas ou à sexualidade do caso de suicídio que utilizou para ilustrar as reportagens.

No caso de Ferla, houve a necessidade de um cuidado com o limite ente a proximidade com a fonte e seu trabalho, para não haver exposição da família ou comprometimento da informação. O jornalista também fez questão de entrevistar todas as pessoas que considerava essenciais para a composição da matéria, como os pais, a única amiga e os amigos do exterior, através de chats. “O fato de tentar não julgar as pessoas envolvidas sempre foi o norte da minha matéria.”

Por Marina Veshagem / Assessoria da VII Semana do Jornalismo da UFSC

Rui Castro enfatiza que escrever livros possibilita mais espaço e tempo para apurar

17/09/2008 16:12

A obra do autor

Ele se diz sem emprego há 21 anos. Ou melhor, trabalha para a Bossa Nova, praia de Ipanema, Nelson Rodrigues, Garrincha e Carmem Miranda. Ruy Castro, convidado desta terça-feira, dia 16 de setembro, na VII Semana de Jornalismo, conta que escrever livros possibilita mais espaço e tempo para apurar.

Castro passou 20 anos dentro das redações. Trabalhou em veículos como Pasquim, Jornal do Brasil, Folha de S. Paulo, Veja, Playboy, Isto É e Manchete. Hoje, o jornalista ainda colabora com alguns jornais e é conhecido pelas biografias que fez. E que não confundam suas obras com livros-reportagens, gênero que considera oportunismo e picaretagem. Isso porque, geralmente, livros-reportagem surgem quando acontece algo no país, como a morte de Tancredo Neves, e “alguém faz nas coxas uma cozinha de matérias de jornal e lança um livro-reportagem”. Castro diz que não tem como comparar com o que ele faz, pois “é um trabalho de dois, três ou cinco anos: o tempo que demorei nos meus livros.”

Quando ele diz que trabalha para seus biografados, quer dizer que eles o escolheram. Nelson Rodrigues veio de uma obsessão, Garrincha da vontade de falar de alcoolismo com um personagem amado pelos brasileiros e Carmem Miranda surgiu em um banho, quando pensava em parar de escrever biografias. O importante é a vida cheia de altos e baixos, que permitem uma narrativa cativante.

Grande parte da apuração do jornalista é através das fontes, que ele define como sua equipe. Ele explica que passou um ano atrás de uma pessoa que presenciou um acidente de carro no qual Garrincha estava envolvido. Só depois de muita gente entrevistada e quando considera que sabe mais sobre a vida do personagem do que qualquer outro, Castro senta para escrever. “Mas aí já fiz tanta coisa que o livro está quase todo escrito.”

Biografia de pessoas vivas, Castro não faz. Afinal, “dá muito problema, pois o biografado vai mentir pra você e obrigar os amigos a fazerem o mesmo”. E uma biografia de Ruy Castro? “Só por cima do meu cadáver.”

Por Marina Ferraz / Assessoria da VII Semana do Jornalismo da UFSC

Novas inscrições para o Programa Bolsa Permanência 2008/2

17/09/2008 15:35

Serão abertas de 22 a 26 de setembro as inscrições para o Programa Bolsa Permanência 2008/2, visando atender aos alunos de graduação com dificuldades sócio-econômicas. A Pró-Reitoria de Assuntos Estudantis (PRAE) está disponibilizando 30 bolsas, no valor de R$ 364 mensais. A duração das bolsas será de 12 meses, podendo ser renovada por períodos sucessivos, observado o prazo máximo para a integralização curricular.

As inscrições podem ser feitas de segunda a sexta-feira, das 8h às 11h30 e das 14h às 17h, na Coordenadoria de Serviço Social/CoSS/PRAE, no andar térreo do Prédio da Reitoria, Campus Universitário. Para os alunos que não apresentam cadastro sócio-econômico aprovado na CoSS, a devolução do mesmo deverá ser realizada até 24 de setembro.

Para inscrever-se o aluno deverá apresentar:

1 – Declaração de não ter concluído outro curso de graduação; não ter outra bolsa concedida pela UFSC, órgãos ou entidades externas a disponibilidade de 20 horas semanais para desempenho das atividades previstas no respectivo projeto (modelo na página www.prae.ufsc.br);

2 – Declaração da Coordenação do Curso quanto a sua matrícula regular em curso de graduação na Universidade, demonstrando estar cursando, pelo menos, o número mínimo de créditos por período letivo, conforme estabelecido pelo Colegiado do respectivo curso;

3 – Cadastro sócio-econômico aprovado na Coordenadoria de Serviço Social/PRAE.

O resultado da seleção e da classificação dos alunos, depois de homologado pela Pró-Reitora de Assuntos Estudantis, será divulgado pela Coordenadoria de Serviço Social/PRAE em 1º de outubro, no site www.prae.ufsc.br. Serão observadas a classificação sócio-econômica e a seleção dos projetos para alocação do bolsista.

Os alunos selecionados deverão comparecer na CoSS, de 2 a 3 de outubro, para o seu encaminhamento ao coordenador do projeto. O aluno selecionado que não comparecer na CoSS neste período será considerado desistente.

O edital completo e mais informações podem ser obtidas no endereço www.prae.ufsc.br, pelo telefone (48) 3721-9419 ou pelo e-mail prae@reitoria.ufsc.br.

Margareth Rossi / jornalista da Agecom