1° Seminário de Branding e Design Gráfico aceita submissão de artigos

22/09/2008 14:43

Promover a integração entre o design gráfico e a gestão de marketing é o objetivo do 1° Seminário de Branding e Design Gráfico, organizado pelo Laboratório de Orientação Gráfica Organizacional (LOGO), e a Pós-Graduação em Design. O evento acontece no dia 20 de outubro na UFSC, e teve o prazo para recebimento de artigos prorrogado até o dia 26 de setembro. O resultado da avaliação dos trabalhos deve sair até o dia 6 de outubro.

O evento pretende discutir uma ligação ainda pouco explorada: entre o administrador de uma marca e a sua parte visual, que é elaborada pelo designer gráfico. Segundo o professor do LOGO Luiz Salomão Ribas Gómez, hoje as áreas de marketing, administração e design seguem caminhos separados. “O designer não conhece a empresa ou a marca, é apenas uma ferramenta”, explica ele: “Se ele participar da estratégia da empresa, vai fazer melhor a marca.”

O seminário é voltado, principalmente, para alunos da pós-graduação em Design e profissionais do mercado. De acordo com o professor, outro grande objetivo do evento é fazer essa ligação entre o meio acadêmico e o mercado profissional: “A academia pode ajudar nesse processo de integração [entre o Branding e o Design], e contribuir para o mercado.”

A palestra de abertura será ministrada pelo editor-chefe e gestor do jornal Hora de Santa Catarina, Giancarlo Baraúna, com o tema “Branding e emoção para vender jornais”, no período da manhã. Durante a tarde, serão apresentados os dez melhores trabalhos selecionados, que serão publicados eletronicamente no site do evento e em cd. A publicação contará com ISBN – o Internacional Book Standard Book Number, sistema internacional padronizado que identifica livros numericamente.

Mais informações, submissão de trabalhos e a inscrição para o evento no site http://www.logo.ufsc.br/sbdg .

Por Letícia Arcoverde / Bolsista de Jornalismo na Agecom

SEMANA OUSADA DE ARTES: universidade tem show de Arrigo Barnabé e Tetê Espíndola

22/09/2008 12:31

Após a abertura oficial, às 19h30min desta terça-feira, no auditório do Centro de Cultura e Eventos, a programação da Semana Ousada de Artes da UFSC e Udesc reserva uma atração especial: o show de Arrigo Barnabé e Tetê Espíndola. O espetáculo será no mesmo local, no campus da Trindade, e oferecerá aos presentes a oportunidade de conhecer um pouco da trajetória de um dos músicos mais importantes das últimas décadas no Brasil e de uma cantora com quase 30 anos de carreira que traz na bagagem as influências rítmicas e sonoras do Centro-oeste brasileiro.

Arrigo Barnabé surgiu na cena musical em 1979, ao receber o primeiro prêmio do Festival Universitário da TV Cultura, com a música “Diversões Eletrônicas” (parceria com Regina Porto). Em 1980, lançou o álbum independente “Clara Crocodilo”, marco da vanguarda paulista, apresentando uma fusão entre a música popular urbana e a música erudita contemporânea. Em 1984, com o LP “Tubarões Voadores”, deu início a uma pesquisa para unir música e história em quadrinhos.

Várias vezes premiado, Arrigo apresentou-se em festivais pela Europa e América do Sul. Entre seus trabalhos mais recentes estão a ópera “O homem dos crocodilos”, apresentada em São Paulo, Rio de Janeiro e Buenos Aires (2003), e as trilhas sonoras dos filmes “ED Mort”, de Allain Fraisnot, “Alô”, de Mara Mourão (em parceria com seu irmão Paulo), e “Oriundi”, de Ricardo Bravo (protagonizado por Anthony Quinn), além da música para a peça “Plaidoyer en faveur dês larmes d`Heraclite”, de Bruno Bayen, apresentada no Teatro Nacional de Chaillot, em Paris (junho de 2003).

Em 2004, ele compôs a “Missa In memoriam Itamar Assumpção” apresentada em outubro no Teatro Sérgio Cardoso, em São Paulo, e lançada em CD em outubro de 2006. Ainda em 2004 escreveu a trilha sonora para o documentário de longa metragem “Doutores da alegria”, de Mara Mourão, que recebeu o prêmio Sesi-Fiesp de melhor trilha sonora. Em 2005, se apresentou como narrador numa versão em português da “Ode a Napoleão” de Arnold Schoenberg, juntamente com o Quarteto de Cordas da Cidade de São Paulo e Paulo Braga (piano). Em 2005, também escreveu a ópera “Enquanto estiverem acesos os avisos luminosos”, apresentada no Sesc Ipiranga, em São Paulo.

Arrigo Barnabé é idealizador e apresentador do programa Supertônica, na rádio Cultura FM, premiado em 2005 pela Associação Paulista dos Críticos de Arte como revelação de programa de rádio. Atualmente, é artista-residente na Unicamp, em São Paulo. Há poucos meses realizou a curadoria e direção artística de “Crisantemúsica”, uma série de recitais no Centro Cultural Banco do Brasil, em São Paulo, evento comemorativo dos 100 anos da imigração japonesa no Brasil. Para essa série, Arrigo escreveu “Viver”, música para piano, violino, koto e guitarra elétrica, que teve sua première no dia 20 de maio passado.

Trajetória de sucesso

Tetê Espíndola tornou-se conhecida após vencer o Festival dos Festivais da Rede Globo, em 1985, com a música “Escrito nas estrelas”, mas àquela altura sua carreira já tinha mais de uma década de sucesso junto a um público de bom gosto que gostava de suas criações baseadas no cancioneiro mato-grossense. O primeiro disco, “Tetê e o lírio selvagem”, de 1978, gravado com os irmãos Celito, Alzira e Geraldo, já valorizava os sons da região, as belezas do Centro-oeste e a preservação da natureza.

Membro de uma família de músicos, ela gravou depois “Piraretã” (1980), primeiro disco-solo, já com uma música de Arrigo Barnabé, “Londrina” (1981), um trabalho mais independente, e “Pássaros na garganta” (1982), com letras de grandes compositores da música sertaneja. Após mudar-se para São Paulo e ser revelada para o país, Tetê surgiu como uma nova expressão do cenário musical brasileiro. “Gaiola” (1986) encerrou esta fase, chamando a atenção da crítica pela originalidade das interpretações.

Após um intervalo de oito anos, a cantora voltou com “Só Tetê” (1994), interpretando canções de Tom Jobim, Chico Buarque, Djavan e Itamar Assumpção. “Canção de amor” (1996) comemorou seus 20 anos de carreira, agora já com ampla aceitação popular. “Anahí” (1999) foi gravado ao vivo com a irmã Alzira, e “Vozvoixvoice” (2001), gravado em Paris, teve arranjos de Philippe Kadosch. Depois de outros três discos, ela lançou “A arte de Tetê Espíndola”, coletânea da Universal Music com alguns dos mais importantes sucessos da carreira. “Evaporar”, o disco mais recente (2007), traz Tetê como compositora, reforçando os temas ecológicos e a ligação com as origens pantaneiras.

Ao longo da carreira, Tetê Espíndola também teve participações especiais em discos que homenagearam Ary Barroso e Dolores Duran, num songbook de Chico Buarque, nos CDs “Canções de Tom e Vinícius”, “Duetos”, de Zé Ramalho, e “Alma caipira” e na trilha sonora do filme “O menino maluquinho”.

Mais informações sobre a Semana Ousada de Artes na Secretaria de Cultura e Artes da UFSC podem ser obtidas pelo fone (48) 3721-8304 e pelo e-mail ousadaufscudesc@reitoria.ufsc.br. Na Udesc, os contatos são (48) 3321-8359 e nucleoceart@udesc.br.

A programação completa da semana pode ser vista no site www.semanaousada.ufsc.udesc.bra

Paulo Clovis / Jornalista da Agecom

Leia Mais:

SEMANA OUSADA DE ARTES: Cinco dias para mexer com a produção cultural de Florianópolis

CHARGE DA SEMANA

22/09/2008 11:24

CHARGE DA SEMANA – As massas em tempo de interação digital

Por Jorge Luíz Wagner Behr/Agecom

Docência e o Curso de História são temas de ciclo de palestras

19/09/2008 18:26

Em comemoração aos seus 15 anos, o Programa de Educação Tutorial (PET) do Curso de História da UFSC promove um ciclo de palestras com o tema “Docência e o Curso de História”. O evento será realizado de 23 a 25 de setembro, no Centro de Filosofia e Ciências Humanas (CFH).

Os interessados em participar devem enviar o nome completo e a matrícula para o e-mail pet_historia_ufsc@yahoo.com.br, com o assunto “Inscrição”, até às 18h do dia 22 de setembro. Apenas os inscritos por este meio receberão certificado e terão direito à validação de horas junto ao Departamento de História.

Mais informações pelo telefone (48) 3721-8217.

Confira a programação:

Dia 23, terça-feira

14h – Mesa-redonda “Bacharelado e Licenciatura no curso de História”, com os professores Valmir Muraro (HST/UFSC) e João Klug (HST/UFSC), e estudante representante da FEMEH.

Local: Auditório do CFH

Dia 24, quarta-feira

14h – Conferência “O futuro do Ensino Superior na União Européia e

os desafios da sociedade do conhecimento”, com o professor Justino Jardim (Universidade de Lisboa).

Local: Auditório do CFH

Dia 25, quinta-feira

14h – “Importância das disciplinas didáticas e pedagógicas no curso de História”, com a professora Solange Vitória Alves (MEN/UFSC).

Local: Sala 331, bloco B, CFH

16h – “Expectativas e realidades no trabalho docente”

Conversa com alunos formados pelo curso de graduação em História da UFSC.

Local: Sala 331, bloco B, CFH

Isis Dassow / Bolsista de Jornalismo na Agecom

Semana Acadêmica da Engenharia de Produção começa nesta segunda-feira

19/09/2008 17:58

De 22 a 26 de setembro ocorrerá a I Semana Acadêmica da Engenharia de Produção. A programação inclui dez palestras, quatro minicursos e uma visita técnica à empresa Electro Aço ALTONA S.A., no último dia. O evento é uma iniciativa de cinco entidades acadêmicas do Departamento de Produção e Sistemas (EPS).

As inscições vão até sexta-feira, dia 19, e podem ser feitas no Hall do CTC. As palestras e minicursos serão ministrados nos auditórios da Reitoria, Teixeirão (CTC) e EPS.

Mais informações pelo site www.saep.ufsc.br.

Por Tomás Petersen / Bolsista de Jornalismo do Nucom/CTC

Novas atividades são programadas para marcar os 50 anos do curso de Serviço Social da UFSC

19/09/2008 17:44

As atividades comemorativas referentes ao cinqüentenário do Curso de Graduação em Serviço Social prosseguem na UFSC. No dia 30 de setembro acontece o Seminário Internacional Política Social, Pobreza, Família e a Intervenção Profissional, e em 2 de outubro, o 2º Seminário Nacional do Programa de Cooperação Acadêmica (PROCAD)/Serviço Social – UnB, UERJ, UFRN e UFSC.

Os seminários são promovidos pelo Programa de Pós-Graduação em Serviço Social da universidade, com apoio do Centro Sócio-Econômico (CSE) e do Departamento de Serviço Social, através do Núcleo de Pesquisa, Estado, Sociedade Civil, Políticas Públicas e Serviço Social (NESPP).

As professoras Alicia Soldevila (Universidade Nacional de Córdoba/Argentina), Nelly Nucci (Universidade Nacional de Córdoba/Argentina), Regina Célia Miotto (UFSC) e Rosana Martinelli Freitas (UFSC) coordenarão os debates durante o Seminário Internacional Política Social, Pobreza, Família e a Intervenção Profissional. As atividades ocorrerão das 8h30 às 21h30.

No 2º Seminário Nacional do PROCAD/Serviço Social – UnB, UERJ, UFRN e UFSC, a discussão estará voltada às tendências contemporâneas da política social do capitalismo. Serão três mesas-redondas que abordarão assuntos relacionados a direitos, cidadania, política social, seguridade social na América Latina e tendências e contradições na política pública brasileira. Os trabalhos estão programados para a manhã e noite do dia 2 de outubro.

Os dois eventos acontecem no auditório do Centro Sócio-Econômico, no Campus da Trindade. As inscrições gratuitas serão feitas no dia e local do evento.

Outras informações pelo telefone (48) 3721-6637, ramal 35, ou pelo e-mail nespp@cse.ufsc.br.

Programação

Seminário Política Social, Pobreza, Família e a Intervenção Profissional

Intercâmbio: DSS/UFSC/Brasil / Universidade Nacional de Córdoba/Argentina

Dia 30 de setembro, terça-feira

8h30 às 12h – A intervenção profissional e o trabalho com famílias

18h30 às 21h30 – Políticas assistenciais, família e pobreza: organismos internacionais e a intervenção profissional

2º Seminário Nacional do PROCAD/Serviço Social – UNB, UERJ,UFRN,UFSC

Dia 2 de outubro, quinta-feira

Política Social no Capitalismo: Tendências Contemporâneas

8h15 – Abertura

8h45 – Mesa-redonda: Direitos, Cidadania e Política Social

– Discussões conceituais sobre política social como política pública e direito de cidadania – professora Potyara Pereira (UnB)

– Acumulação Capitalista, fundo público e Política Social – professora Elaine Behring (UERJ)

10h30 – Mesa-redonda: Direitos, Cidadania e Seguridade Social na América Latina

– Seguridade Social na América Latina – professora. Ivanete Boschetti (UnB)

– Direitos e Cidadania nos processos de integração regional: o caso Mercosul – professora Vera Nogueira (UCPEL-UFSC)

– Configuração recente dos programas de transferência de renda na América Latina: focalização e condicionalidade – professora. Rosa Stein (UnB)

18h30 – Mesa-redonda: Tendências e Contradições na política pública brasileira

– Cultura política, direitos e política social – Iris Maria de Oliveira (UFRN)

– Tendências e Contradições da educação pública no Brasil: a crise na universidade e as cotas – professora Alba de Castro (UERJ)

– Equidade de gênero e transferência de renda: reflexões a partir do Programa Bolsa Família – professora Marlene Rodrigues (UnB)

– Família e Política Social – professora Regina Célia Tamaso Mioto (UFSC)

UFSC coordena o Exame Nacional para Certificação em Libras

19/09/2008 17:29

A Comissão Permanente de Vestibular (COPERVE) da UFSC é a responsável por organizar o Exame Nacional para certificação de proficiência no uso e ensino das libras e para certificação de proficiência na tradução e interpretação das libras.

Se aprovados no exame, os candidatos poderão lecionar nos cursos de formação de professores, e no Curso de Fonoaudiologia.

A primeira etapa da prova está programada para o dia 28 de setembro, e será objetiva. A segunda etapa é prática e começa dia 30 de setembro, e se estende até avaliação total dos candidatos. Os participantes serão examinados quanto à fluência na língua e a competência metodológica para o ensino.

A LIBRAS foi reconhecida como língua através da Lei nº 10.436/2002, e de acordo com o Decreto nº 5.626/2005, serão realizados exames de Certificação até o ano de 2016.

O exame já está na sua terceira edição, e a prova vai ser realizada nas capitais de todos os estados brasileiros e Distrito Federal.

Para cada local de prova irá pelo menos um coordenador da UFSC que será o responsável pelo Exame. Haverá também um coordenador local indicado pelo MEC.

Por Luíza Fregapani,bolsista de Jornalismo na AGECOM, com informações da COPERVE

Hospital Universitário da UFSC divulga processo seletivo para médico residente

19/09/2008 17:07

O Hospital Universitário da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) divulgou o edital de seleção para médico residente 2009/1. As inscrições podem ser feitas até 15 de outubro, exclusivamente pela internet, no endereço http://rmhu.fepese.ufsc.br.

As especialidades e o número de vagas são as seguintes: Acupuntura (uma); Cirurgia Geral (quatro); Cirurgia do Aparelho Digestivo (duas); Cirurgia Plástica (duas); Cirurgia Vascular (uma); Clínica Médica (oito); Dermatologia (duas); Endocrinologia (uma); Gastroenterologia (uma); Hematologia e Hemoterapia (uma); Medicina Intensiva (uma); Pneumologia (uma); Ginecologia e Obstetrícia (duas); Patologia (uma); Pediatria (quatro); Radiologia e Diagnóstico por Imagem (três).

A prova escrita será realizada em 2 de novembro, domingo, às 8h. As demais etapas do processo serão no período de 24 a 28 de novembro, de acordo com a especialidade. O Edital pode ser consultado no endereço http://rmhu.fepese.ufsc.br/pages/arquivos/edital.pdf e os critérios gerais para avaliação curricular no endereço http://rmhu.fepese.ufsc.br/pages/arquivos/criterios.pdf.

Margareth Rossi / Jornalista da Agecom

Universidade da Suíça oferece bolsas para mestrado

19/09/2008 15:58

A Universidade de Berna, da Suíça, oferece bolsas para estudantes de mestrado.

Para 2009, a Universidade de Berna oferece seis vagas para estudantes internacionais interessados em fazer mestrado. O valor da bolsa é de 1600 CHF (Franco Suíço).

A lista de cursos oferecidos pode ser encontrada em

http://www.unibe.ch/studium/master.html.

As inscrições podem ser feitas até o dia 19 de dezembro de 2008 pelo endereço http://www.int.unibe.ch/content/incoming/master_grant/index_eng.html, pelo e-mail amelie.merkel@int.unibe.ch ou pelo telefone + 41 (0) 31 631 34 95, com Amélie Merkel de Gurtubay.

Na Secretaria de Relações Institucionais e Internacionais da UFSC você pode se informar sobre esta e outras oportunidades para estudar no exterior. Acesse: http://www.sinter.ufsc.br

Por Luíza Fregapani / bolsista de Jornalismo da Agecom

Associação comemora o dia do portador de Alzheimer

19/09/2008 14:40

O Dia Internacional dos Portadores de Alzheimer, 21 de setembro, foi lembrado no Estado com a 12ª edição do Simpósio sobre a Doença de Alzheimer, regional de Santa Catarina, que acontece durante todo o dia de hoje, 19, no auditório da Reitoria da Universidade Federal de Santa Catarina. A abertura contou com autoridades de várias regiões catarinenses e do reitor da UFSC, Alvaro Prata, que destacou a importância do evento, dizendo que vem de uma família longeva e com isso aprendeu a conviver com os idosos.

“Mas naturalmente”, disse, “ainda temos dificuldade de lidar com eles. Precisamos ter mais atenção, compreensão, paciência e amor pelos mais velhos. O cuidado com as pessoas com Alzheimer requer conhecimento e comunhão. Por isso esse simpósio é importante”, concluiu.

A presidente da Associação Regional, Zilda de Fáveri de Souza, ao abrir o simpósio salientou a alegria de ver a universidade colaborando com a causa. Já a presidente do Conselho Municipal do Idoso, Rosalita Maria Bousfielb, afirmou que no Brasil a população de portadores de Alzheimer é de 1,2 milhão, apesar do avanço tecnológico e das pesquisas no setor. “É uma enfermidade que não tem cura e exige muita dedicação dos familiares”, reforçou.

A inexistência de cura foi confirmada pelo neurologista Ylmar Corrêa Neto, que em sua conferência “Avanços no Diagnóstico de Doença de Alzheimer” destacou os avanços da pesquisas apresentados nos congressos internacionais, ressaltando que nada ainda pode ser aplicado no tratamento de pacientes porque não há comprovação da sua eficácia. Segundo o médico, “os exames para detectar a doença estão evoluindo, mas é preciso encontrar formas de tratar o paciente no período intermediário entre a saúde e as primeiras manifestações dos sintomas da enfermidade”. A dificuldade, entretanto, ainda é a identificação precoce do Alzheimer.

A incidência da doença é registrada, em maior escala, em todo mundo, nas mulheres na faixa entre 40 e 90 anos. O Alzheimer é progressivo, tendo como primeira fase a cognição leve – quando apresenta alterações cognitivas, como a falta de palavras numa conversa comum, dificuldade em executar tarefas corriqueiras, como abotoar uma roupa, vestir-se, subir escada ou mesmo abrir porta. Na fase moderada o portador desaprende a ligar aparelhos como televisão ou usar o celular. Já na fase aguda não consegue mais comer sozinho.

Corrêa afirmou que não existe exame que possa identificar com exatidão o Alzheimer, já que a enfermidade tem diversos sintomas semelhantes aos de outras doenças. Os medicamentos compensam as perdas provocadas pela doença por um período que varia entre três a cinco anos. “Isso é muito importante para uma pessoa que tem entre 70 ou 80 anos, pois a qualidade de vida do portador pode melhorar”.

Por José Antônio de Souza/ Jornalista na Agecom

Fotos: Jones Bastos

Vestibular UFSC/2009: inscrições devem ser feitas até 9 de outubro

19/09/2008 13:06

Estão abertas até 9 de outubro as inscrições para o Vestibular UFSC/2009. Os cadastros devem ser feitos exclusivamente pelo site www.vestibular2009.ufsc.br. As provas serão realizadas nos dias 7, 8 e 9 de dezembro, no período da tarde, das 15h às 19h, em dez cidades de Santa Catarina: Florianópolis, Blumenau, Camboriú, Chapecó, Criciúma, Itajaí, Joaçaba, Joinville, Lages e Tubarão.

Com as novas resoluções, este ano o vestibular da UFSC oferece 4.571 vagas, em 70 cursos, incluindo as habilitações. Além dos cursos de Ciência e Tecnologia Agroalimentar e de licenciatura em Química, anunciados em agosto, a Universidade Federal de Santa Catarina passa a oferecer no vestibular 2009 (a ser realizado em dezembro deste ano), três outras opções:

Relações Internacionais, com 80 vagas, Design de Animação e Design de Produto, cada uma com 40 vagas. Os novos cursos fazem parte do processo de expansão previsto no Programa de Apoio a Planos de Reestruturação das Universidades Federais (Reuni),

Ações Afirmativas

A universidade mantém no Vestibular UFSC/2009 seu Programa de Ações Afirmativas, reservando 20% das vagas de cada curso a candidatos que cursaram integralmente o ensino fundamental e médio em escolas públicas. Além disso, 10% são destinadas a jovens autodeclarados negros, que preferencialmente tenham cursado integralmente o ensino fundamental e médio em escolas públicas.

Há ainda vagas para candidatos de origem indígena – no Vestibular/2008 foram cinco, este ano serão seis e, até 2013, o Programa de Ações Afirmativas da UFSC prevê o aumento de uma vaga a cada ano. No Vestibular UFSC/2008, o primeiro em que as popularmente chamadas ´cotas` foram implantadas, entre 4.095 vagas oferecidas, 1.211 foram preenchidas por candidatos de escolas públicas, de origem negra e indígena. As vagas não preenchidas serão direcionadas à classificação geral dos vestibulandos.

Mudanças

Os candidatos ao Vestibular UFSC/2009 deverão estar atentos a mudanças operacionais e acadêmicas. Uma das alterações é a elevação do ponto de corte – a pontuação mínima que o candidato deve atingir. Ao invés de obter pelo menos 20 pontos no conjunto das provas, os acadêmicos deverão completar 24. Foram também elevadas as notas de Redação (de 3 para 4) e da prova de Língua Portuguesa (também de 3 para 4).

Além disso, os candidatos deverão chegar mais cedo aos locais em que será realizado o concurso. Este ano, ao invés de fecharem às 15h, horário de início das provas, os portões das instituições que sediarão o concurso serão trancados às 14h45min.

Outra alteração importante é que não haverá mais a possibilidade de segunda opção. A inscrição no Vestibular 2009 dará ao candidato o direito de optar por apenas um dos 65 cursos de graduação oferecidos pela UFSC. Apenas no caso de algumas graduações de áreas afins, como Arquitetura e Urbanismo e as Engenharias, por exemplo, o candidato terá direito à opção 1-a (e esta deve ser de um curso pertencente ao mesmo grupo da opção 1). De acordo com esse critério, se a opção for Engenharia de Alimentos, o candidato pode ter como opção 1-a Engenharia Elétrica. As orientações são relativas às vagas para os cursos na sede, isto é, no campus da UFSC em Florianópolis.

Mais informações junto à Coperve: 48 3721 9200

Por Arley Reis / Jornalista da Agecom

Fique atento:

Inscrições:

Estão abertas até 9 de outubro, somente via internet, no site www.vestibular2009.ufsc.br

Provas:

Serão realizadas nos dias 7, 8 e 9 de dezembro, no período da tarde, das 15h às 19h, em dez cidades de Santa Catarina:

7/12: Língua Portuguesa e Literatura Brasileira, Língua Estrangeira e Redação

8/12: Biologia, Geografia e Matemática

9/12: Física, História e Química

Autores e obras do Vestibular UFSC/ 2009

1. Raul Pompéia / O Ateneu / Diversas Editoras

2. Bernardo Guimarães / A Escrava Isaura / Diversas Editoras

3. Machado de Assis / Contos – Coleção Grandes Leituras/ FTD

4. Dias Gomes / O Pagador de Promessas / Bertrand/Ediouro

5. Erico Veríssimo / Incidente em Antares / Cia das Letras/Cia de Bolso

6. Maria Valéria Rezende/ O Vôo da Guará Vermelha / Objetiva

7. Othon D`Eça / Homens e Algas / Editora da UFSC

8. Lindolf Bell / O Código das Águas / Global

Calendário

Datas importantes:

– 9 de setembro a 9 de outubro: período de inscrições do Vestibular UFSC/2009

– 30 de setembro: divulgação da relação de isenções deferidas

– 1° a 9 de outubro: período de inscrição dos candidatos beneficiados com isenção da taxa de inscrição

– 20 de outubro: prazo máximo para solicitação de condições especiais para realização das provas

– 3 de novembro: confirmação da inscrição dos candidatos com inscrição deferida, no site www.vestibular2009.ufsc.br

– 10 de novembro, até 18h: prazo máximo para que os candidatos com inscrição indeferida entrem em contato com a Coperve/UFSC, através do telefone 48 3721 9200. Após essa data o indeferimento será definitivo

– 7, 8 e 9 de dezembro: realização das provas do Vestibular UFSC/2009

SEMANA OUSADA DE ARTES: documentário mostra vida, governo e exílio de João Goulart

19/09/2008 12:46

As circunstâncias obscuras em que se deu a morte do ex-presidente João Goulart, deposto pelos militares que assumiram o poder no Brasil em 1964, são o mote do documentário “Jango em três atos”, de Deraldo Goulart, que será exibido às 14h de terça-feira, dia 23, dentro da Semana Ousada de Artes, no auditório da Reitoria da UFSC. A sessão será seguida de debate com a presença do filho de Jango, João Vicente Goulart, que ainda luta na justiça para ver reparados os danos causados à família nos anos posteriores ao golpe militar. A Semana Ousada, organizada pela Secretaria de Cultura e Artes da UFSC e pela Udesc, vai de 22 a 26 de setembro e inclui dezenas de atrações nas áreas de artes visuais, cinema, teatro, dança, música, moda e filosofia.

O ex-agente Mario Neira Barreiro, do serviço secreto uruguaio, admitiu ter espionado durante quatro anos a família de João Goulart no exílio. Ele se encontrou com João Vicente e revelou detalhes da Operação Escorpião, criada pelo serviço de inteligência do Uruguai, país para onde Jango se mudou após o golpe de 64, para controlar os passos dos exilados. No filme, o ex-agente – preso na penitenciária de alta segurança de Charqueadas (RS) acusado de assalto a banco em território gaúcho – diz que Jango foi morto a pedido do governo brasileiro. Ele sugere em depoimento que o ex-presidente teria sido envenenado com um comprimido colocado dentro dos remédios controlados que tomava por causa de problemas cardíacos.

Eleito vice-presidente em 1960, Jango soube da renúncia de Jânio Quadros quando estava em visita à China, o que reforçou o argumento de seus opositores de que se encontrava a serviço do comunismo internacional. Em documento exclusivo só agora revelado, o primeiro mandatário presidencialista do Brasil diz que a saída de Jânio foi o momento mais dramático de sua vida. Jango morreu em 1976 na cidade Argentina de Mercedes e enterrado na cidade gaúcha de São Borja, onde nasceu, mas a autópsia do corpo nunca chegou a ser feita. Um pouco antes, em carta enviada aos filhos que moravam em Londres, ele disse suspeitar que era vigiado e que tinha medo de morrer.

Com base em farta documentação liberada recentemente pelo governo brasileiro, a TV Senado produziu o documentário “Jango em três atos”. Ali, além da vida, o governo e o exílio de João Goulart, aparecem depoimentos que mostram como as ditaduras agiram de modo coordenado na América do Sul. Antes desse, o diretor Deraldo Goulart dirigiu os documentários “Niemeyer por Niemeyer”, “O tempo de Érico” e “Getúlio do Brasil”.

Outras atrações – A programação cinematográfica da Semana Ousada de Artes inclui ainda a exibição do documentário “Olhar de um cineasta”, de César Cavalcanti, sobre a obra de Marcos Farias, diretor catarinense que ajudou a criar o movimento Cinema Novo, e uma série de outros curtas-metragens, vídeos, debates e intervenções. “Cruz e Sousa, o poeta do Desterro”, de Sylvio Back, é um dos filmes incluídos na mostra, que programou ainda a exibição de “Outra memória” (de Éverson Faganello), e “Seo Chico, um retrato” (de João Rafael Mamigonian).

Por Paulo Clóvis Schmitz / Jornalista da Agecom

Seminário vai discutir implantação de um curso superior de Arquivologia na UFSC

19/09/2008 10:27

A Comissão do Projeto Político Pedagógico de Criação do Curso em Arquivologia promove na segunda-feira, 22/9, um seminário para discutir a implantação de uma graduação neste campo na UFSC. O encontro será realizado no auditório do Centro de Convivência. Os organizadores são professores do Departamento de Ciência da Informação e atuam em consonância com o projeto Reuni do Governo Federal.

Ao longo dos seus 35 anos, o Curso de Graduação em Biblioteconomia desenvolveu sistematicamente avaliações de sua prática pedagógica, buscando aprimorar constantemente a qualidade de ensino. Esse processo de avaliação exigiu discussões entre alunos e professores, com o objetivo de formatar as características do profissional que o curso deve formar. A criação do novo currículo foi um dos resultados desse trabalho, assim como o desenvolvimento de estágio obrigatório já na terceira fase e a inserção de estudantes e professores em diferentes cenários de atuação a partir do estabelecimento de parcerias com outras instituições.

O seminário deve reunir mais de 150 pessoas entre estudantes, professores, arquivistas, bibliotecários de empresas privadas, instituições públicas e demais interessados.

Programação:

– 8h, credenciamento

– 8h30min, solenidade de abertura

– 9h30min, palestra com o professor José Maria Jardim, da Universidade Federal Fluminense, sobre “A situação do ensino da arquivologia no Brasil”.

– 11h, palestra com Ana Maria Soares, que fala sobre “Arquivo público do Estado: expectativa e horizontes da arquivologia em Santa Catarina”.

– 14h, professora Janice Gonçalves da Udesc fala sobre a “Construção do campo arquivístico em Santa Catarina”.

– 16h, encerramento com a mesa-redonda “Ensino da arquivologia em Santa Catarina”, tendo como participantes os professores Janice Gonçalves, José Maria Jardim e a arquivista Ana Maria Soares.

Outras informações podem ser obtidas com Fernanda Maria de Carvalho, no fone (48) 3721. 9304, no horário das 14 às 17 horas, ou no email nanda_art@hotmail.com

Por José Antônio de Souza/ Jornalista na Agecom

Abertas inscrições para o 1º Congresso Nacional de Pesquisa em Tradução e Interpretação de Língua de Sinais Brasileira

19/09/2008 10:07

O 1º Congresso Nacional de Pesquisa em Tradução e Interpretação de Língua de Sinais Brasileira será realizado nos dias 9 e 10 de outubro, na Universidade Federal de Santa Catarina. O evento é direcionado a intérpretes e tradutores de línguas de sinais e a profissionais interessados. As inscrições estão abertas.

Os principais objetivos são a troca de informações sobre o tema, a apresentação de resultados de pesquisas e o intercâmbio entre diferentes áreas do conhecimento, como lingüística, tradução e educação. Haverá debates, palestras e oficinas com pesquisadores nacionais e internacionais. As atividades serão realizadas no auditório da Reitoria e no Bloco B do Centro de Comunicação e Expressão (CCE).

A UFSC foi a primeira universidade da América Latina a implantar um curso de Licenciatura em Letras Libras, a Língua Brasileira de Sinais. Criada em 2006, a graduação tem como foco a formação de professores. Em junho deste ano, teve início também o Bacharelado em Letras Libras, que forma intérpretes e tradutores. A criação destes cursos foi uma iniciativa da universidade com instituições conveniadas e o MEC. Representou uma conquista para os surdos brasileiros e foi possível após a regulamentação, em 22 de dezembro de 2005, da Lei Nº 10.436, a Lei de Libras, que reconheceu a Língua Brasileira de Sinais como meio legal de comunicação e expressão no Brasil.

Com a intenção de reunir intérpretes, tradutores e estudiosos, o congresso é mais um passo no sentido de dar visibilidade e promover debates entre os profissionais da área, estimulando a consolidação de um espaço de reflexão sobre o tema no meio acadêmico.

O evento é organizado pelo Programa de Pós-graduação em Lingüística (PPGL), o Programa de Pós-Graduação em Tradução (PGET) e o Grupo de Estudos Lingüísticos Surdos, do Centro de Comunicação e Expressão, juntamente com o Programa de Pós-Graduação em Educação e o Grupo de Estudos Surdos (GES), do Centro de Ciências da Educação da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC).

A programação pode ser encontrada no site www.congressotils.cce.ufsc.br.

Mais informações: congressotils@ead.ufsc.br /

Por Isis Martins Dassow / Bolsista de Jornalismo na Agecom

SEMANA OUSADA DE ARTES: Cinco dias para mexer com a produção cultural de Florianópolis

19/09/2008 10:01

Tetê Espíndola é um dos destaques

Tetê Espíndola é um dos destaques

O belo, o sublime, o inusitado e o assombroso ocupando o mesmo ambiente. A vanguarda, o novo e o intenso abrindo caminho, impondo discussões. Pintores, músicos, cineastas, filósofos, performers e oficineiros se cruzando no campus e fora dele. Este é o caldeirão que espera os participantes e espectadores da Semana Ousada de Artes, que a Universidade Federal de Santa Catarina e a Udesc realizam de 22 a 26 deste mês em Florianópolis.

Arrigo Barnabé e Tetê Espíndola, Sylvio Back e César Cavalcanti, Márcia Tiburi e Vinícius Figueiredo são presenças de destaque, ao lado de João Vicente Goulart (filho do ex-presidente João Goulart), dos artistas plásticos Antônio Vargas, Fernando Lindote e Flávia Fernandes e de cineastas como Zeca Pires e Éverson Faganello.

“Nossa intenção é mostrar o que existe de contemporâneo e ousado na arte catarinense e, ao mesmo tempo, estabelecer um diálogo desses artistas com os convidados de fora”, diz a secretária de Cultura e Artes da UFSC, Maria de Lourdes Alves Borges, que divide com a professora Claudia Maria Messores, da Udesc, a coordenação do evento.

Diversidade

A Semana terá atividades nas áreas de cinema, teatro, dança, música, moda, artes visuais e filosofia. A programação prevê ainda 11 oficinas, que vão da fotografia pinhole (com lata) ao portunhol selvagem (língua falada na fronteira do Brasil com o Paraguai, misturando o português, o espanhol e o guarani). A maior parte das programações acontece no Centro de Cultura e Eventos da UFSC.

A secretária diz que as duas universidades estão propondo “pensar” a cultura e, por isso, por trás de cada evento há um viés estético, que busca refletir filosoficamente sobre a produção artística atual em Santa Catarina. “A intenção é estimular o desenvolvimento da arte contemporânea, com a presença de filósofos, estetas, artistas e técnicos”, afirma. “É um diálogo sobre as tendências da cultura e da produção local, que tem qualidade e expressões relevantes, mas que não aparecem como deveriam”.

Mostra de cinema

Um ponto alto será a exibição do filme “Jango em três atos”, documentário dirigido por Deraldo Goulart que especula sobre as reais circunstâncias da morte do ex-presidente João Goulart, deposto pelo regime militar em 1964. Oficialmente, ele morreu de ataque cardíaco em 1976 na Argentina, mas um ex-agente secreto do governo uruguaio disse, em depoimento, que Jango foi envenenado com um comprimido colocado dentro dos remédios que tomava para controlar a saúde.

O filme será exibido às 14h de terça-feira, dia 23, no auditório da Reitoria da UFSC, e logo após haverá um debate com a participação de João Vicente Goulart, que ainda luta para esclarecer os fatos que culminaram com a morte de seu pai.

A mostra de cinema da Semana Ousada de Artes prevê ainda a exibição do documentário “Olhar de um cineasta” (de César Cavalcanti, sobre a obra do cineasta catarinense Marcos Farias), de “Cruz e Sousa, o poeta do Desterro” (Sylvio Back), “Seo Chico, um retrato” (de João Rafael Mamigonian), “Outra memória” (Éverson Faganello), “Alva paixão” (Maria Emília Azevedo), entre outros.

Música, teatro e dança

Na música, o destaque será o show de Arrigo Barnabé e Tetê Espíndola, às 20h30 do dia 23, mas haverá também apresentações do pianista Diogo de Haro e das bandas Coletivo Operante, 3 Jay, Vinegar e do Quarteto de Cordas da Udesc. A programação teatral inclui as peças “Vermelho vermelho”, “Crimes delicados”, “O santo e a porca”, “A maldição do vale negro” (esta, da Oficina de Teatro de Adolescentes do DAC/UFSC), entre outras.

Na área da dança, haverá na quinta-feira, às 20h, uma mostra do Cefid/Udesc, no Teatro do CIC, com 26 companhias e escolas de Florianópolis que trabalham com dança clássica, folclórica, contemporânea, de salão, de rua, jazz e dança do ventre.

Exposições, debates e oficinas

Na área de artes plásticas, haverá as exposições “Sushi com maionese” (de Antônio Vargas), “Difusor de desejos” (Diogo Fagundes), “Asfalto – Arqueologia urbana (Renato Menezes Velasco), “O cinza e a cor” (José Maria Dias da Cruz), “Mostra [Um]” (coletiva de 16 artistas jovens), além de uma retrospectiva sobre Marcos Farias, com cartazes, fotos, artigos, entrevistas e contos de autoria do cineasta catarinense que ajudou a criar o movimento Cinema Novo.

Na filosofia, a presença de Márcia Tiburi será no dia 25, no debate “O que é estética hoje?”, às 16h30, seguido do lançamento de dois livros da autora, “Filosofia em comum” e “Mulheres, filosofia ou coisas do gênero”, às 18h30. Haverá ainda um debate sobre estética contemporânea com Vinícius Figueiredo e outro com Claudia Drucker, cujo tema é “A leitura heideggeriana de Hälderlin”.

Entre as oficinas programadas para a Semana Ousada de Artes estão as de cerâmica utilitária (ministrada por Tânia Regina Fernandes), fotografia pinhole (Lílian Barbon e Francielly Dossin), intervenções artísticas no espaço (Flávia Fernandes), portunhol selvagem (Diego Diegues), trato do papel machê e mosaico (Maria Regina Ziegler de Castro e Margareth Borba Rodrigues), tecelagem artesanal (Lena Rosa) e construindo histórias no teatro (Maris Viana).

A programação completa da Semana Ousada de Artes está no site

www.semanaousada.ufsc.udesc.br

Mais informações na Secretaria de Cultura e Artes da UFSC, no fone (48) 3721-8304 e pelo e-mail ousadaufscudesc@reitoria.ufsc.br. Na Udesc, os contatos são (48) 3321-8359 e nucleoceart@udesc.br.

Por Paulo Clóvis Schmitz / Jornalista da Agecom

Inscrições para 24ª Exposição de Arte dos Funcionários da UFSC devem ser feitas até a próxima quarta-feira

19/09/2008 09:55

Abertura será no dia 30 de setembro

Abertura será no dia 30 de setembro

Estão abertas até a próxima quarta-feira, 24/9, as inscrições para a 24ª Exposição de Arte dos Funcionários da UFSC. Poderão se inscrever professores e servidores técnico-administrativos dos quadros da UFSC, ativos ou aposentados. As inscrições e a entrega das obras deverão ser feitas na Galeria de Arte da UFSC, no prédio do Centro de Convivência. O formulário de inscrição pode ser retirado na Galeria ou solicitado pelo e-mail galeriadearte@dac.ufsc.br

Continuando a boa experiência dos anos anteriores, neste ano também acontecerá o “Encontro com o Artista” na abertura do evento. Este é um momento em que os artistas expositores poderão fazer breves relatos, partilhando com o público, com outros colegas e artistas, suas experiências sobre as trajetórias pessoais e o processo de criação das suas obras. O “Encontro com o Artista” faz parte das atividades de Ação Educativa e Cultural da Galeria de Arte da UFSC. Os expositores interessados em fazer comunicações ou palestras durante a abertura da mostra, deverão mencionar essa intenção no momento da inscrição.

A abertura da exposição e o encontro com os artistas estão programados para 30 de setembro, terça-feira, às 18h30min. Para essa abertura também está agendada a apresentação do Coral da UFSC. A exposição ficará aberta para a visitação até 24 de outubro de 2008.

Destaque do trabalho de professores e servidores

Destaque do trabalho de professores e servidores

Cada artista poderá inscrever até dois trabalhos, escolhendo entre várias categorias, como desenho, pintura, escultura, gravura, fotografia, tecelagem, tapeçaria e instalação, entre outras. Os trabalhos deverão ser entregues em condições de serem expostos, com molduras ou outro suporte, conforme a técnica da obra.

Além de ser um momento de comemoração e de confraternização entre os colegas, a exposição é também uma oportunidade para divulgar o trabalho artístico de funcionários da UFSC que, na maioria das vezes, têm se dedicado à arte como uma atividade paralela às suas atividades profissionais na instituição.

A exposição nasceu do desejo de comemorar o Dia do Servidor (Funcionário) Público Federal, dia 28 de outubro. A edição da mostra de 2007 contou com o apoio da Pró-Reitoria de Desenvolvimento Humano e Social da UFSC e do Sindicato dos Trabalhadores da Universidade Federal de Santa Catarina – Sintufsc.

A mostra é uma realização do DAC – Departamento Artístico Cultural / Secretaria de Cultura e Arte da Universidade Federal de Santa Catarina.

Serviço:

O QUÊ: Inscrição para a 24ª Exposição de Arte dos Funcionários da UFSC.

QUANDO: Até 24 de setembro, de 2ª a 6ª, das 10h às 18h30min.

ONDE: Galeria de Arte da UFSC, prédio do Centro de Convivência.

QUANTO: Gratuito, aberto aos professores e técnicos-administrativos da UFSC, da ativa e aposentados.

FORMULÁRIO DE INSCRIÇÃO: Retire-o na Galeria ou solicite-o pelo e-mail da Galeria

CONTATO: Galeria: (48) 3721-9683 e galeriadearte@dac.ufsc.br

Fonte: [CW] DAC:SECARTE:UFSC

SEMANA OUSADA DE ARTES: Kits dão direito a ingressos para show de Arrigo Barnabé e peças de teatro

19/09/2008 09:47

Os interessados em assistir ao show com Arrigo Barnabé e Tetê Espíndola e às peças “Vermelho vermelho” e “Crimes delicados”, que serão apresentados durante a Semana Ousada de Artes, podem retirar os ingressos no Hall do Centro de Cultura e Eventos da UFSC. Os ingressos serão trocados por um kit contendo sabonete, escova e pasta de dente. Cada kit dá direito ao ingresso para um dos espetáculos. As demais atrações da semana têm entrada gratuita.

O show de Arrigo e Tetê será às 19h30 do dia 23, terça-feira, no Centro de Cultura e Eventos. O mesmo local recebe dia 24, às 20h30, a montagem “Crimes delicados”, de José Antônio de Souza. E a peça “Vermelho vermelho” será apresentada no dia de abertura da Semana, 22 de setembro, às 20h30, na Igrejinha da UFSC.

Arrigo Barnabé é uma das grandes atrações da Semana Ousada de Artes. Ele tornou-se conhecido em 1979, ao receber o primeiro prêmio do Festival Universitário da TV Cultura com a música “Diversões Eletrônicas” (parceria com Regina Porto). Em 1980, lançou o álbum independente “Clara Crocodilo”, marco inicial da vanguarda paulista, apresentando uma fusão entre a música popular urbana e a música erudita contemporânea. Em 1984, com o LP “Tubarões Voadores”, iniciou uma pesquisa para unir música e história em quadrinhos.

Artista-residente na Unicamp, há poucos meses Arrigo realizou a curadoria e direção artística de “Crisantemúsica”, uma série de recitais no Centro Cultural Banco do Brasil, em São Paulo, evento comemorativo dos 100 anos da imigração japonesa no país. Para essa série, Arrigo escreveu “Viver”, música para piano, violino, koto e guitarra elétrica, que teve sua première no dia 20 de maio passado.

Mais informações: 3721 8304

SEMANA OUSADA DE ARTES: Marcia Tiburi debate e lança livros

19/09/2008 09:42

Professora, filósofa, colaboradora das revistas Cult e Vida Simples e integrante da equipe do programa Saia Justa, do canal GNT, Marcia Tiburi é uma das atrações da Semana Ousada de Artes, que a Universidade Federal de Santa Catarina e a Udesc realizam entre os dias 22 e 26 de setembro em Florianópolis. No dia 25, às 16h30, ela vai participar de um debate sobre estética contemporânea chamado “O que é estética hoje?”, no auditório do Centro de Cultura e Eventos da UFSC. No mesmo dia e local, às 18h30, lança dois livros recentes, editados em 2008: “Filosofia em comum” e “Mulheres, filosofia ou coisas do gênero”.

Em livros e artigos, as reflexões de Marcia Tiburi se espraiam por temas como ética, criação artística, indústria cultural, democracia e a filosofia na vida cotidiana. “Filosofia em comum – Para-ler junto” (Record) tem, segundo a autora, o objetivo de “mostrar que a filosofia é o modo de pensar de cada um que se qualifica e organiza, que aprende a se perceber e que, a partir daí, estabelece comunicação com o outro”. Para ela, a filosofia “é muito mais uma criação coletiva, que se faz junto com o outro, pelo diálogo, pela conversação, do que uma teoria que tem a pretensão de dizer a verdade (…)”.

O outro livro a ser lançado na Semana Ousada de Artes é “Mulheres, filosofia ou coisas do gênero”, que traça a relação entre as mulheres e a filosofia no Brasil. Trata-se de uma reunião de textos de Marcia e de colegas estudiosas da filosofia de diversas universidades brasileiras que começou a nascer em 2006, sendo somente agora editada pela Edunisc. Outros livros da autora são “As mulheres e a filosofia” (Unisinos, 2002), “Uma outra história da razão” (Unisinos, 2003), “Filosofia cinza – Melancolia e o corpo nas dobras da escrita” (Escritos, 2004), “O corpo torturado” (Escritos, 2004), “Magnólia” (Bertrand Brasil, 2005) e “A mulher de costas” (Bertrand Brasil, 2006).

Marcia Tiburi é professora da Universidade Presbiteriana Mackenzie e da Fundação Armando Álvares Penteado, ambas de São Paulo, e publicou textos sobre filosofia e temas afins nas revistas Vida Simples, Cult, BemStar e De Mulher para Mulher, além dos jornais Zero Hora e Folha de S.Paulo. Foi finalista do Prêmio Jabuti, em 2006, pelo romance “Magnólia”, que integra uma série que batizou de Trilogia Íntima.

Outros convidados – Para discutir a estética contemporânea, a programação da Semana Ousada de Artes contará ainda com as presenças de João Vicente Goulart, Vinícius Figueiredo e Claudia Drucker. Figueiredo abordará o tema “Estética e ciência modernas” e a palestra de Drucker será sobre “A decadência do gosto”.

Informações sobre a Semana Ousada de Artes podem ser obtidas pelos telefones (48) 3721-9279 (UFSC) e 3321-8350 (Udesc) ou no site www.semanaousada.ufsc.udesc.br. O evento tem a coordenação de Maria de Lourdes Alves Borges, da Secretaria de Cultura e Arte da UFSC, e Claudia Maria Messores, da Udesc.

Por Paulo Clóvis Schmitz / Jornalista da Agecom

SEMANA OUSADA DE ARTES: abertas inscrições para oficinas

19/09/2008 09:39

Estão abertas as inscrições para as oficinas que serão oferecidas durante a 1ª Semana Ousada de Artes UFSC-Udesc, agendada para o período de 22 a 26 de setembro. São 11 oficinas gratuitas que acontecerão durante o evento. De “Cerâmica utilitária – Olaria” a “Intervenções Artísticas no Espaço”, passando pela peculiar “Portunhol Selvagem”, que será ministrada por um poeta residente da fronteira Brasil-Paraguai, a proposta irreverente e heterogênea das oficinas se explica pelo objetivo conceitual da semana.

A inscrição deve ser feita presencialmente na SeCArte, 2° andar do prédio da Editora da UFSC, no campus universitário, até o preenchimento total das vagas. Os encontros serão realizados no Centro de Cultura e Eventos da UFSC.

A Semana Ousada de Artes:

Criada pela Secretaria de Cultura e Arte (SeCArte) da UFSC, em parceria com o Centro de Artes da Udesc (Ceart) e apoio da Fundação Catarinense de Cultura (FCC), a 1ª Semana Ousada de Artes visa transformar e promover a cultura no ambiente universitário, em que a comunidade possa viver o que há de novo e ousado na arte e na estética em suas mais variadas linguagens, tanto nas discussões teóricas como em aplicações práticas. Também procura ampliar as ações da UFSC e da Udesc como centros irradiadores da cultura em Santa Catarina e revigorar o panorama artístico e cultural em Florianópolis.

Os objetivos específicos, que procuram contemplar todas as grandes formas de arte – música, cinema, artes plásticas, dança, literatura, moda e teatro – e aspectos da cultura e filosofia contemporâneas, resultaram em um calendário abrangente e diversificado. A programação inclui, além das oficinas, shows musicais e espetáculos cênicos, exposições de artistas plásticos catarinenses, apresentações de cultura popular ao ar livre pelos campi das duas universidades, um ciclo de debates sobre estéticas contemporâneas e, ainda, a realização de uma pequena mostra de cinema catarinense, com diálogo entre o público e autores/diretores.

Como parte da programação, ocorre também mais uma edição do projeto de extensão da UFSC “Sarau Boca de Cena”, no dia 24 de setembro, que inclui apresentações de música, teatro, dança e poesia, exposição de artes plásticas e exibição de curta-metragem.

Outras informações podem ser obtidas no site www.semanaousada.ufsc.udesc.br.

SERVIÇO:

O QUÊ: 1ª Semana Ousada de Artes UFSC-Udesc

QUANDO: de 22 a 26 de setembro. As inscrições começam no dia 8/9 e vão até o encerramento das vagas

ONDE: UFSC e Udesc

QUANTO: gratuito e aberto à comunidade

INFORMAÇÕES E CONTATO: www.semanaousada.ufsc.udesc.br

Secretaria de Cultura e Arte – UFSC. Telefone: (48) 3721 9279. E-mail: ousadaufscudesc@reitoria.ufsc.br

Núcleo de Comunicação do CEART/UDESC. Telefone: (48) 3321 8350. E-mail: nucleoceart@udesc.br

Fonte: Gustavo Bonfiglioli, acadêmico de Jornalismo, Assessoria de Imprensa DAC – SECARTE – UFSC, com texto e fotos de divulgação.

UFSC outorga títulos de Doutor Honoris Causa a Carlos Augusto Figueiredo Monteiro e João José Bigarella

19/09/2008 09:33

Carlos: "A climatologia tem um lado mais humano"

Carlos: "A climatologia tem um lado mais humano"

O Conselho Universitário da UFSC concedeu na noite desta quinta-feira(18/9), no auditório da Reitoria, o título de Doutor Honoris Causa aos professores Carlos Augusto Figueiredo Monteiro e João José Bigarella, que trabalharam ativamente para a criação e consolidação da pós-graduação do Curso de Geografia da Universidade. A cerimônia foi presidida pelo reitor Alvaro Toubes Prata, e teve como participantes da mesa o presidente da Fapesc e ex-reitor da UFSC, Diomário de Queiroz, e o presidente do Conselho dos Curadores, Milton Luis Vieira, além dos homenageados.

Carlos Augusto Figueiredo Monteiro relembrou, a partir da cerimônia, o início do ano letivo de 1960, quando foi convidado a ministrar a aula magna da Faculdade Catarinense de Filosofia, o embrião da UFSC, localizada ao pé do Colégio Catarinense. “Havia a dúvida se aquela aula seria um adeus ou um até logo. Parti para o interior de São Paulo, dentre outros motivos, porque entendo que a gente sempre deve sair de cena quando está no auge. Hoje, aos 81, posso afirmar que dos 28 aos 32 anos, época em que vivi em Florianópolis, experimentei o período mais feliz da minha vida”.

Depois de dezessete anos se deu o retorno. “Vi que aquela Florianópolis não existia mais. A cidade tinha crescido, progredido, mas continuava encantadora. Visitei a Universidade no campus novo. Revi ex-alunos que já atuavam como docentes. Percebi então que a instituição que ajudei a fundar já estava firmada”.

As raízes com a cidade são muitas: desde os amigos queridos – principalmente a família Aquino, representada no auditório pelo reitor da Unisinos, Marcelo Fernandes de Aquino – até o time de futebol – “fui e ainda sou torcedor do Figueirense!”.

O professor ainda enfatizou as diferenças entre climatologia e meteorologia. “A climatologia tem um lado mais humano, que a meteorologia não tem. Esse diferencial deve ter feito sucesso, porque até hoje sou convidado a participar dessas coisas“, brincou, referindo-se à cerimônia.

Bigarella: "A pesquisa precisa ser transmitida"

Bigarella: "A pesquisa precisa ser transmitida"

João José Bigarella enfatizou que seus primeiros anos de vida foram fundamentais para sua formação. “Meus pais sempre me incentivaram a estudar e a adquirir livros – lia Pasteur, Darwin – e isso me despertou o interesse pela pesquisa de novos assuntos. Além disso, tive sorte; no curso ginasial, que terminei em 1949, lembro que os professores realmente nos estimulavam. Acredito que essa formação talvez tenha sido mais importante do que aquela adquirida na universidade”.

Em 1949 o professor começou a lecionar. “Quando se trabalha com pesquisa, ela precisa ser transmitida. Mas eu não tinha o dom da palavra, então usei muito o audiovisual e o trabalho em campo”. Ele entende que o pesquisador, como professor, precisa utilizar não só dos conhecimentos que estão nos livros, mas também os que acumulou em suas experiências pessoais. “Vejo a universidade como um grande Buda. A pesquisa é seu coração de brilhantes, e o conhecimento – o coração – deve ser levado até os braços, ou seja, até a comunidade”.

Foi através da pesquisa que, entre 1970 e 1980 o professor trabalhou na África e na Ásia. Na Índia analisou o porquê da pobreza sob o ponto de vista geológico. “As casas eram feitas de pau-a-pique, cobertas de sapé. Eu chegava e tirava os sapatos para entrar – e o piso era de chão batido. No centro da sala havia uma manjedoura, com uma vaca para a produção de leite e esterco. A gente se sentava no chão, a dona da casa trazia a comida e nós comíamos com a mão. Eram pessoas educadas, e também felizes. Achei a experiência um espetáculo!”, relata.

O reitor Álvaro Prata assinalou que, em 48 anos de existência, a UFSC concedeu dezoito títulos de Doutor Honoris Causa, sendo que os professores Carlos Augusto Figueiredo Monteiro e João José Bigarella representam os 19° e 20° homenageados. “A UFSC se afirma onde a qualidade prevalece sobre a quantidade. Queremos que ambos nos inspirem com suas carreiras e nos sirvam de exemplo pelo rigor acadêmico”.

A cerimônia ainda teve a participação do Coral da UFSC, que executou o hino nacional e o hino da Universidade, e também contou com a participação do grupo Harmônicas da Ilha – composto por professores aposentados da UFSC – que apresentou músicas tocadas com gaitas de boca e violão.

Quem são os homenageados

Carlos Augusto de Figueiredo Monteiro é natural do Piauí , formou-se em Geografia e História em 1950 pela Faculdade Nacional de Filosofia, atual Universidade Federal do Rio de Janeiro. Ingressou em 1955 no ensino superior na Faculdade Catarinense de Filosofia, hoje Universidade Federal de Santa Catarina, e posteriormente foi professor de Geografia física junto à Faculdade de Filosofia Ciências e Letras de Rio Claro, São Paulo.

Em 1968 se integrou ao Departamento de Geografia da Faculdade de Filosofia Ciências e Letras da USP, vindo a se aposentar como professor titular no ano de 1987, ano em que retornou à UFSC como colaborador visitante no curso de mestrado em Geografia onde permaneceu até 1990. Suas aulas sempre foram cuidadosamente preparadas e através da sua visão holística procurava despertar nos alunos curiosidades para as muitas outras áreas do saber.

Foi orientador de inúmeras dissertações e teses, coordenador de trabalhos sobre planejamento urbano e palestrante dos congressos da UGI -União Internacional dos Geógrafos, bem como dos encontros nacionais, especialmente os de Climatologia. Como pesquisador é autor de numerosas obras contendo mais de uma centena de títulos, especialmente na área de climatologia e meio ambiente, além de outros trabalhos inéditos. O rigor acadêmico e a qualidade inovadora dos seus trabalhos consagram-no como personalidade de renome na geografia brasileira e internacional.

João José Bigarella nasceu em Curitiba. Bacharel em Ciências Químicas pela Faculdade de Filosofia Ciências e Letras do Paraná (1943), químico industrial pela Escola de Química do Paraná (1945) e engenheiro químico pela UFPR (1953), trocou os laboratórios por um continuo trabalho de campo, mais em contato com a natureza, se dedicando intensamente à Geologia e, mais tarde, à defesa ambiental.

Em 1956 ingressou no ensino superior, tornando-se catedrático de Mineralogia e Geologia Econômica da UFPR. Colaborou também com os cursos de pós-graduação das universidades de Pernambuco, Bahia, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e Santa Catarina, bem como da Universidade de São Paulo.

Desde 1985 é pesquisador do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e é professor visitante da UFSC onde colabora com o programa de Pós-Graduação em Geografia , tendo prestado orientações em inúmeras dissertações e teses., realizado palestras e trabalhos de campo com alunos da Geografia.

Desenvolveu pesquisas geológicas e geográficas em vários países da América do Sul e da África, interessado principalmente na interpretação dos paleoambientes e nos problemas relacionados com a deriva continental. Publicou cerca de 230 trabalhos científicos no Brasil e no exterior (Estados Unidos, Canadá, Inglaterra, Holanda, Alemanha, Rússia e África do Sul).

Como presidente da Associação de Defesa e Educação Ambiental (1974 – 1994), em colaboração com outras instituições e pesquisadores, redigiu vários livros sobre a problemática ambiental. Pela Editora da UFSC – EdUFSC, publicou 3 volumes da série Estrutura e Origem das Paisagens Tropicais e subtropicais. O 4º está no prelo.

Por Cláudia Schaun Reis/jornalista na Agecom

Fotos: Jones João Bastos

SEMANA OUSADA DE ARTES: documentário fala da obra do cineasta catarinense Marcos Farias

19/09/2008 09:32

Depoimentos de Cacá Diegues, Nelson Pereira dos Santos, Eduardo Coutinho, Othon Bastos e Flávio Migliaccio, além de intelectuais catarinenses, dão a dimensão de quem foi e o que realizou o diretor Marcos Farias, tema do documentário “Olhar de um cineasta”, dirigido por Cesar Cavalcanti. Morto em 1985, Farias – que nasceu em 1933 em Campos Novos – participou do Grupo Sul e dirigiu, no Rio de Janeiro, um episódio de “Cinco vezes favela”, o filme que praticamente inaugurou o Cinema Novo, nos anos 60. O documentário de Cavalcanti, com cenas gravadas em Florianópolis, Rio e Petrópolis, será exibido às 15h40 do dia 24 de setembro no auditório da Reitoria da UFSC, dentro da programação da Semana Ousada de Artes.

Com 75 minutos de duração, o filme mescla cenas das produções de Farias com depoimentos de companheiros do cinema brasileiro que com ele conviveram – além dos acima citados, aparecem Paulo Cesar Saraceni, Salim Miguel, Eglê Malheiros, Silveira de Souza, Herculano Farias e Cícero Sandroni. A atriz Ângela Leal, que atuou em dois de seus filmes, fala emocionada de sua relação profissional e da amizade com o cineasta. E Othon Bastos e Flávio Migliaccio falam de sua sensibilidade na direção de atores.

Eglê Malheiros e Salim Miguel foram parceiros de Marcos Farias nos tempos do Grupo Sul e, mais tarde, nos filmes “A cartomante” e “Fogo morto”, cujos textos originais (de Machado de Assis e José Lins do Rego, respectivamente) transformaram em roteiro cinematográfico. Participam ainda do documentário a filha Patrícia e a mulher do cineasta, Maria Clara Borges Feigenbaun, que recordam momentos da vida privada do diretor.

“Ele primava pela sutileza e delicadeza na narrativa, quando abordava questões sociais”, diz o diretor de “Olhar de um cineasta”, Cesar Cavalcanti. O documentarista acredita que farias estava à frente de seu tempo, “embora tenha sido um vigoroso operário e um grande empreendedor em tudo que realizava”. Entre os longas que dirigiu e produziu estão “Cinco vezes favela” (episódio “Um favelado”), “A vingança dos 12”, “A cartomante”, “Fogo morto” e “Bububu no bobobó”.

Exposição de textos e imagens –Acompanhando a programação da Semana, será montada uma exposição retrospectiva composta pela reprodução de materiais que retratam momentos importantes da vida de Marcos Farias. São cartazes de filmes, fotos de cenas, artigos sobre cinema, contos de sua autoria, entrevistas e outros textos levantados junto ao acervo da família e de amigos. Ele deixou roteiros, argumentos e críticas que ajudam a entender a sua participação na criação das bases do Cinema Novo.

O objetivo do evento multimídia é “trazer ao conhecimento das novas gerações a importância da obra de Farias para a cultura brasileira”, segundo Cesar Cavalcanti. A exposição pode ser vista de 23 a 26 de setembro, das 8h às 22h, no hall da reitoria da UFSC.

Por Paulo Clóvis Schmitz / Jornalista na Agecom

Pesquisadora do Departamento de Saúde Pública da UFSC é destaque em boletim de divulgação da ciência

19/09/2008 08:56

Números dolorosos

Por Alex Sander Alcântara

Agência FAPESP – Uma pesquisa realizada em 250 municípios brasileiros constatou alta prevalência de dor nos dentes ou nas gengivas entre adolescentes de 15 a 19 anos. O estudo, que envolveu municípios das cinco regiões do país, de diferentes portes populacionais, identificou o problema em 35,6% dos jovens.

Para a análise foram utilizadas informações de 16.126 adolescentes que participaram do Levantamento Epidemiológico Nacional de Saúde Bucal (SB-Brasil), entre 2002 e 2003. O estudo foi publicado na revista Cadernos de Saúde Pública, editada pela Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca (ENSP), da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).

De acordo com uma das autoras do trabalho, Karen Glazer Peres, professora do Departamento de Saúde Pública da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), embora existam poucos estudos de base populacional que possibilitem comparações, o índice de prevalência de mais de 35% é considerado alto.

“Praticamente um em cada três adolescentes apresentou dor de dente em um curto espaço de seis meses anteriores à pesquisa”, disse Karen à Agência FAPESP. O estudo contou com outros pesquisadores da UFSC e da Faculdade de Odontologia da Universidade de São Paulo.

Ela destaca que outra pesquisa de acompanhamento de adolescentes até 12 anos de idade, feita em Pelotas (RS), também apontou números preocupantes. “Observamos ali que 63% dos entrevistados relataram dor de dente em algum momento da vida e 11% no período de um mês anterior à entrevista”, disse Karen, que também é pesquisadora associada da Universidade Federal de Pelotas (Ufpel).

Na análise das variáveis independentes, o estudo baseado em dados do SB-Brasil apontou alta prevalência em adolescentes que não estudam (40,2%), com menor escolaridade (41,8%) e com menor renda per capita, que relataram mais dor nos dentes ou nas gengivas que os demais. Verificou-se também que o problema afeta mais as meninas (37,8%) do que os meninos (32,6%).

Karen afirma que existem duas possíveis explicações para uma maior prevalência feminina. “Alguns pesquisadores apontam que diferentes mecanismos biológicos são desencadeadores da dor em homens e mulheres. E, por outro lado, essa diferença pode estar representando normas sociais para a expressão da dor. Ou seja, os meninos procuram se mostrar mais resistentes e, portanto, tendem a relatar menos dor”, disse a professora, que é formada em odontologia pela UFSC.

Continuidade do estudo

Segundo ela, o tamanho da amostra garantiu resultados robustos. Outro ponto que contribuiu para dar solidez ao estudo foi o tempo. O período de seis meses teve base em um parâmetro adotado a partir de estudos encontrados na literatura.

“A opção de se perguntar sobre a experiência de dor de dente ocorrida nos últimos seis meses não está relacionada ao desenho da pesquisa. Esse é um dos parâmetros encontrados na literatura, pelo qual se optou, possibilitando comparações com outros estudos”, explicou.

A associação entre condição socioeconômica e dor nos dentes ou nas gengivas corroborou o que se verificou em estudos anteriores, mas não existe consenso na literatura científica sobre essa associação. Segundo Karen, o desenho do estudo não permite inferir causalidade, e sim associação.

“Pesquisas com delineamento mais apropriado para esse tipo de inferência têm mostrado que indivíduos pertencentes a estratos sociais desfavorecidos economicamente têm pior condição de vida, menor acesso a bens de consumo e auto-cuidado, além de utilizar menos os serviços de saúde. Essas pessoas apresentam maior prevalência e gravidade da cárie dentária, principal causa de dor de dente”, apontou.

A pesquisa terá continuidade a partir de 2010, quando está previsto um novo levantamento epidemiológico de saúde bucal nacional. Karen alerta para a necessidade de se garantir o acesso da atenção à saúde bucal e do cuidado desses grupos com o objetivo de garantir a eqüidade, um dos princípios do Sistema Único de Saúde (SUS).

“Diminuir a prevalência de dor é um dos principais objetivos da profissão odontológica e do SUS. Somente neste próximo estudo poderemos saber se essa meta foi atingida”, disse.

Para ler o artigo Dor nos dentes e gengivas e fatores associados em adolescentes brasileiros: análise do inquérito nacional de saúde bucal SB-Brasil 2002-2003, de Karen Glazer Peres e outros, disponível na biblioteca on-line SciELO (Bireme/FAPESP), clique aqui.

Leia a matéria na Agência Fapesp

Fapesc lança projeto-piloto para usar água da chuva

18/09/2008 18:22

O Programa de Sistemas de Aproveitamento de Água da Chuva foi lançado oficialmente nesta quarta-feira (17), em Concórdia. Ele beneficiará não só o oeste – onde secas freqüentes podem ser compensadas com o uso de recursos pluviais – mas também o estado como um todo, pois o decreto 099/2007 determina que todos os prédios públicos a serem construídos daqui para frente tenham um sistema de coleta de água da chuva.

O programa é uma iniciativa do Governo Estadual, por meio da Secretaria de Desenvolvimento Regional de Concórdia, da Secretaria de Estado do Desenvolvimento Sustentável e da Fapesc (Fundação de Apoio à Pesquisa Científica e Tecnológica do Estado de Santa Catarina).

No lançamento do projeto-piloto, feito na Associação Catarinense de Criadores de Suínos, o governador Luiz Henrique destacou que as mudanças climáticas verificadas nos últimos anos em Santa Catarina justificam a busca por formas de enfrentar longos períodos de estiagem, principalmente no oeste. “Tivemos três secas consecutivas em 2004, 2005 e 2006, sendo que a região do Alto Uruguai Catarinense, onde está Concórdia, foi a mais castigada”, observou Luiz Henrique. A partir do aproveitamento da água da chuva, pretende-se melhorar a capacidade de prevenção e convivência com impactos decorrentes do aquecimento global.

Agindo localmente

A secretária de Desenvolvimento Regional de Concórdia, Solange Sprandel da Silva, observou que “a dimensão do projeto tem valor incalculável perante os benefícios que virão no futuro, quando o projeto for implantado em todo o Estado”. Antes disso, os R$ 250 mil a serem repassados pela Fapesc vão viabilizar o projeto-piloto no oeste. Os experimentos acontecerão nas Escolas Carlos Chagas, de Piratuba, e Rosina Nardi, de Seara, além de duas propriedades produtoras de aves e suínos integradas à Sadia e à Perdigão. A pesquisa será conduzida pela Universidade Federal de Santa Catarina.

”O projeto que será desenvolvido na região de Concórdia irá estudar formas mais adequadas de captação, armazenamento e uso da água da chuva, bem como materiais empregados no sistema de coleta, transporte e armazenamento da água captada”, explica o professor Zenório Piana, diretor de Pesquisa Agropecuária e Meio Ambiente da Fapesc. A instituição auxiliou na qualificação técnica e institucional da pesquisa desde o início. “Convém salientar que a Fapesc está apoiando importantes projetos na área ambiental, dentre os quais citam-se o Aqüífero Guarani/Serra Geral, o Inventário Florístico Florestal, Compostagem para dejetos suínos, e outros projetos para Redução de gases de efeito estufa.”

Apóiam o programa Água da Chuva empresas como a WEG, Tigre e Schneider; a Casan, Epagri e as Secretarias de Estado da Educação e Agricultura, Universidade do Contestado, Associação Catarinense de Criadores de Suínos, BRDE, Badesc e Defesa Civil de Santa Catarina.

Fonte: Fapesc

Seis formaturas acontecem nesta semana

18/09/2008 16:38

O Centro de Cultura e Eventos da UFSC dá continuidade nesta sexta-feira, dia 19 de setembro, às cerimônias de formaturas referentes ao primeiro semestre de 2008. Até 18 de outubro serão realizadas 24 solenidades para 37 cursos de graduação.

Desde 2004 a universidade oferece colação de grau gratuita aos formandos. São fornecidos becas, capelos, mestres de cerimônia, decoração interna do auditório, iluminação e som, cadeiras, equipes de limpeza, apoio, segurança e coordenadores para o evento. O planejamento, a organização e a execução ficam sob responsabilidade do Departamento de Cultura e Eventos, que disponibiliza ainda uma sala para a recepção dos formandos e reserva, por aluno, dois lugares na platéia a convidados especiais.

Luiz Roberto Barbosa, diretor do Centro de Cultura e Eventos, enfatiza que todos os estudantes devem, desde o começo da faculdade, estar cientes desta gratuidade. “Todos terão a mesma formatura, independentemente do nível socioeconômico”, diz. Ele lembra que antigamente muitos alunos não participavam da cerimônia por falta de recursos financeiros que custeassem as despesas com a empresa responsável pela organização do evento.

Além disso, as solenidades podem ser assistidas ao vivo pelo site www.eventos.ufsc.br, no qual também são disponibilizados para download os arquivos em vídeo. Os alunos têm ainda a possibilidade de contratar empresas especializadas em fotografias e filmagens, que devem se credenciar junto à UFSC com cinco dias de antecedência. O custo é responsabilidade dos formandos.

Todas as formaturas são realizadas no auditório Guarapuvu, com capacidade para 1.371 pessoas. O espaço já proporcionou 220 colações de grau desde 2004. De acordo com Luiz Roberto, são 55 formaturas, em média, por ano, cada uma com uma lotação aproximada de 1.300 pessoas.

Cerimônias de colação de grau programadas nesta semana:

– 19/9, sexta-feira, às 19h30 – Curso de Agronomia

– 19/9, sexta-feira, às 19h30 – Curso de Engenharia de Aqüicultura

– 19/9, sexta-feira, às 18h, no Templo Ecumênico – Curso de Engenharia de Materiais

– 20/9, sábado, às 15h – Curso de Engenharia Sanitária e Ambiental

– 20/9, sábado, às 15h – Curso de Engenharia de Produção

– 20/9, sábado, às 19h30 – Curso de Engenharia de Materiais

– 20/9, sábado, às 19h30 – Curso de Engenharia Mecânica

Mais informações pelos telefones (48) 3721-9781, 3721-9360 e 3721-9559 ou pelo site www.eventos.ufsc.br.

Por Isis Martins Dassow / Bolsista de Jornalismo na Agecom

Graduação em Jornalismo em debate na Semana do Jornalismo da UFSC

18/09/2008 16:11

O importante é observar

A pesquisadora e professora da USP, Cremilda Medina, foi a convidada dessa quarta-feira na VII Semana. Ela falou sobre graduação em Jornalismo para estudantes dispostos a discutir experiências e conhecimento da professora, que é considerada ícone dos “estudiosos de jornalismo no Brasil”.

Medina começou contando que Florianópolis é sua “terra eleita” desde a década de 60, “quando aqui não existiam nem ruas asfaltadas”. Colocou que a parte mais importante de sua palestra seria a segunda, em que se abre espaço para as perguntas e que caberia a ela o papel de interlocutora.

Começou então a primeira parte, na qual fez uma homenagem “indireta” a seus alunos. Em uma seqüência de slides sobre o título Tudo quer dizer alguma coisa?, Medina contou sobre a história da série São Paulo de Perfil – projeto que hoje computa 26 publicações em que são apresentadas as personalidades da cidade. Os temas variam desde a primeira edição, de 1987, intitulada Virado à paulista (que preconiza que o jornalista deve aprofundar-se nos perfis para poder conhecer a sociedade em que vive), passando pela vida dos migrantes, o que as crianças pensam, o paradoxo metrô-superfície até a última, publicada ano passado, sob o tema USP Leste e seus vizinhos.

Ao fim da apresentação, uma das organizadoras do evento, a aluna Juliana Sakae, indagou a professora a respeito de como ela via os currículos das universidades de jornalismo, tanto a UFSC quanto a USP, a relação entre a teoria e a prática, a técnica e a reflexão – tema inicialmente proposto para a palestra.

Medina explicou que, “como testemunha e participante de diversas etapas curriculares”, ao longo de sua vida acadêmica, chegou à conclusão que não há como estabelecer um currículo único. Cada região, cada cultura deve moldar a formação de seus jornalistas de acordo com a realidade que a cerca. Hoje, “alforriada”, fora do departamento de jornalismo da USP, a professora vê com mais nitidez os erros e acertos dos cursos de graduação. Para ela, os currículos, porém, “não se apresentam como um avanço progressivo. Têm períodos de sustos, arrancos e depois vão para traz”.

Então, o que fazer? Como melhorar ou adequar os currículos? Medina explica que uma solução seria buscar nas raízes humanísticas (filosofia, história, sociologia, entre outras) e na interdisciplinaridade os recursos para melhor compreender a sociedade e os fatos que devem ser relatados a ela. A observação, para Medina, é a chave para fugirmos do Jornalismo duro, maquinal e para passarmos aos leitores o que a realidade tem a oferecer aos sentidos, à percepção além dos relatos oficiais.

A professora finaliza argumentando que, para se sobressair na profissão e fazer um jornalismo consistente é preciso sim dominar as técnicas de apuração, redação e edição, mas sobretudo tornar-se um “mediador-autor do diálogo social”.

Por Bárbara Dal Fabbro / Assessoria da VII Semana do Jornalismo da UFSC