REUNIÃO ANUAL DA SBPC: burocracia ainda emperra sistemas estaduais de CT&I

21/07/2006 11:27

Na 58ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência, que termina hoje(21), realizada no Campus da UFS, em Florianópolis, ficou claro que os sistemas estaduais de ciência e tecnologia estão avançando, mas continuam longe de entender às demandas e necessidades da sociedade. Faltam recursos, autonomia e articulação, mas sobram burocracia e lentidão.

O tema “Política de Inovação e os Sistemas Estaduais de Fomento à CT&I”, coordenado pelo vice-reitor da UFSC, Ariovaldo Bolzan, protagonizou caloroso debate no Centro de Cultura e Eventos, reunindo, entre outros, o diretor de Pesquisa Científica da Fapesc, Edgar Augusto Lanzer, o professor Carlos Américo Pacheco, da Unicamp, o presidente do Conselho Nacional de Secretários de Ciência e Tecnologia (Consecti), Rafael Lucchesi, o presidente do Fórum dos Secretários Municipais de C&T, Florival Rodrigues de Carvalho, o presidente da Associação Brasileira das Instituições de Pesquisa Tecnológica (ABIPTI), Lynaldo Cavalcanti de Albuquerque, o presidente do Conselho Nacional das Fundações de Apoio à Pesquisa (Confap), Jorge Bounassar Filho, e Carlos Alberto Aragão de Carvalho, da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep). O evento foi também acompanhado pelo presidente da Fundação de Apoio à Pesquisa Científica e Tecnologia do Estado de Santa Catarina (Fapesc), Vladimir Piacentini, que aplaudir a iniciativa da SBPC.

Edgar Lanzer (Fapesc) destacou que o sistema de CT&I federal está bem organizado, funcionando, na maioria das vezes, a contento. Já os Estados, lembrou, estão ainda implantando, expandindo e consolidando os seus sistemas. Portanto, opinou, “é cedo para dizer que os modelos estão fadados ao fracasso”. Os desafios, adverte Lanzer, esbarram na brutal burocracia, na falta de autonomia e na instabilidade de recursos. “Santa Catarina, por exemplo, prevê constitucionalmente 2% de orçamento para a área, o que não significa que esses recursos sejam canalizados para a Fapesc”, arrematou.

O fato é que, conforme confirmou Jorge Bounassar Filho (Confap), os Estados ainda estão muito defasados em relação à estrutura federal (CNPq, Capes, Embrapa etc). Ele entende que a preocupação em aproximar a universidade do setor produtivo deve ser levada à sociedade brasileira. “O nosso debate, dentro de uma visão interdisciplinar, contemplou a questão estratégica, passou pelo prisma político e terminou no gargalo da operacionalização”.

Carlos Pacheco (Unicamp) encampou as políticas científicas mais focadas na consolidação dos sistemas de inovação. Considerou fundamental maiores investimentos em infra-estrutura e pesquisa acadêmica. Para ele, é preciso realizar “pesquisas voltadas ao conjunto do sistema, e não visando apenas pedaços”. Alertou que o Brasil costuma navegar ondas internacionais que aparecem, “sem definir uma estratégia e uma prioridade sobre o que precisa e quer”. Contudo, reconhece os avanços no campo dos marcos regulatórios, citando como exemplo a nova Lei de Inovação. Propõe a criação de um Sistema Nacional de Parques Tecnológicos, o qual poderia vislumbrar alternativas para novos investimentos e negócios no exterior.

Rafael Lucchesi (Consecti) pronunciou-se a favor de uma política de Estado para Ciência, Tecnologia e Inovação, o que, na sua opinião, resultaria em estabilidade e fim das ingerências político-partidárias. Ele informou que o País já possui 22 fundações estaduais de apoio à pesquisa. Esse avanço representa que, segundo Lucchesi, mais de 30% dos investimentos em CT&I são feitos pelos Estados. Lucchesi acha que seria fundamental azeitar a articulação entre Governo Federal, Estados e municípios. “É preciso uma política nacional para consolidar e estabilizar as políticas científicas dos Estados”, salientou.

Lynaldo Cavalcanti de Albuquerque (ABIPTI) criticou o “eterno recomeçar” a cada mudança de dirigente, seja no Governo ou na reitoria da universidade. “É urgente uma mudança cultural. Os desmontes das políticas não podem continuar”.

Florival Rodrigues de Carvalho, representando os secretários municipais, criticou o distanciamento da academia em relação ao setor produtivo. “A inovação fica restrita à Universidade. É preciso deixar de olhar o próprio umbigo. O resultado das pesquisas na Universidade acaba, infelizmente, não sendo um bem, um serviço”, lamentou. Elogiou, todavia, as medidas do Governo para mudar essa realidade e considerou bem-vinda a decisão de interiorização das universidades federais.

Representando a Finep, o professor Carlos Alberto Aragão de Carvalho apontou o caminho da interdisciplinaridade do conhecimento, a aplicação maciça em formação de recursos humanos e a diversificação dos investimentos em CT&I para mudar a realidade científica e tecnológica do País. Aragão elegeu como prioridade a ampliação das parcerias do Governo Federal com os Estados e municípios. “A desconcentração científica pode mudar o País”, acredita.

A 58ª Reunião Anual é uma promoção da SBPC e realização da UFSC e UDESC, com apoio do Governo Federal e do Governo do Estado de SC, através da Fundação de Apoio à Pesquisa Científica e Tecnológica (Fapesc), ligada à Secretaria de Estado da Educação, Ciência e Tecnologia, entre outros patrocinadores.

Por Moacir Loth / Fapesc

REUNIÃO ANUAL DA SBPC: fisioterapeuta que fez mestrado na UFSC mostra na sessão de pôsteres projeto premiado

21/07/2006 09:22

Condições precárias de trabalho na cozinha, aliadas a excesso de calor e de umidade, estão ligadas ao surgimento de doenças venosas, como as varizes, em pessoas que lidam com o preparo de alimentos. Foi o que constatou a pesquisa “O trabalho na produção de refeições coletivas e as doenças venosas de membros inferiores”, que rendeu a sua autora, Clarissa Medeiros da Luz, o primeiro lugar no Concurso Alimentos 2006, promovido pela Associação Brasileira de Empresas de Refeições Coletivas (Aberc) e será apresentado hoje na sessão de pôsteres da 58ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), das 13h às 15h45min. Seu pôster será o 261, no setor de Nutrição.

O trabalho, dissertação de mestrado de Clarissa para conclusão do Mestrado em Nutrição pela UFSC, foi desenvolvido junto ao Núcleo de Pesquisa em Produção de Refeições Coletivas da universidade. A cozinha do Hospital Universitário (HU) foi o local escolhido para a realização da pesquisa. Catorze cozinheiras do hospital foram voluntárias da pesquisa durante os meses de julho e setembro do ano passado.

De início, todas elas foram submetidas a um exame clínico, feito pelo professor Gilberto Galego, do Departamento de Clínica Cirúrgica da UFSC, para a avaliação do seu estado de saúde. O diagnóstico mostrou que das 14 mulheres, 11 possuíam doenças venosas e algumas delas sofriam também de obesidade. De acordo com Clarissa, algumas delas contaram, em entrevista, que o problema apareceu quando começaram a trabalhar na cozinha, enquanto outras disseram já possuir a doença antes disso, mas que com a realização da atividade seus quadros pioraram.

Como passam a maior parte do tempo caminhando quando estão no trabalho, foi anexado aos sapatos das mulheres um pedômetro, aparelho que calcula quantos passos a pessoa deu em determinado período de tempo e possibilita determinar a distância percorrida em um dia de trabalho. Aliada ao pedômetro, Clarissa usou a prática da volumetria, que consiste em mergulhar a parte inferior da perna em um compartimento com água antes e após a jornada diária de trabalho a fim de se calcular o aumento de volume sofrido pelas pernas de uma pessoa. Esse compartimento possui um duto lateral que escoa a água acima do seu nível para um recipiente. A diferença entre os volumes inicial e o final registrados corresponde à expansão de volume sofrida pelas pernas. “O normal seria um aumento de 1,2% a 2,4% do volume das pernas, mas a média registrada entre as voluntárias foi de 5,13% do volume inicial”, diz Clarissa.

Isso se deve, além das altas temperaturas a que estão submetidas essas pessoas – durante a pesquisa o termômetro da cozinha registrou 31°C – a jornada de trabalho de 12 horas dessas mulheres, em grande parte trabalhada de pé (ao todo 89,6% do tempo total). Nesse período, algumas vezes elas têm de andar na água, que respinga da louça que é lavada na pia, e fica empoçada no chão da cozinha. “Nessas circunstâncias, a situação de quem tem varizes tende a piorar ainda mais”, diz a professora Rossana Pacheco da Costa Proença, orientadora da dissertação de Clarrisa.

A questão às vezes é cultural: voluntárias da pesquisa disseram à Clarissa que várias das tarefas que fazem de pé, poderiam fazer sentadas, como catar grãos de feijão, mas isso daria a impressão aos outros e a elas próprias de que são “preguiçosas”. “Isso é absurdo”, diz Rossana, “estar sentado para descascar batatas, por exemplo, não altera a produtividade de ninguém”.

Como prêmio, Clarissa viajará a Paris, na França, para participar do Salão Internacional de Alimentação – Sial 2006 – que acontece de 22 a 26/10, no Parque de Exposições de Paris Nord Villepinte. A final do Concurso Alimentos aconteceu dia 19/7, durante a Feira Internacional de Alimentação – Fispal Alimentos 2006 (Fispal Food Service 2006), no Anhembi, em São Paulo.

Cozinha do HU passa por reformas

Desde o início deste ano, a cozinha do hospital da UFSC vem sendo reformada. Antes mesmo de Clarissa realizar seu estudo de caso o ano passado no HU, as mudanças nesse ambiente já estavam previstas.

Com os resultados da pesquisa, Clarissa sugeriu mudanças na estrutura física do ambiente de preparo das refeições do hospital e a substituição de alguns equipamentos utilizados nessa atividade, que colaborassem com o transporte adequado dos alimentos, o que traria melhoras às condições de trabalho dos funcionários da cozinha. Algumas de suas recomendações serão incorporadas às reformas, como sistemas mais eficientes de ventilação e de exaustão e bancadas reguláveis à altura de cada pessoa.

Além disso, ela orientou as mulheres a caminharem de cinco a dez minutos nos intervalos do trabalho, a usarem meias de média compressão e a alternarem as tarefas feitas na cozinha. A jornada de 12 horas diárias de trabalho seria outro ponto a ser revisto.

A direção do HU estima que as reformas custarão mais de R$ 1 milhão.

Segunda colocada no Concurso Alimentos também é do Mestrado em Nutrição da UFSC

A pesquisa de Manuela Jomori, também orientada pela professora Rossana Proença, foi desenvolvida em um restaurante por peso da capital. Manuela identificou seis perfis de clientes desse modelo de serviço bastante difundido no país. Para isso, ela fez uso de basicamente dois recursos: um questionário aplicado às 293 pessoas freqüentadoras do restaurante e uma fotografia do prato de cada uma dessas pessoas.

Dessa forma, Manuela classificou como “tradicionais” aqueles que procuram pelos alimentos que já conhecem, sem se preocupar com o valor nutricional daquilo que irão comer. Eles também não demonstram interesse pela variedade de outros alimentos servidos, característica que marca um outro perfil: o dos “cosmopolitas”, que preferem experimentar no restaurante por peso aquilo que não costumam comer em casa.

Há os “gourmets”, que preparam seus pratos influenciados pela aparência e sabor dos alimentos. Eles não se importam, por exemplo, com sua estética corporal nem com o valor nutricional do que comem. Levam em conta a sensação prazerosa que lhes é proporcionada ao se alimentarem com aquilo que escolheram. Esse também é caso do grupo dos “hedonistas”, com a diferença de que estes desprezam a aparência e a preparação dos alimentos, preocupam-se apenas com a sensação de prazer que o alimento pode lhes trazer. Do lado oposto a esses dois últimos perfis, encontram-se os “aplicados”, representados em sua maioria por mulheres preocupadas com a saúde, o valor nutricional e a estética corporal, em detrimento ao sabor dos alimentos. E completando os seis perfis, há quem prefira se servir de carne e deixa de lado o arroz e o feijão. A opção é justificada pelo fato de considerarem a carne, em geral, um alimento mais caro do que os outros dois, e já que o prato será pago por peso (quilo), “porque comer arroz e feijão pelo preço de carne?” – esses, Manuela chamou de “calculistas”.

Informações: 3331 9784 e 3331 5042 / Rossana Pacheco Proença; ou pelo e-mail rproenca@mbox1.ufsc.br

Sobre o Concurso Alimentos: www.aberc.com.br

Por Talita Garcia / bolsista de Jornalismo da Agecom

Saiba mais sobre as sessões de pôsteres:

Estão sendo apresentados 2450 trabalhos de pesquisa submetidos por autores brasileiros e estrangeiros e 1147 trabalhos encaminhados por 79 instituições de pesquisa para a 13ª Jornada Nacional de Iniciação Científica: atividade destinada à integração dos jovens cientistas de todo o Brasil. Ao todo foram 3597 trabalhos programados, sendo 721 pôsteres por dia. Integram ainda a sessão os trabalhos dos 10 finalistas do 49º Concurso Cientistas de Amanhã, realizado pelo IBECC/UNESCO. As apresentações acontecem sempre das 13h às 15h45, nos pavilhões montados em frente à Reitoria da UFSC.

REUNIÃO ANUAL DA SBPC: reitor da UFSC e presidente da SBPC fazem balanço do encontro em Florianópolis

21/07/2006 09:12

O reitor da UFSC, Lúcio José Botelho, e o presidente da Sociedade

Brasileira para o Progresso da Ciência, Ennio Candotti, concedem nesta

sexta-feira, às 14h30min, entrevista coletiva para um balanço da 58a

Reunião Anual da SBPC. A coletiva será realizada na Sala de Imprensa

da SBPC, localizada no Centro de Cultura e Eventos.

Informações: 48 3331 5940 ou 3331 5942

REUNIÃO ANUAL DA SBPC: encontro vai debater sustentabilidade na construção

21/07/2006 09:07

Não é possível um desenvolvimento sustentável no Brasil sem que a construção civil sofra transformações profundas. No segmento habitacional são necessárias 5 milhões de novas habitações para a população de baixa renda, mas é inaceitável que estas novas habitações sejam produzidas a partir dos velhos paradigmas insustentáveis.

Estas e outras idéias serão levantadas para debate pelo professor Vanderley John, da Escola Politécnica da USP, no simpósio “O desenvolvimento sustentável e a construção habitacional”, integrado à programação da Reunião Anual SBPC, que acontece de 16 a 21 de julho, no campus da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). O encontro sobre sustentabilidade na construção será realizado na sexta-feira, 21/7, a partir de 14h, no auditório do Centro Tecnológico, numa promoção da Associação Nacional de Tecnologia do Ambiente Construído (ANTAC). Vai contar também com a participação do professor Roberto Lamberts, do Departamento de Engenharia Civil da UFSC, e da professora Angela M. Gabriella Rossi, da Escola Politécnica da UFRJ.

Desafios

Coordenador geral da Conferência Latino-Americana de Construção Sustentável, Vanderley John lembra que a construção civil tem importante papel social, pois é responsável pela produção da infra-estrutura coletiva do país e pela geração de cerca de 15% dos empregos nacionais. Mas seus desafios são significativos, pois boa parte dos operários da construção encontram-se na faixa da pobreza e possuem pouca educação formal.

“A construção sustentável impõe inovação tecnológica, formação de recursos humanos, mudanças de cultura e práticas gerenciais, alterações na legislação e normalização, além de exigir alterações na forma de relacionamento entre os diversos integrantes da cadeia da construção. Não é possível, portanto, um desenvolvimento sustentável sem que a construção civil sofra transformações profundas”, alerta o professor.

Visão sistêmica

Coordenadora do Laboratório de Assentamentos Humanos Sustentáveis, ligado à Escola Politécnica da UFRJ, a professora Angela M. Gabriella Rossi, ressalta que do ponto de vista urbano, habitação é um sistema, que precisa estar integrado às redes de infra-estrutura de saneamento básico, aos serviços de saúde, de educação e de comércio, à oferta de trabalho, esporte e de lazer, e à rede viária. “Pelo fato da vida cotidiana girar em torno da habitação, é que a busca pela cidade sustentável depende, em boa parte, do bom funcionamento de cada um desses sistemas e da integração entre os mesmos”, defende a professora.

Ela lembra que em países periféricos e semiperiféricos, como o Brasil, o crescimento urbano acelerado tem provocado, historicamente, uma série de pressões de ordem social, econômica e ambiental. Na maioria desses países, a taxa de crescimento econômico não acompanhou a de urbanização, criando assim uma população em sua maioria com renda insuficiente para pagar pelos serviços e elevando os custos operacionais da cidade. Ao mesmo tempo, os governos locais não conseguem responder rapidamente a essa demanda, o que faz com que a população encontre suas próprias soluções, geralmente ilegais, gerando áreas precárias e superpopulosas.

“O Brasil hoje sofre intensamente as conseqüências da ocupação desordenada de seu território que apresentou nos últimos 50 anos uma das maiores taxas de urbanização do mundo”, lamenta a professora. “A busca pela sustentabilidade urbana não é tarefa fácil para o Brasil. Além de exigir respostas no setor construtivo e no setor econômico e social, o tema envolve atores públicos e privados, que devem interagir através de parcerias bem reguladas”, avalia.

Eficiência energética pode ajduar

Com inúmeros trabalhos nas áreas de eficiência energética, avaliação do desempenho térmico de casas populares, conforto ambiental e princípios bioclimáticos aplicados à construção, o professor da UFSC, Roberto Lamberts, vai mostrar no simpósio como estes campos podem colaborar com a busca da sustentabilidade na construção. Coordenador do Laboratório de Eficiência Energética em Edificações, ligado ao Departamento de Engenharia Civil da UFSC, o professor já integrou projetos para elaboração das normas brasileiras na área de Conforto Ambiental e participa do projeto Casa Eficiente, desenvolvimento numa parceria da UFSC com a Eletrosul e Eletrobrás/ Procel. A casa modelo é uma vitrine de tecnologias de ponta na área de eficiência energética e conforto ambiental, além de ambiente para a demonstração e desenvolvimento de atividades de ensino e pesquisa.

REUNIÃO ANUAL DA SBPC: conheça os eventos que serão transmitidos nesta sexta-feira pela internet

21/07/2006 09:02

A 58ª. Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), que está sendo realizada no campus da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), em Florianópolis, tem transmissão em tempo real. Qualquer pessoa pode acompanhar em seu computador as mais importantes conferências, mesas-redondas e simpósios do evento.

Para ter acesso basta entrar no site www.sbpc.ufsc.br. Acompanhe abaixo os temas das transmissões das 10h, 12h, 14h e 16h.

Nesta sexta, a partir de 18h, as transmissões via internet terão uma programação especial no canal 4, com o reprise de momentos importantes da Reunião Anual. A programação também inclui entrevista com o presidente da SBPC, Ennio Candotti, conversa com Vicente dos Santos, da UFRGS, sobre o grupo que trabalhou com a questão da violência e que gerou um documento que será encaminhado aos candidatos à presidência. Uma entrevista com Ingrid Sarti, da SBPC, sobre a relação da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência, a política e leis também está prevista. A programação especial via internet ainda inclui a retransmissão do simpósio “O poder da imprensa e seus limites”, que contou com a presença dos jornalistas Paulo Henrique Amorim, Bob Fernandes e do advogado José Paulo Cavalcanti.

Acompanhe a programação dessa sexta:

Conferência / CANAL 4

CAPRINOS TRANSGÊNICOS: O MODELO BRASILEIRO

Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência – SBPC

Sexta-feira, 21/7/2006 – 10h00 às 11h45

Auditório do Centro de Comunicação e Expressão (CCE)

Conferencista: Vicente José Figueiredo de Freitas (UECE)

Conferência / CANAL 1

POLÍTICA EXTERNA BRASILEIRA

Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência – SBPC

Sexta-feira, 21/7/2006 – 10h00 às 11h45

Auditório Laranjeira – Centro de Cultura e Eventos

Conferencista: Samuel Pinheiro Guimarães (MRE)

Conferência / CANAL 2

PRODUTOS E PROCESSOS NANOTECNOLÓGICOS: MATERIAIS

Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência – SBPCSociedade Brasileira de Química – SBQ

Sexta-feira, 21/7/2006 – 10h00 às 11h45

Auditório da Reitoria

Conferencista: Fernando Galembeck (UNICAMP)

Conferência / CANAL 5

TECNOLOGIAS DE INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO APLICADAS À EDUCAÇÃO – UNIVERSIDADE ABERTA DO BRASIL

Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência – SBPC

Sexta-feira, 21/7/2006 – 10h00 às 11h45

Auditório da Biblioteca Universitária (BU)

Conferencista: Ronaldo Mota (MEC)

Simpósio

GT O MAR É INTERDISCIPLINARIDADE / CANAL 3

Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência – SBPC

Sexta-feira, 21/7/2006 – 10h00 às 11h45

Auditório do Centro de Filosofia e Ciências Humanas (CFH)

Expositor e Coordenador: Maria Cordélia Machado (MCT)

Conferência Plenária

(RE)PENSANDO O FUTURO DO BRASIL / CANAL1

Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência – SBPCPrêmio Fundação Conrado Wessel – Prêmio Fundação Conrado Wessel-FCW

Sexta-feira, 21/7/2006 – 12h00 às 13h00

Auditório Guarapuvu – Centro de Cultura e Eventos

Conferencista: Aziz Ab`Saber (USP)

Simpósio / CANAL 2

MICROELETRÔNICA E MICROSISTEMAS

Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência – SBPC

Sexta-feira, 21/7/2006 – 14h00 às 15h45

Auditório Laranjeira – Centro de Cultura e Eventos

Expositor e Coordenador: Carlos Galup-Montoro (UFSC) Expositor(es): Newton Cesário Frateschi (UNICAMP) ; Antonio Petraglia (UFRJ)

Simpósio / CANAL 3

UTILIZAÇÃO DE ROBÔS EM PROJETOS TECNOLÓGICOS

Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência – SBPC

Sexta-feira, 21/7/2006 – 14h00 às 15h45

Auditório Pitangueira – Centro de Cultura e Eventos

Expositor e Coordenador: Sadek C. Absi Alfaro (UnB) Expositor(es): Raul Guenther (UFSC) ; Glauco Caurin (USP)

Conferência / CANAL 5

A ANTÁRTICA E O ANO POLAR INTERNACIONAL: CIÊNCIA E COOPERAÇÃO INTERNACIONAL NA ÚLTIMA FRONTEIRA DA TERRA

Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência – SBPC

Sexta-feira, 21/7/2006 – 16h00 às 17h45

Sala dos Conselhos – Reitoria

Conferencista: Jefferson Cárdia Simões (UFRGS)

Conferência / CANAL 1

ASTROFÍSICA DE BURACOS NEGROS

Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência – SBPC

Sexta-feira, 21/7/2006 – 16h00 às 17h45

Auditório Guarapuvu – Centro de Cultura e Eventos

Conferencista: João Evangelista Steiner (USP)

Conferência / CANAL 2

SANTOS DUMONT E A INVENÇÃO DO AVIÃO

Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência – SBPC

Sexta-feira, 21/7/2006 – 16h00 às 17h45

Auditório da Reitoria

Conferencista: Henrique Lins de Barros (CBPF)

Simpósio / CANAL 3

GT AGENDA NACIONAL PARA C&T NO BRASIL / COMPETÊNCIAS / LEI DE INOVAÇÃO

Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência – SBPC

Sexta-feira, 21/7/2006 – 16h00 às 17h45

Auditório do Centro de Filosofia e Ciências Humanas (CFH)

Expositor e Coordenador: Celso Pinto de Melo (UFPE)

REUNIÃO ANUAL DA SBPC NA UFSC: Apresentações Artísticas nesta sexta-feira

21/07/2006 08:52

DANÇA AO MEIO DIA

Apresentação de dança folclórica na Concha Acústica da UFSC, às 12h30.

Batuque e dança com o Grupo Arrasta Ilha. Os integrantes do grupo são

pesquisadores de ritmos regionais, como o Maracatu do Baque Virado e o Boi de Mamão. O Grupo surgiu em 2002, da empolgação com as atividades afro-descendente da Ilha. O Maracatu foi o caminho achado para conhecer mais das manifestações culturais do Brasil, foco das atenções dos integrantes. Os trabalhos do grupo têm se fortificado com oficinas ministradas por mestres e músicos de

Pernambuco.

CINEMA: CURTAS CATARINENSES

Alva Paixão e Roda dos Expostos, no Auditório do Centro de Convivência da UFSC às 12h30.

Alva Paixão – ficção 15 min, produção Jair dos Santos e direção Maria Emília de Azevedo (1995). Sinopse: João da Cruz e Sousa, tísico e cansado diante do amigo Nestor, remete-se a lembranças. Recordações marcadas pelo dilema entre o equilíbrio que representa o alvo e a paixão soprada da África. O flash back interrompe em contraponto ao denso desabafo do poeta. Sentindo a morte, João confia ao amigo simbolista os últimos sonetos produzidos que seriam publicados postumamente em Paris.

Roda dos Expostos – ficção 15 min, produção Jair dos Santos e direção Maria Emília de Azevedo (2001). Sinopse: Roda dos expostos ou dos enjeitados nome dado ao mecanismo adotado por instituições religiosas da Idade Média onde crianças não desejadas eram abandonadas por seus pais. O filme é uma simbologia dessa prática, abordando o abandono e a exposição humana como condição cíclica e inevitável. Gira em torno do personagem central Hector, condenado pelo seu alter ego a repetir infinitamente nomes femininos que representam as mães que abandonaram seus filhos.

Os dois filmes foram produzidos com apoio da UFSC.

DANÇA / TEATRO

“Frágil”, dança/teatro, com o Grupo Octu’s, do CEART/UDESC, na Tenda do DCE, ao lado do Centro de Convivência da UFSC, às 17h30min.

ENCERRAMENTO: Música e Dança

“O Corpo na Música, a Música no Corpo” – Espetáculo conjunto do Coral da UFSC e Grupo Vidança do CDS/UFSC com regência de Mirian Moritz e coordenação de dança de Maria do Carmo e Luciana Fiamoncini. Local: Auditório da Reitoria da UFSC, às 18h, no encerramento da programação cultural da SBPC.

“O Corpo na Música, a Música no Corpo”, constitui um projeto de extensão que aproxima os trabalhos desenvolvidos com o coral da UFSC e o grupo Vidança, integrando o canto coral e a dança, promovendo diálogos dessas duas linguagens artísticas. Este projeto, aberto à comunidade, iniciou em março de 2006, e tem como regente e coordenadora Miriam Moritz e coordenação de dança Maria do Carmo Saraiva e Luciana Fiamoncini.

No repertório apresentado nesta sexta-feira, destaca-se “Odara” e “Jóia” de Caetano Veloso, “Fé cega, faca amolada” de Milton Nascimento e Beto Guedes e “Um canto de afoxé para o Bloco do Ilê“ de Caetano Veloso e Moreno Veloso. “O corpo na música, a música no corpo” conta com a participação dos integrantes do Coral da UFSC e das bailarinas do grupo Vidança (Laura Cascaes, Lisiane Farias, Vera Pardo, Verônica Bergero e Luciana Fiamoncini).

O Coral da UFSC tem mais 40 anos de história: sua fundação é de 1963. Atualmente o coral possui cerca de 50 componentes e é formado por alunos, professores e funcionários da UFSC, bem como por pessoas da comunidade externa. Desde maio de 2004, conta com a regência de Miriam Moritz, pós-graduada em Musicoterapia, que vem implantando novas propostas de trabalho.

O grupo Vidança integra projeto de extensão oferecido no Centro de Desportos da UFSC, desde 1989. As atividades são planejadas e organizadas por todo o grupo. O objetivo é desenvolver a consciência corporal, a criatividade e a imaginação dos participantes através da dança e da improvisação. As coreografias são divulgadas em espetáculos e em eventos culturais na comunidade.

TEATRO

Por questões técnicas, não haverá a sessão de “Dom Pablo entre vogais” agendada para o Teatro da UFSC às 20h30.

Fonte: [CW] DAC-PRCE-UFSC www.dac.ufsc.br

REUNIÃO ANUAL DA SBPC: Coral da UFSC e o Grupo Vidança nesta sexta-feira

20/07/2006 19:45

Nesta sexta-feira, dia 21 , ás 18h, no auditório da reitoria, o Coral da UFSC e o Grupo Vidança também da UFSC, farão espetáculo conjunto no encerramento da programação cultural da SBPC.

“O Corpo na Música, a Música no Corpo”, constitui um projeto de extensão que aproxima os trabalhos desenvolvidos com o coral da UFSC e o grupo Vidança, integrando o canto coral e a dança promovendo diálogos dessas duas linguagens artísticas. Este projeto, aberto à comunidade, iniciou em março de 2006, e tem como regente e coordenadora Miriam Moritz e coordenação de dança Maria do Carmo Saraiva e Luciana Fiamoncini.

No repertório apresentado nesta sexta-feira, destaca-se “Odara” e “Jóia” de Caetano Veloso, “Fé cega, faca amolada” de Milton Nascimento e Beto Guedes e “Um canto de afoxé para o Bloco do Ilê“ de Caetano Veloso e Moreno Veloso. “O corpo na música, a música no corpo” conta com a participação dos integrantes do Coral da UFSC e das bailarinas do grupo Vidança (Laura Cascaes, Lisiane Farias, Vera Pardo, Verônica Bergero e Luciana Fiamoncini).

REUNIÃO ANUAL DA SBPC: simpósio discutiu o papel da agricultura familiar no Brasil

20/07/2006 18:34

Há alguns anos estamos acostumados a ouvir que a agricultura é um dos carros-chefes da economia brasileira, que equilibra a balança econômica e que cresce, sustentada pelas virtudes do agronegócio. Por trás destas afirmativas, porém, esconde-se outro cenário, que diz respeito muito mais à realidade social do que aos números absolutos. Praticada em 4,1 milhões de estabelecimentos rurais, a agricultura familiar é responsável por 10% do PIB (Produto Interno Bruto), levando em conta toda sua cadeia produtiva. Entretanto, ao compararmos essa atividade com o agronegócio, veremos logo que os dois campos não se desenvolvem da mesma maneira. Enquanto o agronegócio prospera calcado em políticas públicas, a agricultura familiar patina, não sendo atendida suficientemente pelo crédito governamental e tampouco dispondo de uma agenda política que a sustente.

O tema foi discutido por Sérgio Schneider (UFRGS), Fábio Luiz Búrgio (Consultor do Ministério do Desenvolvimento Agrário) e Lauro Mattei (UFSC), na manhã desta quinta-feira (22/7), durante a 58ª Reunião da SBPC. Expondo estatísticas a respeito da produção agrícola e principalmente das particularidades da agricultura familiar, os pesquisadores chamaram atenção para a necessidade de políticas públicas apropriadas para o setor. O Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), por exemplo, financia apenas 27% das famílias rurais. As diferenças regionais também são contundentes: o Sul fica com 40% dos recursos. Fabio Búrgio ressaltou o desafio de “incluir mais o segmento menos capitalizado”. Centrado sobretudo na produção de mercadorias consumidas a baixo custo pela sociedade, a categoria não trabalha com os lucros extensivos do chamado ‘agribusiness’.

Indispensável ao país, a agricultura familiar é responsável pelo abastecimento de produtos do dia-a-dia, como o feijão. Possibilitar sua permanência e expansão no campo é vital, já que 85% dos estabelecimentos agropecuários são deste tipo. O êxodo rural e conseqüente favelização urbana nas décadas de 70 e 80, decorrentes da “revolução verde”, são um alerta neste sentido.

Por outro lado, os expositores reconheceram a significativa importância econômica do agronegócio. A ele pode, em grande parte, ser creditado o montante de 38.6% do PIB gerado no campo. O avanço da mecanização e a abertura de novas fronteiras agrícolas pelo setor aumentaram constantemente a produção brasileira. Isso foi possível graças ao apoio do estado, cujo plano de desenvolvimento agrário se baseou neste modelo. No entendimento de Lauro Mattei essa política unidirecional foi responsável pela heterogeneidade negativa hoje presente no meio rural.

Sérgio Schneider também alertou para a questão ambiental. Citou a monocultura – “carro-chefe do agronegócio” – como um fator preocupante, principalmente o estabelecimento das plantações de soja no cerrado e sua expansão na Amazônia. Como alternativa Schneider citou a existência de 106 milhões de hectares, atualmente usados na pecuária extensiva, e que podem ser ocupados pelas plantações, poupando a mata nativa.

Por Manfred Mattos / Bolsista de Jornalismo na Agecom

Bolsas nos Cursos de Língua Estrangeira para estudantes de graduação da UFSC

20/07/2006 12:00

A Coordenadoria de Serviço Social da Pró- Reitoria de Assuntos Estudantis recebe as solicitações de 20 a 31 de julho.

As solicitações deverão ser realizadas por meio de Pedido formal, comprovantes de matrícula e histórico escolar atualizados.

Para realizar a solicitação o estudante deverá ter seu Cadastro Sócio- Econômico aprovado antecipadamente, na Coordenadoria de Serviço Social.

Último dia para retirada do cadastro sócio-econômico: 25/7/06

Último dia para devolução do cadastro sócio-econômico e da

documentação comprobatória: 27/7

REUNIÃO ANUAL DA SBPC: mesa-redonda defende a importância de ler os autores clássicos

20/07/2006 10:51

Buscar nos antigos uma forma de compreender melhor a contemporaneidade. Este foi um dos temas abordados na mesa-redonda “Por que ler os clássicos? Traduzindo e adaptando autores gregos e latinos”, que reuniu, nesta terça-feira, os professores da UFSC Luís Felipe Bellintani Ribeiro e Arlene Reis, do Departamento de Filosofia, e Zilma Gesser Nunes, do Departamento de Língua e Literatura Vernáculas. O encontro integrou a 58ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), que ocorre até esta sexta no campus da universidade.

A professora do Departamento de Filosofia da UFSC e doutora em Filosofia pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), Arlene Reis, falou do seu trabalho de tradução dos dois primeiros volumes da Física de Aristóteles. Arlene conta que foi muito questionada sobre o porquê de traduzir obras cujos conceitos estão superados. Para a professora de História da Filosofia, no entanto, isto é como perguntar a um professor de matemática o porquê de ele estudar equações e teoremas.

Arlene afirma que a Física, ainda que não seja um texto belo e tenha várias lacunas que levam a certas ambigüidades e incompreensões, é um dos pilares da História da Ciência Física Contemporânea e, o mais importante, é uma obra que nos apresenta o vínculo entre três afluentes do conhecimento: a busca sobre a natureza, a Ontologia (parte da Filosofia que trata do ser enquanto ser e do ser concebido como tendo uma natureza comum que é inerente a todos e a cada um dos seres) e a Metafísica (segundo Aristóteles, é o estudo do ser enquanto ser e especulação em torno dos primeiros princípios e das causas primeiras do ser). Voltar ao texto de Aristóteles é, para a professora, uma forma de pensarmos mais amplamente sobre estes temas e entender os passos da Metafísica no Ocidente.

Zilma Gesser Nunes, professora do Departamento de Língua e Literatura Vernáculas e doutora em Literatura pela UFSC, falou do seu projeto de adaptação da literatura latina para o público infantil. Por meio de livros ilustrados, histórias em quadrinhos, textos para teatro, músicas e confecção de cenários e maquetes, a professora, que trabalhou em conjunto com o professor de Língua e Literatura Latinas José Ernesto de Vargas e diversos alunos da graduação em Letras, levou o conhecimento clássico para dentro das escolas. Zilma afirma que o projeto, experimentado tanto em escolas públicas quanto particulares, apresentou excelentes resultados, seja para os alunos de graduação, que como adaptadores passaram a se tornar autores, seja para as crianças, que tiveram a oportunidade de aprender mais e entrar em contato com uma cultura que não lhes era familiar. Apesar dos resultados obtidos e de haver grande interesse em sua continuidade, o projeto agora está restrito à confecção de materiais didáticos. A falta de um suporte financeiro tem impedido que o projeto volte às escolas.

O professor do Departamento de Filosofia e pós-doutor em Filosofia pela Universidade de Paris IV – França, Luís Felipe Bellintani Ribeiro, afirma que a importância de ler os clássicos gregos e latinos está relacionada, antes de tudo, ao fato de que o “hoje” é apenas o último momento do caminho histórico aberto por eles. Buscar entender os clássicos, portanto, é aprender mais sobre nós mesmos. O professor ressalta ainda que, mesmo que o “ontem” e o “hoje” pertençam à mesma linha histórica, são momentos diferentes e é preciso justamente que compreendamos o diferente para que duvidemos das obviedades dos nossos padrões estabelecidos e possamos continuar a história. Por fim, Luís Felipe destaca que precisamos estudar os antigos porque, simplesmente, foram eles que nos ensinaram a perguntar: por quê?

Por Daniel Ludwich / Bolsista de Jornalismo na Agecom

REUNIÃO ANUAL DA SBPC: pesquisadora fala sobre perda de funções visuais em pacientes com doenças como diabetes

20/07/2006 09:35

Visão de cores e diabetes. Este é o tema da conferência que será apresentada pela psicóloga do Instituto de Psicologia da USP e doutora em Psicofísica Visual Humana pela Universidade de Columbia – Nova York/EUA, Dora Fix Ventura. Vice-presidente da SBPC, a psicóloga coordena uma equipe de psicólogos, biólogos, ortopedistas, oftalmologistas e arquitetos que estudam a visão de cores. O trabalha é dividido em duas linhas de pesquisa: uma que estuda o funcionamento das células da retina dos animais e outra que analisa as funções visuais em seres humanos. O evento, que integra a 58° Reunião da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), acontece nesta quinta, no Auditório Laranjeira do Centro de Cultura e Eventos, a partir de 16h.

A psicóloga, que realiza estudos relacionados à medida de funções visuais em pacientes com diferentes doenças que têm efeitos na visão, apresentará a sua metodologia de trabalho e os resultados obtidos na busca por novos instrumentos de avaliação que permitam um diagnóstico precoce. Entre as doenças pesquisadas, o Diabetes tem sido um dos principais tópicos. Segundo a pesquisadora, as perdas visuais, além de afetarem a capacidade de executar comportamentos básicos para a sobrevivência, podem ser reveladoras de outras perdas funcionais como memória, atenção e coordenação motora.

Dora explica que o grande desenvolvimento do estudo do sistema visual reflete a explosão científica e tecnológica da informática, das neurociências comportamentais e da biologia molecular. Hoje, a avaliação visual pode ser feita através de métodos não invasivos, possibilitados pelos avanços computacionais recentes. Para compreender os mecanismos responsáveis pelas perdas, no entanto, ainda são necessários estudos em modelos animais nos quais é possível acesso direto à retina ou aos centros superiores. Assim, com a utilização de métodos comportamentais e eletrofisiológicos não invasivos, aliados ao uso de modelos animais, é possível investigar as repercussões causadas por patologias neurodegenerativas no sistema visual humano.

Saiba mais

O diabetes é uma doença provocada por uma deficiência no pâncreas, que ocasiona o aumento de açúcar no sangue e pode afetar várias partes do organismo. A visão pode ser afetada de várias maneiras, ocasionando descolamento da retina, formação de catarata e hemorragias de fundo de olho. Quando os níveis de açúcar no sangue são bem controlados, através de regimes alimentares e medicação apropriada, estas doenças podem até mesmo ser evitadas.

Por Daniel Ludwich / Bolsista de Jornalismo na Agecom

REUNIÃO ANUAL DA SBPC: aborto é assunto de conferência nesta quinta-feira

20/07/2006 09:11

Uma comissão para análise da atual legislação que proíbe o aborto no Brasil foi instalada pela Secretaria Especial de Política para Mulheres em abril de 2005. Thomaz Gollop, professor da USP, que participou dessa comissão como representante da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), falará sobre a interrupção voluntária da gravidez na 58ª Reunião Anual da SBPC. O simpósio “Direitos sexuais e rerodutivos: a questão do aborto” será realizado nesta quinta-feira (20/7), das 10h às 11h45min, pelos expositores Lia Zanotta Machado (UnB), Maria José Fontelas Rosado Nunes (PUC-SP) e Thomaz Gollop (USP).

Atualmente a legislação brasileira só permite que o aborto seja feito quando não há outro meio de salvar a vida da gestante ou quando a gravidez decorre de estupro. Um projeto de lei foi apresentado pela comissão, que funcionou de 1º de abril a 1º de agosto do ano passado, e propôs a legalização do aborto. De acordo com o projeto, a interrupção voluntária da gravidez poderia ser feita em um período de até 12 semanas de gestação; em até 20 semanas de gestação, no caso de gravidez resultante de estupro; e em casos de grave risco à vida da gestante ou de má formação fetal que comprometa a vida ou ocasione doença grave e incurável.

Gollop lembra que existe um enorme preconceito contra o aborto. Ele diz que são realizadas mais de um milhão de interrupções clandestinas de gestação no país por ano. Isso custa cerca de 30 milhões de reais ao Sistema Único de Saúde, em conseqüência das complicações dos abortos, representando a quarta causa de mortalidade materna. “Fala-se em preservação da vida, mas deixa-se de observar que o abortamento clandestino afeta duramente, em suas conseqüências, as mulheres de classes sociais mais desfavorecidas”, afirma o professor.

Outro aspecto do aborto ressaltado por Gollop é o tratamento diferenciado da anencefalia em relação a outras malformações fetais graves. Ele lembra que uma liminar que permitia a interrupção da gravidez em casos de anencefalia foi concedida pelo então ministro Marco Aurélio Mello no dia 1º de junho de 2004, e durou até 20 de outubro do mesmo ano, quando foi cassada. O professor afirma que o Brasil é o único país em que a anencefalia recebe um destaque singular. Ele cita o exemplo da agenesia renal bilateral, doença igualmente grave e incompatível com a vida, mas que não é visível a olho nu, diferentemente da anencefalia que impressiona pela deformidade que provoca.

Maria José Nunes afirma que é comum a aceitação da maternidade de forma positiva, enquanto que a escolha pela interrupção do processo gestacional é vista negativamente. “Proponho uma aproximação do aborto e da maternidade, pensados como resultado de decisão e escolha, tão livre quanto possível”, diz. Ela defende a criação de legislações e políticas públicas que permitam o exercício da sexualidade e das funções reprodutivas, como forma de respeito aos direitos de cidadania.

Gollop complementa explicando que a reformulação da lei relativa ao aborto precisa ser discutida pela sociedade civil e esta necessita de muita informação, organização e articulação políticas. Entretanto, para o professor, a questão do aborto não deve ser resolvida com um plebiscito. “Antes de tudo, ter filhos ou não tê-los é relacionado ao direito individual; trata-se de uma questão de responsabilidade, afeto e projeto de vida. Não é uma questão de maioria”.

Por Ingrid Cristina dos Santos / Bolsista em Jornalismo da Agecom

REUNIÃO ANUAL DA SBPC: música do Cravo da Terra, encontro de corais, filmes Desterro e Naturezas Mortas, dança e teatro

20/07/2006 09:00

MÚSICA AO MEIO DIA:

O Projeto 12:30 Acústico, no Teatro da UFSC, apresenta o grupo musical Cravo da Terra. Iniciado em 2000, o grupo tem na pesquisa da música tradicional do sul, sudeste e nordeste do Brasil a base de suas composições e de seus arranjos. Seus cinco integrantes, Ive Luna, Marcelo Mello, Mateus Costa, Rodrigo Paiva e Otávio Rosa, utilizam instrumentos de sopro, corda e percussão. Em busca da simplicidade e da singeleza, convidam o público para uma viagem pela música brasileira. O primeiro CD, intitulado Cravo da Terra, foi lançado em 2005. O show começa ao meio dia e meia.

DANÇA AO MEIO DIA

Grupo Mixtura de Bombinhas – Danças Folclóricas Açorianas, na Concha Acústica da UFSC, às 12h30.

CINEMA

Curtas Catarinenses: Desterro e Naturezas Mortas, no auditório do Centro de Convivência da UFSC às 12h30.

Desterro – Ficção 15’ 35mm/cor, 1992. Roteiro e Direção: Eduardo Paredes. Sinopse: Brasil – 1894. Sufocada a Revolução Federalista no Sul do País, o presidente Floriano Peixoto desencadeia violenta repressão contra os vencidos. Na antiga Desterro, capital do Estado, a população vive aterrorizada ante os fuzilamentos sumários na fortaleza da Anhatomirim e às inseguranças das delações.

Naturezas Mortas – Documentário ficcional – 15’ 35mm/cor, 1995. Direção: Penna Filho. Sinopse: Trajetória de um trabalhador no subsolo de uma mina na região carbonífera no Sul de Santa Catarina. Além da degradação física, o envelhecimento precoce e a pneumoconiose – doença incurável adquirida através da exposição ao pó de carvão –, apresenta a degradação ambiental provocada pela mineração.

As duas produções foram realizadas com o apoio da UFSC.

TEATRO

Apresentação de “Brincando de bonecos”, com Marcelo de Souza, no auditório do Centro de Convivência da UFSC às 18h30.

FOLCLORE

Apresentação do “Grupo Folclórico Boi de Mamão do Itacorubi”. O folguedo do Boi de Mamão é o mais tradicional do litoral catarinense, narra a morte e ressurreição do boi. Local: próximo do pavilhão cultural, às 18h30.

MÚSICA ÀS 18:30 HORAS:

Encontro de Corais de Florianópolis, no auditório da Igrejinha da UFSC, às 18h30.

Fazem parte deste concerto o Coral da UFSC, Coral do CEFETSC e Coral do Hospital Florianópolis, com um repertório variado, que valoriza o folclore e a Música Popular Brasileira.

Sobre os corais:

A Associação Coral Hospital Florianópolis, fundada em 1996, tem como principal objetivo abrilhantar as festividades do hospital e cantar para os pacientes internados. Em 2004 o coral associou-se a Liga Cultural Artística Alto Uruguay, uma liga de corais que reúne corais do sul do país em diversas localidades. O atual regente, Fernando Tadeu De Carli, é natural de Joaçaba-SC. Além de aulas de regência com Carlos Besen, fez cursos com Marcos Leite, Pablo Trindade e é aluno do Curso de Licenciatura em Música da UDESC. É preparador vocal e assistente de regência do coro Polyfonia Khoros junto à maestrina Mércia Mafra Ferreira, além de atuar como tenor solista junto aos grupos e Orquestras mais expressivos do Estado.

O coral do CEFETSC – Centro Federal de Educação Tecnológica de Santa Catarina foi criado pelo maestro Carlos Besen e completa 30 anos em março de 2008. Atualmente, é regido hoje pelos professores Tânia Meyer e Irineu Melo, que ainda coordenam outros grupos artísticos da escola. O trabalho do coral se constitui em mais uma referência cultural do CEFETSC, juntamente com a Orquestra, a Big Band e o Grupo de Teatro Boca de Siri. Conta com alunos da própria instituição e da comunidade. No seu repertório, contempla músicas de vários períodos e estilos como Clássicas, Folclóricas e populares.

O Coral da UFSC tem mais 40 anos de história, desde 1963, e já passaram pelo grupo mais de 2500 cantores, entre brasileiros e estrangeiros. Atualmente o coral possui cerca de 50 componentes e é formado por alunos, professores e funcionários da UFSC, bem como por pessoas da comunidade externa. Em sua trajetória o Coral da UFSC gravou vários discos LPs e alguns CDs; encenou uma ópera e diversos oratórios; gravou especiais para TV; apresentou-se em inúmeras cidades brasileiras e cidades de vários países durante a sua “tournèe” pela Europa. Desde maio de 2004, conta com a regência de Miriam Moritz formada em 1987, que já regeu vários concertos em congressos, recitais e encontros de corais, atuou em diversos países da Europa, e é pós-graduada em Musicoterapia. Com novas propostas de trabalho, ano passado o coral produziu o espetáculo Vozes no Choro, e atualmente desenvolve o projeto “A música no corpo, O corpo na música”, em conjunto com o Grupo Vidança, da UFSC.

TEATRO:

Don Pablo Entre Vogais, sobre a vida e obra de Pablo Neruda, com o Grupo Pesquisa Teatro Novo, da UFSC, sob a direção de Carmen Fossari. No Teatro da UFSC às 20h30.

“Don Pablo entre vogais” apresenta um texto de metateatro, com autoria e direção de Carmen Fossari, profissional de teatro no Departamento Artístico Cultural da UFSC, versando sobre a vida e obra de Pablo Neruda, poeta chileno, ganhador de Prêmio Nobel de Literatura. A peça é uma montagem cuja linguagem se reveste da busca da cena ritualística, como requer a linguagem da poesia.

O texto bilíngüe (português e espanhol) mescla o verso de Neruda com a prosa que verseja sua vida e, mesmo considerando serem tratados temas conflitantes como o golpe do general Pinochet em Salvador Alende, no Palácio de La Monedano Chile dos anos 70, ou mesmo o cotidiano popular das classes trabalhadoras,há em cada momento da peça na formulação da imagem e da cena teatral a buscado lúdico permeando todo o espetáculo.

SERVIÇO:

O QUÊ: Apresentações Artísticas na 58ª SBPC para o dia 20/07

ONDE: Campus da UFSC

QUANDO: Durante a 58ª SBPC na UFSC

QUANTO: Gratuito e aberto à comunidade.

A programação completa para todos os dias está no site www.sbpc.ufsc.br

Fonte: [CW] DAC-PRCE-UFSC www.dac.ufsc.br

UFSC sedia eventos sobre estudos Celtas e Germânicos

19/07/2006 20:14

´Europa e as culturas celta e germânica´ será o tema do I Simpósio Internacional e do II Simpósio Nacional de Estudos Celtas e Germânicos (II Sniecg), que acontecem de 25 a 28 de julho no campus da UFSC. Os eventos, promovidos pelo Grupo de Estudos Celtas e Germânicos Brathair e organizado pelo Departamento de Filosofia/CFH, discutirão, entre outros assuntos, as práticas religiosas, políticas, jurídicas e literárias das sociedades celtas e germânicas, bem como suas implicações na cultura ocidental. As inscrições para participação nos minicursos, mesas-redondas e conferências podem ser feitas na Fapeu (Fundação de Amparo a Pesquisa e Extensão Universitária) até 25/7.

Os eventos na UFSC serão precedidos pela “Semana do Cinema de Temática Celta e Germânica”, que será realizada de 21 a 24/7, na sala multimídia do Centro Integrado de Cultura (CIC). Serão exibidas produções norte-americanas e européias, num total de seis filmes, entre eles “Vikings, os conquistadores” (EUA, 1958), “Excalibur, a espada era a lei” (EUA/UK, 1981) e “O poeta do Armagedon” (UK, 1992).

No dia 25, às 18h, os reitores da UFSC e da Udesc (Universidade Estadual de Santa Catarina) iniciam as atividades no auditório da reitoria da UFSC. Na seqüência, às 18h30min, acontece a primeira conferência: “Práticas religiosas germânicas à luz da literatura: natureza, asgard e o céu”. O encontro na reitoria termina às 20h, com a apresentação de músicas celtas.

Dia 26, segundo dia da programação, iniciam as atividades dos oito minicursos: Literatura germânica medieval, O ciclo do rei Artur, Fundamentos da história e da cultura dos vikings, Fundamentos da história e da cultura dos celtas, Os itálicos discutem o império: Dante e Marsílio de Pádua, Visões do feminino na idade média a luz da cinematografia, Isidoro de Sevilha: a síntese do cristianismo e da cultura clássica no reino hispano-visigodo de Toledo e Desvendando o Beowulf: o desafio da tradução de testos antigos.

Até 28/7, sexta-feira, os minicursos acontecerão sempre das 8h às 9h, no Centro de Filosofia e Ciências Humanas (CFH), seguidos de conferências, mesas-redondas e apresentação de trabalhos no CFH, no auditório da reitoria e no Centro de Convivência. O evento termina às 17h30min, com o “Mastro da Primavera: Festa Celta e Germânica”, na Praça da Cidadania (em frente a reitoria).

O valor da taxa de inscrição varia de acordo com a categoria profissional e os minicursos custam R$ 10,00 para todas as categorias. Os preços, as formas de pagamento e os temas propostos pelo Brathair para submissão de trabalhos podem ser consultados no site www.brathair.com, no link “II Sniecg”

Mais informações: celtasegermanos@cfh.ufsc.br ou em : 3331 8208 – Secretaria do II Sniecg.

Por Talita Garcia / bolsista de Jornalismo da Agecom.

Os Bárbaros estão chegando: mostra de filmes e instalação temática

19/07/2006 20:11

As exibições (em formato DVD) acontecerão na Sala Multimeios do Museu da Imagem e do Som/CIC e no Museu Victor Meirelles. As atividades fazem parte do I Simpósio Internacional e II Nacional de Estudos Celtas e Germânicos. Na medida em que boa parte das pessoas tem contato com essas culturas por meio do cinema, literatura e música, as duas iniciativas pretendem promover o debate sobre estes temas.

Acompanhe o cronograma:

21/7 – SEXTA-FEIRA

18h Sala multimeios do Museu da Imagem e do Som (CIC)

Erik, o Viking (Erik the viking, 1989, 106 min.,Terry Jones, UK/Suécia).

Apresentação e comentário: Professora Fátima Sebastiana Lisboa (UFSC)

22/7 – SÁBADO

18h Sala multimeios do Museu da Imagem e do Som (CIC)

Vikings os conquistadores (Vikings, 1958, 116 min., Richard Fleischer, USA)

Apresentação e comentário: Tonny O´Sullivan (Film and TV. Studies, Dublin City University)

23/07 – DOMINGO

15h Sala multimeios do Museu da Imagem e do Som (CIC) Sessão dedicada ao público infanto-juvenil

O Mistério da Ilha (The Secret of Roan Inish, 1994, 103 min., John Sayles, USA)

Apresentação e comentário: Professora Mônica Fantin (UDESC)

18h Sala multimeios do Museu da Imagem e do Som (CIC)

Excalibur, a espada era a lei (Excalibur, 1981, 140 min., John Boorman, USA/UK)

Apresentação e comentário: Professora Daniele Gallindo e Souza (UFRJ)

24/07 – SEGUNDA-FEIRA

15h Sala multimeios do Museu Victor Meirelles

Lancelot of the Lake (Lancelot du Lac, 1974, 85 min., Robert Bresson, França/Itália)

Apresentação e comentário: Professora Maria Cecília de Miranda N. Coelho (COGEAE/PUCSP)

18h Sala multimeios do Museu da Imagem e do Som (CIC)

O Poeta do Armagedon (Hedd Wyn 1992, 103 min., Paul Tuner, UK)

Apresentação e comentário: Professora Ana Donnard (UFMG)

2. Instalação Temática

Estará aberta de 21 a 23 de julho, no horário das 14h às 21h, na Galeria de Exposições Temporárias no Museu da Imagem e do Som /CIC (hall do MIS) e no espaço interno das salas do MIS. Na instalação destacam-se: linha de tempo com apresentação cronológica de diversos momentos de emergência das culturas celtas e germânicas na história; representações sobre a indumentária celta, exposta em desenho e versão digital, e ambientação sonora, com exposição de algumas características musicais celtas e germânicas.

Organização

Mostra de Filmes: Professora Maria Cecília de Miranda N. Coelho (COGEAE/PUC-SP)

Instalação Temática: Professora Mara Rúbia Sant´Anna (Departamento de Moda / CEART / UDESC)e Professora Márcia Ramos de Oliveira (Departamento de História/ FAED/UDESC) Graduandos: Alan Carlos Ghedini (Curso de História / FAED / UDESC), Camila Martins (Curso de Moda / CEART/UDESC), Rafael Boeing (Curso de História / FAED / UDESC), Roberta Maria Camargo (Curso de Moda / CEART/UDESC)

Coordenador Geral do Simpósio: Professor João Eduardo B. Lupi (Departamento de Filosofia/UFSC)

Entrada franca. Informações sobre o simpósio: http://www.brathair.com/II%20SNIECG/, e-mailceltasegermanos@cfh.ufsc.br ou pelo telefone 48 3331 8208, Secretaria do II Sniecg.

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UFSC sediará eventos sobre estudos Celtas e Germânicos

REUNIÃO ANUAL DA SBPC: Nota pede reforma de conceituação e dos procedimentos de controle dos trabalhos de pesquisa

19/07/2006 19:58

Nota da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) direcionada ao Ministério do Meio Ambiente pede reforma profunda de conceituação e dos procedimentos de controle dos trabalhos de pesquisa em ambientes naturais

A entidade reclama de novo episódio de intimidação de pesquisadores por agentes do Ibama e da Receita Federal

Eis a íntegra da nota, enviada à ministra Marina Silva nesta terça-feira:

“Senhora ministra,

Expressamos a V. Exa. os mais enérgicos protestos pela patética e agressiva ação de agentes do Ibama que, conjuntamente com um agente da Receita Federal que se negou a se identificar, em nome de normas e decretos de questionável legitimidade, intimidaram e solicitaram da pesquisadora Cristina Senna, do Museu Goeldi, documento autorizando a coleta de amostra de solo que ela havia recolhido na área do entorno de Porto de Trombetas, Pará.

Os documentos exigidos de competência do IPHAN e do DNPM encontram-se depositados na Coordenação de Ciências da Terra e Ecologia do Museu Goeldi, e não se exige o seu porte em pesquisa de campo de natureza geoarqueológica. Estas pesquisas vêm sendo realizadas há mais de 15 anos.

Não podendo apresentar os documentos solicitados, os mencionados agentes lavraram a notificação intimidatória anexa.

Solicitamos a V. Exa. rigorosa apuração desta nova agressão de agentes subordinados a seu Ministério a pesquisadores e, principalmente, uma reforma profunda de conceituação e dos procedimentos de controle e acompanhamento dos trabalhos de pesquisa em ambientes naturais, unidades de conservação e áreas indígenas.

Colocamo-nos a seu dispor para sugerir novas normas que permitam incentivar pesquisas científicas nas referidas áreas e contribuir assim para a conservação dos ecossistemas naturais.

Indignados, mas seguros que V. Exa. saberá avaliar o significado desta nova agressão, subscrevemo-nos,

Atenciosamente,

Ennio Candotti

Presidente”

Nota da Assessoria de Imprensa da SBPC: Não tivemos acesso à notificação citada na carta.

REUNIÃO ANUAL DA SBPC: conheça os eventos que serão transmitidos nesta quinta-feira pela internet

19/07/2006 19:44

A 58ª. Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), que está sendo realizada no campus da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), em Florianópolis, tem transmissão em tempo real. Qualquer pessoa pode acompanhar em seu computador as mais importantes conferências, mesas-redondas e simpósios do evento.

Para ter acesso basta entrar no site www.sbpc.ufsc.br.

Nesta quinta:

Conferência / CANAL 1

AERODINÂMICA E FUTEBOL

Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência – SBPC

Quinta-feira, 20/7/2006 – 10h00 às 11h45

Auditório Laranjeira – Centro de Cultura e Eventos

Conferencista: Carlos Eduardo Magalhães Aguiar (UFRJ)

Conferência / CANAL 5

LOGÍSTICA E NOVA CONFIGURAÇÃO DO TERRITÓRIO BRASILEIRO

Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência – SBPC

Quinta-feira, 20/7/2006 – 10h00 às 11h45

Auditório Pitangueira – Centro de Cultura e Eventos

Conferencista: Bertha Becker (UFRJ)

Conferência

VENENOS – VIDA E MORTE / CANAL 4

Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência – SBPC

Quinta-feira, 20/7/2006 – 10h00 às 11h45

Auditório do Centro de Comunicação e Expressão (CCE)

Conferencista: Denise Vilarinho Tambourgi (Butantan)

Simpósio

DIREITOS SEXUAIS E REPRODUTIVOS: A QUESTÃO DO ABORTO / CANAL 2

Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência – SBPC

Quinta-feira, 20/7/2006 – 10h00 às 11h45

Auditório da Reitoria

Expositor e Coordenador: Lia Zanotta Machado (UnB) Expositor(es): Maria Jose Fontelas Rosado Nunes (PUCSP) ; Thomaz R. Gollop (USP)

Simpósio

GT COP8 – BIODIVERSIDADE: A MEGACIÊNCIA EM FOCO / CANAL 3

Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência – SBPC

Quinta-feira, 20/7/2006 – 10h00 às 11h45

Auditório do Centro de Filosofia e Ciências Humanas (CFH)

Expositor e Coordenador: Peter Mann de Toledo (INPE)

Conferência Plenária

NANOTECNOLOGIAS: CONCEITOS, REALIZAÇÕES E DESAFIOS / CANAL 1

Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência – SBPC

Quinta-feira, 20/7/2006 – 12h00 às 13h00

Auditório Guarapuvu – Centro de Cultura e Eventos

Conferencista: Oswaldo Luiz Alves (UNICAMP)

Simpósio

AÇOS ESPECIAIS / CANAL 3

Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência – SBPC

Quinta-feira, 20/7/2006 – 14h00 às 15h45

Auditório do Centro de Filosofia e Ciências Humanas (CFH)

Expositor e Coordenador: Walter Weingaertner (UFSC) Expositor(es): Maria Teresa Paulino Aguiar (UFMG) ; Lirio Schaeffer (UFRGS)

Simpósio

ESCOAMENTOS COMPLEXOS NA ENGENHARIA E NATUREZA CANAL 1

Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência – SBPC

Quinta-feira, 20/7/2006 – 14h00 às 15h45

Auditório Laranjeira – Centro de Cultura e Eventos

Expositor e Coordenador: Átila Pantaleão da Silva Freire (UFRJ) Expositor(es): Paulo César Philippi (UFSC) ; Francisco Ricardo da Cunha (UnB)

Simpósio

NANOELETRÔNICA E TECNOLOGIA DE DISPLAYS / CANAL 2

Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência – SBPC

Quinta-feira, 20/7/2006 – 14h00 às 15h45

Auditório da Reitoria

Expositor e Coordenador: Adalberto Fazzio (USP) Expositor(es): Alaide Pellegrini Mammana (MCT)

Conferência

ANALGÉSICOS PERIFÉRICOS: UM NOVO MECANISMO / CANAL 2

Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência – SBPC

Quinta-feira, 20/7/2006 – 16h00 às 17h45

Auditório da Reitoria

Conferencista: Sérgio Henrique Ferreira (USP)

Conferência

GREGORY BATESON: ANTROPÓLOGO E NATURALISTA / CANAL 5

Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência – SBPC

Quinta-feira, 20/7/2006 – 16h00 às 17h45

Auditório Pitangueira – Centro de Cultura e Eventos

Conferencista: Otávio Velho (UFRJ)

Conferência

ILHA DA MAGIA: TERRA DOS CASOS RAROS / CANAL 3

Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência – SBPC

Quinta-feira, 20/7/2006 – 16h00 às 17h45

Sala dos Conselhos – Reitoria

Conferencista: Gelci José Coelho (UFSC)

Conferência

VISÃO DE CORES E DIABETES / CANAL 1

Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência – SBPCSociedade Brasileira de Psicologia – SBP

Quinta-feira, 20/7/2006 – 16h00 às 17h45

Auditório Laranjeira – Centro de Cultura e Eventos

Conferencista: Dora Fix Ventura (USP)

Ciência e Competitividade em debate na Expot&C

19/07/2006 17:25

Será realizada nesta quinta(20), das 17h às 17h30min, a palestra “O papel da Pesquisa e Desenvolvimento pré-competitiva na competitividade do setor aeronáutico”, na ExpoT&C, mostra de realizações em ciência, tecnologia e inovação desenvolvidas por universidades, institutos de pesquisa, órgãos governamentais e empresas que ocorre na 58ª. Reunião Anual da SBPC.

A palestra será ministrada pelo cientista-chefe da Embraer, Hugo Resende, vice-presidente da Anpei (Associação Nacional de Pesquisa, Desenvolvimento e Engenharia das Empresas Inovadoras). A Embraer é hoje a quarta maior fabricante de aeronaves comerciais do mundo. Com mais de 3.600 aviões produzidos, voa em 58 países e possui 16.500 funcionários (85% no Brasil).

Informações: Débora 9608-2199

Por Martha San Juan/assessoria de imprensa da SBPC

REUNIÃO ANUAL DA SBPC: nanotecnologia será um dos temas em destaque na quinta-feira

19/07/2006 16:29

A obtenção de novas substâncias e novos materiais através do uso da nanotecnologia é o tema principal de um dos eventos da Reunião da SBPC durante a quinta-feira, penúltimo dia do encontro. O professor Oswaldo Luiz Alves, da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) vem até a UFSC para comandar uma Conferência Plenária e falar sobre esse assunto que recentemente está na boca de grande parte da comunidade científica.

O interesse pela nanotecnologia é explicado por sua enorme aplicabilidade em diversas áreas, como a medicina e a farmacologia. Alguns nanomateriais já são usados na fabricação de cosméticos, tintas, tecidos e revestimentos, por exemplo. Essa tecnologia é utilizada para oferecer maior resistência aos materiais, pois está ligada a manipulações em escalas pequenas, de um bilionésimo do metro aproximadamente. Isso dá aos átomos que formam o material grande tolerância à temperatura, condutividade elétrica e reatividade, entre outras interferências naturais.

Os experimentos que utilizam a nanotecnologia ainda estão dando seus primeiros passos, mas suas potencialidades já estão comprovadas. Essas oportunidades bem como os desafios dos estudos sobre essa tecnologia também serão abordados por Alves durante a conferência.

O professor Oswaldo Luiz Alves é doutor em ciências pela Unicamp e realizou pós-doutorado na França. O interesse de pesquisa do professor inclui compostos lamelares, sistemas químicos integrados, nanocompósitos, nanopartículas metálicas e desenvolvimento de nanoecomateriais. Publicou mais de 160 trabalhos incluindo pesquisas e revisões. Alves pertence a várias sociedades científicas, dentre elas a Sociedade Brasileira de Química, da qual foi presidente entre os anos de 1998 e 2000.

A conferência “Nanotecnologias: conceitos, realizações e desafios” acontece na quinta-feira, dia 20, das 12h às 13h, no Auditório Guarapuvu, no Centro de Cultura e Eventos.

Por Julia Fecchio / Bolsista de Jornalismo na Agecom

REUNIÃO ANUAL DA SBPC: laboratórios da UFSC buscam melhorias na produção de corantes naturais

19/07/2006 15:37

A ingestão de balas, sorvetes, gelatinas, refrigerantes e sucos artificiais pode estar ligada ao aparecimento de alergias, à indisposição gástrica, vômitos e até à hipertensão em crianças. A substituição de corantes sintéticos por corantes naturais na fabricação dessas e de outras sobremesas e bebidas evitaria esses problemas. Entretanto, as vantagens comerciais dos corantes sintéticos ainda é maior, o que faz com que o melhoramento na produção de corantes naturais seja foco de estudos.

Pelo menos dois grupos de pesquisa desenvolvem trabalhos nesse campo na UFSC. Eles fazem parte do Laboratório de Bioquímica (Engebio) e do Laboratório de Controle de Processos (LCP) do Departamento de Engenharia Química do Centro Tecnológico (CTC).

O primeiro trabalha com a produção de corantes naturais a partir da fermentação de matéria-prima (pode ser farelo de arroz ou glicose, por exemplo) feita por microorganismos, como o fungo Monascus ruber. Um dos principais desafios da pesquisa é fazer com que o fungo comece a fermentar a matéria-prima em menos de 12 horas, tempo que ele leva normalmente para iniciar o processo que dá origem a um corante de cor avermelhada usado na fabricação de “catchups”.

Já o Laboratório de Controle de Processos extrai do repolho roxo um corante vermelho púrpura, que também serve para aplicações na indústria alimentícia. Isso é feito através de um processo físico-químico com a utilização de solventes. O LCP também pesquisa novas formas de purificação desses corantes.

Por conterem metais pesados que têm efeito cumulativo no organismo humano, como titânio e cobalto, corantes químicos e sintéticos são substâncias densas e tóxicas, obtidas a partir de derivados do petróleo e do carvão mineral – processo que emite poluentes maléficos ao meio ambiente. O motivo pelo qual continuam a ser usados é o seu baixo custo quando comparado aos corantes naturais, sua melhor capacidade de fixação nos alimentos e maior estabilidade a luz e ao calor, além de cores mais intensas que deixam os alimentos mais atrativos para o consumo.

O que diz a legislação brasileira

No Brasil, quem produz alimentos que contenham corantes sintéticos são obrigados a alertar o consumidor, no rótulo das embalagens, sobre a condição sintética do corante utilizado nos alimentos. O país tomou essa medida a partir de recomendações da Organização das Nações Unidas para a Agricultura e a Alimentação (FAO, na sigla em inglês para Food and Agriculture Organization)

Diversos tipos de corantes sintéticos foram proibidos como o amarelo sólido, que era empregado em gelatinas, o laranja GGN, usado em pós para sorvetes, o vermelho sólido, para recheios e revestimentos de biscoitos, o azul de alizarina, corante em óleos emulsionados e gelatinas, e o escarlate GN, com uso em recheios de confeitarias.

Oito tipos ainda são permitidos no país e empregados em diversos alimentos como geléias, caramelos, gomas de mascar, frutas em caldas e iogurtes. Além disso, são utilizados em licores, refrescos e refrigerantes. São eles: os amarelos crepúsculo e tratarzina, o azul brilhante, o amaranto, os vermelhos eritrosina, ponceau (4R) e 40, e a indigotina. Outros cinco sintéticos idênticos aos naturais também são tolerados.

Informações: 3331 9554 / LCP e 3331 9842 / Engebio.

Por Talita Garcia / bolsista de Jornalismo da Agecom.

REUNIÃO ANUAL DA SBPC: realidade dos idosos na sociedade atual também estará em foco

19/07/2006 09:05

Boom demográfico, progressão tecnológica, desenvolvimento industrial, revolução conceitual e moral. A dinâmica urbana re-configura os indicadores e grupos sociais, e essa nova configuração abrange inclusive aqueles que acompanharam seu desenvolvimento – os idosos. Registra-se no Brasil um grande crescimento na expectativa de vida – de 33,7 anos em 1900 para 71,6 em 2004, segundo dados do IBGE. Em termos gerais, isso significa um considerável aumento da população idosa no país. A velhice deixa de ser raridade no cotidiano das cidades, desmistificando a concepção paternalista do “ancião”, sábio e sensato. Questiona-se: quais as implicações dessa nova realidade na vida dos idosos e em suas relações sociais?

Para discutir a respeito dessa e de outras questões, será realizado na 58ª Reunião Anual da SBPC o encontro “Envelhecimento Populacional e Organização da Sociedade Civil”, nesta quarta-feira, a partir de 14h, na sala Azaléia, no segundo andar do Centro de Cultura e Eventos. O coordenador é o professor Theophilos Rifiotis, do Departamento de Antropologia da UFSC. Além de Rifiotis, participam pesquisadores da UFSC, Unicamp, Udesc, do Núcleo de Estudos da Terceira Idade (NETI/UFSC) e da Sociedade Brasileira de Gerontologia.

Rifiotis explica o encontro como “uma atividade de reflexão visando contribuir para a orientação de políticas públicas, das instituições governamentais e de sociedades científicas sobre o envelhecimento no Brasil”, e fará sua colocação com base no artigo “O Idoso e a Sociedade Moderna: Desafios da Gerontologia”, de sua autoria.

As questões de Rifiotis

Na opinião do antropólogo, o saber científico sobre a gerontologia se defronta hoje com uma série de dilemas éticos e teóricos. Um deles é o desafio ético da minoridade, em que a problemática reside em um conceito reducionista em relação ao idoso, visto como vítima, excluído, objeto de assistência. Tal concepção é comum no meio urbano, e ainda que possua caráter solidário e intenção positiva, acaba por atribuir minoridade ao velho, infantilizando-o.

Outro dilema é o desafio teórico-ideológico, no qual com o crescimento da qualidade de vida das populações a figura do velho torna-se cada vez mais comum no meio urbano, e o país “envelhece” seus indicadores sociais. Este é um processo que se consolidou principalmente em países europeus, que possuem altos padrões de vida. No Brasil, essa transformação começa também a trazer um novo significado para o envelhecimento.

De acordo com Rifiotis, hoje é predominante a cultura co-figurativa, na qual os filhos e pais aprendem com seus respectivos pares, e a pós-figurativa, em que os filhos também ensinam a seus pais. Com isso, o modelo alicerçado primordialmente pela figura do pai instrutor deixa de ser tendência. O referencial paternalista do mais velho, espécie de “ícone disciplinar”, perde sua força à medida que o número de idosos aumenta.

Tais fatores vêm ocasionando a derrocada do estereótipo “ancião”, relacionado à figura de um patriarca, e criam novos parâmetros. “Cabe aos estudiosos do envelhecimento o desafio de reformular a mensagem da gerontologia, adaptando-a a essa nova realidade”, avalia o professor.

O NETI e a mobilização nacional

A discussão acerca dos novos rumos da gerontologia é cada vez mais freqüente e disseminada. Além do Estatuto e da Delegacia do Idoso, também foi criada a Conferência Nacional do Idoso, que teve sua primeira edição este ano. Saúde, previdência, educação, cultura e lazer foram os eixos temáticos principais. “Está sendo elaborado um relatório, que deve ser finalizado em dois meses. Houve uma boa manifestação de Santa Catarina”, conta Maria Cecília Godtsfriedt, presidente da Associação Nacional de Gerontologia no estado e professora do Núcleo de Estudos da Terceira Idade (NETI), da UFSC. Maria Cecília, que foi à conferência, também participa do encontro a ser realizado na reunião da SBPC.

Para o NETI, a oportunidade de integrar a discussão gerontológica no maior evento científico da América Latina é de grande importância. O Núcleo é pioneiro na incorporação dos idosos à universidade, através de cursos de capacitação e atividades voltadas para a gerontologia. “Serão apresentados três trabalhos do NETI no encontro. O objetivo é a elaboração de um documento, que será encaminhado para algum ministério, provavelmente o de Direitos Humanos”, revela Maria Cecília.

Por Gustavo Bonfiglioli / Bolsista de Jornalismo na Agecom / UFSC

REUNIÃO ANUAL DA SBPC: encontro vai debater sustentabilidade na construção

19/07/2006 08:52

Não é possível um desenvolvimento sustentável no Brasil sem que a construção civil sofra transformações profundas. No segmento habitacional são necessárias 5 milhões de novas habitações para a população de baixa renda, mas é inaceitável que estas novas habitações sejam produzidas a partir dos velhos paradigmas insustentáveis.

Estas e outras idéias serão levantadas para debate pelo professor Vanderley John, da Escola Politécnica da USP, no simpósio “O desenvolvimento sustentável e a construção habitacional”, integrado à programação da Reunião Anual SBPC, que acontece de 16 a 21 de julho, no campus da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). O encontro sobre sustentabilidade na construção será realizado na sexta-feira, 21/7, a partir de 14h, no auditório do Centro Tecnológico, numa promoção da Associação Nacional de Tecnologia do Ambiente Construído (ANTAC). Vai contar também com a participação do professor Roberto Lamberts, do Departamento de Engenharia Civil da UFSC, e da professora Angela M. Gabriella Rossi, da Escola Politécnica da UFRJ.

Desafios

Coordenador geral da Conferência Latino-Americana de Construção Sustentável, Vanderley John lembra que a construção civil tem importante papel social, pois é responsável pela produção da infra-estrutura coletiva do país e pela geração de cerca de 15% dos empregos nacionais. Mas seus desafios são significativos, pois boa parte dos operários da construção encontram-se na faixa da pobreza e possuem pouca educação formal.

“A construção sustentável impõe inovação tecnológica, formação de recursos humanos, mudanças de cultura e práticas gerenciais, alterações na legislação e normalização, além de exigir alterações na forma de relacionamento entre os diversos integrantes da cadeia da construção. Não é possível, portanto, um desenvolvimento sustentável sem que a construção civil sofra transformações profundas”, alerta o professor.

Visão sistêmica

Coordenadora do Laboratório de Assentamentos Humanos Sustentáveis, ligado à Escola Politécnica da UFRJ, a professora Angela M. Gabriella Rossi, ressalta que do ponto de vista urbano, habitação é um sistema, que precisa estar integrado às redes de infra-estrutura de saneamento básico, aos serviços de saúde, de educação e de comércio, à oferta de trabalho, esporte e de lazer, e à rede viária. “Pelo fato da vida cotidiana girar em torno da habitação, é que a busca pela cidade sustentável depende, em boa parte, do bom funcionamento de cada um desses sistemas e da integração entre os mesmos”, defende a professora.

Ela lembra que em países periféricos e semiperiféricos, como o Brasil, o crescimento urbano acelerado tem provocado, historicamente, uma série de pressões de ordem social, econômica e ambiental. Na maioria desses países, a taxa de crescimento econômico não acompanhou a de urbanização, criando assim uma população em sua maioria com renda insuficiente para pagar pelos serviços e elevando os custos operacionais da cidade. Ao mesmo tempo, os governos locais não conseguem responder rapidamente a essa demanda, o que faz com que a população encontre suas próprias soluções, geralmente ilegais, gerando áreas precárias e superpopulosas.

“O Brasil hoje sofre intensamente as conseqüências da ocupação desordenada de seu território que apresentou nos últimos 50 anos uma das maiores taxas de urbanização do mundo”, lamenta a professora. “A busca pela sustentabilidade urbana não é tarefa fácil para o Brasil. Além de exigir respostas no setor construtivo e no setor econômico e social, o tema envolve atores públicos e privados, que devem interagir através de parcerias bem reguladas”, avalia.

Eficiência energética pode ajduar

Com inúmeros trabalhos nas áreas de eficiência energética, avaliação do desempenho térmico de casas populares, conforto ambiental e princípios bioclimáticos aplicados à construção, o professor da UFSC, Roberto Lamberts, vai mostrar no simpósio como estes campos podem colaborar com a busca da sustentabilidade na construção. Coordenador do Laboratório de Eficiência Energética em Edificações, ligado ao Departamento de Engenharia Civil da UFSC, o professor já integrou projetos para elaboração das normas brasileiras na área de Conforto Ambiental e participa do projeto Casa Eficiente, desenvolvimento numa parceria da UFSC com a Eletrosul e Eletrobrás/ Procel. A casa modelo é uma vitrine de tecnologias de ponta na área de eficiência energética e conforto ambiental, além de ambiente para a demonstração e desenvolvimento de atividades de ensino e pesquisa.

Saiba mais sobre a Reunião Anual e temas relacionados à sustentabilidade:

Agricultura sustentável

Na mesa-redonda “C&T para uma nova agricultura sustentável” , que vai contar com a presença do professor Miguel Pedro Guerra (UFSC), e de Sílvio Crestana (Embrapa), serão discutidos os caminhos da ciência e tecnologia na agricultura, com foco na sustentabilidade. O debate, na quarta 19/7, às 10h, no auditório do Centro de Comunicação e Expressão, vai destacar o fato de que o Brasil é detentor da maior biodiversidade do planeta e os avanços da fronteira agrícola estão ameaçando os ecossistemas remanescentes. Por outro lado, são inegáveis os avanços que a agricultura brasileira experimentou nos últimos 30 anos, consolidando um dos mais importantes sistemas de produção da agricultura tropical no planeta.

REUNIÃO ANUAL DA SBPC: Banda Aerocirco, filme Ponte Hercílio Luz, música na Igrejinha, nesta quarta

19/07/2006 08:45

MÚSICA AO MEIO DIA:

O Projeto 12:30 na Concha Acústica da UFSC recebe a banda Aerocirco, com seu rock alternativo cantado em português. O baixista Jason Judson, último a entrar no grupo, após a saída do antigo baixista e tecladista, levou para as cordas os arranjos que eram feitos pelo teclado nos dois primeiros cds da banda. Da formação original, Henrique Monteiro cuida da bateria e Hudson Cabala da guitarra, dividindo a função com Fábio Della, que é também vocalista. A apresentação começa às 12h30min, como em toda semana do período letivo, ao ar livre, na Concha Acústica em frente ao CCE.

CINEMA

Curtas Catarinenses: PONTE HERCÍLIO LUZ – Patrimônio da Humanidade, no auditório do Centro de Convivência da UFSC às 12h30min.

Documentário que mostra a história deste que é símbolo de Santa Catarina – inaugurado em 1926 – desde a sua construção (1922) até os dias de hoje (interditado por razões de segurança) e como este monumento está incorporado ao real e ao imaginário catarinense. Documentário produzido em 1996, com o apoio da UFSC, com 30 minutos de duração, em 35mm, colorido. Produção de Jair dos Santos, Direção e Roteiro de Zeca Pires, profissionais de cinema do Departamento Artístico Cultural da UFSC.

OUTROS OLHARES:

Conversas relacionadas com a exposição de desenhos e esculturas de Franklin Cascaes, na Galeria de Arte da UFSC. A conversa desta quarta-feira, dia 19, às 16 horas, será com Henrique Luiz Pereira Oliveira, que é professor de História da Arte no Departamento de História da UFSC, doutor em Historia Social, desenvolve pesquisas sobre produção de audiovisuais de apoio pedagógico e coordena o Laboratório de Pesquisa em Imagem e Som.

A exposição poderá ser visitada até dia 4 de agosto, de segunda a sexta-feira, das 10h às 18h30min. A Galeria de Arte da UFSC funciona no edifício do Centro de Convivência, no campus universitário. Contato: (48) 3331-9683 e pelo e-mail galeriadearte@dac.ufsc.br.

TEATRO

“Fragmentos com máscaras” com Marquinho e Veruskua, no auditório do Centro de Convivência da UFSC às 18h30min.

DANÇA:

Apresentação do Grupo de Dança Folclórica da Terceira Idade da UFSC, às 18h30min, na Concha Acústica da UFSC.

MÚSICA ÀS 18h30min:

Recital do Conservatório Musical de Florianópolis, no auditório da Igrejinha da UFSC, com apresentação do Grupo Vocal Bocca Chiusa – cantando MPB, Quarteto de Cordas, Canto Popular e Erudito, e Piano Solo.

TEATRO:

Don Pablo Entre Vogais, sobre a vida e obra de Pablo Neruda, com o Grupo Pesquisa Teatro Novo, da UFSC, sob a direção de Carmen Fossari. No Teatro da UFSC às 20h30min, até dia 21.

“Don Pablo entre vogais” apresenta um texto de metateatro, com autoria e direção de Carmen Fossari, profissional de teatro no Departamento Artístico Cultural da UFSC, versando sobre a vida e obra de Pablo Neruda, poeta chileno, ganhador de Prêmio Nobel de Literatura. A peça é uma montagem cuja linguagem se reveste da busca da cena ritualística, como requer a linguagem da poesia.

O texto bilíngüe (português e espanhol) mescla o verso de Neruda com a prosa que verseja sua vida e, mesmo considerando serem tratados temas conflitantes como o golpe do general Pinochet em Salvador Alende, no Palácio de La Moneda no Chile dos anos 70, ou mesmo o cotidiano popular das classes trabalhadoras,há em cada momento da peça na formulação da imagem e da cena teatral a busca do lúdico permeando todo o espetáculo.

SERVIÇO:

O QUÊ: Apresentações Artísticas na 58ª SBPC para o dia 19/7

ONDE: Campus da UFSC

QUANDO: Durante a 58ª SBPC na UFSC

QUANTO: Gratuito e aberto à comunidade.

A programação completa para todos os dias está no site www.sbpc.ufsc.br

Fonte: [CW] DAC-PRCE-UFSC www.dac.ufsc.br

REUNIÃO ANUAL DA SBPC: Reforma Universitária suscita debate caloroso

19/07/2006 08:44

O projeto de reforma universitária, em sua atual formulação, não corresponde aos anseios de uma melhora substancial e concreta do ensino superior. Este foi o consenso a que chegaram os integrantes da mesa-redonda “reforma universitária”, realizada no auditório da reitoria da UFSC, dentro da programação da 58ª SBPC.

O professor Álvaro Prata, do Departamento de Engenharia Mecânica da UFSC, resumiu a afirmativa, sentenciando que o projeto “focaliza o complemento e deixou o necessário”. Apoiando-se em dados do Inpe e da Capes, ele cobrou mudanças que promovam maior inserção social e tecnológica, fomento e sustentabilidade, uniformidade regional e flexibilização das universidades, entre outros. De acordo com as estatísticas, apenas 10% da população entre 18 e 24 anos está matriculada em instituições de ensino superior (IES); 50% das instituições está concentrada no sudeste; apenas 224 das 2013 IES é pública e, em alguns cursos, o índice de concluintes fica perto de 20%.

A professora Eunice Durham, da USP, se disse contrária à proposta e – ressaltando a precária situação social brasileira e a dificuldade de acesso ao ensino superior, também perceptíveis nos dados do Inpe – bateu na tecla da diversificação do ensino superior. Para tal, o investimento deveria ser direcionado a cursos técnicos e outros modelos, capazes de se adequar melhor a demanda da sociedade.

Paulo Speller, reitor da UFMT e presidente da Andifes, disse que o conteúdo da última versão do projeto, que agora vai tramitar na câmara, “suprimiu elementos que caracterizariam uma verdadeira reforma universitária”. Ele ressaltou a importância de um amplo diálogo com a sociedade e as universidades sobre a reforma e o que ela representa para as IES. Speller conclui que agora é preciso confiar no congresso para um desfecho produtivo da reforma. O reitor defendeu,ainda, um projeto de financiamento a longo prazo, capaz de sustentar a ampliação do ensino publico superior realizada pelo atual governo. Se isso não for feito “o formato atual não atendera as necessidades em três ou quatro anos”. O financiamento das IES públicas gerou um debate acalorado após a exposição inicial dos debatedores. Diante do questionamento do público, Álvaro Prata destacou projetos e pesquisas universitárias que geram um retorno para a sociedade e, indiretamente, para o ensino superior.

Não se chegou, porém, a um consenso sobre a sustentabilidade do modelo de universidade pública que vigora no Brasil. Dentre os pontos positivos da reforma, o reitor Speller citou a regulamentação das instituições privadas, a subvinculação dos recursos e a reserva de 75% dos gastos com educação para o ensino superior.

O debate sobre o tema polêmico contou com grande público que lotou o auditório da Reitoria nesta terça-feira.

Redação Agecom

REUNIÃO ANUAL DA SBPC: encontro está sendo transmitido em tempo real

18/07/2006 21:04

A 58ª. Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), que está sendo realizada no campus da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), em Florianópolis, tem transmissão em tempo real. Qualquer pessoa pode acompanhar em seu computador as mais importantes conferências, mesas-redondas e simpósios do evento.

Para ter acesso basta entrar no site www.sbpc.ufsc.br.

A reunião deste ano tem como tema “SBPC&T – Semeando Interdisciplinaridade”, lembrando a constante relação entre as ciências, como a forma mais adequada para sua aplicação na vida real. Enquanto nas edições anteriores a programação estava mais voltada para a ciência, desta vez está dividida entre temas ligados à tecnologia e à ciência.