Fórum de Segurança quer trazer prefeita e governador para os debates
O Fórum de Segurança da UFSC esteve reunido na manhã desta terça-feira, 19/03, tentando encontrar saídas para os problemas que envolvem a comunidade universitária. Durante o debate foram destacados três principais pontos de tensão que se vive hoje dentro da universidade. O primeiro, e o mais grave, é a infiltração da droga e a ação de narcotraficantes. Segundo relatos da direção do Colégio de Aplicação, vêm acontecendo freqüentes brigas de gangues em frente ao colégio e alunos e professores estão assustados. Além disso, há o registro de um aumento considerável de furtos e assaltos a mão armada e problemas com o trânsito. Setores da UFSC como o Museu, HU, Material e Serviços e CFH enviaram algumas sugestões para melhorar a segurança.
Na discussão, os participantes entenderam que esses problemas não são privilégio da UFSC, eles fazem parte de todo o contexto da cidade e do país, cada vez mais empobrecidos e com sérias falhas, quando não ausência, de políticas públicas eficazes, seja no controle do narcotráfico, seja no plano social.
Em função disso, o Fórum decidiu realizar um amplo debate com o poder público municipal e estadual para que estes apresentem suas políticas públicas com relação à segurança. A comunidade universitária quer debater com eles e encontrar saídas para o conjunto da cidade, sem isolar a UFSC do contexto global. Há um entendimento de que esse é o papel da universidade. Discutir os problemas e encontrar caminhos para suas soluções. A administração deverá enviar convite aos governos
municipal e estadual e o debate deve acontecer ainda em abril.
Outra proposta definida na reunião desta terça-feira é a realização de um seminário com representantes de outras universidades para que se debata como cada uma está enfrentando os problemas de segurança. Foram sugeridas as de Minas Gerias, que colocou polícia no campus e agora tenta reverter o quadro, a do Rio Grande do Norte, que conseguiu encontrar saídas até mesmo para evitar a terceirização da segurança e a de Santa Maria/RS que apostou na vigilância eletrônica.
Também ficou acertado que a administração vai construir uma cartilha com informações sobre como agir em caso de necessidade da segurança e a garantia de algumas ações emergenciais como treinamento eficaz dos vigilantes, mais iluminação e melhor distribuição da vigilâncias, serão iniciadas. Foi indicado ainda que a reitoria use de
seu poder de negociação para garantir treinamento aos vigilantes por parte de órgãos públicos como a PM e a Polícia Federal, já que as empresas privadas que fazem esse tipo de trabalho não são consideradas muito eficazes, além de caras.
A próxima reunião do fórum ficou marcada para o dia 09 de abril, às 15 horas, na Sala dos Conselhos.