Seminário de Iniciação Científica será realizado em março

31/01/2002 15:20

O XI Seminário de Iniciação Científica da UFSC será realizado no dia 7 de março. Este ano, a apresentação dos resultados dos 463 inscritos ocorrerá somente sob a forma de painéis, das 9h às 18h, no Ginásio I do Centro de Desportos (CDS). Na parte da manhã (das 9 às 12h) serão apresentados os trabalhos da área das exatas (CFM e CTC) e na parte da tarde (das 14 às 17h) os das áreas da vida e das humanas (CCE, CCJ, CED, CFH, CSE, CCA, CCB, CCS e CDS). Os participantes concorrem ao prêmio “Destaques da IC 2001”. Informações sobre a forma de apresentação e avaliação dos trabalhos estão disponíveis no site da Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação: http://www.dap.ufsc.br/sic01/

Animais marinhos que podem causar acidentes para o homem

31/01/2002 14:26

Voce já se colocou no lugar de um surfista australiano ansioso para cair no mar, em dia de swell clássico, que deseja pegar ondas em mar infestado de tubarões brancos? Tudo bem! Surfistas são menos numerosos que os banhistas e deixemos pra lá o estresse deles. Mas e os nativos e banhistas normais aqui das nossas praias? Será que só os tubarões podem se tornar perigosos para o homem? Com o que os nativos e banhistas devem se prevenir para não sofrer acidentes com animais marinhos venenosos?

Esta questão surgiu durante um belo encontro social quando alguém relatou alguns fatos de acidentes com seres marinhos que “queimam”. Foi um relato bem honesto e preocupado pois vinha de pessoa engajada com causas sociais. As notícias ou as informações circulam e quanto mais socializam, mais se especializam! Foi assim que aconteceu, para descobrir que bicho era o responsável pelos acidentes. Ouvi falarem em alga e minha curiosidade de biólogo me levou à roda do papo. Logo percebi que se tratava de um animal do grupo das caravelas, medusas ou água vivas, cujo nome é Velella.

A Velella tem tamanho em torno de 2 cm de diâmetro, cor azul forte e com tentáculos no entorno. Pertence ao grupo de animais celenterados (parentes das anêmonas e corais) que flutuam sobre ou próximo à superfície do mar. Velella é considerada um animal colonial, suspenso por uma câmara achatada (oval a esférica) de flutuação. Na parte central da colônia existe um gastrozoóide que é a parte do animal ou indivíduo responsável pela alimentação da colônia. Existem gonozoóides que são os indivíduos da colônia responsáveis pela reprodução e mais perifericamente existem tentáculos de caça. Estes animais são predadores e se alimentam de pequenos animais do plâncton e até de peixes, como é o caso das caravelas, que são as “primas” grandes das velelas. Para capturar suas presas utilizam células venenosas, chamadas de nematocistos, que estão presentes nestes tentáculos de caça. O veneno tem propriedades para imobilizar e posteriormente ingerir a presa, através do gastrozoóide.

No caso dos acidentes com pessoas na região litoral, a presença de riscos para nossa saúde merece reflexão. Considerando que somos bichos produzidos pela natureza, frutos de uma evolução orgânica, então vivemos dentro dela e nela estão todos os riscos de acidentes. Muitos riscos estão sob nosso controle, são visíveis! Mas muitos agentes de risco para a nossa saúde não são tão aparentes. Neste caso, quando entramos em contato com estes elementos os acidentes acontecem, as pessoas sentem muita dor, gera um certo pânico e constrangimento geral para familiares e espectadores.

Mas vejam que nossa participação na natureza é determinada como nós sendo os dominadores de tudo, o tal do antropocentrismo. Isto quer dizer que a natureza está aí apenas para servir a nossos caprichos. Triste engano. E quando acontecem acidentes? Então temos que refletir e perceber que a máxima do antropocentrismo é absolutamente furada. Temos que respeitar a natureza e principalmente o oceano, que é o real berço da vida. Isto não significa ficar bajulando bichos bonitinhos como carangueijinhos ou botos. Significa abrir os olhos e adotar medidas de prevenção. Conduzir nossas vidas inseridos no contexto real do nosso cotidiano.

Qual é o contexto do nosso cotidiano? Vivemos numa ilha oceânica! Temos oportunidades de trabalho direto e indireto, lazer excepcional nas águas das lagoas, baías e marzão afora. O mar é desabitado? Claro que não! Já aconteceram acidentes antes? É claro que sim. Então a fórmula básica é manter a atenção ao que está acontecendo à nossa volta sem preconceitos. Assim, uma rápida olhada nos materiais depositados pelas marés na praia já nos ajuda a diagnosticar o que está vindo com as ondas e marés! Isto porque a aproximação destes animais na região costeira é consequência dos ventos e correntes oceânicos que os empurram para a zona costeira. Em caso de surgirem estes animais apenas quando já estamos mergulhando é bom sair da água e avisar a vizinhança.

Mesmo assim, continuarão acontecendo acidentes por que muitos destes seres perigosos podem estar mimetizados na natureza. Inadvertidamente podemos colocar a mão sobre uma serpente ou aranha em muitos locais que frequentamos. Quanto às águas-vivas ou medusas e a própria Velella existe um conhecimento para o tratamento imediato: use vinagre sobre a área da lesão. O vinagre é um ácido que neutraliza fortemente os efeitos da urticária; não elimina mas reduz bastante a dor e não deixa que mais células urticantes façam o efeito doloroso. Após esse primeiro procedimento é bom lavar a área com água fresca ou gelada para aliviar a dor. Acidentes graves quando a pessoa é enlaçada pelos tentáculos e sofre lesões múltiplas pelo corpo, devem ser imediatamente encaminhados para atendimento médico. Já existem casos de óbito com acidentes com águas vivas por que em grandes quantidades o veneno provoca várias complicações que podem levar ao afogamento devido ao choque.

Quando estes animais estão presentes nas nossas praias? Na Austrália, por exemplo, existe uma espécie de medusa que causa acidentes o ano todo. Como medida preventiva, as autoridades produziram informativos e espalharam-nos pelas praias com objetivo de esclarecer os banhistas e assim diminuir a chance de acidentes. Em caso de acidentes, nestes avisos espalhados pelas praias, existem disponíveis pequenos frascos com vinagre para o tratamento imediato da vítima.

Um livro recentemente publicado aqui no Brasil (Seres Marinhos Perigosos de M. Szpilman, 1998) mostra a importância das caravelas. Estes animais de cores vivas e com um flutuador azulado é parente muito próximo da Velella. O autor descreve a caravela e registra que a ocorrência deste animal é maior no verão. A chegada nas praias é conseqüência de uma combinação de fatores, como ventos e quantidade de indivíduos da população numa certa área. As caravelas não querem dar na praia, tampouco a Velella. Elas são predadoras de peixes no mar aberto e realmente não acredito que elas queiram correr o risco vindo “pescar”em águas rasas. Elas são, isso sim, lançadas pelo vento nas praias (o flutuador da caravela fica para fora da superfície da água e a Velella também tem uma pequena dobra do corpo que se assemelha a uma vela de veleiro, que as auxilia a deslocarem-se por grandes extensões oceânicas). Mas, por infelicidade delas e de nós, quando acontece de os ventos predominantes empurrarem estes bichos para a praia, as chances de ocorrerem acidentes são grandes.

Na praia seca estes animais morrem desidratados. Algumas pessoas atraídas pela beleza colocam estes bichos em sacos plásticos e levam pra casa. No caminho escorre um pouco daquela água pelas pernas e imediatamente surge a queimadura por que a água está cheia de células urticantes! No trabalho do Szpilman está registrado, então, que ainda não se trata de um problema de saúde pública: elas podem atingir algumas praias em grandes quantidades mas as caravelas são as responsáveis pelos principais acidentes com este grupo de animais no Brasil.

A seguir, algumas medidas de atendimento a pessoas acidentadas: lavar bastante com água para remover todos os tentáculos ou fragmentos de tentáculos aderidos à pele; além do vinagre (que segundo o autor pode ser eficiente apenas para neutralizar os nematocistos já inoculados na pele e não elimina o efeito dos contatos seguintes) sugere-se o uso de bolsas de gelo para diminuir a dor; pasta de bicarbonato com talco e água do mar deixando secar sobre as lesões eliminam os remanescentes de tentáculos; mais compressas geladas caso a dor continue e caso surjam alergias e reações inflamatórias buscar um médico para orientação e tratamento mais adequado.

Prof. Arno Blankensteyn – arno@ccb.ufsc.br

Departamento de Ecologia e Zoologia/ UFSC

PESQUISA Medição da Glicemia num piscar de olhos

31/01/2002 13:51

Furar o dedo para medir o nível de glicemia (açúcar) no sangue sempre foi um processo desconfortável, porém necessário para pacientes com diabetes. Pensando numa solução para esse problema, os pesquisadores do Laboratório de Metrologia e Automatização (LabMetro), em parceria com o Instituto de Engenharia Biomédica, ambos da UFSC, estão desenvolvendo um novo sistema, batizado de Sistema Glucoíris, para quantificar o nível de glicose pela análise de imagens da íris ocular. As despesas para os diabéticos, que precisam medir a glicose pelo menos três vezes ao dia, também devem baixar, de acordo com o coordenador da pesquisa, o prof. Armando Albertazzi Gonçalves Júnior.

O Glucoíris funciona com um sistema de iluminação associado a uma câmera fotográfica digital que registra e envia as imagens da íris para o computador, que realiza automaticamente o cálculo da glicemia do paciente. Dessa maneira, a medição da glicemia é rápida e indolor.

A pesquisa para desenvolver o Glucoíris começou em 1999, quando o físico José Ricardo de Menezes orientado pelo prof. Armando Albertazzi, iniciou o processo de obtenção de imagens com qualidade razoável a fim de estabelecer as relações entre o nível de glicose no sangue e a coloração da íris. Os resultados dessa primeira pesquisa levantaram novas questões. Uma delas, por exemplo, era saber se havia diferença de resultados causada pela cor da íris (olhos claros ou olhos escuros). As respostas foram detectadas pela pesquisa de mestrado do engenheiro Cesare Pica, que concluiu que a variação realmente existe. Segundo o prof. Albertazzi, embora essa variação possa dificultar o desenvolvimento de um sistema universal, a idéia é construir um sistema que funcione com os todos os diabéticos.

O Sistema Glucoíris foi desenvolvido, até agora, com recursos dos próprios laboratórios da UFSC, associados ao projeto. Os pesquisadores estão buscando recursos da iniciativa privada para continuar as pesquisas e construir um protótipo comercial do sistema. Apesar de não haver ainda consenso entre os pesquisadores quanto à forma comercial que o produto vai tomar, o preço estimado do primeiro protótipo é de 1.500 dólares. Para os diabéticos, o novo sistema vai representar mais conforto e autonomia no convívio com a doença, além da redução de gastos. Atualmente, um diabético gasta em torno de 880 dólares anuais, somente com a compra das tiras reagentes para medir a glicemia furando o dedo.

Fonte: Revista On-Line do Instituto de Engenharia Biomédica – IEB/UFSC

Desconto de 50% em cursos de línguas para servidores

30/01/2002 15:42

O Departamento de Recursos Humanos está novamente atuando em conjunto com o Departamento de Língua e Literatura Estrangeira, oferecendo desconto de 50% no pagamento da taxa de matrícula para cursos de língua estrangeira – extracurricular. Serão oferecidas 50 vagas para servidores docentes e técnico-administrativos da UFSC. No dia 18/02, devem realizar inscrição servidores que já freqüentaram os Cursos Extracurriculares em 2001/2 com bolsa do DRH. No dia 19 de fevereiro é a vez do preenchimento de formulário para sorteio de novos alunos que serão contemplados com a bolsa. O sorteio de vagas para novos alunos acontece no dia 20 de fevereiro. O DRH esclarece, porém, que o sorteio não garante vaga no curso escolhido, depende o candidato ainda de exame de nivelamento e demais critérios estabelecidos para execução dos cursos extracurriculares. O Departamento de Língua e Literatura Estrangeira oferece cursos extracurriculares de Alemão, Inglês, Espanhol, Francês, Italiano e Português para estrangeiros. Informações http://www.lle.cce.ufsc.br/ ou 331 9690, com Maria do Carmo

Abertas inscrições para Pós-Graduação em Educação

30/01/2002 15:18

Estão abertas na UFSC as inscrições para os cursos de Mestrado e Doutorado em Educação. Para o Doutorado, as inscrições devem ser realizadas no período de 31 de janeiro a 8 de fevereiro, para preenchimento de até 12 vagas. As inscrições serão realizadas na Secretaria do Programa de Pós-Graduação em Educação da UFSC, no horário das 10h às 17h, ou por via postal com data de postagem até 8 de fevereiro de 2002. A avaliação será realizada a partir da Análise do Curriculum Vitae, do Memorial Descritivo e do Projeto de tese, de prova escrita (9 de março) e entrevista (18 e 19 de abril).

No caso do mestrado, serão preenchidas até 50 vagas. As inscrições estarão também abertas e 31 de janeiro a 8 de fevereiro de 2002. A seleção será realizada através de prova escrita 23 de fevereiro, avaliação dos anteprojetos e entrevista. Mais informações Programa de Pós-Graduação em Educação – http://www.ced.ufsc.br/posgrad/home.htm – Fone: 0 xx 48 3319429 Fax: 0 xx 48 2335351 E-mail: ppge@ced.ufsc.br

Laboratório abre seleção de bolsistas recém-doutores

29/01/2002 16:05

As bolsas estão disponíveis de imediato nas seguintes áreas de atuação: medições de ruído e vibrações, modelagem numérica, ensaios no campo de ruído e vibrações; e administração, credenciamento e organização de laboratórios. No primeiro caso, o candidato deve ser formado em Engenharia, Física ou Matemática (ou áreas afins) e não é obrigatória experiência na área; no segundo, sua área de formação deve ser Administração, Gerência, Qualidade ou áreas afins.

Informações com o supervisor do LARI, professor Samir N. Y. Gerges, pelos fones (48) 331 9227 ou (48) 331 7095 ou pelo e-mail: samir@emc.ufsc.br

UFSC oferece Pré-Vestibular Popular

29/01/2002 15:53

Jovens que terminaram o segundo grau e querem tentar uma vaga no vestibular mas não o têm dinheiro para fazer um cursinho, já há algum tempo têm uma opção. É o projeto Pré-Vestibular Popular, da Universidade Federal de Santa Catarina, que funciona como atividade de extensão, voltado a alunos de comunidades carentes. Os professores são docentes e alunos da própria UFSC que, voluntariamente, doam seu tempo e saber para minimizar o processo injusto que é o concurso vestibular.

O período de inscrição para ocupar as 90 vagas oferecidas já está aberto e vai até o dia primeiro de fevereiro. Apenas os jovens que comprovarem a completa impossibilidade de pagar um curso particular devem se inscrever. “Quem não estiver nessa condição nem adianta nos procurar”, diz o coordenador, professor Carlos Soares.

Os interessados devem procurar a secretaria do projeto, que funciona no Centro de Ciências Biológicas, ao lado da secretaria do Departamento de Bioquímica, das 16 às 19h. Para a inscrição devem trazer fotocópia da carteira de identidade, comprovante de residência, comprovante de renda familiar e comprovante de conclusão do segundo grau em escola pública. As aulas iniciam no mês de março e serão ministradas durante a noite, no horário das 18h45min às 21h50min.

Segundo o professor Carlos um projeto como esse é de fundamental importância na luta por uma sociedade justa em que os que não podem pagar cursos caros ainda assim conseguem ter acesso à universidade pública, gratuita e de qualidade. Informações no 331.9692

UFSC estará presente em reunião da Andifes esta semana

29/01/2002 15:44

O encontro é preparatório para a reunião da plena da Associação, que será realizada nos dias 21,22 e 23 de fevereiro em Aracaju. Leia mais sobre a atuação da Andifes nas paralizações realizadas pelas Instituições Federais de Ensio Superior no artigo do presidente da Andifes e reitor da UFPR, Carlos Roberto Antunes dos Santos:

A Crise, a greve e a sabedoria política

Carlos Roberto Antunes dos Santos

Reitor da UFPR

Presidente da ANDIFES

As greves dos servidores técnico-administrativos e docentes resultaram, essencialmente, da profunda crise estrutural que aflige a universidade pública brasileira, expondo-a com tinturas mais fortes que o habitual, em algumas circunstâncias dramaticamente. As dimensões de tal situação e o seu possível agravamento para o segundo semestre já haviam sido anunciadas no “Manifesto da ANDIFES” de 11/jul/2001, apresentado junto à SBPC: a falta de autonomia, os baixos salários, a não recomposição de recursos humanos, as precárias condições de custeio e manutenção, saltavam aos olhos. Não deu outra! Em final de julho explodiu a greve dos STA e em agosto os docentes também foram à greve. Foram mais de 100 dias de paralisação, trazendo a radicalização explícita como um novo componente, expressa em invasões e fechamentos de campi e de reitorias, desligamentos de redes universitárias, desrespeito às autoridades, retenção de salários e muita, mas muita intransigência. É da natureza, aliás, dos movimentos em greve, expor as entranhas das condições que dão origem à crise. E, ao fazê-lo, também fazem emergir, ainda que de forma traumática, as perspectivas de soluções. O grave ambiente trazido pela greve, sua dinâmica, os seus desdobramentos e a busca objetiva de soluções acabaram colocando a ANDIFES no centro dos acontecimentos.

A universidade brasileira vive uma crise de carências, justamente porque o sistema federal de ensino superior cresceu, se tornou mais eficiente, exigindo investimentos em novas áreas. A falta de autonomia, os baixos salários, a falta de concursos públicos e um elenco de necessidades que, obviamente, não são estranhas a professores, alunos e funcionários técnico-administrativos, constituiram os alicerces da greve. Não é por menos que uma das mesas decorrentes da greve, e que juntará o ANDES, a FASUBRA, o MEC e a ANDIFES no exame de questões essenciais da universidade pública brasileira, seja a da reposição de quadros, e outra a do financiamento.

Encarar a crise tão fortemente exposta pela greve exige, dos dirigentes das IFES e das lideranças dos movimentos sociais em seu interior, não apenas que percebam com nitidez e profundidade os traços essenciais das contradições a sua frente como, fundamentalmente, sejam capazes de construir soluções criativas ajustadas à realidade. Este é um desafio irrenunciável que exige larga competência política dos que estão – ou pretendem estar – à frente das IFES. Essa competência política implica, essencialmente, na capacidade de contextualização e norteamento num ambiente fortemente enredado por contradições intrincadas, algumas à vista, outras apenas insinuadas.

Ao longo da greve, a ANDIFES buscou incessantemente a solução do impasse entre o governo e os servidores, por meio de negociações. Para tanto, desde o início das paralisações, os dirigentes reuniram-se várias vezes com os sindicatos, com o Ministro da Educação, a Secretária de Ensino Superior, técnicos do MEC e da Câmara, integrantes da Frente Parlamentar em Defesa da Universidade Pública, com o deputado Aécio Neves, presidente da Câmara Federal, com o deputado Sampaio Dória, relator do orçamento, com o senador Rames Tebet, presidente do Senado, com o deputado Nelson Marchesan, relator do PL 5805/01, com o deputado Gilmar Machado, sub-relator do orçamento, com as lideranças partidárias da situação e da oposição, e com os presidentes e os membros da Comissão de Educação da Câmara e do Senado. Tal postura de mediação política e busca de apoio para quebrar as intransigências colocou a ANDIFES no olho do furacão! É importante ainda destacar que graças aos esforços dos reitores, dos diretores gerais e dos conselhos superiores, mesmo durante a greve foi possível manter em funcionamento setores essenciais como os hospitais universitários, preservar o patrimônio público das IFES e a convivência da comunidade universitária.

Foi a competência política, aliás, o fator preponderante para a conclusão vitoriosa da greve, superando episódios óbvios de radicalizações e intransigências das partes envolvidas. De qualquer modo, nesse cenário protagonizado por diversos atores e complexa malha de interesses quase sempre contraditórios, coube aos reitores congregados na ANDIFES um papel fundamental, ainda que, intencionalmente, pouco reconhecido pelas partes, no encaminhamento das negociações. Desta forma, tanto nas variadas iniciativas de mediação política entre as partes, quanto na postura propositiva assumida mais ao final do movimento dos docentes, foi possível quebrar a inércia do impasse e mover produtivamente as peças em jogo. Entre o ANDES que não aceitava a GID e a GED e o Governo que rejeitava a incorporação da GAE, a ANDIFES inseriu sua proposta de reajuste na titulação.

O encaminhamento foi correto e o resultado altamente positivo. A proposta da ANDIFES conseguiu criar uma nova dinâmica no processo, como era seu objetivo. De um lado impulsionou o ANDES a abandonar sua proposta de incorporação da GAE e articular, outra alternativa – a do reajuste da tabela salarial – e, de outro, descerrou uma perspectiva de solução para a greve a um governo que, àquela altura, e em função de sua intransigência, havia criado importantes desgastes com os professores, os reitores e o Parlamento, além de meter-se num confronto com o Judiciário ao descumprir decisões em torno do pagamento dos salários aos docentes, atitude rejeitada pela sociedade e, por tudo isso, aspirava também o final do movimento.

Apesar de sua proposta ter sido aprovada, com rasgados elogios de docentes, por algumas assembléias, a ANDIFES flexibilizou estrategicamente mais uma vez, apoiando a do ANDES – de reajuste da tabela salarial – uma vez que esta também tinha a concordância do governo, desobstruindo assim os canais de negociação. O impasse foi quebrado e, com a oportuna e efetiva participação de parlamentares, construiu-se o acordo, do qual a ANDIFES foi signatária, que apontou para o final da greve.

A greve reafirmou uma vez mais – e eloqüentemente – a necessidade de reformas estruturais numa universidade cuja formulação organizacional, administrativa e didático-pedagógica remonta ao início dos anos 70. A reforma implantada nesta época trazia no seu bojo a implantação da pós-graduação e do regime de dedicação exclusiva. Entretanto, convivia com níveis científicos e tecnológicos bastante compartimentados, protegidos pelos muros da universidade. Este modelo não se coaduna mais nestes tempos da sociedade do conhecimento, próprios das atividades extensionistas que inserem cada vez mais a universidade na sociedade, das pesquisas multi, inter e transdisciplinares, do ensino a distância, das redes de comunicação por fibras óticas, e das cotidianas avaliações a que são submetidas as IFES. É crescentemente imperativo repensar a universidade pública brasileira no rumo de transformação que tem na autonomia um dos seus pontos fundamentais. A ANDIFES possui um projeto de lei orgânica referente à autonomia que deve ser revisto, mas cujos fundamentos continuam consistentes. Eis aí um tema que deverá polarizar as atenções da comunidade acadêmica. Autonomia – assinale-se – não é soberania. A universidade deve prestar contas à sociedade que a financia. E mais: não se pode perder, com a idéia da autonomia, a perspectiva de um sólido sistema federal de ensino superior.

A crise exposta pela greve possui lastro mais profundo na chamada modernização conservadora a que a universidade pública vem sendo submetida no Brasil, como também em outros países da periferia do mundo globalizado. Tal receituário, que paira, fantasmagórico, sobre nossas universidades, não as poupa de um destino tenebroso, a começar pelo pressuposto de que o ensino superior é mais da alçada privada do que pública. Ao contrário! Considerando o papel estratégico na sociedade atual atribuído às universidade públicas no tocante aos domínios da ciência e tecnologia, devemos lutar para a manutenção e expansão deste sistema e de suas excelências, entendendo ser este o melhor caminho para o resgate e desenvolvimento do ensino superior brasileiro.

Segunda edição da Sepex será realizada em junho

28/01/2002 16:46

A Comissão Organizadora definiu a data de realização da 2 Sepex – Semana de Ensino, Pesquisa e Extensão da UFSC. O evento será realizado de 11 a 14 de junho, com mostra de trabalhos em painéis e estandes. A mostra será exclusiva para professores, servidores técnico-administrativos e alunos da UFSC, sendo obrigatória para quem tem bolsa de extensão, Funpesquisa ou Fungrad. Também podem participar Grupos de Pesquisa, Núcleos Institucionais e Projetos. Os trabalhos serão classificados nas áreas de Comunicação, Cultura, Direitos Humanos, Educação, Meio Ambiente, Saúde, Tecnologia e Trabalho. Mais informações sepex@sei.ufsc.br

`Canções do Folclore` será lançado no Museu Universitário

28/01/2002 16:42

Será lançado nesta quarta-feira 30/01) o livro e CD ‘Canções do Folclore da Ilha de Santa Catarina’, de Alisson Mota. O lançamento pela Editora Insular acontece a partir de 19h, no Museu Universitário. O trabalho é resultado de uma pesquisa sobre o folclore originado da cultura açoriana no interior de Florianópolis. Entre as composições escolhidas estão ‘Baleia da Armação’, ‘Caranguejo da Armação’, ‘Constança’, ‘Lida Flor’ e ‘Ratoeira’.

IV Jornada Internacional de tênis na UFSC

25/01/2002 17:08

A IV Jornada Internacional de treinamento e organização do tênis acontece no campus da UFSC de 28 de janeiro a 2 de fevereiro de 2002. A jornada se desenvolve desde 1998 organizada pelo Núcleo de Estudos de Tênis (NETEC) do Centro de Desportos da UFSC, contribuindo para confirmar Florianópolis como um espaço de referência para o desenvolvimento do tênis em sua ampla expressão.

Objetiva proporcionar aos professores de Educação Física e treinadores de tênis oportunidade de atualização, troca de experiências e apresentação de estudos. Professores, treinadores, médicos, pessoas envolvidas com a mídia desportiva foram convidados para ministrar palestras dentre eles os professores Juan Pedro Fuentes Garcia da Universidade de Extremadura, Espanha, Luiz E. Guzman da Federação Chilena de Tênis e Centro de Treinamento do Chile e Dietmar Samulski da Alemanha que atua em convênio com a UFMG.

A IV Jornada possibilita, também, aos melhores jogadores juvenis do Brasil, com idade entre 14 e 18 anos,uma clínica prática através de uma semana de aplicação de treinamento dos cursos ministrados durante a jornada, com os treinadores nacionais e internacionais.

Informações 331 9695

Mestrado em Psicologia abre inscricões para 48 vagas

23/01/2002 15:49

Os interessados em fazer mestrado na área de Psicologia devem correr. As inscrições, na UFSC, estarão abertas de 4 a 22 de fevereiro e devem ser feitas junto ao programa de Pós-Graduação em Psicologia, no Centro de Filosofia e Ciências Humanas (CFH), no Campus da Trindade ou por correio, com data de postagem até o dia 20 de fevereiro. O endereço para o envio é : programa de Pós-Graduação em Psicologia – Universidade Federal de Santa Catarina – Campus Universitário – Cx.Postal 476 – CEP 88.040.500 – Florianópolis/SC. O formulário de inscrição está disponível na UFSC ou na página

www.cfh.ufsc.br/~mest-psi/

O mestrado trabalha com três linhas de pesquisa bem demarcadas: Processos organizacionais, trabalho e aprendizagem, Prática sociais e constituição do sujeito e Processos Psicossociais, saúde e desenvolvimento. A prova escrita acontece no dia 04 de março. informações: (48) 331 9984 ou na página www.cfh.ufsc.br/~mest-psi/

Fortalezas Multimídia expõe fotos do CD ROM

23/01/2002 15:40

Abre hoje às 18h a exposição fotográfica itinerante “Fortificações da Ilha de Santa Catarina” na Livraria Livros & Livros, no centro de Florianópolis. O visitante poderá conhecer algumas das fotos tiradas entre 1999 e 2001 pelos fotógrafos do Projeto Fortalezas Multimídia Alberto Luiz Barckert e Ademilde Silveira Sartori.

As 25 fotos coloridas, tamanho 25cmX30cm, procuram ilustrar um pouco do ambiente das fortificações da Ilha – monumentos históricos do século XVIII -, integrantes do acervo do Projeto Fortalezas Multimídia. As fotos expostas fazem parte das mais de 2 mil imagens contidas no CD-ROM Fortalezas Multimídia, lançado recentemente pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC).

Na abertura o coordenador do Projeto Fortalezas Multimídia, arquiteto Roberto Tonera, fará uma demonstração do CD-ROM.

A exposição fica até 16 de fevereiro na Livraria Livros & Livros – rua Jerônimo Coelho nº 215, Centro. Mais informações através do site www.fortalezasmultimidia.com.br ou do telefone (48) 331-5118.

UFSC dá continuidade ao segundo semestre a partir de 28/1

21/01/2002 16:40

A UFSC retoma o seu cotidiano a partir da próxima segunda-feira, dia 28, quando os alunos retornam às aulas que estiveram suspensas durante o período de greve vivido pela instituição. Segundo o professor Nivaldo Kuhnen, da Pró-Reitoria de Ensino e Graduação, tudo está preparado para receber os mais de 16 mil estudantes de volta. Como o semestre passado foi apenas suspenso e agora é retomado, não haverá a correria das matrículas. É só voltar e ir para a sala de aula. “Estivemos dando uma olhada nas salas, está tudo em ordem para o recomeço dos trabalhos”, enfatiza Nivaldo, esperando que não ocorra nenhum problema.

Como uma das preocupações dos estudantes é a Biblioteca, que ainda não tem uma climatização central, também há novidades. A BU deverá disponibilizar uma grande sala de estudos individuais totalmente climatizada, com lotação que ultrapassa os cem alunos. Segundo Maristela Moreira de Carvalho, pós-graduanda em História, isso vai dar outra qualidade aos estudos. “Porque estudar aqui no verão é insuportável. Eu venho, pego os livros e levo pra casa. Ficar é bastante desconfortável” . As filas de empréstimos também deverão estar menores pois o sistema, já há algum tempo, permite a renovação via Internet.

As maiores confusões podem acontecer na Pós-Graduação. Conforme o diretor do DPG, José Carlos Petrus, a volta às aulas vai depender de cada programa específico. “Teve programa que parou totalmente as atividades de aula, outros não. Então, a orientação é que cada pós-graduando faça um contato com o seu programa e verifique como vai ficar o retorno”. O diretor entende que quem parou as aulas na greve deve retornar no dia 28, mas o melhor mesmo é confirmar.

Inscrições para o NDI nos dias 4 e 5 de fevereiro

15/01/2002 15:45

O Núcleo de Desenvolvimento Infantil do CED/UFSC abre inscrições para 61 vagas destinadas ao ingressso de crianças na faixa etária de, no mínimo, 3 meses a, no máximo, 6 anos e 7 meses completos em 1/3/2002, filhos de estudantes (20 vagas), docentes (15 vagas) e técnico-administrativos (26 vagas) da UFSC.

A documentação necessária para a inscrição é o comprovante de vínculo com a UFSC, xerox da certidão de nascimento da criança, comprovando a filiação na forma da lei e comprovante de pagamento da taxa de inscrição, paga em uma das agências do Campus (Banco do Brasil, CEF ou BESC). O horário das inscrições é de 8 às 11h30min e de 14h às 17h30min na secretaria do NDI.

O sorteio acontece às 15h do dia 7 de fevereiro no auditório do NDI e a divulgação dos resultados será no mural de entrada do NDI

A matrícula acontece no mesmo horário da inscrição e também na secretaria do NDI.

O não comparecimento na data prevista para a matrícula, implicará na perda da vaga, sendo que cada candidato (a) poderá ter apenas uma inscrição.

Informações : 3319432

Alunos da UFSC recebem mérito universitário catarinense

07/01/2002 17:49

Nesta quarta-feira, nove de janeiro, às 10h, no Palácio do governo, acontece a solenidade de entrega do Prêmio Mérito Universitário Catarinense – Edição 2002. São 18 os alunos da UFSC que receberão o prêmio. Eles foram selecionados entre os 74 alunos inscritos da instituição, por uma comissão integrada por professores da UFSC, pelo deputado estadual João Henrique Blasi e o empresário Murilo Naspolini, representante da comunidade, levando em conta a análise do histórico escolar, do curriculum vitae, a participação em atividades de iniciação científica, publicação de artigos em revistas científicas e comprovação de índice de aproveitamento acumulado (IAA) igual ou superior a 8,0.

Os estudantes que foram contemplados receberão passagens e ajuda de custo para viagens. O prêmio Mérito Universitário Catarinense tem o objetivo de estimular o desenvolvimento acadêmico nas instituições de ensino superior de Santa Catarina, possibilitando a participação de alunos em viagens de estudos e a visita a instituições de ensino e pesquisa, indústrias, feiras e exposições. A Fundação de Ciência e Tecnologia (Funcitec), ligada ao governo do estado, é a promotora do evento.

Informações na UFSC com a professora Eunice Nodari, fone 331 8307.

Estudantes premiados:

Monique Vitório /Curso de Engenharia Elétrica (Alemanha)

Alan Patrick de Abreu / Curso de Engenharia Mecânica (Alemanha)

Sabrina Silva Paes / Curso de Engenharia de Alimentos (Chile)

Neusa Steiner/ Curso de Agronomia (Chile)

Beatriz Gonçalves Kawal/ Curso de Serviço Social (Emirado de Ras Al Khaimah)

Adriana Corrêa Küchler/ Curso de Jornalismo (Emirado de Ras Al Khaimah)

Bruno Augusto Mattar Carciofi/ Curso de Engenharia de Alimentos (França)

Camila Elizandra Rossi/ Curso de Nutrição (França)

Carlos Roberto Mafra/ Curso de Física (Austrália)

Karin Hahn Lüchmann/ Curso de Ciências Biológicas (Canadá)

Gilberto Daniel Luiz / Curso de Farmácia – Análises Clínicas (China)

Jaison José Bassani / Curso de Educação Física (Cuba)

Vanessa Scoz / Curso de Engenharia Civil (Estados Unidos)

Rodrigo Cristiano / Curso de Química (India)

Gisela Flôr Scalco / Curso de Farmácia – Tecnologia de Alimentos (Inglaterra)

Adriana Angelita da Conceição / Curso de História (Itália)

André Puel / Curso de Engenharia Civil (Japão)

Fábio Gonçalves Daura Jorge/ Curso de Ciências Biológicas (Rússia)