Estudo identifica limites ambientais na Ilha

14/11/2003 15:32

O Grupo de Pesquisa Gestão do Espaço do Departamento de Engenharia Civil da UFSC, em parceria com a Centrais Elétricas de

Santa Catarina (Celesc), está desenvolvendo uma metodologia para identificar, de forma mais rápida e barata, os limites das

Áreas Legalmente Protegidas (ALP’s) da Ilha de Santa Catarina. Ao todo, são 22 ALP’s – regiões que possuem no terreno

elementos de preservação ambiental como dunas, mangues, alto dos morros, lagoas, parques e restingas – que correspondem a

cerca de 40% do total do território da Ilha. Os resultados do primeiro ano desta pesquisa foram apresentados nesta sexta-feira

(14), às 14 horas, no auditório da Fundação de Ensino e Engenharia em Santa Catarina (FEESC), no campus universitário.

O projeto, iniciado em agosto de 2002, já desenvolveu um inventário de todas as Áreas Legalmente Protegidas da Ilha, mapas digitais e um banco de dados com todas as legislações que regem cada uma destas áreas. “Isto porque, como existem leis municipais, estaduais e federais regulando as áreas de preservação ambiental, muitas vezes há mais de uma legislação incidindo sobre o mesmo território”, explica a professora Dora Orth, do Departamento de Engenharia Civil e coordenadora do projeto na UFSC.

O próximo passo é fazer melhorias nos mapas digitais das ALP’s e desenvolver um guia metodológico de identificação de limites de

preservação em áreas litorâneas. Da forma como é feita atualmente, a definição destes limites é cara e demorada, pois exige que uma equipe especializada vá ao local para fazer as medições.

Uma forma mais rápida de fazer esta análise é com o uso da tecnologia GPS associada a fotos aéreas e imagens de satélite. O GPS é um sistema que permite posicionar pontos na Terra através de sinais de satélites com muita rapidez e precisão. “O problema é que são poucas as pessoas fora das universidades que sabem utilizar corretamente este sistema”, constata Dora. O guia metodológico irá detalhar como fazer uso desta tecnologia e como analisar os resultados, de forma que os próprios funcionários das prefeituras possam fazer a identificação dos limites. “Assim, o poder público terá mais autonomia, pois, além de fazerem as delimitações mais rapidamente, não terão mais que gastar com a contratação de empresas que façam estas análises”, justifica a professora Dora.

Para fazer o guia, será preciso, em primeiro lugar, analisar minuciosamente todas as ALP’s da Ilha para obter “modelos” capazes

de serem aplicados também em outras regiões litorâneas. “O objetivo desta pesquisa é ajudar o poder público a fazer melhorias no meio ambiente. É uma forma de pôr em prática a função social da Universidade e da empresa envolvida, no caso, a Celesc”,

destaca a pesquisadora.

Mais informações com a professora Dora Orth (ecv1dmo@ecv.ufsc.br), pelos telefones (48) 331-7765 ou (48) 9962-5821

Fonte: Núcleo de Comunicação do Centro Tecnológico