Professora da UFSC fica em segundo lugar em prêmio nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação
Debora Peres Menezes, professora do Departamento de Física da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) foi a segunda colocada na categoria Ciências Exatas do Prêmio Confap de Ciência, Tecnologia & Inovação – “Professora Odete Fátima Machado da Silveira”. A premiação ocorreu durante o Fórum Nacional Confap, realizado em São Paulo nesta quinta-feira, 23 de março. A professora e pesquisadora foi indicada por meio de edital da Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Estado de Santa Catarina (Fapesc).
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Debora recebeu o prêmio com “imensa satisfação” e ressaltou que o recebia em nome de seu Departamento e “e de todas as físicas e físicos que trabalharam com heroísmo diário nos últimos anos”. A pesquisadora salientou a importância das Fundações de Apoio à Pesquisa (FAP) e contou de sua trajetória. “Quando cheguei do meu doutorado em Oxford, recebi uma das primeiras bolsas de recém-doutor do CNPq para trabalhar na USP. Por diversas razões, conclui que seria melhor sair de São Paulo, o que me rendeu a pecha de career killer, por optar por um Estado onde não havia uma FAP institucionalizada como a Fapesp”, lembra.
“De fato, quando comecei trabalhar na UFSC, no meu primeiro projeto – para a Finep – solicitei cadeiras, tal era a precariedade das condições de trabalho que encontrei. E as recebi, depois de uma visita de assessores. Mas com o passar do tempo, tudo melhorou e a antiga Funcitec deu origem à FAPESC que, nos tempos em que foi administrada por pessoas do gabarito do Prof. Diomário de Queiroz (ex-reitor da UFSC) e Cesar Zucco (excelente pesquisador), de fato colocou a pesquisa de Santa Catarina em um patamar competitivo. Espero que os futuros cientistas consigam da Fapesc o apoio que eu tive dos órgãos de fomento nacionais e, sem os quais, não estaria aqui hoje”.
Debora Peres Menezes, que tornou-se a primeira mulher a presidir a Sociedade Brasileira de Física, em 2021, passará a atuar em breve como diretora de Análise de Resultados e Soluções Digitais do CNPq. Nessa nova função, ela diz que “gostaria de contar com a colaboração e as sugestões das Fundações de Apoio à Pesquisa para construirmos parcerias e um futuro de esperança para nossos jovens cientistas”.
Além dos troféus, a docente receberá um prêmio em dinheiro, no valor de seis mil reais, o qual pretende doar para o projeto Mulheres na Ciência.
Currículo
A professora Debora é graduada em licenciatura e bacharelado e é mestre em Física pela Universidade de São Paulo (USP). Tem doutorado pela University of Oxford, da Inglaterra, pós-doutorado pela Universidade de Coimbra, de Portugal, e estágio sênior pela Sydney University, Austrália, e pela Universidade de Alicante, da Espanha (2014). É professora titular da UFSC e presidente da Sociedade Brasileira de Física (SBF). Foi pró-reitora de Pesquisa e Extensão entre 2008 e 2012, na UFSC. Leia mais.
Prêmio Confap
O prêmio tem patrocínio da Financiadora de Estudos e Projetos (FINEP/MCTI) e apoio do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq/MCTI). Premiou pesquisadores(as) que se destacaram em pesquisas científicas, tecnológicas e de inovação, cujos resultados geraram conhecimento e beneficiaram, direta ou indiretamente, o desenvolvimento e o bem-estar da população brasileira. Também reconheceu a atuação de profissionais de comunicação que, por meio do jornalismo científico, contribuíram para a aproximação entre a CTI e a sociedade brasileira.
A premiação foi dividida em três categorias: Pesquisador(a) Destaque, com as subcategorias Ciências da Vida; Ciências Exatas; e Ciências Humanas; Pesquisador(a) Inovador(a), com as subcategorias Inovação para o Setor Empresarial; e Inovação para o Setor Público; e Profissional de Comunicação.
Com o objetivo de buscar equilíbrio entre os Estados, o prêmio foi dividido em duas etapas: Estadual e Nacional. A Etapa Estadual em Santa Catarina, organizada pela Fapesc, recebeu inscrições das Instituições de Ciência, Tecnologia e Inovação (ICTIs).
Mayra Cajueiro Warren/Jornalista da Agecom/UFSC
com informações da reportagem do Portal de notícias da Fapesc