O evento, que ocorre de 19 a 23 de novembro, é aberto ao público. Além da mostra de filmes, vão acontecer mesas-redondas, debates e palestras sobre crítica, produção de cinema, política cinematográfica e animação, além de receber a extensão do forumdoc.bh, Festival do Filme Documentário de Belo Horizonte.
A Semana é organizada pelo Curso de Cinema da UFSC, Cinemateca Catarinense – abd/sc, forumdoc.bh e CACine (Centro Acadêmico de Cinema).
O evento tem o apoio de FAPESC, FINEP, CCE – UFSC, Pró-Reitoria de Assuntos Estudantis e Pró-Reitoria de Cultura e Extensão (UFSC) e Design Social – Núcleo Interdisciplinar (UFSC).
As atividades incluem: Mesas e palestras sobre produção, crítica e política cinematográficas (todas as manhãs, no Auditório Henrique Fontes e na Sala Drummond / CCE / UFSC).
Sob o Risco do Real – ciclo de palestras e mostra de documentários (todas as tardes, no Auditório Henrique Fontes / CCE / UFSC).
Retrospectiva Joaquim Pedro de Andrade (de 20 a 23 de novembro, terça a sexta, sempre às 20h, no Cineclube Nossa Senhora do Desterro / CIC).
A Semana de Cinema recebe a extensão do forumdoc.bh, Festival do Filme Documentário de Belo Horizonte, pela primeira vez em Florianópolis. Dedicado à exibição e à discussão de filmes documentais, o forumdoc é realizado há dez anos em Belo Horizonte, pela Associação Filmes de Quintal. Em sua programação, sempre gratuita, além de um panorama de produções audiovisuais diversificado, apresenta um fórum que atualiza anualmente o debate sobre questões decisivas relacionadas ao documental.
Confira a programação completa da Semana de Cinema:
www.semanadecinema.blogspot.com, e no telefone (48)3721-6543.
Saiba mais sobre o Curso de Cinema UFSC www.cinema.ufsc.br.
Por Régis Rodrigues/ Bolsista Agecom.
Programação na UFSC
MANHÃS
1) Produção, crítica e política cinematográficas (mesas e palestras)
Das 9h30 às 12h
Locais: Auditório Henrique Fontes / CCE (dias 19, 20 e 21 de novembro)
+ Sala Drummond / CCE (dias 22 e 23 de novembro)
– 19/11 – Crítica cinematográfica (cinema contemporâneo): Leonardo Mecchi (Cinética) e José Geraldo Couto (Folha de São Paulo). Mediação: Luiz Felipe Soares (UFSC).
JOSÉ GERALDO COUTO é formado em história e jornalismo pela USP e escreve para o jornal Folha de São Paulo desde 1984. Foi redator e repórter do Mais! e da Ilustrada, entre outros cadernos, além de escrever regularmente sobre cinema e futebol. É autor de André Breton – A Transparência do Sonho (Brasiliense), Brasil: Anos 60 (Ática) e organizador de Quatro Autores em Busca do Brasil (Rocco).
LEONARDO MECCHI é engenheiro por formação. Crítico de cinema da revista eletrônica Cinética, foi selecionado em 2007 para o Berlinale Talent Campus, programa anual do Festival Internacional de Cinema de Berlim. É colaborador do sítio Cinequanon e autor do blog Enquadramento. Atua ainda no desenvolvimento e produção de projetos de curtas e longas – entre eles Onde Andará Dulce Veiga?, de Guilherme de Almeida Prado, e À Margem do Lixo, de Evaldo Mocarzel – além de mostras e festivais dedicados ao cinema brasileiro.
– 20/11 – Animação: Arthur Medeiros Nunes e Paolo Conti (Animaking – Florianópolis). Mediação: Henrique Pereira Oliveira (UFSC).
ARTHUR MEDEIROS NUNES e PAOLO CONTI, criadores da Animaking, trabalham juntos há mais de 10 anos, e têm no currículo mais de cinco horas de animação. São mais de 60 filmes publicitários, incluindo campanhas para a TAM e a 89FM de São Paulo, e dois curta-metragens. Atualmente com sede da empresa em Florianópolis, os dois trabalham num primeiro longa em stop motion, Minhocas, homônimo do premiado curta de 2006.
– 21/11 – Finalização de imagem: Aloysio Raulino (fotógrafo de cinema). Mediação: Andréa Scansani (UFSC).
ALOYSIO RAULINO é cineasta e fotógrafo. Dirigiu, entre outros filmes, Porto de Santos, Jardim Nova Bahia, Noites Paraguayas, São Paulo – Cinemacidade e a série Puberdade. Fotógrafo de Braços cruzados, máquinas paradas, de Roberto Gervitz e Sérgio Toledo, O Prisioneiro da Grade de Ferro – Auto-Retratos, de Paulo Sacramento, e Serras da Desordem, de Andrea Tonacci, entre muitos outros.
– 22/11 – Política do Audiovisual: Antônio Celso dos Santos (FAM – Florianópolis Audiovisual Mercosul). Mediação: Mauro Pommer (UFSC).
ANTÔNIO CELSO DOS SANTOS é formado em Filosofia e Mestre em Comunicações pela USP, roteirista e diretor cinematográfico, além de criador e coordenador do FAM – Florianópolis Audiovisual Mercosul, um dos maiores festivais de cinema e fórum de políticas audiovisuais do Mercosul. Membro da Cinemateca Catarinense/ABD –SC, do Santacine – Sindicato da Indústria do Audivoisual de Santa Catarina e do Fórum dos Festivais Brasileiros de Cinema.
– 23/11 – Cinema Catarinense: Zeca Pires e Guto Lima. Mediação: Chico Faganello (UFSC).
ZECA PIRES é doutorando em mídia e conhecimento pela EPS/UFSC. Diretor de vários filmes e vídeos, está finalizando seu segundo longa, A Antropóloga, juntamente com a produtora e também cineasta Maria Emília Azevedo. Tem dois livros publicados: O Cinema em Santa Catarina, em co-autoria com Norberto Depizzolatti, e Cinema e História: José Julianelli e Alfredo Baumgarten, pioneiros do cinema catarinense, sua dissertação de mestrado.
GUTO LIMA é formado em Comunicação Social, com habilitação em Jornalismo, e trabalha há oito anos com audiovisual. Foi produtor de programas de TV, documentários como Luiz Henrique Rosa – no balanço do mar e Mercado de Histórias. Trabalhou também em Sorria você está sendo filmado e Quem disse que tô indo pra casa. É coordenador da Mostra de Vídeos Catarinenses – Catavídeo, que caminha para sua nona edição. Foi, durante dois anos, membro do Conselho Estadual de Cultura, representando a Associação Cultural Cinemateca Catarinense. Atualmente é diretor financeiro da Cinemateca e tesoureiro da Associação Brasileira de Documentaristas e Curta Metragistas (ABD Nacional).
TARDES
2) Sob o Risco do Real – Ciclo de palestras e mostra de documentários
Das 14h30min às 19h
Local: Auditório Henrique Fontes / CCE / UFSC
Programação:
– 19/11 (segunda-feira) – Palestra de Consuelo Lins
CONSUELO LINS é documentarista e professora da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Doutorou-se pela Universidade de Paris 3, com tese sobre documentário centrada na obra do cineasta americano Robert Kramer. Trabalhou com Eduardo Coutinho em Babilônia 2000 e Edifico Master e realizou, entre outros filmes, Leituras (2005), curta-metragem filmado com câmera de telefone celular, exibido em vários festivais e premiado como melhor curta-metragem brasileiro no Festival Internacional de Curtas de Belo Horizonte (2006). Pós-doutorado pela Universidade de Paris 3 (2005) em torno da produção documental mais marcadamente subjetiva. Escreve regularmente artigos sobre a criação audiovisual contemporânea e publicou em 2004 O documentário de Eduardo Coutinho: televisão, cinema e vídeo pela Jorge Zahar Editor, já na segunda edição.
Após o debate, exibição de
Acidente (Dir: Cao Guimarães e Pablo Lobato, 2006, 72 min.)
Pequenas realidades se revelam na trivialidade cotidiana de 20 cidades mineiras. Melhor documentário no Festival Internacional de Cinema do Rio 2006.
– 20/11 (terça-feira) – Palestra de Ilana Feldman
ILANA FELDMAN é mestre em Comunicação, Imagem e Informação pela Universidade Federal Fluminense, onde também exerceu atividades docentes no curso de Estudos Culturais e Mídia do Instituto de Artes e Comunicação Social. Como objeto de pesquisa, tem trabalhado desde a graduação com a investigação e análise dos reality shows, a partir de uma perspectiva estética, tecnológica e biopolítica. Nos últimos anos, publicou diversos artigos sobre o tema, em revistas acadêmicas e ensaísticas. É redatora convidada da revista eletrônica Cinética e colaboradora da revista Trópico. Como realizadora, dirigiu os filmes Almas Passantes – um encontro com João do Rio e Charles Baudelaire (em finalização), a partir do Prêmio Riofilme para Roteiros de Curta-metragem, e Se tu fores, contemplado pelo prêmio Itaú Cultural para Novos Realizadores, categoria Documentário.
Após o debate, exibição de
Disneyland, mon vieux pays natal (Dir: Arnaud des Pallières, França, 2000, 45 min.)
Viagem perturbadora ao “país mágico” da Disneyland.
– 21/11 (quarta-feira) – Palestra de Aloysio Raulino
ALOYSIO RAULINO é cineasta e fotógrafo. Dirigiu, entre outros filmes, Porto de Santos, Jardim Nova Bahia, Noites Paraguayas, São Paulo – Cinemacidade e a série Puberdade. Fotógrafo de Braços cruzados, máquinas paradas, de Roberto Gervitz e Sérgio Toledo, O Prisioneiro da Grade de Ferro – Auto-Retratos, de Paulo Sacramento, e Serras da Desordem, de Andrea Tonacci, entre muitos outros.
Após o debate, exibição de
Serras da Desordem (Dir: Andrea Tonacci, Brasil, 2005, 135 min.)
Ficção documental. Carapiru é um índio nômade. Depois de ter seu grupo massacrado por fazendeiros, perambula sozinha por 10 anos pelas serras do Brasil central até ser capturado, em 1988, a 2 mil quilômetros de seu ponto de partida.
– 22/11 (quinta-feira) – Palestra de Leandro Saraiva
LEANDRO SARAIVA é professor do Curso de Imagem e Som da Universidade Federal de São Carlos (SP). É roteirista e publicou pela Editora Conrad o livro Manual de Roteiro – ou Manuel, o primo pobre dos manuais. Trabalhou como pesquisador em longas documentais, como Peões (Eduardo Coutinho) e Em trânsito (Henri Gervaiseau). É também crítico de cinema, publicando artigos com regularidade em revistas como Reportagem, Novos Estudos Cebrap e Sinopse (da qual foi um dos fundadores e editores).
Após o debate, exibição de
Pïrinop, Meu Primeiro Contato (Dir: Mari Corrêa e Karané Ikpeng, Brasil, 2007, 82 min.)
Feito pelo povo indígena Ikpeng, o primeiro longa-metragem do projeto Vídeo nas Aldeias conta a história do primeiro contato dos Ikpeng com os brancos.
– 23/11 (sexta-feira) – Palestra de Eduardo Escorel
EDUARDO ESCOREL é cineasta, tendo dirigido, roteirizado, montado e produzido diversos filmes de ficção e documentários. Dirigiu, entre outros, Lição de Amor (1975), Ato de Violência (1979), Chico Antonio, o Herói com Caráter (1983) e Vocação do Poder (com José Joffily, 2004). Desde os anos 60, firmou-se como um dos mais importantes montadores do cinema brasileiro. Entre outros filmes, montou Terra em Transe e O Dragão da Maldade contra o Santo Guerreiro (Glauber Rocha), O padre e a moça, Macunaíma e Os Inconfidentes (Joaquim Pedro de Andrade), São Bernardo e Eles não usam black-tie (Leon Hirszman) e Cabra Marcado para Morrer (Eduardo Coutinho). Recentemente, publicou o livro Adivinhadores de Água, que reúne ensaios sobre o cinema brasileiro escritos a partir dos anos 80. É professor do curso de Graduação em Cinema da PUC-RJ e coordena o Curso de Pós-Graduação em Cinema Documentário da Fundação Getúlio Vargas.
Após o debate, exibição de
Tishe! (Dir: Victor Kossakovsky, Rússia, 2002, 82 min.)
Uma cidade (São Petersburgo) vista exclusivamente da janela de um apartamento…