Cortejo de bonequeiros é destaque do 4º Festival Internacional de Teatro de Animação nesta segunda-feira

21/06/2010 09:08

Mais informações www.fitafloripa.com.br

Mais informações www.fitafloripa.com.br

Seis apresentações nas ruas e em teatros, mais um cortejo de bonecos pelo Centro de Florianópolis, são alguns dos destaques desta segunda-feira (21/06) no 4º Fita Floripa – Festival Internacional de Teatro de Animação.

O cortejo sai dos jardins do Palácio Cruz e Sousa, às 16h, com a presença de vários diretores teatrais, atores, pernas de pau, bonequeiros e um bloco de maracatu, o Arrasta Ilha.

A “procissão” ocorre logo após a encenação de ´As Aventuras de Uma Viúva Alucinada`, do Grupo Mundaréu, de Curitiba, que começa uma hora antes, às 15h.

Do palácio, o cortejo caminha em direção ao Largo da Alfândega, onde encontrará o professor Olaf Stevenson, personagem da peça ´Le Polichineur de Tiroirs`, do grupo belga Chemins de Terre, que se aprensenta às 17h.

Dentro das variadas possibilidades que o teatro de animação e de rua oferece, os dois grupos trabalham com linguagens distintas. O Mundaréu, que recebeu o Prêmio de Teatro Myriam Muniz de 2009, constrói seus espetáculos a partir de formas e conteúdos da cultura popular, aliando sua dramaturgia com a presença de bonecos, teatro de máscaras, dança e música.

Já o grupo belga Chemins de Terre, com ´Le Polichineur de Tiroirs`, apresenta uma versão do clown, construindo seu espetáculo principalmente através da manipulação de objetos inusitados.

Outras três apresentações, agora em salas fechadas, fecham o segundo dia do Fita, todas às 20h. Quem não assistiu ´Don Juan, Memoria Amarga de Mi`, na abertura, do grupo espanhol Pelmanèc, terá uma nova oportunidade, no Centro de Cultura e Eventos da UFSC.

O grupo franco-espanhol Pelele Marionettes, um dos destaques internacionais do Fita, apresenta ´Los funestos esponsales de Don Cristóbal`, no Teatro da UFSC. Don Cristobal é um velho rico e egoísta, que vive feliz rodeado de sua fortuna, até que uma mulher misteriosa passa a fazer parte de seus sonhos.

Já o grupo Mamulengo Presepada, uma das grandes referências no teatro de animação de Brasília, apresenta ´O Romance do Vaqueiro Benedito`, peça que circula teatros e festivais há mais de dez anos. Por meio de personagens clássicos da cultura popular nordestina, o bonequeiro Chico Simões alia música e dança a um texto coloquial e cômico para narrar a vida de um simples vaqueiro apaixonado.

Mais informações no site www.fitafloripa.com.br

O QUÊ: 4º Fita Floripa – Festival Internacional de Teatro de Animação.

QUANDO: De 20 a 27 de junho.

ONDE: Centro de Cultura e Eventos, Concha Acústica e Teatro da UFSC, Centro de Artes da UDESC, Teatro Álvaro de Carvalho, Largo da Alfândega, Palácio Cruz e Sousa, Apae e Orionópolis (Florianópolis) e Teatro Elias Angeloni, Praça Nereu Ramos e Teatro de Arena (Criciúma) e Teatro do Sesc (Joinville).

QUANTO: Entrada gratuita, com exceção dos espetáculos no Centro de Cultura e Eventos da UFSC, Teatro da UFSC e Teatro Álvaro de Carvalho, com ingressos a R$ 10 (inteira) e R$ 5 (meia).

Programação:

Dia 21 (segunda)

12h30min / As Aventuras de Uma Viúva Alucinada

Grupo Mundaréu (Curitiba)

Concha Acústica – UFSC

15h / As Aventuras de Uma Viúva Alucinada

Grupo Mundaréu (Curitiba)

Jardins do Palácio Cruz e Sousa

16h / Cortejo de bonecos

Saída dos Jardins do Palácio Cruz e Sousa e chegada no Largo da Alfândega

17h / Le Polichineur de Tiroirs

La Compagnie des Chemins de Terre (Bélgica)

Largo da Alfândega

20h / Don Juan, Memoria Amarga de Mí

Companyia Pelmànec (Espanha)

Centro de Cultura e Eventos – UFSC

20h / Los funestos Esponsales de Don Cristóbal

Pelele Marionettes (França / Espanha)

Teatro da UFSC

20h / O Romance do Vaqueiro Benedito

Mamulengo Presepada (DF)

SESC

CONTATO:

Victor da Rosa

(48) 3721-7848, 9918-7626

Fifo Lima

(48) 3721-7848, 4141-2116, 9146-0251

Assessoria de Imprensa

Ministro do Trabalho entrega carta sindical para a Apufsc nesta quinta-feira

21/06/2010 08:55

Com a presença do ministro do Trabalho, Carlos Lupi, a Apufsc recebe em ato formal programado para quinta-feira, dia 24, a outorga da carta sindical que a constitui como entidade representativa dos professores das universidades federais em Santa Catarina. O evento acontece às 10 horas no auditório da Reitoria.

A data, que marca os 35 anos da Apufsc, servirá também para se debater ´O Novo Sindicalismo Universitário`, num seminário que contará com representantes de associações docentes de todo o país, além das centrais sindicais. Já confirmaram presença diretores do Proifes, Adurn, ADURFGS, ADUFC, Adufscar e APUBH.

Confira a programação:

– O Novo Sindicalismo Universitário / 24 de junho

10 horas:– Ato formal de entrega do diploma de registro sindical pelo ministro do Trabalho e Emprego, Carlos Roberto Lupi, com a presença de autoridades públicas, universitárias e de representantes de entidades sindicais.

10h30min / Auditório da Reitoria:– Debate: A questão sindical no Serviço Público Federal

Debatedores: Representantes da CUT, Força Sindical, CTB e Proifes

Moderador: Professor Rogério Portanova, vice-presidente da Apufsc-Sindical

14h30min / Auditório do CCE– Mesa-redonda: Federação: o Novo Sindicalismo Universitário

Participantes: Representantes das entidades sindicais: Adufscar-Sindicato, Apubh-Sindicato, Adufrgs-Sindical, Adurn, Adufc, Adunb, Apufsc-Sindical

Moderador: Professor Armando de Melo Lisboa, presidente da Apufsc-Sindical

Mais informações: imprensa@apufsc.ufsc.br /

Especial Pesquisa: tese gera fundamentos para regulamentação do uso da bracatinga, espécie nativa da Mata Atlântica

21/06/2010 08:49

A espécie em ambiente natural e agricultores parceiros

A espécie em ambiente natural e agricultores parceiros

A bracatinga é uma das espécies da Mata Atlântica mais usadas no país para produção de lenha e carvão. É considerada a melhor lenha do Brasil, mas seu corte é exemplo de um conflito entre legislação ambiental e famílias rurais. No Planalto Catarinense, a bracatinga garante metade da renda dos agricultores em assentamentos. São terras de solos rasos e de baixa fertilidade, com áreas de encostas, morros ou de uso restrito, segundo a própria legislação.

Desde o final dos anos 80, assim como preparam o solo e cuidam das plantações de milho e feijão, os agricultores cultivam as árvores de bracatinga. A sabedoria popular recomenda só fazer o corte após as plantas terem “sementado” pelo menos três vezes e manter árvores adultas, o que garante a formação do próximo bracatingal. Os agricultores também usam fogo para quebrar a dormência das sementes no solo; fazem “raleio” para melhorar o crescimento das mudas e protegem a área para evitar a entrada de gado e fogo.

Com esse trabalho, as famílias manejam a espécie que naturalmente brota em áreas abertas da Mata Atlântica. Mas, de acordo com a legislação ambiental, estão agindo contra a lei, cortando florestas secundárias nativas. São exigências legais que apresentam menos elementos conservacionistas do que a atuação dos agricultores, mostra tese desenvolvida junto ao Programa de Pós-Graduação em Recursos Genéticos Vegetais, ligado ao Centro de Ciências Agrárias da UFSC.

Conhecimento popular

O estudo foi conduzido nos assentamentos Putinga, Jangada, Treze de Outubro e São Roque, nos municípios de Calmon e Matos Costa. Possibilitou a avaliação dos processos históricos, culturais, ecológicos e econômicos envolvidos com a bracatinga no Planalto Catarinense. E mostra que o uso dessa árvore contribui para que a maior parte da área dos assentamentos tenha mais de 60% de cobertura florestal, tanto de bracatingais como de florestas secundárias nativas.

A pesquisa comprova também que os bracatingais são formações florestais com mais de 80% de árvores desse tipo, que surgem a partir do esforço dos agricultores. “O bracatingal é uma opção de uso do solo, e não uma cobertura vegetal nativa de especial necessidade de proteção”, argumenta Walter Steenbock, autor da tese ´Domesticação de bracatingais: perspectivas de inclusão social e conservação ambiental`.

Com a ajuda dos agricultores, Walter identificou os cuidados considerados importantes para a formação e manutenção dos bracatingais. Além disso, avaliou aspectos da cadeia produtiva da espécie, construindo uma visão crítica sobre a legislação ambiental.

Segundo ele, o caso da bracatinga no Planalto Catarinense revela a opção da legislação brasileira de promover a importação de técnicas e práticas desvinculadas da realidade local. Uma postura que prejudica as populações tradicionais e negligencia o fato de que o uso que fazem dos recursos naturais pode ser ecologicamente sustentável.

“A existência de parâmetros de manejo e de uma estrutura bem característica pode ser um critério simples e eficaz para a definição de um bracatingal manejado, uma paisagem domesticada, e não uma floresta secundária nativa, possibilitando o uso legal destas formações, de forma semelhante ao que ocorre em relação aos plantios florestais”, destaca Walter em sua tese. Esta visão permitiria o uso do bracatingal em qualquer momento do ciclo, com maior benefício para as famílias assentadas. Os agricultores poderiam explorar a bracatinga para produção de escoras, palanques, lenha e tabuados, agregando valor a seu trabalho e reduzindo o impacto ambiental e social da produção do carvão.

“O estudo indica a importância da busca pela participação e envolvimento dos agricultores na discussão e deliberação dos instrumentos legais”, alerta Walter. A pesquisa surgiu a partir da demanda de lideranças dos agricultores da região junto ao Ibama. A partir dessa solicitação, foi montado um projeto que integrou diversas instituições. Entre elas, o Núcleo de Florestas Tropicais da UFSC, Epagri, Incra e a Cooperativa de Trabalhadores da Reforma Agrária de Santa Catarina.

A tese de Walter é parte desse trabalho e resultou em propostas de mecanismos para a regulamentação do manejo dos bracatingais, envolvendo aspectos técnicos, metodológicos e organizacionais, para que os agricultores assentados possam trabalhar de forma legal e com maior inserção na cadeia produtiva.

“O trabalho tem o mérito de reconhecer o sistema tradicional dos agricultores e viabilizar suas práticas”, considera o professor Maurício Sedrez dos Reis, orientador do trabalho e coordenador do Núcleo de Pesquisas em Florestas Tropicais da UFSC.

Mais informações: steenbock.walter@gmail.com

Por Arley Reis / Jornalista da Agecom

Saiba Mais:

Diferenças entre bracatingais e florestas secundárias:

Florestas secundárias

– A densidade total de indivíduos é, em média, em torno de 8 mil indivíduos por hectare, em formações de 1 a 4 anos

– A percentagem da bracatinga nunca é superior a 18 %, em florestas secundárias de 1 a 16 anos.

– A densidade total de indivíduos varia na ordem de 5 mil a 8mil indivíduos por hectare ao longo do processo sucessional, em florestas de 1 a 20 anos de idade.

– Maior diversidade de espécies, relativamente aos bracatingais, nas florestas secundárias

Bracatingais

– Densidade total de árvores, em média, superior a 30 mil por hectares, em bracatingais de 1 a 4 anos

– Mais de 80% de árvores, em bracatingais de 1 a 16 anos

– Densidade expressivamente reduzida ao longo do tempo, sendo, em bracatingais de 17 a 20 anos, de apenas 2,5 % do total de árvores que ocorriam no início do ciclo

– Reduzido número de espécies além da bracatinga

Manejo do bracatingal pelos agricultores

– formação dos bracatingais na época adequada, evitando o efeito de geadas sobre as plantas jovens;

– formação somente após a garantia de elevada quantidade de sementes no solo;

– aplicação de fogo para a quebra de dormência das sementes;

– manutenção de árvores ou de bracatingais adultos nos lotes como matrizes;

– desbaste sistemático de plantas no início do ciclo dos bracatingais;

– controle do gado, da entrada de fogo e de formigas

Depoimentos de agricultores:

“Quando viemos pra cá não conhecíamos

a bracatinga, mas tinha gente que já

usava ela pro carvão. A gente não tinha

ideia que ela era dessa região, desse

clima. Aí percebemos que precisávamos

conviver com ela.”


Sr. J. (Assentamento São Roque)

“Antes a gente achava que o bracatingal

fazia a terra ficar ácida, então se botava fogo

pra tentar acabar com a bracatinga…Muita

gente tentou acabar com os bracatingais

assim. Mas mesmo a gente tentando acabar

com a bracatinga, pra fazer lavoura, a

bracatinga venceu”.


Sra. E. (Assentamento São Roque)

“Quando a gente chegou, aqui tinha

mato com bracatinga, vassoura, vassourão…

mas a bracatinga não sementava e

não vinha forte no meio dos mato. Quando

as empresas começaram a tirar o mato e

a gente começou a queimar pra plantar,

começou a vir só bracatinga, que começou

a dar flor e semente muito rápido”.


Sra. En (Assentamento São Roque)

“Lá no oeste, quando a gente tinha

terra, a gente tava acostumado a plantar

duas safras de milho por ano… não tinha

geada pra atrapalhar. O milho vinha que

vinha viçoso, e não precisava de adubo.

Quando a gente começou a plantar aqui,

ai viu que o milho não vinha direito, nem

em uma safra só. Aí a gente começou a

lidar com a bracatinga, que era a única

coisa que dava”.


Sr. V., Grupo 3, Assentamento Putinga

Fonte: tese ´Domesticação de bracatingais: perspectivas de inclusão social e conservação ambiental`

Leia outras matérias de pesquisa:

– Tese comprova potencial do “asfalto de borracha”

– Método de controle da gordura trans desenvolvido na UFSC é premiado

– Projeto do Departamento de Ciência e Tecnologia de Alimentos valoriza derivados da abóbora

– Estudo traça perfil de jogadores brasileiros que foram para grandes times de outros países

– Tese mostra que fazendas produtoras de madeira de reflorestamento podem colaborar com recomposição da fauna e flora

– UFSC constrói centro avançado de petróleo, gás e energia no Sapiens Parque

– Estudo sobre trabalho doméstico recebe menção honrosa no Prêmio Construindo a Igualdade de Gênero

– UFSC amplia estrutura laboratorial para monitoramento de ambientes aquáticos

Abertas inscrições para Mestrado Profissional em Administração Universitária

21/06/2010 08:47

O Programa de Pós-Graduação em Administração Universitária (PPGAU) da UFSC inicia suas atividades no segundo semestre de 2010, com o oferecimento do Mestrado Profissional em Administração Universitária. Vinculado ao Centro Sócio-Econômico e ao Departamento de Ciências da Administração, o programa é desenvolvido em parceria com a Pró-Reitoria de Desenvolvimento Humano e Social (PRDHS).

As inscrições devem ser feitas até 30 de junho. São 25 vagas e podem se inscrever para o processo seletivo brasileiros ou estrangeiros residentes no país, que possuam diploma de curso superior. As linhas de pesquisa são ´Universidade e Sociedade` e ´Gestão Acadêmica e Administrativa`. As aulas iniciam no dia 9 de agosto.

Mais informações no site www.ppgau.ufsc.br, ou pelo telefone (48) 3721-6525.

Saudação a José Saramago

18/06/2010 19:53

Saramago foi nomeado Doutor Honoris Causa em 1999

Saramago foi nomeado Doutor Honoris Causa em 1999

“Eu nunca separo o escritor que sou do homem que sou, e até diria do cidadão que sou.”

A Universidade Federal de Santa Catarina concedeu ao escritor português José Saramago, em 18/08/1999, o título de Doutor Honoris Causa. A concessão desse título representou uma singular oportunidade de render justo e merecido tributo ao primeiro escritor da língua portuguesa agraciado com o Prêmio Nobel de Literatura. Embora, como muito bem afirmou o escritor moçambicano Mia Couto, “antes deste Prêmio Nobel, já tínhamos recebido um prêmio maior, que era ter na nossa família um escritor do tamanho de Saramago”, e a família a que se referia era, obviamente, a grande família da língua portuguesa.

Saramago destaca-se na literatura ocidental como divulgador do moderno romance português aos mais diversos públicos, projetando a cultura de língua portuguesa para muito além das fronteiras de seu país. A inclusão de um autor de língua portuguesa entre os contemplados com o mais importante e prestigiado prêmio literário do mundo torna a língua portuguesa “mais visível” e “mais audível”, diz o autor de Memorial do convento, servindo, ao mesmo tempo, à “defesa e difusão” das culturas de língua portuguesa.

Por ocasião de sua morte, assim como o fizemos na homenagem prestada pela UFSC, relembramos alguns episódios da vida de Saramago e retomamos alguns tópicos do conjunto de sua obra, especialmente os romances, cujos personagens são sempre os excentrados da História, dominados e explorados.

José Saramago é de origem camponesa. Por falta de dinheiro, não chega a completar o curso ginasial, ou “liceal”, na expressão portuguesa. Até os 44 anos, sua vida tem pouca relação com a literatura. Foi serralheiro, desenhista, funcionário de saúde pública e depois editor. “Eu não me preparei para ser escritor. Sou escritor por acaso”, afirma Saramago. Ele gosta de lembrar que, até os 20 anos, não possuía nenhum livro. Tudo que lia tomava emprestado de bibliotecas públicas. Nessa época, ensaia sua estreia na literatura com o romance Terra de pecado, publicado em 1947. O livro não obteve sucesso, deixando em Saramago a impressão de que tinha pouca coisa a dizer e, então, fica em silêncio por quase vinte anos. Volta à cena literária em 1966 com uma coletânea de versos, Os poemas possíveis. Nessa época, por trabalhar numa editora, passa a estar mais próximo do mundo literário e a colaborar com jornais, quando, além de três livros de poesia, publica muitas crônicas e alguns ensaios políticos.

A partir de 1975, ocorre a grande viragem na vida de José Saramago. Aos 53 anos, é o diretor-adjunto do jornal Diário de Notícias, posto que teve de abandonar por imposição dos contra-revolucionários ao movimento que derrubara a ditadura salazarista um ano antes.

Saramago decide então fomentar o talento que o transformaria no mais popular romancista de seu país. Costuma dizer: “foi em 1980 que eu me tornei um escritor de verdade. […] Eu sou um escritor da nova geração.” Supondo-se que se começa a publicar com 20, 23 anos, “literariamente, então, eu tenho 45 anos. Sou um menino.” Assim, se do imaginário Livro das evidências citou o aforismo “Conheces o nome que te deram, não conheces o nome que tens”; se do Livro dos conselhos, também imaginário, citou: “Enquanto não alcançares a verdade, não poderás corrigi-la. Porém, se a não corrigires, não a alcançarás. Entretanto, não te resignes.”; a epígrafe do Livro das tentações, que poderá vir a ser escrito, imagina o escritor, será: “Deixa-te levar pelo menino que foste”.

Cabe explicar aqui as razões pelas quais Saramago torna-se um escritor de verdade em 1980, uma vez que antes já escrevera romances, poesia, crônicas, contos e teatro. Diz Saramago: “O tema que eu tinha estava claríssimo, era um romance neo-realista. […] Eu tinha uma história para contar, a história dessa gente, de três gerações de uma família de camponeses do Alentejo, com tudo: a fome, o desemprego, o latifúndio, a polícia, a igreja, tudo. Mas me faltava alguma coisa, me faltava saber como contar isso. […] Tinha o que contar, mas não sabia como.” Inicia a escritura, finalmente; o romance era “normalzinho”, mas isso não satisfazia o autor. O resultado não era bom. Deixa-se, então, envolver pela fala da gente com quem estivera nos últimos três anos. Deixa-se envolver pela oralidade e começa a escrever como todos os seus leitores já sabem: sem pontuação, ouvindo as vozes soarem dentro da cabeça. Levantado do chão passa a ser, então, o romance que marca essa passagem da escrita de Saramago, tanto em sentido temporal, quanto estilístico e de gênero. Sobre o título, fala o autor: “Do chão sabemos que se levantam as searas e as árvores, levantam-se os animais que correm os campos ou voam por cima deles, levantam-se os homens e as suas esperanças. Também do chão pode levantar-se um livro como uma espiga de trigo ou uma flor brava. Ou uma ave. Ou uma bandeira.” O romance é a saga de Domingos Mau-Tempo e de seus descendentes, percorrendo a história de Portugal no século XX até a Revolução dos Cravos, em 25 de abril de 1974.

Memorial do convento, publicado em 1982, fez de Saramago uma celebridade e consolida seu estilo inconfundível. É um texto multifacetado e plurisignificativo em que, a pretexto de narrar a construção de um convento na cidade de Mafra, durante o reinado de Dom João V, Saramago compõe uma epopéia da gente portuguesa. A história é recheada de traições na corte e dos trabalhos infindáveis do povo, gente como o soldado Baltazar Mateus, o Sete-Sóis, e Blimunda, a Sete-Luas. Um retrato a um só tempo satírico e pungente da alma lusitana.

Nos romances de Saramago, os nexos textuais entre ficção e história são constantes. Por exemplo, em O ano da morte de Ricardo Reis, publicado em 1984, “procede-se a um périplo revelador dos lugares de certa melancolia coletiva, mesmo quando interceptada pelos rituais do Estado Novo, e à deambulação interior de uma personalidade que, a partir do célebre heterônimo pessoano, cruza, num segmento de meses, a atmosfera política do País.” (Gerana Damulakis, A Tarde, 05-12-98). A frase “ Aqui o mar acaba e a terra principia”, que abre a narrativa, significa o fim do caminho que levou Ricardo Reis do Rio a Lisboa. E a paródia “Aqui, onde o mar se acabou e a terra espera” fecha o texto, enriquecida pela carga semântica de mais de quatrocentas páginas. É evidente a intertextualidade com o verso épico de Camões: “Onde a terra se acaba e o mar começa.” Vê-se com clareza que o romance transita por uma das linhas mestras da narrativa portuguesa contemporânea: a busca de uma nova identidade para um país órfão de sua História de portugueses marinheiros. Trazendo Ricardo Reis para Portugal, precisamente um mês após a morte de Fernando Pessoa, o autor constrói a metáfora de Portugal regressando a si mesmo.

Em A Jangada de Pedra, o escritor usa uma imagem fantástica. Uma série de acontecimentos sobrenaturais culmina com a separação da Península Ibérica, que se desprende do continente europeu, começa a vagar no Atlântico, rumo ao sul, ou seja, identificando-se com o novo mundo. Saramago reflete sobre a política de unificação européia e os dilemas da identidade nacional. A utopia é descentrar o eixo Norte-Norte, arrogante e dominador, ligando a Península Ibérica à América do Sul e à África, promovendo a fraternidade dos dominados, núcleo de sua obra ficcional.

Em Saramago é saliente a vinculação de seus textos à História, não com o intuito de reconstruí-la, mas reinventá-la, interrogando o passado para esclarecer o presente. Ao trabalhar uma outra História possível, não de Portugal, mas dos portugueses, o escritor é a voz dos que estão sem voz. Em História do cerco de Lisboa, a intenção é dialogar com a História, destacando-se a visão irônica do narrador, hábil em confundir e em dissimular, e a intenção desestabilizadora: “cada um de nós cerca o outro e é cercado por ele”. O acréscimo de um não à frase “Os cruzados auxiliarão os portugueses a tomar Lisboa” altera a História sem que o romance perca a sua referencialidade, e por esse fato é todo o passado que é alterado em função do presente que lhe confere outra ordem. A opção de Saramago é tomar a História como sujeito – para, depois, retirar esse sujeito do seu palco natural, consagrado, para dar-lhe outro sentido, uma nova ordem. O autor vê assim seu livro: “Em sentido amplo, embora a afirmação possa parecer algo pretensiosa, a História do cerco de Lisboa é um livro contra os dogmas, isto é, contra qualquer propósito de arvorar em definitivo e de modo inquestionável o que precisamente sempre definiu o que chamamos condição humana: a transitoriedade e a relatividade.”

Saramago, que escreve romances de rupturas com vários cânones e publica livros de nosso desassossego, consegue ser ainda mais polêmico ao abordar temas religiosos. O evangelho segundo Jesus Cristo, em que humaniza o Cristo, quase lhe valeu a “excomunhão”. Na época do lançamento, tem sua participação em um concurso vetada pelas autoridades portuguesas. O romance sobre a vida de Jesus encerra reflexões sobre grandes questões da tradição ocidental. Deus e o Diabo negociam sobre o mal, e Jesus Cristo contesta seu papel e desafia Deus. Nessa obra, o autor retoma o Cristo dos Evangelhos Canônicos e o Cristo banido dos Evangelhos Apócrifos. Tem-se o Cristo Histórico, o que nasceu, viveu e morreu na Palestina, num determinado período histórico, retomado em suas lacunas e construído na confluência de vários textos.

Sem repetir, mas repetindo-se – “Bem vistas as coisas, sou só a memória que tenho, e essa é a história que conto” – Saramago faz nascer em Ensaio sobre a Cegueira um mundo em que a própria realidade física, em seu aspecto visível, desaparece, mantendo-se os objetos e sua ordem como signos. “Por que, sendo nós seres dotados de razão, nos comportamos de maneira tão irracional?”, pergunta. A resposta é um alerta: “a dignidade do ser humano é todos os dias insultada pelos poderosos do mundo”. Mas “o livro é apenas uma pálida imagem de nossa realidade. A verdade é que o instinto dos animais defende melhor a vida do que a nossa razão, que, pelo contrário, tem servido para dominar, humilhar, explorar o outro. É evidente que o mundo é violento, não há nada a fazer. Mas nós acrescentamos à violência a crueldade, que é uma invenção humana.” Em Ensaio sobre a cegueira, o leitor não encontra nomes, mas sim o primeiro cego, a rapariga de óculos escuros, o velho da venda preta, o médico oftalmologista, a mulher do médico, ou aquela que não se sabe quem seja – todos anônimos. Todos os habitantes de uma cidade perdem a capacidade de enxergar, exceto a mulher do médico. Assume, então, o papel de líder político em meio ao caos das trevas. É a voz da resistência às diversas formas de opressão que se instalam na civilização dominada pela cegueira.

Interrogando-se sobre a relação do homem com o mundo, Saramago penetra no ambiente fechado e totalitário do Registro Civil, onde a presença ou a ausência de um nome (e de sua rasura) podem fazer desaparecer o Sujeito. Apesar do título, o romance Todos os nomes tem apenas um personagem com nome, um nome comum: José. José coleciona recortes de jornal sobre pessoas famosas, mas as notícias não são precisas e ele decide checá-las em labirínticos arquivos. José, ou todos os homens, tem manias e imensa carência. Todos os nomes é “a mais simples de todas as histórias”, “a que contém todos os nomes”, “dos vivos e dos mortos”.

Os livros de Saramago estão por toda parte, como “uma galáxia pulsante, e as palavras, dentro deles, são outra poeira cósmica flutuando, à espera do olhar que as irá fixar num sentido, ou nelas procurará o sentido novo” (História do cerco de Lisboa, p. 26). A escrita de Saramago, dotada de notável capacidade especular, seduz e estabelece dialogias e oposições. Ela harmoniza a elaboração formal com a prática digressiva da oralidade. Sobre Saramago, afirma José Manuel Mendes: “Ao abandonar regras de pontuação e investir em prosódica inconfundível, não se dissocia de projetos cujas implicações tangem uma corda profunda: fundir crônica, poesia, estratégia dramática e narração num plasma novo, fluido, que desafia hermeneutas e teóricos; lavrar o sobrenatural, o maravilhoso, o enigmático, como se, de fato, fossem ainda a margem tumultuária de nossa identidade e não sobretudo “a noite e o nevoeiro” com que, deslumbrados ou, em pânico, nos confrontamos. […] Desta maneira, intermediando o que mantemos secreto, inquirições, alegrias, potencialidades, clamores, agindo por dentro dos problemas individuais e coletivos, José Saramago desvenda o íntimo da condição humana e empreende, contra as leis do transitório, uma obra suprema.”

Tomando emprestadas as palavras do narrador de História do cerco de Lisboa, pode-se então afirmar: “Só não se acabou ainda de averiguar-se se é o romance que impede o homem de esquecer-se, ou se é a impossibilidade de esquecimento que o leva a escrever romances”.

Prof. Felício Wessling Margotti

Professor de Língua Portuguesa e Linguística da UFSC

Foto: Jones Bastos

Leia mais:

Morre José Saramago, Prêmio Nobel de Literatura em 1998

Seminário de Cultura sábado na UFSC quer integrar sociedade

18/06/2010 18:37

Possibilitar e promover a integração da sociedade civil nos processos de políticas públicas para a área da cultura. Esse é um dos objetivos principais do Seminário de Cultura de Santa Catarina – Orientações e Diretrizes Para o Desenvolvimento Cultural do Estado, evento que acontece no dia 19 de junho (sábado), a partir das 13h00, no Auditório da Reitoria da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC).

De acordo com Chris Ramirez, que preside o Fórum Cultural da Capital, a ideia é que a partir deste evento e de seus desdobramentos seja efetivado um elo entre as pessoas envolvidas com a classe cultural, dando início a definições e estratégias necessárias para o desenvolvimento cultural do estado. “A luta é pela secretaria de cultura e para que tenhamos uma visão mais profissional da cultura, contando com toda cadeia dos trabalhadores da cultura, desde o eletricista ao artista propriamente dito”, explica.

A reunião de representantes de variados segmentos da sociedade para discutir a cultura em Santa Catarina, significa, para a diretoria do Fórum, a legitimação de um consenso entre Estado e Sociedade, e configura um compromisso público das partes em relação ao desenvolvimento cultural catarinense.

É nesse sentido, portanto, que a presença maciça de representantes da sociedade se faz necessária, como forma de legitimar esse processo e garantir o acesso efetivo da população às políticas públicas e tomadas de decisões. “O seminário não será um evento único. Ele é começo de um novo pensamento e de uma nova proposta. O processo de cultura é riquíssimo em variáveis e os produtores e gestores culturais devem assumir e possibilitar essa troca. Estamos criando conceitos que colheremos lá na frente”, conclui Chris.

O Seminário é uma promoção do Fórum Cultural da Capital, em parceria com o Governo Federal (através do Ministério da Cultura), Cinemateca Catarinense, Pontão Ganesha, UFSC (Secretaria de Cultura e Arte e Centro de Ciências Jurídicas), Udesc/Proex/Coordenação de Cultura, Ceart – Centro de Artes, Núcleo de Comunicação e Artes, Frente Parlamentar Catarinense de Defesa a Cultura e Fundação Catarinense de Cultura.

As vagas para o Seminário são limitadas e a inscrição (gratuita) pode ser efetivada por e-mail (forumculturaldeflorianopolis@gmail.com). Basta informar o nome, instituição, município e e-mail e telefone para contato.

Programação

13h – Apresentação artística

13h30 – Abertura – apresentação dos profissionais envolvidos e dos apoiadores ao projeto e de como será o andamento do Seminário.

Na sequência, quatro blocos de palestras

Tema 1


O que é um Fórum e quais são suas atribuições no contexto político e social – Chris Ramírez – presidente do Fórum Cultural de Florianópolis (30 min)

14h às 15h30

Tema 2

Plano Nacional de Cultura – o que é e o que muda no país com esta proposta de estado. Palestrante: Sr. Fred Maia – MinC

15h30 às 16h30

2.1 -Sistema Nacional de Cultura – modelo de estrutura e gestão. Palestrante: Sr. José Roberto Peixe – MinC

Intervalo: 30 min – serão apresentados dois filmes – curta metragem da produção local

17h às 18h20

Tema 3

O novo marco legal da cultura nacional e Os territórios com identidade cultural – Palestrante: Sr. Paulo Brum – MinC

18h20 às 19h

Tema 4

Direito autoral – Como anda a lei de direito autoral e quais os pontos mais conflitantes nesta reformulação.Palestrante: Prof. Marcos Wachowicz – CCJ UFSC

19h às 19h15 – Entrega de Certificados & Encerramento

Apresentação artística:maracatu e roda de capoeira em frente ao local.

Fonte: De Olho na Ilha, 09/06/2010

TV UFSC homenageia José Saramago

18/06/2010 18:05

Foto: James Tavares

Foto: James Tavares

O ´Memória UFSC` presta homenagem ao escritor José Saramago. O vídeo recupera a entrevista de Saramago para o programa da TV UFSC ´Semana UFSC` especial, de 1999, quando o escritor recebeu o prêmio Doutor Honoris Causa. Na conversa, ele fala sobre temas da época, como o massacre de Eldorado de Carajás, a Amazônia e conta também a impressão que teve da Universidade. O programa será apresentado na sexta, no sábado e domingo (18, 19 e 20/06) às 22h.

Já na quarta 23/06, às 20h, a TV UFSC traz ´Em Busca do Ouro`, na Sessão Cinema. O filme de Charles Chaplin conta a história do vagabundo que decide tentar a sorte na corrida do ouro de 1898, no Alasca. A obra recebeu duas indicações ao Oscar em 1943, nas categorias de Melhor Trilha Sonora e Melhor Som Gravado. ´Em Busca do Ouro` reúne várias cenas conhecidas, como a dança dos pãezinhos, ou a alucinação do personagem Big Jim que, faminto, vê Carlitos, interpretado por Chaplin, metamorfoseado em frango.

Na quinta, 24/06, às 21h, será exibido, no ´Primeiro Plano`, o vídeo ´Baía dos conflitos`, reportagem de Felipe Silva e Emília Chagas. Os jornalistas mostram as diversas instituições envolvidas na questão dos golfinhos na região de Governador Celso Ramos, como o Ibama e a prefeitura, além de ouvir os moradores locais.

Durante a programação há também boletins informativos e a cobertura dos eventos da programação dos 50 anos da UFSC.

A TV UFSC é sintonizada no canal 15 da NET. Mais informações: www.tv.ufsc.br ou twitter.com/tv_ufsc.

Por Marina Veshagem/ TV UFSC

Projetos do Centro de Pesquisa e Documentação da UFSC e Instituto do Mar e da Biodiversidade têm recursos aprovados

18/06/2010 15:01

A Administração do CFH comunica, com satisfação, que os projetos do “Centro de Pesquisa e Documentação da UFSC” e o “Instituto do Mar e da Biodiversidade” foram aprovados na análise preliminar pelo CTINFRA/FINEP.

O projeto do Centro de Pesquisa e Documentação da UFSC-CPD/UFSC encaminhado pela Direção do CFH, em parceria com as Direções da Biblioteca Universitária, CCE,CCJ,CED e CSE, foi contemplado com R$ 959.895,00.

Elaborado através do esforço e apoio de professores e técnico-administrativos dos vários centros e setores envolvidos. O projeto final foi elaborado com apoio dos professores Beatriz Mamigoniam (HST), Everton Machado (GEO), Luiz Henrique de Araujo Dutra (FIL); Henrique Espada (HST) e Roselane Neckel (HST).O projeto arquitetônico foi elaborado pelo Laboratório de Projetos-Laproj, do Departamento de Arquitetura, coordenado pelo professor Américo Ishida, com a participação dos acadêmicos Guilherme Barreto; Julian Vasconcellos e Marcos Möller, do professor Mário César Coelho, do Departamento de Design Gráfico e do PRPGHistória.

O projeto “Instituto do Mar e da Biodiversidade”, foi construído pela parceria entre as direções do CFH, CCB e CCA e pela união dos esforços de professores destes três centros de ensino. A coordenação final foi dos professores Paulo Roberto Pagliosa Alves (GCN), Alessandra Fonseca (GCN) e Andréia Santarosa Freire (ECZ / Coordenadora do Curso de Oceanografia). O projeto foi contemplado com R$1.021.419,00 .

A direção do CFH agradece a todos que participaram direta e indiretamente na construção dessas propostas , lembrando que estes são os valores do Resultado Preliminar que poderão ser melhorados até o resultado definitivo em agosto ou no próximo edital 2011, quando também será possível solicitar mais recursos para os projetos aprovados este ano.

Roselane Neckel/ Diretora do CFH

FAM 2010: Noite de premiação e do longa Hotel Atlântico de Suzana Amaral

18/06/2010 12:22

Hotel Atlântico

Hotel Atlântico

Hotel Atlântico, de Suzana Amaral – Brasil, 2009 – 1h37min, será exibido nesta sexta-feira, 18 de junho, no auditório Garapuvu, do Centro de Cultura e Eventos da UFSC. O filme integra a Mostra de Longas Mercosul do 14º FAM, com entrada gratuita e a presença da diretora, será exibido após a cerimônia de encerramento e premiação, que começa às 19h30min.

Suzana é a premiadíssima diretora de A Hora da Estrela, baseado no romance de Clarice Lispector (1985). O filme deu à protagonista, Marcela Cartaxo, o prêmio de melhor atriz no Festival de Berlim. Hotel Altântico é seu terceiro longa, com roteiro que ela mesmo adaptou a partir do livro homônimo de João Gilberto Noll, publicado em 1989. Suzana dirigiu vários documentários e séries para televisão.

É a história de um ator solitário, desempregado e recalcado que embarca numa viagem aparentemente sem sentido: road-movie ou anti-road-movie? Neste caminho vive situações inesperadas e insólitas encontrando personagens igualmente estranhos e absurdos. Partindo de São Paulo em direção ao sul, o filme tem locações na Praia do Campeche, em Florianópolis. No elenco os destaques de Júlio Andrade (de O Homem que Copiava), João Miguel (de Estômago), Mariana Ximenes, Gero Camilo (de Carandiru) e Helena Ignez , atriz emblemática do cinema marginal, viúva do cineasta catarinense Rogério Sganzerla e que também casada com Glauber Rocha.

A direção de fotografia é do muitas vezes premiado José Roberto Eliezer, de A Dama do Cine Shangai, O cheiro do Ralo, A Dona da História, A Grande Arte, entre outros filmes.

Fotos divulgação

Fotos divulgação

Hotel Atlântico foi selecionado para o 34º Festival Internacional do Filme de Toronto (Canadá) e deu a Gero Camilo os prêmios de melhor ator coadjuvante Festival Internacional de Cinema do Rio de Janeiro 2009 (premiére Brasil) e de melhor ator pela Associação Paulista de Críticos de Arte (2010).

Por Alita Diana/jornalista da Agecom/UFSC

Com informações do FAM 2010, IMDB (www.imdb.com), e site oficial do filme: http://www.hotelatlantico-movie.com/

http://www.audiovisualmercosul.com.br.

http://audiovisualmercosul.blogspot.com.

http://twitter.com/famcinema

Assessoria de Imprensa 14º FAM

55 48 3721 4985

Inicia período de encaminhamento de propostas para o Seminário de Extensão Universitária da Região Sul

18/06/2010 12:19

O Departamento de Projetos de Extensão da UFSC está recebendo propostas de ações de extensão a serem apresentadas no 28° Seminário de Extensão Universitária da Região Sul (SEURS). O evento será realizado de 8 a 10 de setembro, na Udesc, em Florianópolis.

De acordo com as regras do seminário, serão selecionados, por universidade participante, até 10 oficinas, 10 pôsteres estendidos (apresentação oral) ou pôsteres convencionais (apresentação em banner) e cinco vídeos-relatos de ações realizadas ou em desenvolvimento.

As propostas devem ser encaminhadas ao DPE/UFSC por meio de

memorando de uma página contendo:

1) Título da ação:

2) Nome do coordenador:

3) Número de registro no SIRAEx:

3) Tipo de apresentação

( ) Oficina

( ) Pôster estendido

( ) poster convencional

( ) Vídeo-relato

4) Resumo (500 caracteres):

5) Público alvo:

Dependendo do número de propostas encaminhadas, poderá haver uma seleção de projetos por comissões designadas nas Unidades de Ensino.

Fonte: Departamento de Projetos de Extensão / dpe@prpe.ufsc.br

Morre José Saramago, Prêmio Nobel de Literatura em 1998

18/06/2010 11:31

Na UFSC, em 1999. Foto: Jones Bastos

Na UFSC, em 1999. Foto: Jones Bastos

Morreu nesta sexta-feira (18/6) o escritor português José Saramago, que recebeu o título de Doutor Honoris Causa pela UFSC em 1999. Prêmio Nobel da Literatura em 1998, Saramago tinha 87 anos.

A Fundação José Saramago confirmou em comunicado que o escritor morreu às 12h30min (horário local, 7h30min em Brasília) na residência dele em Lanzarote (Ilhas Canárias, Espanha), em consequência de uma múltipla falha orgânica, após uma prolongada doença.

Filho de camponeses, trabalhou, antes da literatura, como serralheiro, mecânico, desenhista industrial e gerente de produção numa editora. Seu primeiro livro foi o romance Terra do Pecado.

Crítico literário em várias revistas, atuou no Diário de Lisboa. Em 1975, tornou-se diretor-adjunto do jornal Diário de Notícias. O regime de opressão do ditador Antônio Salazar fez que com que Saramago, a partir de 1976, passasse a viver de seus escritos, inicialmente como tradutor, depois como autor.

O livro Levantado do Chão, considerado seu primeiro grande romance, foi publicado em 1980. No ano de 91, José Saramago escreveu O Evangelho Segundo Jesus Cristo, obra que o governo de Portugal censurou. O autor foi então para o exílio nas Ilhas Canárias, onde viveu até sua morte.

Saramago foi o primeiro escritor de língua portuguesa a receber o Prêmio Nobel de Literatura, em 1998. Na lista de suas obras estão os romances O Ano da Morte de Ricardo Reis (1984), A Jangada de Pedra (1986), Todos os Nomes (1997), e O Homem Duplicado (2002); a peça teatral In Nomine Dei (1993) e os dois volumes de diários recolhidos nos Cadernos de Lanzarote (1994-7). O livro Ensaio sobre a Cegueira (1995) foi transformado em filme pelo diretor brasileiro Fernando Meirelles em 2008.

Veja mais fotos no site da Biblioteca Universitária

Material compilado a partir de pesquisa nos sites de notícias.

Foto: Jones Bastos / Agecom

Tenistas cadeirantes da UFSC/FCT participam de torneio internacional em Belo Horizonte

18/06/2010 11:22

Tenista Charles Teixeira - Foto: divulgação

Tenista Charles Teixeira - Foto: divulgação

Os tenistas paraolímpicos Charles Teixeira, Jocélio de Assis e Ymanitu da Silva, da equipe Tênis em Cadeira de Rodas, parceria entre o Centro de Desportos (CDS/UFSC) e a Federação Catarinense de Tênis (FCT), participam do Brasil Wheelchair Tennis Open, pelo segundo ano consecutivo realizado em Minas Gerais. Acompanhados pelo auxiliar técnico Jonathan Wilhelm, os atletas contam com apoio da Associação de Pessoas com Deficiência Física em Santa Catarina (Apedesc).

Os principais tenistas em cadeira de rodas brasileiros, acompanhados dos jogadores estrangeiros foram recepcionados na capital mineira na quarta-feira, dia 16, pela ONG “Tênis Para Todos”, promotora do evento. O torneio começou nesta quinta-feira (17) e vai até o dia 20. Além dos brasileiros, participam esportistas do Equador, Colômbia e Uruguai. Esta é a terceira competição que a equipe da UFSC/FCT disputa neste ano.

O campeonato, credenciado pela International Tennis Federation (ITF), com classificação ITF-Future, é uma das etapas do circuito mundial da modalidade, “NEC Wheelchair Tennis Tour”, distribuindo premiação em dinheiro e pontos para o ranking internacional de Tênis em Cadeira de Rodas, modalidade paraolímpica em expansão no Brasil e no mundo.

Outras informações pelo e-mail luciano@cds.ufsc.br ou pelo site www.tenisparatodos.org.br.

Por Vinicius Schmidt/bolsista de Jornalismo da Agecom

Especial Pesquisa: tese gera fundamentos para regulamentação do uso da bracatinga, espécie nativa da Mata Atlântica

18/06/2010 11:01

A espécie em ambiente natural e agricultores parceiros

A espécie em ambiente natural e agricultores parceiros

A bracatinga é uma das espécies da Mata Atlântica mais usadas no país para produção de lenha e carvão. É considerada a melhor lenha do Brasil, mas seu corte é exemplo de um conflito entre legislação ambiental e famílias rurais. No Planalto Catarinense, a bracatinga garante metade da renda dos agricultores em assentamentos. São terras de solos rasos e de baixa fertilidade, com áreas de encostas, morros ou de uso restrito, segundo a própria legislação.

Desde o final dos anos 80, assim como preparam o solo e cuidam das plantações de milho e feijão, os agricultores cultivam as árvores de bracatinga. A sabedoria popular recomenda só fazer o corte após as plantas terem “sementado” pelo menos três vezes e manter árvores adultas, o que garante a formação do próximo bracatingal. Os agricultores também usam fogo para quebrar a dormência das sementes no solo; fazem “raleio” para melhorar o crescimento das mudas e protegem a área para evitar a entrada de gado e fogo.

Com esse trabalho, as famílias manejam a espécie que naturalmente brota em áreas abertas da Mata Atlântica. Mas, de acordo com a legislação ambiental, estão agindo contra a lei, cortando florestas secundárias nativas. São exigências legais que apresentam menos elementos conservacionistas do que a atuação dos agricultores, mostra tese desenvolvida junto ao Programa de Pós-Graduação em Recursos Genéticos Vegetais, ligado ao Centro de Ciências Agrárias da UFSC.

Conhecimento popular

O estudo foi conduzido nos assentamentos Putinga, Jangada, Treze de Outubro e São Roque, nos municípios de Calmon e Matos Costa. Possibilitou a avaliação dos processos históricos, culturais, ecológicos e econômicos envolvidos com a bracatinga no Planalto Catarinense. E mostra que o uso dessa árvore contribui para que a maior parte da área dos assentamentos tenha mais de 60% de cobertura florestal, tanto de bracatingais como de florestas secundárias nativas.

A pesquisa comprova também que os bracatingais são formações florestais com mais de 80% de árvores desse tipo, que surgem a partir do esforço dos agricultores. “O bracatingal é uma opção de uso do solo, e não uma cobertura vegetal nativa de especial necessidade de proteção”, argumenta Walter Steenbock, autor da tese ´Domesticação de bracatingais: perspectivas de inclusão social e conservação ambiental`.

Com a ajuda dos agricultores, Walter identificou os cuidados considerados importantes para a formação e manutenção dos bracatingais. Além disso, avaliou aspectos da cadeia produtiva da espécie, construindo uma visão crítica sobre a legislação ambiental.

Segundo ele, o caso da bracatinga no Planalto Catarinense revela a opção da legislação brasileira de promover a importação de técnicas e práticas desvinculadas da realidade local. Uma postura que prejudica as populações tradicionais e negligencia o fato de que o uso que fazem dos recursos naturais pode ser ecologicamente sustentável.

“A existência de parâmetros de manejo e de uma estrutura bem característica pode ser um critério simples e eficaz para a definição de um bracatingal manejado, uma paisagem domesticada, e não uma floresta secundária nativa, possibilitando o uso legal destas formações, de forma semelhante ao que ocorre em relação aos plantios florestais”, destaca Walter em sua tese. Esta visão permitiria o uso do bracatingal em qualquer momento do ciclo, com maior benefício para as famílias assentadas. Os agricultores poderiam explorar a bracatinga para produção de escoras, palanques, lenha e tabuados, agregando valor a seu trabalho e reduzindo o impacto ambiental e social da produção do carvão.

“O estudo indica a importância da busca pela participação e envolvimento dos agricultores na discussão e deliberação dos instrumentos legais”, alerta Walter. A pesquisa surgiu a partir da demanda de lideranças dos agricultores da região junto ao Ibama. A partir dessa solicitação, foi montado um projeto que integrou diversas instituições. Entre elas, o Núcleo de Florestas Tropicais da UFSC, Epagri, Incra e a Cooperativa de Trabalhadores da Reforma Agrária de Santa Catarina.

A tese de Walter é parte desse trabalho e resultou em propostas de mecanismos para a regulamentação do manejo dos bracatingais, envolvendo aspectos técnicos, metodológicos e organizacionais, para que os agricultores assentados possam trabalhar de forma legal e com maior inserção na cadeia produtiva.

“O trabalho tem o mérito de reconhecer o sistema tradicional dos agricultores e viabilizar suas práticas”, considera o professor Maurício Sedrez dos Reis, orientador do trabalho e coordenador do Núcleo de Pesquisas em Florestas Tropicais da UFSC.

Mais informações: steenbock.walter@gmail.com

Por Arley Reis / Jornalista da Agecom

Saiba Mais:

Diferenças entre bracatingais e florestas secundárias:

Florestas secundárias

– A densidade total de indivíduos é, em média, em torno de 8 mil indivíduos por hectare, em formações de 1 a 4 anos

– A percentagem da bracatinga nunca é superior a 18 %, em florestas secundárias de 1 a 16 anos.

– A densidade total de indivíduos varia na ordem de 5 mil a 8mil indivíduos por hectare ao longo do processo sucessional, em florestas de 1 a 20 anos de idade.

– Maior diversidade de espécies, relativamente aos bracatingais, nas florestas secundárias

Bracatingais

– Densidade total de árvores, em média, superior a 30 mil por hectares, em bracatingais de 1 a 4 anos

– Mais de 80% de árvores, em bracatingais de 1 a 16 anos

– Densidade expressivamente reduzida ao longo do tempo, sendo, em bracatingais de 17 a 20 anos, de apenas 2,5 % do total de árvores que ocorriam no início do ciclo

– Reduzido número de espécies além da bracatinga

Manejo do bracatingal pelos agricultores

– formação dos bracatingais na época adequada, evitando o efeito de geadas sobre as plantas jovens;

– formação somente após a garantia de elevada quantidade de sementes no solo;

– aplicação de fogo para a quebra de dormência das sementes;

– manutenção de árvores ou de bracatingais adultos nos lotes como matrizes;

– desbaste sistemático de plantas no início do ciclo dos bracatingais;

– controle do gado, da entrada de fogo e de formigas

Depoimentos de agricultores:

“Quando viemos pra cá não conhecíamos

a bracatinga, mas tinha gente que já

usava ela pro carvão. A gente não tinha

ideia que ela era dessa região, desse

clima. Aí percebemos que precisávamos

conviver com ela.”


Sr. J. (Assentamento São Roque)

“Antes a gente achava que o bracatingal

fazia a terra ficar ácida, então se botava fogo

pra tentar acabar com a bracatinga…Muita

gente tentou acabar com os bracatingais

assim. Mas mesmo a gente tentando acabar

com a bracatinga, pra fazer lavoura, a

bracatinga venceu”.


Sra. E. (Assentamento São Roque)

“Quando a gente chegou, aqui tinha

mato com bracatinga, vassoura, vassourão…

mas a bracatinga não sementava e

não vinha forte no meio dos mato. Quando

as empresas começaram a tirar o mato e

a gente começou a queimar pra plantar,

começou a vir só bracatinga, que começou

a dar flor e semente muito rápido”.


Sra. En (Assentamento São Roque)

“Lá no oeste, quando a gente tinha

terra, a gente tava acostumado a plantar

duas safras de milho por ano… não tinha

geada pra atrapalhar. O milho vinha que

vinha viçoso, e não precisava de adubo.

Quando a gente começou a plantar aqui,

ai viu que o milho não vinha direito, nem

em uma safra só. Aí a gente começou a

lidar com a bracatinga, que era a única

coisa que dava”.


Sr. V., Grupo 3, Assentamento Putinga

Fonte: tese ´Domesticação de bracatingais: perspectivas de inclusão social e conservação ambiental`

Leia outras matérias de pesquisa:

– Tese comprova potencial do “asfalto de borracha”

– Método de controle da gordura trans desenvolvido na UFSC é premiado

– Projeto do Departamento de Ciência e Tecnologia de Alimentos valoriza derivados da abóbora

– Estudo traça perfil de jogadores brasileiros que foram para grandes times de outros países

– Tese mostra que fazendas produtoras de madeira de reflorestamento podem colaborar com recomposição da fauna e flora

– UFSC constrói centro avançado de petróleo, gás e energia no Sapiens Parque

– Estudo sobre trabalho doméstico recebe menção honrosa no Prêmio Construindo a Igualdade de Gênero

– UFSC amplia estrutura laboratorial para monitoramento de ambientes aquáticos

Administração Central da UFSC divulga nota a favor da manifestação dos movimentos sociais

18/06/2010 10:46

A Universidade Federal de Santa Catarina considera legítimas as manifestações contra os reajustes das tarifas de ônibus praticados em Florianópolis. Ao mesmo tempo, condena incidentes como os ocorridos entre a força policial e o movimento estudantil e popular, mobilizado em favor dos direitos e interesses da sociedade.

A UFSC entende que os conflitos políticos e sociais devem ser resolvidos com diálogo e bom senso. Portanto, não compactua com métodos que se distanciem desse diálogo, e que levem a atos de violência.

Abrigo da democracia e da cidadania, a Universidade manifesta-se contrária a qualquer tipo de repressão política e policial, defendendo e respaldando as manifestações como direitos sagrados do regime democrático. Igualmente, respeita e apoia a participação e o engajamento dos estudantes e da comunidade universitária da UFSC, sempre de forma ordeira e democrática, nas demandas legítimas da população.

Administração Central da UFSC

Abertas inscrições para Mestrado Profissional em Administração Universitária

18/06/2010 09:56

O Programa de Pós-Graduação em Administração Universitária (PPGAU) da UFSC inicia suas atividades no segundo semestre de 2010, com o oferecimento do Mestrado Profissional em Administração Universitária. Vinculado ao Centro Sócio-Econômico e ao Departamento de Ciências da Administração, o programa é desenvolvido em parceria com a Pró-Reitoria de Desenvolvimento Humano e Social (PRDHS).

As inscrições devem ser feitas até 30 de junho. São 25 vagas e podem se inscrever para o processo seletivo brasileiros ou estrangeiros residentes no país, que possuam diploma de curso superior. As linhas de pesquisa são ´Universidade e Sociedade` e ´Gestão Acadêmica e Administrativa`. As aulas iniciam no dia 9 de agosto.

Mais informações no site www.ppgau.ufsc.br, ou pelo telefone (48) 3721-6525.

Ministro do Trabalho entrega carta sindical para a Apufsc na próxima quinta-feira

18/06/2010 09:34

Com a presença do ministro do Trabalho, Carlos Lupi, a Apufsc recebe em ato formal programado para quinta-feira, dia 24, a outorga da carta sindical que a constitui como entidade representativa dos professores das universidades federais em Santa Catarina. O evento acontece às 10 horas no auditório da Reitoria.

A data, que marca os 35 anos da Apufsc, servirá também para se debater ´O Novo Sindicalismo Universitário`, num seminário que contará com representantes de associações docentes de todo o país, além das centrais sindicais. Já confirmaram presença diretores do Proifes, Adurn, ADURFGS, ADUFC, Adufscar e APUBH.

Confira a programação:

– O Novo Sindicalismo Universitário / 24 de junho

10 horas:– Ato formal de entrega do diploma de registro sindical pelo ministro do Trabalho e Emprego, Carlos Roberto Lupi, com a presença de autoridades públicas, universitárias e de representantes de entidades sindicais.

10h30min / Auditório da Reitoria:– Debate: A questão sindical no Serviço Público Federal

Debatedores: Representantes da CUT, Força Sindical, CTB e Proifes

Moderador: Professor Rogério Portanova, vice-presidente da Apufsc-Sindical

14h30min / Auditório do CCE– Mesa-redonda: Federação: o Novo Sindicalismo Universitário

Participantes: Representantes das entidades sindicais: Adufscar-Sindicato, Apubh-Sindicato, Adufrgs-Sindical, Adurn, Adufc, Adunb, Apufsc-Sindical

Moderador: Professor Armando de Melo Lisboa, presidente da Apufsc-Sindical

Mais informações: imprensa@apufsc.ufsc.br /

Fapesc publica plano para prevenir desastres naturais na Bacia do Itajaí

18/06/2010 09:17

A Fundação de Apoio à Pesquisa Científica e Tecnológica do Estado de Santa Catarina (Fapesc) lançou a edição impressa do Plano Integrado de Prevenção e Mitigação de Desastres Naturais na Bacia Hidrográfica do Rio Itajaí, aprovado por aclamação em 2009. O documento foi o ponto de partida dos estudos a serem concluídos até 2011 pela Agência Japonesa de Cooperação Internacional (Jica), com o objetivo de minimizar as consequências não só de enchentes, mas também de furacões, ressacas, secas e outros fenômenos.

Baseado na Política Nacional de Defesa Civil, o plano propõe ações para a prevenção de desastres naturais, a preparação da sociedade para tais emergências, a resposta necessária quando elas acontecem e a reconstrução das estruturas comprometidas pelas catástrofes. Divididas em seis programas, essas ações incluem a proteção de populações contra riscos e a manutenção de uma rede de voluntários para apoio à Defesa Civil, por citar dois projetos sugeridos para implementar mecanismos de participação social no processo.

O plano foi elaborado pelo Comitê de Gerenciamento da Bacia Hidrográfica do Rio Itajaí em três meses, após articulação com diferentes segmentos da comunidade técnico-científica numa oficina de trabalho promovida em junho de 2009 pelo Grupo Técnico Científico Prevenção a Catástrofes Naturais em Santa Catarina (GTC). O grupo multidisciplinar foi criado pelo governo estadual em dezembro de 2008 para avaliar as causas das catástrofes naturais ocorridas no mês anterior e propor ações preventivas para minimizar seu impacto.

Universidades, secretarias de Estado, empresas públicas e instituições diversas participam do GTC, que atua nas áreas de geotécnica e solos, meteorologia e clima, hidrologia, geoprocessamento, urbanismo, monitoramento e educação ambiental, gestão florestal e tecnologia da informação, entre outras.

Na apresentação do livro que divulga o Plano Integrado, Diomário Queiroz, presidente da Fapesc e coordenador geral do GTC, disse que a condução e a metodologia dos trabalhos foram de caráter amplamente democrático. Ele sugeriu que os dados e as recomendações contidos no documento inspirem políticas públicas capazes de prevenir e mitigar desastres naturais em âmbito local, municipal, regional e estadual.

A versão eletrônica do Plano Integrado de Prevenção e Mitigação de Desastres Naturais na Bacia Hidrográfica do Rio Itajaí será disponibilizada também on line no site Site Cotidiano www.catastrofesnaturais.sc.gov.br

Para saber mais sobre o plano ou o GTC, entre em contato com Zenório Piana, fone 3215 1227 ou e-mail piana@fapesc.sc.gov.br.

Por Heloisa Dallanhol / Assessoria de Comunicação da Fapesc

Alunos da UFSC participam de pesquisa inédita sobre os empregadores ideais no país

17/06/2010 19:01

A Universum Global divulgou nesta segunda-feira, dia 14, os resultados da primeira edição do seu estudo sobre as expectativas de carreira e preferências dos estudantes relativamente à imagem das empresas como empregadores no Brasil. Tendo por base mais de 41 mil avaliações de empresas, refletindo opiniões de quase 11.400 estudantes universitários, a Universum apresenta os Empregadores Ideais dos estudantes no Brasil. Baseado na frequência de ser selecionado como empregador ideal, a Universum produz um ranking denominado Universum Top 100. Os rankings refletem o nível da atratividade das empresas no mercado de recrutamento no Brasil e mostra assim a posição e força da marca do empregador. A Petrobras é campeã nacional no país.

Michal Kalinowski, presidente da Universum, comentou sobre os rankings e disse que a força da atratividade da Petrobras como empregador entre todos os grupos de estudantes é um ótimo reconhecimento pela multinacional brasileira. “Ser líder no mercado nem sempre transpõe em ser também empregador ideal. A Petrobras prime também nesta área”, ressaltou. “Uma tendência importante, que reparamos entre todos os top 10 e todos os grupos de estudantes, é a forte presença das empresas brasileiras. Só as internacionais nas áreas de produtos de consumo conseguiram a atenção dos estudantes. Em comparação com os resultados dos outros países, notamos que as multinacionais da área de serviços no âmbito business to business ainda não conseguiram se estabelecer no mercado de talentos do Brasil”, complementou.

Além da Petrobras, os outros vencedores no ranking dos estudantes de gestão e negócios são empresas de produtos de consumo como a Unilever, a Nestlé, a Ambev e a Coca-Cola Company, e as empresas de serviços financeiros, por exemplo, o Itaú Unibanco, o Banco do Brasil e o Banco Bradesco. “A Google ganhou a apreciação dos estudantes em todo o mundo. No Brasil, a sua atratividade é aumentada pelo Orkut, a rede social mais popular no país. Entretanto, é muito bom ver uma empresa nacional numa posição mais alta”, disse Michal Kalinowski.

As empresas brasileiras têm também uma forte representação no ranking dos engenheiros. Estes estudantes gostariam de trabalhar mais nos setores de automóvel, metais, eletricidade/energia e/ou engenharia industrial. “Os engenheiros querem treino profissional no trabalho. Estão em busca de empresas que tenham sucesso no mercado, possuem líderes que apoiarão o seu desenvolvimento e que sejam uma boa referência para a carreira futura. As multinacionais do setor automóvel, Fiat e BMW, encontram-se no top 10 sendo os únicos representantes deste setor, o terceiro preferido pelos engenheiros”, comentou Michal Kalinowski.

Reconhecida como o empregador global ideal em 2009, a Google é, sem surpresa, também a primeira escolha dos estudantes da TI no Brasil. As empresas internacionais de tecnologia de software e hardware dominam o top 10 com representantes como Microsoft, IBM, Intel, Dell, Oracle e HP. “Os estudantes da TI no Brasil preferem empresas de software, consultoria em TI e Internet/comércio eletrônico. Gostariam de trabalhar nas funções de especialistas/programador de TI, analista ou em pesquisa e desenvolvimento. É interessante ver como a estabilidade das empresas no setor financeiro no Brasil durante a crise financeira global assegurou posições do Banco do Brasil, do Itaú Unibanco, do Banco Bradesco, do HSBC e da Itaú S.A.”, afirmou Kalinowski.

Também os estudantes das ciências naturais escolheram a Petrobras como empregador ideal. Um terço das empresas na lista de top 30 opera no setor de produtos de consumo. A Nestlé tem a posição mais alta do grupo, seguida pela Unilever e pela Bunge Alimentos. Entre os estudantes de humanidades, a Google é o empregador ideal e no top 10 encontram-se grandes corporações brasileiras e internacionais de diferentes setores, incluindo marcas famosas como a Coca-Cola Company, Unilever, Nestlé, Microsoft e Adidas.

“Nos rankings dos estudantes destes dois grupos, as empresas nacionais têm uma forte representação. A diferença entre eles e os outros grupos é na importância prestada em nível de responsabilidade social. Com a liderança do Brasil e da Suécia no desenvolvimento global dos processos de ISO 26 000, as grandes empresas no Brasil ficam cada vez mais conscientes da necessidade de desenvolver as suas práticas. Espero que o conhecimento e a esperança dos estudantes vão também aumentar no futuro”, acrescentou Michal Kalinowski.

E concluiu: “Estou muito feliz com esses primeiros resultados no Brasil. Dão uma boa percepção das expectativas dos estudantes e abrem o caminho para comparações futuras. Uma tendência que vemos no Brasil e em outros países é a importância dos padrões éticos – sucesso no mercado e um bom ordenado já não são suficientes para atrair talentos -. As empresas precisam cuidar dos seus colaboradores e tomar responsabilidade que vai além do ganho monetário.”

Os primeiros 10 empregadores ideais escolhidos pelos 11 368 estudantes, por grupo de estudo são:

Negócios: 1. Petrobras, 2. Google, 3. Unilever, 4. Vale, 5. Nestlé, 6. Ambev, 7. Itaú Unibanco, 8. The Coca-Cola Company, 9. Banco do Brasil, 10. Banco Bradesco.

Engenharia: 1. Petrobras, 2. Vale, 3. Google, 4. Construtora Norberto Odebrecht, 5. Embraer, 6. Microsoft, 7. Gerdau, 8. Fiat,9. Eletrobras, 10. BMW.

TI: 1.Google, 2. Microsoft, 3. IBM, 4. Intel, 5. Petrobras, 6. Dell, 7. Oracle, 8. Banco do Brasil, 9. Sony, 10. Hewlett-Packard.

Ciências Naturais: 1. Petrobras, 2. Vale, 3. Bayer, 4. Nestlé, 5.Banco do Brasil, 6. Monsanto, 7. Google, 8. Unilever, 9. Microsoft, 10. Bunge Alimentos.

Humanidades: 1. Google, 2. Editora Abril, 3. Petrobras, 4. Vale, 5.The Coca-Cola Company, 6. Unilever, 7. Nestlé, 8. Banco do Brasil, 9. Microsoft, 10. Adidas.

Para ver a lista completa de Universum Top 100, visite www.universumglobal.com.

Outras informações pelo telefone (48) 3721-8309 ou pelo e-mail angotti@reitoria.ufsc.br.

Fonte: Universum – Building Brands to Capture Talent

On Twitter: universum_eb

On Facebook: UniversumGlobal

Phone +46 8 56 20 27 66

Mobile +46 707 661 621

Fax +46 8 5620 2070

E-mail grazyna@universum.se

4º Fita Floripa começa neste domingo na UFSC

17/06/2010 17:04

Valparaiso em lambe-lambe

Valparaiso em lambe-lambe

Começa neste domingo, dia 20 de junho, o 4º Fita Floripa – Festival Internacional de Teatro de Animação -, com três espetáculos internacionais no Centro de Cultura e Eventos da UFSC. São 55 apresentações em Florianópolis, Criciúma e Joinville, durante a semana de 20 a 27 de junho. Desde a primeira edição o Fita Floripa traz companhias da América Latina e da Europa e a cada ano multiplica o seu público. Na primeira edição, em 2007, foram 15 mil espectadores e em 2009, saltou para 30 mil. Para este ano são esperadas mais de 40 mil pessoas.

Os grupos europeus convidados para a edição de 2010 são da Bélgica, Espanha, França e Alemanha. Da América Latina, além de três representantes do Chile, há companhias brasileiras e catarinenses. O Fita Floripa está alinhado com os principais eventos do gênero do país e do mundo e conta com três espetáculos já apresentados no Festival Mondial des Théâtres des Marionnettes, de Charleville Mezières, na França, o maior evento do mundo em teatro de animação. É o caso de LIFE.stories, da cia Marc Schnitter Figuren Theatre, da Alemanha, o Ultimo Heredero, do grupo Viaje Inmovil, do Chile, Los Funestos Esponsales de Don Cristobal, da Pelele Marionetes (França/Espanha), e As Aventuras de Benedito, da Mamulengo Jatobá (Brasil).

O Festival surgiu em 2007 para ampliar o acesso a espetáculos com esta linguagem no Brasil e hoje é um dos principais eventos do gênero no país. Apresenta espetáculos para todas as idades e também oferece oficinas para quem deseja desenvolver as técnicas do teatro de animação.

Le Polichineur de Tiroirs

Le Polichineur de Tiroirs

A idealizadora é a professora de artes cênicas Sassá Moretti, que via a necessidade de um grande festival para que os alunos tivessem contato com as inúmeras possibilidades das técnicas de manipulação e o trabalho minucioso de reconhecidos grupos de teatro. O Fita Floripa ganhou corpo a partir da parceria com Zélia Sabino, do Departamento Artístico e Cultural da UFSC, que divide com Sassá a organização de um festival que cresce a cada ano e enriquece o calendário artístico da cidade, ocupando praticamente todos os principais espaços culturais de Florianópolis.

Serviço:

O QUÊ: 4º Fita Floripa – Festival Internacional de Teatro de Animação.

QUANDO: De 20 a 27 de junho.

ONDE: Centro de Cultura e Eventos, Concha Acústica e Teatro da UFSC, Centro de Artes da UDESC, Teatro Álvaro de Carvalho, Largo da Alfândega, Palácio Cruz e Sousa, Apae e Orionópolis (Florianópolis) e Teatro Elias Angeloni, Praça Nereu Ramos e Teatro de Arena (Criciúma) e Teatro do Sesc (Joinville).

QUANTO: Entrada gratuita, com exceção dos espetáculos no Centro de Cultura e Eventos da UFSC, Teatro da UFSC e Teatro Álvaro de Carvalho, com ingressos a R$ 10 (inteira) e R$ 5 (meia).

Outras informações pelo site www.fitafloripa.com.br, ou pelos telefones (48) 3721-7848, 4141-2116, 9146-0251, com Fifo Lima, Assessoria de Imprensa.

A vez dos adolescentes na tela do FAM nesta sexta, com o novo filme de Laís Bodanzky

17/06/2010 16:30

As Melhores Coisas do Mundo, de Laís Bodanzky, é o filme que promete atrair adolescentes para o 14º FAM, no Centro de Cultura e Eventos da UFSC, nesta sexta, às 10 horas. A grade do festival é feita para todos os tipos de público e este vai ser o momento reservado para os jovens. Este é o terceiro longa-metragem da diretora, que já trouxe os outros dois para o FAM, Bicho de Sete Cabeças e Chega de Saudade.

Desta vez, o filme traz a história de Mano, um jovem de 15 anos de idade que adora tocar guitarra, beijar na boca, rir com os amigos e andar de bike, além de curtir uma balada.

Inspirado na série de livros “Mano”, de Gilberto Dimenstein e Heloísa Prieto, com roteiro original de Luiz Bolognesi, casado com Laís, o longa acompanha a vida de adolescentes de classe média-alta da capital e seus dilemas típicos da idade.

Enquanto a vida segue, um fato muda o rumo da família e faz com que ele, Mano, perceba que virar adulto nem sempre é tarefa fácil. A popularidade na escola, a primeira transa, o relacionamento em casa, as inseguranças, os preconceitos e a descoberta do amor. Em meio a tantos desafios, Mano descobre e inventa “as melhores coisas do mundo”.

Parte do elenco é conhecida do público, Paulinho Vilhena, Caio Blat, Fiuk (filho do cantor Fábio Jr.) e Denise Fraga, e se mescla com alguns ainda desconhecidos da mídia, como Francisco Miguez, o protagonista, de 15 anos, Gustavo Machado e Gabriela Rocha.

A direção de fotografia é de Mauro Pinheiro (Linhas de Passe), a direção de arte de Cássio Amarante (Central do Brasil e Encarnação do Demônio), a montagem de Daniel Rezende (Cidade de Deus e O ano em que meus pais saíram de férias).

O filme foi o grande vencedor do Cine PE, o Festival do Recife, em maio. Levou oito prêmios: melhor filme, direção, ator (para Francisco Miguez), roteiro, fotografia, direção de arte, edição de som e o prêmio da crítica.

http://www.audiovisualmercosul.com.br.

http://audiovisualmercosul.blogspot.com.

http://twitter.com/famcinema

Assessoria de Imprensa 14º FAM

55 48 3721 4985

Beth Bieging 55 48 9901 9752

Coordenação e Cerimoniais

Aderbal Rosa Filho 55 48 9127 9166

Foruns e Extra-Forum(Film Commission)

Dorva Rezende 55 48 9114 4442

Mostras Competitivas/Site e blog

O Pensamento no Século XXI traz Cozarinsky para fazer elogio à contaminação

17/06/2010 16:10

Autor será homenageado no Ciclo Cozarinsky

Autor será homenageado no Ciclo Cozarinsky

Nos últimos dois anos, ele alcançou brilhantismo em todos os gêneros literários e artísticos a que se dedicou, a ponto de as publicações culturais de circulação internacional elegerem 2010 como “o ano Cozarinsky”. Esse premiado escritor, cineasta, ator, dramaturgo e ensaísta, é o próximo convidado do ciclo Pensamento no Século XXI, promovido pela Secretaria de Cultura e Arte e Pró-Reitoria de Pós-Graduação da UFSC.

No dia 1° de julho, às 18h30min, no Centro de Cultura e Eventos (segundo andar, Bosque da Ilha), Edgardo Cozarinsky profere a conferência Elogio da Contaminação, e no dia 2, às 18 horas, no auditório do Centro de Comunicação e Expressão, apresenta seu último filme, Apontamentos para uma biografia imaginária (2010).

Autor de uma filmografia de marcada personalidade, o diretor será homenageado ainda pelo Ciclo Cozarinsky, que o Curso de Cinema da UFSC promove de 23 a 30 de junho, também no CCE, como parte da programação do Cineclube Rogério Sganzerla e da IV Semana de Cinema.

A título de preparação para a conferência, a mostra vai exibir cinco de seus filmes (com legendas em inglês ou espanhol), sucedidos por sessões de debate com comentários dos professores Raul Antelo (consultor do Ciclo O Pensamento no Século XXI), Joca Wolf, Jair Fonseca, Antônio Carlos dos Santos e Felipe Soares, conforme o cronograma abaixo. Exemplos privilegiados da absoluta insustentabilidade da oposição entre “ficção e documentário” e entre as linhas de tempo, seus filmes encenam a defesa da contaminação cultural. “Mesmo nas descrições ou nas falas dos personagens, tempos e lugares costumam se misturar despudoradamente”, explica Soares, organizador da mostra.

Nascido em Buenos Aires em 1939, mas radicado em Paris desde 1974, quando recebeu um prêmio, Cozarinsky notabilizou-se este ano pela produção nas diversas expressões de sua maestria: no conto, com Burundanga; no romance, com Lejos de donde; no cinema, com Apontamentos para uma biografia imaginária e no ensaio, com Blues. Responsável por uma vasta e transformadora obra, destacou-se em 2009 e 2010 pela publicação de Borges em/e/sobre cinema (Iluminuras), que reúne ensaios e conversas com Jorge Luís Borges; A noiva de Odessa (traduzido por Samuel Titã na revista Piaui) e Vodu urbano, com prefácio de Susan Sontag (Iluminuras). Ainda em 2010 publicou, Galáxia Kafka. A busca de uma linguagem própria, a reflexão política, a mescla de gêneros e formatos, a elegância e o refinamento de estilo marcam sua escrita.

Programação Cozarinsky:

– 23/6, quarta, às 18h30min – Filme: Bulevares do crepúsculo (1992); Debatedor: Prof. Luiz Felipe Soares

– 24/6, quinta, às 18h30min – Filme: Guerra de um homem só (1982); Debatedor: Prof. Raul Antelo

– 28/6, segunda, às 18h30min – Filme: Fantasmas de Tanger (1998); Debatedor: Prof. Jorge (Joca) Wolff

– 29/6, terça, às 18h30min – Filme: Ronda noturna (2005); Debatedor: Prof. Jair Tadeu Fonseca

– 30/6, quarta, às 18h30min – Filme: Zweig (1997); Debatedor: Prof. Antonio Carlos Santos

– 1°/7, quinta, às 18h30min, no auditório do Centro de Eventos, conferência Elogio da contaminação, pelo dramaturgo, cineasta e escritor Edgardo Cozarinsky.

– 2/7, sexta, às 18 horas – Filme: Apuntes para una biografía imaginada (2010); Debatedor: Edgardo Cozarinsky.

Por Raquel Wandelli/ Jornalista na SeCArte/UFSC

Contato: raquelwandelli@gmail.com / 9911-0524 / 3721-8329.

FAM 2010: O argentino La invención da carne é o longa desta noite de quinta

17/06/2010 15:47

La invención de la carne - fotos divulgação

La invención de la carne - fotos divulgação

O terceiro e último filme argentino da Mostra de Longas Mercosul será exibido nesta quinta-feira. O drama La invención de la carne (1h22”) é o terceiro longa-metragem escrito e dirigido por Santiago Loza. Produção de 2009, tem como protagonistas dois jovens, María (Umbra Colombo), uma mulher que cede o corpo para experiências médicas e também para a prostituição, e Mateo (Diego Benedetto), um estudante.

Os dois personagens atormentados por fatos do passado se conhecem nas aulas. Ele se torna obcecado por ela e começa uma estranha relação de poucas palavras, que se desenrola numa viagem a lugares vazios na Argentina, locais tão vazios quanto a existência deles. Para expor a condição dos dois, o diretor utiliza planos fechados, closes desfocados e imagens da pele, no lugar dos diálogos. Em 2009 o filme foi seleccionado para o festival Cine en Construcción 15, de Toulouse, na França, apresentado no Festival de Locarno, na Suíça, e na 33ª Mostra Internacional de Cinema de São Paulo.

Santiago Loza nasceu em Córdoba em 1971. Escreveu e dirigiu os longas Extraño (2003), seleccionado para Cine en Construcción 15, de Toulouse, na França, e ganhador do primeiro prêmio no Festival de Rotterdam, na Holanda, e Cuatro mujeres descalzas (2005). Como roteirista, escreveu o roteiro de Parapalos, de Ana Poliak (2003) e também é autor e diretor de teatro.

http://www.audiovisualmercosul.com.br.

http://audiovisualmercosul.blogspot.com.

http://twitter.com/famcinema

Assessoria de Imprensa 14º FAM

55 48 3721 4985

Beth Bieging 55 48 9901 9752

Coordenação e Cerimoniais

Aderbal Rosa Filho 55 48 9127 9166

Foruns e Extra-Forum(Film Commission)

Dorva Rezende 55 48 9114 4442

Mostras Competitivas/Site e blog

Barbara Pettres 5548 9926 6429

Mostras Competitivas/ Homenagens/Cinedia/Mostra Cuba/

Gabriela Rovai 55 48 99539353

Mostra Competitiva Infanto-Juvenil e Eventos paralelos

Vera Maria 55 48 9971 0400

Mostra Extra-Fam/ Homenagens/Credenciamentos

Alan Pauls desvenda no sotaque a lógica da ficção contemporânea

17/06/2010 13:23

O conferencista: ensaio em elogio ao sotaque

O conferencista: ensaio em elogio ao sotaque

A única possibilidade de afirmar uma identidade nacional é enfrentar-se com a monstruosidade da escritura, pois o característico não escapa ao híbrido, ao falar na língua do outro com sotaque próprio, à mistura suja, ao contágio, enfim. Com uma fala permeada de metáforas, referências históricas e exemplos de vida, Alan Pauls definiu mais ou menos assim o desafio de ser um escritor argentino hoje dialogando o contemporâneo e uma tradição literária universal que inclui Borges, Bolaño, Alan Poe e toda cultura erudita e populacha. Elogio do Sotaque, sua conferência no ciclo “O pensamento do século XXI” lotou o auditório da Reitoria na noite de segunda-feira, 14, e já anunciou a próxima conferência do dia 1° de julho, às 18h30min, no Centro de Cultura e Eventos, quando o igualmente aclamado escritor e cineasta Edgardo Cozarinsky falará sobre o tema Elogio da Contaminação.

A coincidência temática nos títulos das palestras, propostos casualmente pelos autores convidados, não passou despercebida pelo professor e crítico literário Raul Antelo, consultor do ciclo. Ao apresentar o autor do romance O Passado e homenageá-lo com um ensaio acerca de sua obra, Antelo observou no debate da síndrome do contágio um movimento da literatura e do pensamento do presente, em que “a imagem, ou, em outras palavras, o contato dos corpos, das línguas, ou seja, a linguagem sem mais, passa a ser mais poderosa do que os próprios sujeitos que ela põe em relação”.

Autor do celebrado História do Pranto, volume de uma trilogia parcialmente traduzida no Brasil pela Cosac Naif, Pauls partiu do exemplo de músicos estrangeiros populares dos anos 60 e 70 que cantavam sempre em castelhano toda vez que pisavam na Argentina para construir seu primoroso ensaio em elogio ao sotaque como condição de “estrangeiridade” inalienável do artista contemporâneo. A leitura, em espanhol, foi entremeada por trechos de canções de Roberto Carlos cantarolados em castelhano por esse nascido argentino de sobrenome alemão:

— Ése era el ecosistema de la joven industria mediática donde nadaban como peces en el agua los Roberto Carlos, los Nicola di Bari, las Ornella Vannoni, los Salvatore Adamo. Cantantes extranjeros, como dije, pero habría que precisar: extranjeros sui generis. Porque la extranjería — que para la cultura de clase media argentina era un mito ávido, permisivo, casi siempre acrítico — en ellos era menos un signo de prestigio que una condición accidental, una marca más o menos arbitraria y sospechosa, casi una suerte de impostura.

Público acompanha Ciclo Pensamento do Século XXI

Público acompanha Ciclo Pensamento do Século XXI

Em vez do apagamento da diferença, da reivindicação do purismo clássico, da identidade fixa ou de uma nacionalidade fingidamente natural, Pauls propôs a potencialização do falso, o lugar do rumor, do barulho das línguas, inclusive como saída para o impasse da tradução. “Só assim, através de um acento, de sua vibração e do estremecimento que contagia tudo sobre o que cai, distraindo o sentido de seu destino de obviedade, posso imaginar sem temor algo parecido com uma identidade, em particular uma identidade argentina”.

Por potencialização do falso como estratégia alternativa à ilusão de real, Antelo definiu “uma espécie de equilíbrio ou de restabelecimento do equilíbrio, um processo de restituição que permite a uma sociedade, nos limites do cinismo, esconder o que ela delibera ocultar, mostrar apenas o que ela quer exibir, negar a evidência mais chocante e proclamar, aos quatro ventos, o inverossímil”. Leitor e admirador de obras dos brasileiros Gilberto Noll, e Sérgio Sant´Anna, Pauls, afirmou que se há algo capaz de neutralizar o despotismo que parece nos condenar ao paradigma da identidade é o sotaque como a marca da diferença e da fricção. Cantarola Roberto Carlos e explica que enquanto canta inicia-se ele mesmo nessa espécie de língua pífia, como a que escutava dos cantores estrangeiros, que não era italiano, não era castelhano, nem argentino, mas simplesmente una língua mal impressa, “fora de registro”, suja, uma língua, diz o escritor, talhada desde dentro por outra língua. “Una lengua, digamos, “afantasmada”.

— El acento es para mí el antídoto contra las radiaciones más amenazantes del “ser argentino”: la naturalidad (o más bien cierta capacidad de autonaturalización), la inmediatez, la voluntad de imposición, el estereotipo, la generalidad, la imprecisión. En otras palabras, veo el acento como el instrumento, y quizás el arte, de una utopía: la de establecer con la identidad —con ese sistema de obviedades que es siempre una identidad— la misma relación de “sutileza” que el acento italiano, o carioca, o francés, me permitía establecer hace cerca de cuarenta años, sentado ante un televisor blanco y negro con fantasma, a la vez con mi propia lengua y con un mundo de verdades y valores completamente cristalizados, transparentes, irresistibles, llamado “canción romántica”. Pensaba, por ejemplo: “Esto que estoy escuchando no está bien“.

Em seu ensaio A causerie do Zumbi (em francês casos ou causos), Antelo aponta uma aproximação da obra de Pauls com as do chileno Roberto Bolaño, Borges e Edgard Allan Poe enquanto escritas póstumas, no sentido machadiano de que são autores examinando o passado e o presente com o olhar funesto de quem vive o futuro dos homens mortos. Ao analisar a trilogia das Histórias de Pauls — História do Pranto(2008), História do Cabelo (2010) e o apenas anunciado História do Dinheiro — propõe para essa literatura a categoria zumbi por se tratar de um livro póstumo de autor vivo. Valendo-se dessa metáfora, Antelo confere à trilogia a mesma projeção que Pauls deu à obra de Bolaño, quando lhe exaltou a “modulação distante, como que velada, ao mesmo tempo fúnebre e feliz, próxima e impossível” de uma ficção científica na qual os mortos falam como profetas de um tempo.

Em sua incursão arqueológica pela literatura desde o golpe militar na Argentina, Antelo anuncia que Pauls estaria desvendando a lógica da ficção — a dele, a de Bolaño e a do século XXI. “A escrita de Alan sofre sempre uma torsão, uma relação de força, entre o passado e o presente, e mostra também que, para o escritor, o tempo não pode mais se inscrever na linearidade inequívoca da vivência, nem na lógica de uma simples rememoração, mas deve postular, para ser rigorosamente contemporâneo, a problemática sobrevivência do passado, numa potencializada tela projetiva (…), aquilo que a teoria francesa cunhou como escritura.”

A propósito da imersão no passado, o vencedor do prêmio Herralde, um dos mais importantes em língua espanhola, não aprovou inteiramente a adaptação de seu romance O Passado (1996), levado ao cinema por Hector Babenco. Gostou da atuação da atriz Anália Couceyro na personagem Sofia, mas desaprovou o compromisso do diretor com a narrativa linear. “Não se tratava tanto de contar uma história, mas de criar o ambiente em que o passado converteu-se no pesadelo de um casal na tentativa de se separar”. A “pareja” Rimini e Sofia já anunciava os personagens fantasmagóricos de uma sociedade zumbi que desfilam nas obras futuras – ou passadas.

Por Raquel Wandelli/jornalista na Secarte. Contatos: (48) 9911-0524 – 3721-9459,raquelwandelli@gmail.com, raquelwandelli@reitoria.ufsc.br.

Direito da Inovação e Administrativo da Propriedade Intelectual com casa cheia

17/06/2010 12:44

Prata: inovação é o caminho

Prata: inovação é o caminho

Casa cheia para o curso Direito da Inovação e Administrativo da Propriedade Intelectual que está sendo realizado na Sala Lantana do Centro de Cultura e Eventos da UFSC. Além de visar à capacitação de procuradores federais que atuam junto à universidade e servidores da UFSC envolvidos com a matéria, atende a chefes das Procuradorias da Universidade Tecnológica Federal do Paraná, Universidade Federal do Pará, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Santa Catarina e Instituto Nacional de Propriedade Industrial.

Para o reitor Alvaro Prata, que abriu o evento lembrando do Jubileu de Ouro da UFSC, ciência, tecnologia & inovação são heranças culturais para a humanidade, um verdadeiro patrimônio da sociedade. “O desafio de cada um é deixar o mundo melhor através da inovação que traduz a mudança”, observa Prata. Ele assinala, no entanto, que para realizar as transformações é fundamental dominar as leis e os marcos regulatórios e concluiu: “É preciso avançar, preparar, motivar e proteger as inovações da universidade”.

Pimentel: mais segurança

Pimentel: mais segurança

Elsa Meinert, da Pró-Reitoria de Desenvolvimento Humano e Social – PRDHS – destacou a demanda atual do curso, cujo primeiro módulo é ministrado por Luiz Otávio Pimentel, do Grupo de Pesquisa em Propriedade Intelectual, Transferência de Tecnologia e Inovação da Pós-Graduação em Direito, e o comprometimento da equipe.

Já o Procurador-Chefe da UFSC, Nilto Parma, ratificou a atividade cada vez mais intensa para qualificar, adequadamente, técnicos e procuradores das universidades. Enfatizou ainda que a procuradoria está sendo dotada de uma infraestrutura adequada, graças ao apoio incondicional da reitoria e da PRDHS.

A diretora do Centro de Ciências Jurídicas, Olga Aguiar, que fez um convite aos participantes para conhecer o CCJ, argumentou que um curso desse nível vai dar a necessária segurança jurídica às instituições universitárias. Presentes também ao curso o Pró-Reitor de Desenvolvimento Humano e Social, Luiz Henrique Vieira, e o chefe do Departamento de Direito da UFSC, Luiz Carlos Cancellier.

Direito da Inovação e Administrativo da Propriedade Intelectual tem uma carga de 10 horas e termina amanhã, dia 18. O conteúdo programático inclui, entre outros temas, conceitos de pesquisa básica e aplicada e desenvolvimento visando à inovação de produtos, processos e serviços, política de inovação e seu marco regulatório, transferência de tecnologia e cessão de direitos.

Informações: (48) 3721-6014

Fotos: Paulo Roberto Noronha/Agecom

Mesa-redonda aborda novas formas de organização da pós-graduação

16/06/2010 17:01

Será realizada no dia 25 de junho a mesa-redonda ´Programas Multicêntricos de Pós-Graduação: Desafios e Perspectivas`. O evento será realizado no anfiteatro do Centro Sócio-Econômico, entre 9h e 12h. O objetivo é promover a discussão sobre os desafios e as perspectivas de novas formas de organização dos programas de pós-graduação, com ênfase na experiência do Programa Multicêntrico de Pós-Graduação em Ciências Fisiológicas (PMPGFis) da UFSC.

Serão dois convidados: Maria Lúcia de Barros Camargo, pró-reitora de pós-graduação, que vai falar sobre os programas da UFSC, e José Antunes Rodrigues, coordenador geral do PMPGFis, que abordará as novas formas de organização da pós-graduação no Brasil.

A mesa-redonda é organizada pelo Centro de Ciências Biológicas (CCB) e Pós-Graduação em Ciências Fisiológicas. Também tem apoio da Pró-Reitoria de Pós-Graduação (PRPG), da Câmara de Pós-Graduação do Centro de Ciências Biológicas (CPG-CCB) e do Departamento de Ciências Fisiológicas.

O Programa Multicêntrico de Pós-Graduação em Ciências Fisiológicas da UFSC está ligado ao Centro de Ciências Biológicas e faz parte, como Instituição Associada Plena, de uma iniciativa de abrangência nacional, criada por uma equipe de pesquisadores de primeira linha, oriundos de pós-graduações com elevada conceituação pela Capes (as chamadas Instituições nucleadoras).

A iniciativa integra os cursos de pós-graduação em Fisiologia da Universidade Federal de Minas Gerais (conceito 7 na Capes); Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto/ USP (conceito 7); Instituto de Ciências Biomédicas da USP (conceito 6); Universidade Federal do Rio de Janeiro (conceito 6) e Universidade Federal do Rio Grande do Sul (conceito 5).

Em nível nacional o Programa Multicêntrico de Pós-graduação (PMPG) em Ciências Fisiológicas é coordenado pela Sociedade Brasileira de Fisiologia (Instituição Proponente), através da associação de pesquisadores produtivos que estão isolados em instituições públicas onde a implantação de cursos independentes ainda não é possível (Instituições Associadas-Plenas e Associadas-Emergentes) e pesquisadores de pós consolidadas (Instituições Nucleadoras). É o primeiro programa multicêntrico sendo desenvolvido no Brasil.

Programação da mesa-redonda ´Programas Multicêntricos de Pós-Graduação: Desafios e Perspectivas`.

9h15 – 10h: Maria Lúcia de Barros Camargo – Pró-Reitora de Pós-Graduação: “A Pós-Graduação na UFSC”.

10h -10h45 – José Antunes Rodrigues – Coordenador Geral do Programa Multicêntrico de Pós-Graduação em Ciências Fisiológicas: “Programas Multicêntricos de Pós-graduação: Novas formas institucionais de desenvolvimento da pós-graduação brasileira”

10h45 – 11h – Café

10h – 12h – Sessão de discussão e perguntas. Mesa composta pela PRPG, CCB e pela coordenação local e geral da PMPGFis.

Mais informações pelo telefone (48) 3721-9352, ramal 208, ou pelo e-mail cilene@ccb.ufsc.br

Por Fernanda Burigo / Bolsista de Jornalismo na Agecom