Novo professor do Departamento de Aquicultura tem longa trajetória na UFSC
O novo professor do Departamento de Aquicultura Frank Bellettini já é conhecido nos corredores do Centro de Ciências Agrárias da Universidade Federal de Santa Catarina (CCA/UFSC). Bellettini tomou posse em seu novo cargo no dia 3 de setembro, rodeado e celebrado por seus colegas por sua trajetória.
Dentro da UFSC, Frank foi estudante de graduação em Biologia, e concluiu Mestrado, e Doutorado no Programa de Pós-Graduação de Aquicultura (PPGAQI/UFSC). Atuou como biólogo contratado e posteriormente concursado como técnico-administrativo em Educação (TAE), no cargo de Técnico de Laboratório. Antes de sua aprovação em concurso público para professor efetivo, Frank lecionou como professor substituto no curso de Graduação em Engenharia de Aquicultura. Neste mês de setembro, inicia sua jornada na instituição com um novo cargo, e com um sonho realizado: o de lecionar de forma permanente.
“Chegar ao cargo de Professor de Magistério Superior aqui na UFSC é muito gratificante”, conta o novo professor. Com a posse no cargo que é de dedicação exclusiva, Frank deixa de atuar como técnico e realiza um objetivo que surgiu quando defendia seu Mestrado em Aquicultura. Ele relata que “a semente desse sonho de me tornar professor foi plantada pelo Walter Seiffert“, que agora é seu colega docente no Departamento de Aquicultura. “Encontrar no dia da minha posse como professor tantas pessoas queridas, colegas de trabalho, professores de departamento, familiares que estavam no presentes lá no ato, eu confesso … me fez chorar”, relata Frank.
O professor Walter, que acompanha a trajetória de Frank há muitos anos, acredita que o incentivo à qualificação oportunizada aos técnicos-administrativos em Educação nas Instituições Federais de Ensino Superior beneficia a universidade tanto quanto o servidor. “A Universidade se fortalece quando ela cresce junto com os técnicos-administrativos em Educação, dando a oportunidade de continuar a sua formação pós-concurso. No caso do Frank, a UFSC oportunizou que ele pudesse estudar, fazer um Mestrado e Doutorado na própria instituição. Ele, com sua aptidão, se tornou pesquisador e com a habilidade para ser professor, pode optar por fazer novo concurso e foi aprovado. O bonito é isso, é a Universidade que também cresce quando há um profissional que teve essa oportunidade”, salienta Walter.
“A parte bonita da trajetória do Frank é que ele fez Biologia aqui com a gente, depois ficou no grupo de pesquisa, praticamente construiu a história de 40 anos do Laboratório de Camarões Marinhos da Universidade e hoje pode contribuir também como professor”, relata o colega. Walter, assim como Frank, também trabalhou na UFSC como TAE, no cargo de Engenheiro Agrônomo, antes de ser aprovado para o concurso como docente. Além dos dois professores de Aquicultura, o reitor Irineu Manoel de Souza seguiu trajetória semelhante, sendo aprovado para o cargo de professor após 36 anos de trabalho como TAE na UFSC.
Trajetória
A ligação de Frank com a UFSC vem desde a sua chegada para trabalhar como Técnico em Agropecuária em 1986 e posteriormente como Biólogo, via Fundação de Amparo à Pesquisa e Extensão Universitária (Fapeu), no Laboratório de Camarões Marinhos (LCM) até 2008. Ali, Frank atuou como chefe de setor de Microalgas, Maturação e Manutenção de Reprodutores, Larvicultura, Berçário de Camarões Marinhos e também como Gerente de Produção. Em 2012, Frank foi aprovado em concurso público como Técnico de Laboratório, na Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS) e voltou à UFSC por meio de um processo de redistribuição, em 2018.
Desde então, passou a atuar como servidor técnico-administrativo em Educação na UFSC, trabalhando no Departamento de Aquicultura. Frank também integra os grupos de trabalho e pesquisa do LCM, além da Rede de Pesquisa em Sustentabilidade na Aquicultura (Repensa) e da Fazenda Experimental Yakult, onde também é supervisor.
O trabalho de pesquisa de Frank é voltado para a aquicultura com ênfase em Carcinicultura Marinha nas áreas de reprodução, larvicultura, produção de alimentos vivos, berçários para espécies nativas e exóticas de camarões marinhos e engorda de camarões em sistemas convencionais, de bioflocos e também em Aquicultura Multitrófica Integrada (AMTI), buscando sempre o desenvolvimento da aquicultura e produção de alimentos sustentáveis.
Mayra Cajueiro Warren
Jornalista | Agência de Comunicação | UFSC
mayra.cajueiro@ufsc.br