Exposição ‘Brasil: só quem vive(u) sabe’ representa a cultura brasileira através dos memes
Memes, frascos de corote pendurados, um cachorro da cor caramelo. Na televisão, a novela Avenida Brasil. Uma feira, grafite (arte urbana) e um bar com cadeiras de plástico. Esses são alguns elementos que mais identificam a brasilidade. Pensando nisso, estudantes do curso de Museologia da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) organizaram a exposição Brasil: só quem vive(u) sabe – que está em exibição no Museu de Arqueologia e Etnologia (Marque/UFSC), no Campus de Florianópolis, até a próxima sexta-feira, 2 de junho. Inspirada nos memes sobre o que representa o Brasil mais que futebol e samba, os criadores montaram uma exibição para mostrar a identidade da cultura brasileira. A mostra é gratuita e aberta ao público das 8h30 às 17h30 de terça-feira a sexta-feira.
>> Confira o vídeo da exposição no TikTok da UFSC.
“Representa uma ideia de cultura brasileira não hegemônica. Discutindo justamente essa ideia da cultura cotidiana que tem na cultura brasileira. Elementos ligados à questão social e mais popular”, explica o estudante de Museologia Carlos José Klann, sobre o objetivo da mostra. A exposição é divida em três núcleos. Ao chegar, você irá se deparar com o núcleo introdutório que traz os memes como uma crítica social. “O humor pode ser abordado de várias formas. Um dos objetivos da exposição é mostrar como o humor pode ser discutido como uma crítica social e também uma representação da cultura brasileira”, diz Carlos José.
O segundo núcleo representa a vida privada dos brasileiros. Traz objetos antigos e atuais que podem ser encontrados nas casas pelo Brasil. O telefone com fio chama atenção de um casal e seu filho que visitam a exposição. “Filho, antes do celular era com esse objeto que a gente ligava para as pessoas”, explica a mãe à criança que só conhece o celular. Mas nesse núcleo, o elemento principal é a cozinha.
Louças antigas, panos de pratos com desenhos e frases, filtro de barro e comidas típicas do Brasil. Diante disso, a exposição relata como a cozinha é considerada um espaço feminino, e além disso, discute o trabalho doméstico. Um trabalho não remunerado e não valorizado pela sociedade.
O último núcleo traz elementos da rua. Brincadeiras infantis, música, grafite, feira e o bar como elemento de sociabilidade. Rafaela Azevedo, estudante de Jornalismo, visitante da exposição, disse que essa parte foi sua favorita. “Nunca tinha pensado numa exposição tão diferente que represente tanto o nosso país com tantas referências”, diz ela.
Mais informações no Instagram @brasilquemvivesabe
Fotos e Texto Leticia Schlemper/estagiária de jornalismo/Agecom/UFSC