Mulheres e Meninas na Ciência: Gênero, Ciências, Diversidades e Equidade tornam-se conceitos debatidos em cursos para mais de 900 pessoas
O significado dessas palavras no ambiente universitário tem sido apresentado desde 2021, por meio de cursos criados no âmbito do Programa Institucional de Apoio Pedagógico aos Estudantes (Piape), em parceria com a Pró-Reitoria de Pesquisa (Propesq), o Instituto de Estudos de Gênero (IEG) e o GT de Equidade.
No último ano, em cada semestre, o curso foi ofertado para toda a comunidade acadêmica, com o propósito de fomentar discussões e reflexões sobre questões relacionadas ao gênero e às diversidades, com foco na promoção de equidade. A coordenação-geral foi de Janaina Santos, Miriam Grossi, Olga Regina Zigelli Garcia e Maique Weber Biavatti.
A primeira edição, denominada “Ciência, Gênero e Diversidades”, foi oferecida entre 22 de março e 03 de maio, com encontros remotos semanais com duração de 1h30 ao longo de 6 semanas. Houve a reserva de 10% das vagas para estudantes de pós-graduação ou de outras instituições. A proposta atraiu 563 pessoas, organizadas em dez turmas, que tiveram a participação de dez doutorandas e pós-doutorandas como tutoras e mediadoras pedagógicas.
“O propósito foi o de fomentar discussões e reflexões sobre a trajetória feminina na ciência, explorando causas sociológicas e culturais que refletem a assimetria de gênero na ciência no Brasil e no mundo. O principal objetivo deste curso é possibilitar que estudantes da UFSC conheçam o contexto histórico-cultural que norteia a trajetória científica das mulheres, visando contribuir para o fortalecimento do trabalho científico feminino”, salienta a coordenadora Janaina Santos.
A segunda edição, oferecida no semestre de 2021.2, foi denominada “Gênero, Diversidades e Equidade”, e puderam se inscrever apenas estudantes de graduação da UFSC. As aulas remotas ocorreram entre outubro e dezembro de 2021, com a participação de três doutorandas e pós-doutorandas na condição de tutoras que ministraram os conteúdos e fizeram a mediação pedagógica. O curso teve 339 pessoas inscritas e seis turmas.
Os cursos, assim como as demais atividades oferecidas pelo PIAPE, são validáveis como atividade complementar junto aos cursos de graduação pelas pessoas participantes, mediante participação em, no mínimo, 75% das atividades.
A oferta de uma nova edição em 2022 está assegurada, segundo informações da Secretaria de Planejamento e Orçamento (Seplan) da UFSC. A avaliação encaminhada por estudantes ao final das duas edições salienta a relevância do tema e a qualidade do conteúdo, acrescenta Janaina. “Dentre as opiniões que recebemos estão muitos elogios ao material didático, e um grande número de pessoas que apontou não conhecer alguns dos conceitos apresentados, o que evidencia que existe uma demanda latente na nossa comunidade, que a Universidade pode e deve atender”, ressalta.
O Programa de Pós-Graduação Interdisciplinar de Ciências Humanas (PPGICH) também desenvolveu novas disciplinas voltadas para estudantes de pós-graduação, ministradas pelas professoras Miriam Grossi e Olga Regina Zigelli Garcia. No primeiro semestre de 2021, a disciplina “Introdução aos Estudos de Gênero e Ciências”, e, no segundo semestre “Introdução aos Estudos em Gênero e Sexualidade”. “Tivemos uma demanda imensa de matrícula de estudantes de mais de 20 cursos de pós-graduação da UFSC, além de outras universidades do Brasil e até uma aluna da Argentina, pelo convênio da AUGM”, conta a professora Miriam Grossi.
Além disso, ações de extensão, como o I Ciclo de Seminários Temáticos: Mulheres na Ciência, promovido pelo Espaço Cultural Gênero e Diversidades do Instituto de Estudos de Gênero (IEG), em parceria com o Núcleo de Identidades de Gênero e Subjetividades (NIGS), promoveu um encontro por mês, de agosto a novembro, debatendo assuntos como Maternidade, Pandemia e Mulheres na Política Científica.
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