Propesq e Fapesc divulgam resultado de edital de apoio a novos pesquisadores
Apoiar pesquisadores juniores, vinculados a grupos de pesquisa certificados pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), contribuindo com o desenvolvimento de projetos de pesquisa voltados à resolução de problemas com aplicação no estado. Esse foi o objetivo do edital nº 1/PROPESQ/2020, cujo resultado foi divulgado nesta sexta-feira, 12 de fevereiro. O valor global estimado é de R$ 1,2 milhão, sendo metade recursos da Pró-Reitoria de Pesquisa da UFSC e metade da Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Estado de Santa Catarina (Fapesc). Serão até 48 beneficiários vinculados aos centros de ensino e aos campi de Araranguá, Blumenau, Curitibanos e Joinville
O resultado contempla todas as áreas de conhecimento e foi divulgado a partir da avaliação de comissões vinculadas aos centros. De acordo com o pró-reitor de Pesquisa, Sebastião Roberto Soares, a expectativa é de que a parceria entre a UFSC e a Fapesc se estenda por outros editais temáticos. “Essa parceria amplia nossa capacidade de recursos com a união de duas instituições com interesse comum. A expectativa da nossa parte é que possamos repeti-la de modo contínuo daqui para frente”, destaca.
A proposta do edital é dar suporte a pesquisadores recém-contratados na UFSC, estimulando também o fortalecimento de grupos de pesquisa. Os projetos envolvem pesquisas que contribuam com a resolução de problemas relacionados ao estado, com duração de até dois anos. Para Soares, a iniciativa de contemplar professores com menos tempo de carreira tornou o edital mais inclusivo e serve de estímulo ao trabalho em torno de grupos de pesquisa e à formação de novas lideranças científicas.
“Além de estimularem a produção de conhecimento, eles também irão contribuir com o aprimoramento de necessidades da sociedade”, reforça o professor, destacando a relação das propostas selecionadas com problemáticas do estado. O professor também observa o papel da própria Universidade como patrocinadora das pesquisas. “São recursos de ressarcimento institucional que retornam para as pesquisas. Temos um histórico positivo dos nossos pesquisadores na captação de projetos, mas fazia algum tempo que não fomentávamos financeiramente um edital de pesquisas”.
A professora Carlise Beddin Fritzen Freire foi uma das proponentes contempladas. Pesquisadora do Centro de Ciências Agrárias, ela irá estudar, junto ao seu grupo, o potencial de utilização de frutas nativas de Santa Catarina para a produção de fermentados acéticos. O objetivo, segundo ela, é elaborar e caracterizar vinagres de diferentes espécies do estado. “A ideia também é disponibilizar novas oportunidades de renda para os produtores locais”, comenta.
O estudo considera que Santa Catarina apresenta uma elevada riqueza de espécies frutíferas nativas pouco conhecidas e utilizadas comercialmente, como a uvaia, a feijoa, o maracujá azul, o araçá vermelho, a guabiroba e a jaboticaba, que têm sido reconhecidas por suas propriedades funcionais, apresentando elevada atividade antioxidante. O trabalho terá parceria com o Instituto Federal de Santa Catarina (IFSC).
Já no Centro de Ciências da Saúde (CCS), a professora Ana Graziela Alvarez foi a proponente selecionada do estudo Simulação Digital Interativa para Promoção da Segurança do Paciente em Situações Críticas de Cuidado em Saúde e Enfermagem. A pesquisa será executada por uma equipe do Grupo de Pesquisa Clínica, Tecnologias e Informática em Saúde e Enfermagem, com a participação de dois consultores internacionais, da Universidade do Porto e Universidade de Aveiro, de Portugal.
Ela conta que os objetivos do estudo incluem o desenvolvimento e validação de um método de ensino-aprendizagem por simulação digital em segurança do paciente para educação em enfermagem. A ideia também é promover a capacitação de profissionais para o desenvolvimento autônomo da metodologia nas instituições onde atuam. “Também pensamos na ampliação do acesso a atividades simuladas em outras cidades de Santa Catarina, que muitas vezes não dispõem de laboratórios”, explica.
Mais informações no site da Pró-Reitoria de Pesquisa
