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O ano de 2021 começará com dois novos integrantes na gestão da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Catia Regina Silva de Carvalho Pinto, professora do Departamento de Engenharias da Mobilidade e ex-diretora do Campus de Joinville, será a nova vice-reitora. Catia substitui, no cargo, Alacoque Lorenzini Erdmann, cujo mandato se encerra em 31 de dezembro de 2020. Já o docente do Departamento de Economia e Relações Internacionais da UFSC Daniel de Santana Vasconcelos assume a Pró-Reitoria de Graduação (Prograd), no lugar de Alexandre Marino Costa, que solicitou a saída do cargo por motivos pessoais.

Professora do Departamento de Enfermagem e do Programa de Pós-Graduação em Enfermagem, Alacoque assumiu como vice-reitora em maio de 2016, junto com o professor Luis Carlos Cancellier, para um mandato de quatro anos. A chapa da dupla foi escolhida pela comunidade acadêmica na consulta para a Reitoria em novembro de 2015. Como a nomeação da vice-reitora é prerrogativa do reitor – diferentemente do que ocorre com este cargo, que é nomeado pelo Ministério da Educação (MEC) –, Alacoque teve seu mandato prorrogado até o final de 2020.

Nova vice-reitora

Catia Regina Silva de Carvalho Pinto é a nova vice-reitora da UFSC. Foto: arquivo pessoal

“Recebi o convite do professor Ubaldo, antes de tudo, com muita surpresa. É muito honroso e gratificante ver o reconhecimento do nosso trabalho. Além disso, a minha indicação é uma demonstração para os campi de que essa gestão está comprometida em tornar a UFSC multicampi. Com certeza sinto muita vontade de retribuir a confiança em mim depositada, com ações que reforcem a forma democrática e inclusiva que o nosso reitor tem em gerir a nossa instituição”, declara Catia. 

Formada em Ciências Biológicas, com mestrado e doutorado em Engenharia Ambiental, Catia construiu toda sua trajetória acadêmica na UFSC. Atualmente, é professora do Departamento de Engenharias da Mobilidade do Centro Tecnológico de Joinville, do Programa de Pós-Graduação em Engenharia Ambiental do Centro Tecnológico (CTC) e do Mestrado Profissional em Perícias Criminais Ambientais do Centro de Ciências Biológicas (CCB), com atuação nas áreas de controle de poluição e avaliação de impactos ambientais. Entre 2014 e 2020, foi diretora do Campus de Joinville, experiência que a permitiu enxergar e compreender com mais facilidade as peculiaridades e maiores dificuldades dos centros de ensino.

Pró-reitor de Graduação

Antes de ser professor, Daniel Vasconcelos exerceu as funções de analista econômico no IBGE e de pesquisador em Economia no Inmetro. Sua primeira graduação foi em Comunicação Social – Jornalismo, pela Universidade Federal de Sergipe (UFS), cursada enquanto trabalhava como servidor na antiga Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (Sudene). Foi lá que descobriu sua paixão pela Economia. Realizou, então, sua segunda graduação em Economia na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), seguida pelo mestrado na Escola Nacional de Ciências Estatísticas (Ence) e pelo doutorado em Economia na UFRJ. Foi professor substituto de Economia no Centro Tecnológico da UFRJ, e professor “horista” numa instituição privada de ensino superior no Rio de Janeiro. Em fevereiro de 2015, tomou posse na UFSC como professor do Departamento de Economia e Relações Internacionais. Em maio de 2018, assumiu a coordenação do Curso de Economia, com a missão de aprovar e implementar uma mudança curricular. 

Daniel de Santana Vasconcelos assume como pró-reitor de Graduação. Foto: arquivo pessoal

“Acredito que essa experiência – de sala de aula, de NDE [Núcleo Docente Estruturante], de Coordenação de Curso, de mudança curricular, de participação na Câmara de Graduação – e um pouquinho da vivência em outras instituições sempre colaboram, de alguma forma, para nos dar estrutura e perspectiva diante do desafio que se apresenta agora”, afirma Daniel. O convite para a gestão da pró-reitoria foi recebido por ele com duas sensações bem distintas: “De um lado, o ‘frio na barriga’, pela responsabilidade, em si, de assumir a pró-reitoria de Graduação de uma universidade do porte e da complexidade da UFSC. De outro, o senso de dever, de honra, de compromisso, em assumir uma missão tão importante. Ou seja, de um lado, a sensação de que o desafio é imenso: estar envolvido com os mais de 30 mil sonhos – cada estudante é, enfim, isso: um sonho, pessoal, familiar, em processo de formação, de realização – dessa grande comunidade de estudantes distribuída em mais de uma centena de cursos de graduação em cinco campi. De outro, a motivação e a coragem para aceitá-lo e dedicar a esse desafio e responsabilidades as nossas energias, a fim de corresponder ao tamanho dele. Então é assim: vamos com ‘friozinho’ na barriga, mas muito honrados e motivados”.

Projetos para 2021

Para ambos, a continuidade da pandemia está entre as principais adversidades a serem superadas pela gestão da UFSC no próximo ano. “Em 2021, continuaremos no enfrentamento da Covid-19 e precisaremos continuar trabalhando com muita responsabilidade e seriedade, pois teremos um desafio enorme, caso tenhamos vacina, no planejamento do retorno das nossas atividades presenciais”, enfatiza Catia. 

“A universidade acaba de concluir um semestre letivo em ensino remoto. Certamente há muito o que colher em termos de aprendizado dessa experiência pioneira a fim de refletirmos, e, se for o caso, até mesmo ajustarmos e aprimorarmos os processos ligados ao ensino remoto. O aprendizado dessa experiência certamente vai balizar o nosso futuro próximo, e continuaremos, todos, a aprender a partir dela, ainda mais quando sabemos que o ano que se iniciará traz consigo algumas novas condições de contorno e novos cenários, como a possibilidade de vacinação, o receio de mutações e novas ondas de contaminação”, comenta Daniel.

O professor destaca, ainda, outra tarefa que estará entre as prioridades da Prograd: o processo de curricularização da extensão nos cursos de graduação da UFSC, estabelecido em março de 2020 por uma resolução conjunta da Câmara de Graduação e da Câmara de Extensão. “Outras pautas e demandas certamente deverão surgir, mas essas duas – o ensino num período de pandemia, e a curricularização da extensão, nos parecem ser, a uma primeira observação, os dois desafios mais prementes”, realça o docente.

A nova vice-reitora complementa: “Tenho convicção que os princípios da defesa do ensino público e gratuito, da Universidade cada vez mais inclusiva, diversa e plural, são inalienáveis e estarão, com toda certeza, no norte dos nossos planos”.

Camila Raposo/Jornalista da Agecom/UFSC