Presencialmente ou a distância: trabalhadores da UFSC seguem firmes a serviço da educação
Uma rede composta por mais de 5.800 pessoas – 3.071 técnicos-administrativos em Educação (TAEs) e 2.758 docentes – contribui ativamente para a manutenção e expansão da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Presencialmente ou a distância durante a pandemia de Covid-19, as trabalhadoras e os trabalhadores da Universidade seguem a serviço da educação, da inovação, da pesquisa e da extensão.
Leandro Oliveira, secretário de Segurança Institucional, continua trabalhando no Campus de Florianópolis para proteger aqueles que circulam pela UFSC e zelar pelas instalações. Para ele, ser servidor público é motivo de orgulho – e sinônimo de responsabilidade. “Atendemos a uma comunidade que tem mais de 40.000 pessoas de diferentes locais, culturas e pensamentos. Nestes 27 anos de serviço na UFSC, já ajudei em muitos tipos de situações. Desde uma simples troca de pneus até auxílio de parturiente em pleno vestibular. Esta é a nossa missão: servir, fazer o bem sem olhar a quem”.
A UFSC desponta nos rankings como uma das melhores universidades do país. Para Carla Cristina Dutra Burigo, pró-reitora de Desenvolvimento e Gestão de Pessoas, o resultado é reflexo da dedicação dos docentes e dos técnicos em diversas áreas de atuação. “Gratidão a cada servidor e a cada servidora que mantém vivo nosso ideal de uma universidade pública e publicizada em suas ações. Somos uma instituição constituída por pessoas comprometidas com o seu fazer diário. Em um espaço pluricultural e democrático como é a Universidade, ser servidor é ser potencialmente responsável pela nossa história, pelas nossas conquistas, pela nossa UFSC”.
Além da manutenção dos programas de assistência estudantil regulares, a Universidade instituiu, durante a pandemia, apoio emergencial – no valor de R$ 200,00 mensais – para os estudantes cadastrados na Pró-Reitoria de Assuntos Estudantis (Prae). Apoio Pedagógico por meio do acesso à Internet, empréstimos de computadores aos alunos e distribuição de alimentos que estavam no almoxarifado do Restaurante Universitário (RU) foram ações planejadas e executadas pela equipe de servidores.
“As atividades na Prae têm sido intensas durante a pandemia. A pró-reitoria conta com uma equipe comprometida, extremamente qualificada e com formação em várias áreas do conhecimento. Durante a pandemia, os servidores têm feito um trabalho exemplar”, afirma Luiz Manique Barreto, pró-reitor de Assuntos Estudantis e professor da UFSC desde 2003.
Como docente, Barreto expressa a satisfação com o ofício escolhido. “A maior conquista é ver egressos atuando, tendo êxito, conquistando reconhecimento por onde passam, sendo cidadãos em seu sentido pleno. Eu tenho um profundo orgulho da minha profissão”.
>> Mensagem do reitor e da vice-reitora da UFSC no Dia do Servidor Público
A história de Monique Regina Bayestorff Duarte com a Universidade começou em 2001, quando ingressou no curso de Administração. “Desde então, já tinha orgulho de pertencer a essa instituição tão importante para Santa Catarina. Há seis anos, voltei, mas desta vez como servidora técnico-administrativa. Minha atuação sempre foi na Seplan, que me proporcionou grandes oportunidades. Hoje, como diretora do Departamento de Gestão Estratégica, percebo que a UFSC permite o mesmo crescimento a todos os servidores que realmente fazem diferença no local em que atuam”, pontua. Em 2019, Monique participou ativamente da elaboração do PDI 2020-2024, que dispõe sobre os planos da UFSC para os próximos anos e reafirma o comprometimento institucional com a excelência do ensino, da pesquisa e da extensão – e com a qualidade de vida e profissional do quadro de servidores.
Suélen Andrade é bibliotecária. Há quatro anos, exerce a profissão na Federal de Santa Catarina. Desde março, trabalha em regime remoto. A servidora cadeirante atua em projetos voltados à acessibilidade e à inclusão de pessoas com deficiência, e representa a Biblioteca Universitária (BU) na Rede Brasileira de Estudos e Conteúdos Adaptados (Rebeca).
“Gosto bastante do que eu faço e estou muito feliz com tudo que consegui contribuir com meu trabalho, principalmente com as pessoas com deficiência da UFSC. Nesse período de pandemia, tivemos que reestruturar nossas formas de trabalho e disponibilizar à comunidade acadêmica novos caminhos de utilizar os serviços da BU”. A técnica da UFSC coordena uma comissão permanente de trabalho que visa discutir questões referentes à acessibilidade e à inclusão e integra a Equipe Multiprofissional de Acompanhamento aos Servidores com Deficiência (EMAPCD) da Universidade.
Francis Tourinho demonstra amor e zelo pelos animais de estimação, gosto por artesanato e jardinagem, afeto por demandas estudantis e da área da saúde. O vínculo com a UFSC é antigo: inicia com a formação em Enfermagem na turma de 1991, percorre a docência entre os anos de 2007 a 2014 e chega à Secretaria de Ações Afirmativas e Diversidades (Saad), onde atua desde 2016.
Os tempos pandêmicos exigiram adaptação aos atendimentos remotos e desencadearam aumento das demandas para a equipe da Saad. Nesse contexto, a secretária de Ações Afirmativas e Diversidades explica que a inclusão digital dos estudantes é o foco de ação. “Trabalhamos em resoluções e em comissões e comitês para pensar a melhor estratégia para manter vidas diante da pandemia. Ainda atuamos na acessibilidade educacional e em aulas on-line, em atendimentos aos estudantes indígenas, quilombolas e privados de liberdade”.
A servidora acredita que os retornos positivos que recebem sobre o trabalho desenvolvido é a maior alegria da carreira pública. “Fazer com amor e empenho o trabalho, atender o outro com empatia e cuidado trouxe muitos momentos bons. Desde coraçõezinhos feitos com a mão de crianças em unidades de saúde a ficar feliz em ver ex-estudantes ‘voando alto’ e conquistando mudanças em suas vidas com a oportunidade de estudar”, compartilha.
O trabalho público na área da saúde reúne situações de risco e urgências. Os corredores dos hospitais se tornam parte latente do dia a dia daqueles que dedicam a vida ao bem-estar e à saúde da sociedade. A pandemia acentuou os reflexos dessa rotina, e também o desejo de luta e combatividade de Carolina Frescura Junges, chefe da Unidade de Cuidados Intensivos e Semi Intensivos Neonatais do Hospital Polydoro Ernani de São Thiago (HU/UFSC). “Esse período de pandemia está complicado e cansativo, dá pra sentir que o nosso trabalho é mais valorizado diante desse cenário”, relata a enfermeira.
A história no HU e também na carreira pública começou em 2010, quando foi nomeada para os trabalhos na emergência da instituição e por lá desempenhou suas atividades por dois anos. Especialista em saúde da mulher e do recém-nascido, desenvolve e coordena projetos e programas que envolvem cuidados com mães e bebês e demandas referentes ao parto humanizado.
Entre conversas com as irmãs que moram em Florianópolis, e com os pais que vivem no Rio Grande do Sul, Carolina recebe apoio e incentivo necessários para seguir a carreira e os objetivos sonhados desde a vida acadêmica: “Sempre pensei em seguir estudando e ser funcionária pública. Era a minha forma de dar para a sociedade o retorno de todo conhecimento que obtive com a minha formação em universidades públicas”, finaliza a servidora.
Leia também:
Mensagem do reitor e da vice-reitora da UFSC no Dia do Servidor Público
Texto: Jornalista Bruna Bertoldi Gonçalves, com a participação das estagiárias de Jornalismo da Agecom Klay Silva e Hillary Marcos