UFSC na mídia: estudantes da UFSC e Udesc conquistam terceira colocação em desafio nacional
A gestora de fundos quantitativos Quantamental divulgou os estudantes universitários vencedores de um desafio de desenvolvimento de “robôs” para investir. São modelos que usam dados históricos para prever o futuro dos preços de ativos, por meio de inteligência artificial.
A equipe vencedora da competição foi a EESC Finance, da Escola de Engenharia de São Carlos da USP, que criou o robô Leônidas I, em homenagem ao rei e general espartano. A equipe é formada pelos estudantes Antonio de Lucca Alves e Lucas Kiyoshi Funayama.
Em segundo lugar, ficou a Liga de Investimentos da Escola Politécnica da UFRJ, com o robô Beane, em homenagem ao ex-jogador de beisebol Billy Beane, “o homem que mudou o jogo”. Estão no grupo Lucas Salek, Joaquim Cardoso, Daniel Elias e Phelipe Francesco.
Em terceiro lugar, ficou o Clube de Finanças, composto por integrantes da Udesc e da UFSC, de Santa Catarina. Eles criaram o robô Tom & Welles, em homenagem aos analistas técnicos Tom DeMark e Welles Wilder. Estão na equipe Andreza Figueiró de Menezes (Udesc), Leonardo de Sá Nicolazzi (Engenharia Mecânica/UFSC) e Vinícius Felipe Custódio (Udesc).
Os vencedores receberão um prêmio de R$ 10 mil e os três primeiros colocados receberão mentoria e uma série de cursos, além de estarem expostos para grandes gestoras.
Cada equipe participante foi desafiada pela Quantamental a criar uma estratégia quantitativa, desenvolver e programar o modelo, testar o sucesso com dados históricos e apresentar os resultados em um relatório de até dez páginas.
Em maio, 120 grupos se inscreveram, de 58 universidades brasileiras. A gestora ensinou os alunos sobre fundos quantitativos e, após duas etapas, selecionou 5 grupos para a etapa final da competição. Os estudantes apresentaram seus trabalhos para uma banca composta por sócios de diversas gestoras brasileiras.
Uma curiosidade do processo de seleção é que, na banca que decidiu o grupo vencedor do desafio, há gestores de fundos quantitativos e também não quantitativos, interessados em trazer a técnica para suas empresas. Fizeram parte da banca avaliadora as gestoras Atmos, Constellation, Giant Steps, Itaú Asset, JGP, Kadima, SPX, STK e Velt.
“O feedback dos membros da banca foi bem positivo. Ficaram bem impressionados com todos os trabalhos”, diz Victor Dweck, CEO da Quantamental. “Atingimos o nosso objetivo de desmistificar e estimular o mundo quantitativo nas universidades do Brasil.”
A Quantamental começou este ano, tem dois fundos e R$ 20 milhões sob gestão. O movimento da gestora mostra como mercado está indo atrás de novos talentos para um segmento que está crescendo. Empresas como o banco Safra e a gestora Constellation já têm competições de gestão de recursos para universitários, mas não de estratégias quantitativas.
Em outra iniciativa de aproximação entre gestoras quantitativas e os estudantes, o Valor Investe noticiou recentemente que a Giant Steps, com R$ 4 bilhões sob gestão, financiou a participação de jovens brasileiros na Competição Internacional de Matemática.