UFSC integra projeto sobre Covid-19 em rede nacional de pesquisadores
Pesquisadores da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) ligados ao Instituto Brasil Plural participam da rede Covid-19 Humanidades dentro do projeto interinstitucional “A Covid-19 no Brasil: análise e resposta aos impactos sociais da pandemia entre profissionais de saúde e população em isolamento”. Financiado pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI) com duração prevista de 18 meses, para o estudo dos impactos da pandemia de Covid-19 junto aos profissionais de saúde e população em isolamento.
As condições sociais, econômicas, culturais e históricas desempenham um papel fundamental na forma como as sociedades se preparam e respondem aos processos de adoecimento. No caso da pandemia de Covid-19, essas condições provocaram distintas percepções e práticas em relação às noções de cuidado e de risco, assim como do reconhecimento dado aos serviços públicos de saúde (e aos seus trabalhadores). Buscando compreender o impacto da pandemia entre profissionais de saúde, agentes de saúde indígena e grupos vulneráveis como idosos, motoristas de aplicativo, profissionais do meio artístico entre outros, o MCTI encomendou o estudo “A Covid-19 no Brasil: análise e resposta aos impactos sociais da pandemia entre profissionais de saúde e população em isolamento”. Este projeto integra a Rede Covid-19 Humanidades, que foi criada com o objetivo de mobilizar cientistas das áreas das Ciências Sociais e Humanas de diferentes institutos e universidades do Brasil. O projeto conta com a coordenação geral do professor Jean Segata da UFRGS e a participação de uma rede pesquisadores da FIOCRUZ de Minas Gerais e Mato Grosso, da Unicamp, da UFSC e da UNB.
A Universidade Federal de Santa Catarina, através do Instituto Brasil Plural participa do projeto com foco nos impactos da pandemia percebidos e vivenciados pelos trabalhadores de saúde. A pesquisa coordenada pela professora Márcia Grisotti será desenvolvida de forma multicêntrica, na região metropolitana de Florianópolis e na região do Planalto Catarinense, nos municípios de Curitibanos e demais cidades da região da Amurc (Associação dos municípios da região do Contestado). Integram a equipe de pesquisadores Daniel Granada (UFSC/CNS), Eliana Diehl (UFSC), Maria Conceição Oliveira (UFSC/BSU), Marina Marina Reche Felipe (UFSC), Priscila Pavan Detoni (UFFS) e Raquel Scopel (FIOCRUZ MS).
Segundo a coordenadora do projeto junto ao IBP/UFSC Márcia Grisotti, a pesquisa em Santa Catarina pretende “compreender as percepções e práticas dos profissionais de saúde em relação tanto ao processo de trabalho (incluindo as estratégias de adequação das normativas e protocolos oficiais à realidade das atividades de assistência à saúde) quanto à experiência subjetiva desses profissionais no cotidiano dos atendimentos de Covid-19 e na gestão pública da pandemia. Através da aplicação de surveys e pesquisa narrativa, o projeto local pretende responder esses objetivos no contexto da região metropolitana de Florianópolis e municípios da região do Planalto Catarinense (dinâmica de interiorização da pandemia). Além disso, em função do histórico do Instituto Brasil Plural na realização de pesquisas sobre saúde indígena, o projeto investigará os mesmos objetivos sob a perspectiva dos agentes de saúde indígenas, através do trabalho da pesquisadora Raquel Scopel da FIOCRUZ/UFMS”.
A duração total do projeto é de 18 meses e entra em atividade a partir do mês de julho, foram alocados no total R$ 2milhões em custeio e capital pelo MCTI para a realização do projeto.