UFSC atua na conscientização coletiva para uma cultura de internacionalização

10/09/2018 09:23

Identificar pontos fortes, reorganizar áreas de atuação, primar pela qualidade das relações e intensificar ações em torno da construção de uma cultura de internacionalização são reflexões em desenvolvimento e ajustes há dois anos na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Ensino, Pesquisa, Extensão e Gestão atuando em sinergia para que o processo de internacionalização esteja presente no dia a dia de estudantes, professores, técnico-administrativos em Educação e atores externos é o foco das estratégias da Secretaria de Relações Internacionais (Sinter).

Para que essa cultura esteja arraigada no DNA da universidade, os esforços precisam ser coletivos e constantes. Lincoln Fernandes, secretário de Relações Internacionais, esclarece que as atividades começaram a ser implantadas, de fato, após o lançamento do edital do Programa Institucional de Internacionalização (Print), ofertado pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes). Após um trabalho meticuloso de elaboração do plano, a UFSC teve sua participação aprovada. “O primeiro foco da Sinter, anos atrás, esteve na mobilidade, neste segundo momento a proposta é atuar de maneira transversal envolvendo três eixos: reestruturar, ampliar e repensar. O Print ajudou a UFSC a identificar aquilo em que é referência e compete à Sinter proporcionar oportunidades que dialoguem com essas afinidades. A internacionalização é resultado das parcerias que emergem desse processo de diálogo e que primam pela qualidade”, explica ele.

Uma das exigências do Print foi crucial para que a identificação e a reorganização de projetos de pesquisa fossem possíveis: 70% das parcerias devem ser realizadas com novas instituições que possuem afinidade direta com a vocação da UFSC e 30% com instituições já parceiras. O propósito é estreitar laços com universidades de ponta que podem contribuir diretamente com a Universidade. “Essa é a primeira vez que teremos um mapeamento das nossas pesquisas. Com isso, passamos a conhecer o que temos e organizar estrategicamente as parcerias com foco nas afinidades qualitativas, envolvendo outros programas e ações. A internacionalização é um ganho institucional, em que todos vencem”, diz Lincoln.

Ao passo que a internacionalização envolve todas as áreas, a mudança cultural de dentro para fora é primordial. Para isso, a Sinter tem realizado diversas atividades como forma de fomentar a internacionalização e que corroboram com a Visão da UFSC, de “Ser uma universidade de excelência e inclusiva”.

Foi criado o Comitê de Internacionalização da UFSC, com reuniões mensais para debater o Plano Institucional de Internacionalização; ações da pró-reitoria de Gestão de Pessoas também foram incluídas, como o pagamento de bolsas de estudo em Língua Estrangeira para servidores dos campi; a vinda de professores visitantes; a oferta do curso de ‘Iniciativa de Internacionalização – English as a Medium of Instruction (EMI)’ para dar suporte aos professores que ministram ou irão ministrar disciplinas em Língua Inglesa; a criação do Catálogo de Disciplinas a serem ofertadas em Língua Inglesa; o fortalecimento da parceria com a Associação de Universidades do Grupo de Montevidéu (AUGM); a participação da Sinter em eventos voltados à internacionalização; parceria com a Universidade Federal de Pelotas (UFPel) para a implantação do curso à distância de Português como Língua Estrangeira; entre outros.

“Essas ações contribuem para que a cultura da internacionalização quebre paradigmas e incentive as pessoas para novas possibilidades. A capacitação, por exemplo, entra como um suporte para preparar gestores, estudantes e servidores para incluírem a internacionalização em suas rotinas, ações e projetos de trabalho”.

Dentre as expectativas de fomentar a internacionalização é proporcionar que a comunidade interna e externa tenham contato com disciplinas ministradas na Língua Inglesa, a difusão da Língua Portuguesa e qualificação de egressos para atuarem em diversos países no mundo. “Quando falamos em excelência falamos em qualidade de ensino, de extensão e de pesquisa e a internacionalização diz muito nesse sentido. O que a UFSC quer? Com quem queremos parceria? Por isso é preciso verificar interesses internos e colocamos as pessoas em contato umas com as outras. Esse é o trabalho ativo que almejamos”, finaliza Fernandes.

Conheça mais sobre a Sinter, suas ações e projetos.

 

Nicole Trevisol / Jornalista da Agecom / UFSC

Foto: Henrique Almeida / Agecom / UFSC

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