Vestibular UFSC 2018: domingo quente e ensolarado no segundo dia de provas
O segundo dia do vestibular da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) ocorreu em um domingo ensolarado e quente, com sensação térmica em torno dos 36º C. Dessa vez, a principal expectativa dos candidatos era para as provas de Filosofia e Sociologia, aplicadas pela primeira vez este ano.
Júlia Vieira, 18 anos, está fazendo o segundo vestibular para o curso de Direito, conversava com amigos antes de entrar na sala e disse estar nervosa para as provas de hoje: “Como as regras mudaram, não sei como serão as questões de Filosofia e Sociologia. Será uma surpresa.” Sobre o primeiro dia, ela se lamentou pela falta de tempo para concluir as provas: “Fui a última a sair. As provas estavam difíceis e eu precisava de mais tempo.”
Alexandre Bezano, 21 anos, está em seu terceiro vestibular para o curso de Nutrição. O estudante veio de Presidente Prudente, no interior de São Paulo, especialmente para tentar uma vaga na UFSC. “Não tem praia onde moro”, justificou a escolha aos risos. Depois complementou: “A universidade é muito boa e também tenho familiares aqui, por isso faço questão de passar na UFSC. Este ano estou confiante. Vou passar.”

Mariane e Lídia vieram de Garopaba para fazer as provas do Vestibular da UFSC. Foto: Henrique Almeida/Agecom/UFSC
As amigas Mariana Gabe Maidana, 22 anos, e Lídia Regina Bostolan, 17 anos, vieram juntas de Garopaba em um dos três ônibus fretados pela prefeitura para trazer os vestibulandos da cidade. Mariane está concorrendo a uma vaga no curso de Direito. Esse é seu terceiro vestibular e ela sente que foi bem nas provas do primeiro dia. “Fui bem ontem e hoje pretendo ir melhor, pois tenho mais facilidade com as ciências humanas. Também estudei mais esse ano e estou mais preparada.” Lídia, que faz seu primeiro vestibular e quer entrar no curso de Cinema, também foi bem nas provas do primeiro dia: “Estou tranquila pois estudei muito o ano todo. E tenho muita confiança para a prova de amanhã, pois sempre vou bem em redação. Já escrevo crônicas e me encontrei nessa área.”
Apoio e torcida

Alunos da Atlética de Medicina vendem água e auxiliam vestibulandos. Foto: Henrique Almeida/Agecom/UFSC
Estudantes da primeira e segunda fase do curso de Medicina estavam a postos na entrada dos prédios vendendo água e caneta para os vestibulandos. O objetivo da venda é arrecadar dinheiro para as turmas e para a Atlética do curso, que é quem organiza a atividade. “Mas além de arrecadar dinheiro, também estamos aqui para ajudar os candidatos. Fornecemos informações, desejamos boa prova e tentamos tranquilizá-los, pois já passamos por isso”, afirma Kamille Ronsoni, 20 anos. Ela conta que, quando vê candidatos chegando em cima da hora fica nervosa junto com eles. “A gente tenta dar um apoio e torce para que consigam entrar a tempo.”
Rafaela de Oliveira, 21 anos, caloura do curso, se sente gratificada sempre que pode ajuda um candidato: “É muito boa a sensação de já ter passado por isso e poder agora desejar boa prova, dar um abraço e enviar muita energia positiva. Dá pra ver que tem gente que relaxa depois de uma conversa.” Victor Benincá, 19 anos, tentou ajudar uma candidata do curso de Medicina no primeiro dia de prova. “Ela estava perdida e não sabia onde era a BU. Faltavam poucos minutos, então fui correndo com ela até lá. Mas quando chegamos, tinham acabado de fechar a porta e ela não conseguiu entrar. Foi uma fatalidade. Ela começou a chorar muito, compulsivamente. Mas eu tentei acalmá-la. Fiquei com ela até ela estar mais tranquila.”

Solange tira molde de camisa enquanto espera a filha vestibulanda. Foto: Henrique Almeida/Agecom/UFSC
Enquanto os candidatos já estavam concentrados em seus locais de provas, familiares e amigos aguardavam do lado de fora, nas sombras das árvores espalhadas pelo campus, que aliviavam a alta temperatura deste domingo de sol intenso e muito calor. Solange Rodrigues de Freitas dos Santos, mãe de Isabela dos Santos, 20 anos, aproveitava o tempo de espera para tirar moldes de uma camisa. Ela é costureira, atividade que exerce exclusivamente para pagar o cursinho da filha. As duas vieram de Curitiba para realizar o sonho de Isabela de fazer Medicina na UFSC. “Essa já é a terceira vez que ela tenta. Ela está muito nervosa, muito ansiosa, e eu tento tranquilizá-la. Creio que ela vai passar esse ano. Mas se não der, não tem problema. Ela é muito nova ainda, tem só 20 anos e ainda tem tempo.”
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Daniela Caniçali/Jornalista da Agecom/UFSC