Colóquio em Filosofia discute a reforma do ensino médio com professor da PUC-RJ

13/09/2017 15:12

O Programa de Pós-Graduação em Filosofia da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) iniciou, na manhã desta quarta-feira, 13 de setembro, o “I Colóquio Nacional de Pesquisa em Filosofia da UFSC” com o debate “Filosofia e Formação Básica – As consequências da Lei 13.415/2017”. A Lei 13.415 faz alterações nas diretrizes e bases da Educação Nacional conhecida como a nova “Base Nacional Comum Curricular”. Quem proferiu a palestra foi o professor da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC), Edgar Lyra.

Professor Edson Lyra. Foto: Ítalo Padilha/Agecom/UFSC

A discussão principal da palestra era a reforma do Ensino Médio e o papel da Filosofia em salas de aula. Edgar conta como foi convidado pelo Ministério da Educação (MEC) com mais 135 especialistas de diversas áreas e de todo o Brasil, para elaborarem a Base Nacional Comum Curricular (BNCC), ainda no governo de Dilma Rousseff. “No começo fiquei entusiasmado com a ideia que o MEC propôs, de chamar especialistas e fazer uma consulta pública, com a participação de professores, alunos, pais, especialistas, ou seja, toda a sociedade”.

A consulta pública realizada pelo MEC, entre 2015 e 2016, recebeu cerca de 12 milhões de contribuições e assim a segunda versão do trabalho estava quase pronto. Edgar Lyra contou que assim que estavam terminando o projeto, perceberam que o governo estava instável. Com a saída de Dilma e com a chegada de Michel Temer ao poder, mudaram-se as pessoas responsáveis pelo Ministério.

I Colóquio Nacional de Pesquisa em Filosofia da UFSC. Foto: Ítalo Padilha/Agecom/UFSC

O professor lembra que, a partir daquele momento, surgiram diversas propagandas divulgando o que é essa nova Base. “A gente sabe que o Ensino Médio precisa passar por reforma, mas agora não soubemos direito como as coisas estão sendo feitas. Há um empenho na divulgação, mas precisamos saber o que muda, quem ajuda e quem prejudica. ‘72% dos brasileiros aprovam’, mas aprovam o que?” completa. Ainda destaca que a a maioria das pessoas não leram a nova Lei.

Os itens mais discutidos na palestra, sobre a Lei 13.415, foram:

1. O aumento da carga horária;
2. A parte comum e itinerários formativos;
3. A relação com a BNCC;
4. Os prazos de implementação e
5. O destino da filosofia no novo currículo.

Após a palestra, as perguntas foram abertas ao público.

Mais informações sobre a programação, acesse o site do DPG de Filosofia. 

 

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