10º FITA: espetáculo ‘Viejos de mi…’, da Argentina, encerra festival nesta sexta
Depois de passar por cinco cidades catarinenses e promover 36 apresentações teatrais, a décima edição do Festival Internacional de Teatro de Animação chega ao fim nesta sexta-feira, 20 de maio. O encerramento será realizado às 20h no Teatro Ademir Rosa no Centro Integrado de Cultura (CIC), em Florianópolis, com o espetáculo “Viejos de mi…” do ator, titereiro e diretor teatral argentino, Sérgio Mercúrio.
Ainda na tarde desta sexta-feira acontecem duas reapresentações, “Tecnópolis – Sem livro pra contar história” no Teatro Álvaro de Carvalho e “Clownti” no Teatro de UFSC, ambos com duas sessões, às 10h e às 15 horas.
O Festival Internacional de Teatro de Animação (FITA), já consagrado como um dos grandes festivais do gênero do Brasil, traz à Santa Catarina espetáculos inéditos e importantes grupos nacionais e internacionais. No palco do FITA ganharam vida bonecos, objetos, máscaras e sombras, tudo animado pela imaginação de quem produz e do público espectador.
Os espetáculos
VIEJOS DE MI…
Local: Teatro Ademir Rosa do Centro Integrado de Cultura (CIC) – Florianópolis
Horário: às 20 horas
Quanto: R$20 inteira e R$10 meia*
“Viejos de Mi…” é o último espetáculo da trilogia Velhice, da companhia Sérgio Mercúrio (Argentina), referência em teatro de animação na América Latina. O primeiro foi “Viejos”, apresentado na edição do FITA de 2013, e o segundo, “Beatriz”. O espetáculo conta a história dos amigos Juarez e Juanito, boneco animado pelo ator Sérgio, que interpreta Juarez. Os amigos vivem juntos em uma pensão e, em uma tarde, Juárez descobre que Juanito começou a perder a memória.
Na obra, o chimarrão, que tantas vezes serve para selar amizades, se transforma em ferramenta para imaginar e recordar. O ator, bonequeiro e diretor Sérgio Mercúrio fala da escolha pelo uso da erva-mate. “Na Argentina, o mate é parte inseparável das amizades. Os amigos, sempre que tem que falar entre eles, bebem chimarrão. E chega um momento na construção da dramaturgia que necessito que os espectadores conheçam o passado. Então entendi que devia inventar uma técnica”, relata. O desenho usando erva-mate foi inspirado numa técnica de desenho com areia, explica Sérgio.
“No espetáculo, Juarez está preparando um chimarrão e na hora de colocar a erva no mate, a tampa se abre e cai sobre a mesa. Ele fica bravo e quando tenta recuperar a erva faz uma linha com o dedo, então começa a desenhar sem querer. Os desenhos são a porta que permite conhecer o interior do personagem carrancudo e possibilita ao espectador conhecer a história dos amigos e os desejo de um deles para tentar salvar o outro do Alzheimer”, afirma o diretor.
Direção: Sérgio Mercúrio (Argentina)
Duração: 80 minutos
Classificação: A partir de 14 anos
Técnica: Manipulação à vista
TECNÓPOLIS – SEM LIVRO PRA CONTAR HISTÓRIA
Local: Teatro Álvaro de Carvalho (TAC) – Florianópolis
Horário: às 10h e às 15 horas (reapresentação)
Quanto: R$20 inteira e R$10 meia*
Maurinho só pensa em tecnologias, e como habitante de Tecnópolis, nunca abriu um livro na vida. Preocupados, os pais lhe mandam passar as férias no sítio da avó. O menino fica aterrorizado. Será que ele vai suportar um mês “olhando pro teto”? Embarque nessa história e conheça a Ana, o Pássaro Azul e a D. Aranha Viúva, vivendo junto deles toda a aventura do caminho.
Grupo: Teatrando Por Aí (Florianópolis-SC)
Direção: Aline Maya
Duração: 50 minutos
Faixa Etária: De 5 a 11 anos
Técnica: Manipulação a vista do público
CLOWNTI
Local: Teatro da UFSC, ao lado da Igrejinha, Praça Santos Dumont, Trindade
Horário: às 10h e às 15 horas (reapresentação)
Quanto: Gratuito e aberto à comunidade
Nesta peça, cinco quadros narram a história de um menino órfão, que as únicas pistas que conhece de seu passado estão dentro de uma maleta que pertencia ao seu pai.
Grupo: Jabrú Teatro de Títeres (Bogotá/Colômbia)
Direção: Jorge Andres Libreros
Duração: 42 minutos
Classificação: Livre
Técnica: Títere de mesa
OBS.: *Meia-entrada é destinada a estudantes, pessoas acima de 60 anos, classe artística (com apresentação de DRT), funcionários e clientes da CAIXA (mediante apresentação de cartão).
Mais informações no www.fitafloripa.com.br
Lembretes:
– Os caixas das bilheterias darão prioridade a aposentados, portadores de necessidades especiais e gestantes;
– Não aceitamos cheques e cartões de débito/crédito;
– Não realizamos trocas nem devoluções de ingressos;
– Não realizamos reservas de ingressos;
– Proibida a entrada nos teatros com alimentos e bebidas.
Confira mais informações e a programação completa no site www.fitafloripa.com.br. Horários sujeitos a alterações.
FITA 2016
O festival tem o objetivo principal de disseminar a linguagem do Teatro de Animação em Santa Catarina, para o público em geral, e possibilitar o intercâmbio cultural entre artistas, teóricos e estudantes das Artes Cênicas, permitindo o contato com as inúmeras técnicas de manipulação de bonecos, objetos, sombras, máscaras, gestos, movimentos corporais e imagens que compõem o universo da animação.
Serão ao todo 36 apresentações de 11 espetáculos de grupos catarinenses (5), nacionais (3) e internacionais (3). As apresentações acontecerão na UFSC (Concha Acústica, Varandão do CCE, Centro de Cultura e Eventos e Teatro da UFSC), no Teatro Ademir Rosa (Centro Integrado de Cultura), no Teatro Álvaro de Carvalho (TAC), no Teatro do SESC Prainha e na Casa de Repouso Asilo Irmão Joaquim (Centro).
A 10ª edição do Festival é patrocinada pela CAIXA Econômica Federal, tem o apoio institucional da UFSC/SeCult e é uma realização da Fazendo Fita Cia. Artística. É organizado pela professora Sassá Moretti do Curso de Artes Cênicas (DALi/CCE) da UFSC, responsável pela coordenação geral do festival, em parceria com a cenógrafa Zélia Sabino do Departamento Artístico Cultural (DAC/SeCult) da UFSC, responsável pela coordenação executiva do evento. Na coordenação, ao lado de Sassá e Zélia, está ainda o produtor Gustavo Bieberbach.
Clara Comandolli de Souza /Estagiária de Jornalismo/DAC/SeCult/UFSC, com textos da assessoria de imprensa e do site do FITA