UFSC recupera sistema de energia da Fortaleza de Santo Antônio
A Fortaleza de Santo Antônio, construída em 1740 pela Coroa Portuguesa, fazia parte do sistema triangular de fogos cruzados para defesa da Baía Norte da Ilha de Santa Catarina. Em 1990, a Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) assumiu a restauração e guarda desse monumento histórico nacional, que está localizado na ilha de Ratones Grande, uma reserva de mata nativa. Depois de recuperada, a fortaleza foi devolvida à comunidade para visitação publica. Nos primeiros dez anos de uso, a energia elétrica na ilha era obtida através de geradores a óleo diesel.
Para preservar o ecossistema da ilha, o Grupo de Pesquisa Estratégica em Energia Solar – Fotovoltaica da UFSC implantou, em 2000, um novo sistema de geração de energia, utilizando painéis que convertem a radiação solar em energia elétrica. A fortaleza tornou-se autossuficiente em energia totalmente limpa e renovável, utilizada para serviços de manutenção, bombeamento de água, iluminação de segurança e iluminação de valorização do monumento histórico.
Em dezembro de 2015, a equipe do professor Ricardo Rüther, realizou melhorias e serviços de manutenção no sistema fotovoltaico, dentre os quais: alocação das baterias verticalmente, otimizando o espaço disponível e aumentando a segurança para eventuais manutenções no sistema e também durante visitas técnicas; os barramentos de interligação (e chaves seccionadoras antigas) entre os módulos FV e o banco de baterias foram removidos e substituídos por um quadro elétrico; os quadros CA (interligação entre inversor e aparelhos de consumo) foram substituídos e contam agora com dispositivos de proteção contra surtos, melhorando a confiabilidade do sistema; e a fiação que estava aparente foi colocada em eletrodutos. Uma das principais melhorias implementadas foi a instalação de um dispositivo de proteção do sistema contra descargas atmosféricas, que frequentemente estavam causando danos aos equipamentos.
O coordenador do projeto, Joi Cletison, explica que as melhorias foram importantes pois o sistema funcionava precariamente. “Os cabos antigos oxidavam e causavam muita perda de energia na transmissão. Agora há muito mais energia disponível, pois ela é toda aproveitada, nada é jogado fora.” Joi destaca também os benefícios para o meio ambiente: “A energia é totalmente renovável e não polui. A universidade está atendendo às exigências de uma área de preservação.”
Mais informações: (48) 3721-4598 / www.fotovoltaica.ufsc.br