Professora francesa ministra aula aberta sobre gênero na UFSC

02/07/2014 17:53

A professora Marie-Hélène Bourcier ministrou a aula aberta “Gênero: paradigmas teóricos e cenários políticos” – organizada pelo Programa de Pós-Graduação Interdisciplinar em Ciências Humanas (PPGICH) da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) – nesta quarta-feira, 2 de julho, no Centro de Filosofias e Ciências Humanas (CFH). O encontro fez parte de uma série de atividades de que a professora da Universidade de Lille II (França) está participando em visita à Florianópolis.

A aula teve tradução simultânea da professora Miriam Pillar Grossi, coordenadora do Núcleo de Identidades de Gênero e Subjetividades (NIGS), e transmissão ao vivo pela TVABA, canal da Associação Brasileira de Antropologia. Os presentes puderam se apresentar em inglês, francês ou português, e apontaram seus cursos e linhas de pesquisas ligados ao estudo de gênero.

Marie-Hélène começou seu discurso alertando aos alunos para não fantasiar sobre a França, pois nesse país a questão do gênero é pouco discutida, e as discussões em torno da Sociologia são muito recentes – o que pode gerar decepção. Segundo a professora, se há 15 anos o termo “gênero” fosse utilizado na França, ele não seria bem-aceito, pois estava ligado à literatura e não às ideias e valores sobre o que significa ser mulher, homem, feminino e masculino.

A professora ainda esclareceu que na França, atualmente, os sociólogos são os principais responsáveis por fazer pesquisas sobre gênero, uma vez que são eles que recebem recursos para aprofundar os estudos na área; por isso, se houver no aluno o desejo de especializar-se por meio de um mestrado ou doutorado em literatura, teatro, performance, antropologia ou qualquer outra área que esteja ligada a essa discussão, lá não há um local específico para isso.

Questionada sobre a produção de filmes com temática LGBTS, se eles são romantizados e pouco críticos, a professora explicou que no final dos anos 90 o público que assistia a esse tipo de filme esperava que houvesse histórias de amor como forma de identificação – uma representação quase inexistente na época. Hoje em dia, o cenário mudou: em festivais específicos, é possível encontrar filmes que relatam tanto a violência sofrida pela comunidade LGBTS como romances do dia a dia.

As atividades da professora Marie-Hélène seguem até dia 09 de julho, na UFSC.

8 de julho, terça-feira

18h30, às 21h

Mesa-redonda sobre sexualidades, mídias e questões trans.

Debatedores: Richard Miskosci (UFSCAR), José Leite Junior (UFSCAR), Flavia Teixeira (UFU) e Marie-Helene bourcier (Les trans et les politiques trans: T Bone des LGBT ou alliance QT?).

Local: sala 110, Silvio Coelho dos Santos, Departamento de Antropologia da UFSC.

 

9 de julho, quarta-feira

17h

Cine GEL (Grupo de Estudos sobre Lesbianidades) – filme Amor com a Cidade.

Debate com Michelle Riemer, Juliana Dorneles e Marie-Helene Bourcier.

Local: auditório do CFH.

 

Mais informações: professora Miriam Pillar Grossi.

(48)  3721-9714, ramal 34, ou 3721-4135/ miriamgrossi@gmail.com

 

Agecom / Diretoria-Geral de Comunicação/ UFSC

Andressa Prates/Estagiária de Jornalismo
andressa.pratesfreitas@gmail.com]

 Claudio Borrelli / Revisor de Textos 

Fotos: Wagner Behr

 

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Tags: CFHPós-Graduação Interdisciplinar em Ciências HumanasPPGICHUFSC