Mostra Eisenstein encerra nesta sexta com O velho e o novo e Orquestra Eletroacústica da UFSC

14/12/2012 13:59

Mostra Eisenstein , realizada de 5 a 14 de dezembro, encerra nesta sexta-feira, com a  exibição, às 18h30min, de O velho e o novo, quarto longa de Eisenstein, de 1929, com trilha sonora feita ao vivo (e composta especialmente para o filme) pela Orquestra Eletroacústica da UFSC. A a mostra é uma promoção do Curso de Cinema da UFSC e acontece no Auditório Henrique Fontes, Bloco B, Centro de Comunicação e Expressão (CCE) da UFSC. Toda programação é gratuita e aberta ao público.

Com o objetivo principal de estimular o olhar a escapar desse lugar comum, descolar Eisenstein, e procurar outras proposições, outras imagens, a Mostra complementa a disciplina Eisenstein Ensaísta, que está sendo oferecida no Programa de Pós-Graduação em Literatura da UFSC. Por isso, a maioria dos trabalhos a serem apresentados será de alunos (mestrandos ou doutorandos) da disciplina. Cada trabalho pretende um deslocamento, e não terá, necessariamente, relação direta com o filme do dia, mas com aspectos de gestos de Eisenstein que podem ou não ter aparecido na tela.

A Mostra faz parte do projeto de extensão Punctum: Cinema e Pensamento, da revista Punctum (Curso de Cinema da UFSC), com apoio do Programa de Bolsas de Extensão vinculadas a Ações de Arte e Cultura (BEAC) 2012 da Secult/UFSC. A ideia central desse projeto é promover mostras (duas por ano), a partir de trabalhos de pesquisa que estejam de fato sendo desenvolvidos sobre cada assunto e que sejam apresentados durante cada mostra (opção que parece resistir melhor à tendência de queda no senso comum que cerca os debates soltos que costumeiramente aparecem, quando aparecem, após as projeções).

Sergei Eisenstein (1898-1948) foi acima de tudo um espírito irrequieto e debochado. O senso comum e os estudos de cinema reservaram a ele o lugar de “cineasta genial”, “teórico da montagem cinematográfica” ou (muito pior!) “propagandista da revolução soviética”. Tal lugar não deixa de corresponder, obviamente, a uma parte importante de seus gestos, mas está longe de contemplar o que há de mais curioso e vibrante em tudo aquilo que ele escreveu, desenhou, filmou ou quis filmar.

 

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