UFSC divulga os grupos selecionados para III Festival de Música
Reggae, música instrumental, MPB, rock e samba: o Festival de Música da Universidade Federal de Santa Catarina chega a sua terceira edição apostando na diversidade de ritmos das edições anteriores, mas com um formato totalmente modificado. A Comissão organizadora do evento divulga nesta segunda-feira, 1/10, os nomes dos 10 grupos selecionados para a mostra, que ocorrerá nos dias 17 e 18 de novembro, não mais em local aberto, mas no auditório Garapuvu do Centro de Cultura e Eventos da UFSC. Reunidos na sexta-feira (26), na Secretaria de Cultura da UFSC, os músicos escolhidos confirmaram sua participação e conheceram as inovações introduzidas no festival com o objetivo de torná-lo um evento de referência nacional da música produzida em Santa Catarina.
Karibu Trio, João Amado, Cristiano Ferreira, Kiabo instrumental, Cravo da Terra, Cultivo, Habitantes de Zion, Top Groove, Felipe Coelho e Renata Swoboda são os grupos musicais confirmados para os dois dias do evento. O processo de escolha amparou-se totalmente nas apresentações do Projeto 12:30, que desenvolve um trabalho contínuo de projeção de grupos locais ao longo de 26 anos e serve como um laboratório de teste para esses músicos, explica o coordenador do evento, o músico Marco Valente. “A comissão selecionou as bandas de talento, profissionalismo e competência já comprovados pelo público e pela coordenação do projeto”.
Valente e o secretário de Cultura da UFSC, Paulo Ricarto Berton, explicaram aos músicos as mudanças que pretendem tornar o evento uma mostra de excelência e um polo propulsor da qualidade musical do Estado. As inovações começam pela forma de seleção dos grupos participantes, que passa a se basear nas participações e desempenho no 12:30, considerando critérios como qualidade técnica, domínio de palco, pontualidade, estrutura profissional, entre outros, e não mais na inscrição e escolha posterior por comissão julgadora. O novo formato tem como objetivo fortalecer o evento como mostra de excelência musical e afastar de vez o caráter de competição, salientou o secretário Berton.
Em vez de 20 bandas, como nas edições anteriores, o III Festival terá 10 grupos eleitos não mais para apresentar uma única composição, como nas edições anteriores, mas para mostrar trabalhos musicais alongados que sustentem um pocket show. Cada banda deverá apresentar um pequeno show de 40 minutos, com uma sequência de composições. “O que queremos é promover uma convivência maior dos grupos com o público
para que essa oportunidade de contato seja melhor aproveitada”, explica Valente. O coordenador do evento explica que dessa forma, em vez de premiar os que fazem composições aleatórias e esporádicas, o festival passa a incentivar a carreira de grupos mais persistentes. “Queremos saltar do patamar amadorístico para o profissional”, explica o baixista.
Dentro desse conjunto de inovações, o grande diferencial do evento continuará o de ser um festival universitário, não pelo caráter estudantil e iniciante das composições, mas pelo caráter científico. “Música exige um processo de pesquisa e conhecimento”, defende o secretário Berton. É nesse sentido que a realização do festival ao ar livre não se justifica mais. “Uma mostra de excelência requer um auditório também de excelência, em condições de concentração e acústica para avaliar e apreciar”, complementa o secretário.
Raquel Wandelli/Jornalista da UFSC na Secult
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