Instituto de Estudos Latino-Americanos discute Honduras e Jornalismo de Resistência

10/03/2010 16:41

O Instituto de Estudos Latino-Americanos (IELA) da UFSC, em parceria com o Sindicato dos Jornalistas de Santa Catarina (SJSC), realiza na terça, 16 de março, às 9h, no Auditório do CSE, uma conferência com o jornalista hondurenho Rony Martínez, da Rádio Globo Honduras.

A proposta é discutir com professores, estudantes, lutadores sociais e sindicalistas a conjuntura de Honduras, assolada por um golpe militar em junho de 2009, e os desafios de um jornalismo que se compromete e assume postura diante da vida do país. Por isso a presença de Rony Martínez, repórter da Rádio Globo Honduras, emissora privada que, desde o dia do golpe que instaurou a ditadura em Honduras, decidiu fortalecer o jornalismo de resistência.

A Rádio Globo Honduras, desde a quartelada, abriu seus microfones para defender a Constituição e o direito legítimo do presidente Zelaya de seguir governando, entendendo que a proposta de ouvir a população sobre uma nova Constituição para o país era democrática e acertada.

Como estratégia de atuação, o grupo de jornalistas e locutores-apresentadores, comandados pelo veterano jornalista Dom David Romero, decidiu entregar a palavra ao povo hondurenho. Todos os dias, durante toda a programação, as gentes eram colocadas no ar falando da situação de sua província, sua cidade, seu bairro. Assim, a rádio acabou sendo um dos poucos veículos comerciais a garantir espaço para as informações da luta de resistência. Cada marcha organizada, cada ato de protesto, cada reunião, tudo ia ao ar, mostrando que o povo hondurenho não estava em casa aceitando a ditadura imposta pelas armas. Era o jornalismo em seu estado puro, informação contextualizada e interpretada.

O trabalho da Rádio Globo Honduras logo começou a incomodar a ditadura que imediatamente mandou fechar as portas e lacrar o transmissor. A rádio foi invadida, apesar do cerco que a comunidade fez ao prédio. Os trabalhadores tiveram de fugir por uma janela, pendurados em uma corda, os transmissores foram levados e o povo ficou sem a rádio. Mas, no dia seguinte, de lugares não sabidos a rádio voltaria, transmitindo via internet, jamais interrompendo o fluxo de informação sobre a luta do povo hondurenho. Mais tarde garantiria a volta ao canal aberto, sem abrir mão da defesa dos direitos constitucionais da gente de Honduras.

Por todo este trabalho de informação e dignidade a Rádio Globo Honduras ganhou o Prêmio Ondas, promovido pela Sociedade Radiofônica de Barcelona (Espanha), como a melhor rádio ibero-americana. Além da Atividade na UFSC, Rony deverá circular pelos vários Cursos de Jornalismo no Estado numa promoção do Sindicato dos Jornalistas.

Informações: 3721-9297, ramal 37, ou iela@iela.ufsc.br.

Seminário internacional em Florianópolis discutirá ações para enfrentar alterações do clima

10/03/2010 16:34

As mudanças climáticas são tema permanente na pauta econômica e política global. As recentes catástrofes no nosso continente e também em Santa Catarina e no Rio Grande do Sul forçam ações aqui de mitigação e adaptação s alterações do clima. Mas tais ações não têm efeito se localizadas, precisam ser integradas entre os estados e mesmo entre os países.

O Seminário Mercosul Pós Copenhague, que acontecerá pela primeira vez em Florianópolis, nos dias 19 e 20 de março, será um espaço para gestores públicos, diplomatas, parlamentares, empresários de energias renováveis e acadêmicos conhecerem o que vem sendo proposto para que o sul do nosso continente enfrente as consequências das mudanças climáticas. A entrada é gratuita, com certificado de extensão. os interessados devem efetuar a inscrições no local, no dia do seminário.

O seminário, que acontecerá no auditório da Reitoria da UFSC, terá a participação de dois ministros brasileiros como conferencistas: Carlos Minc, do Meio Ambiente, que falará da Conferência de Copenhague, e Guilherme Cassel, do Desenvolvimento Agrário, que abordará a geração de empregos verdes com a bioenergia. Palestrantes do Parlamento do Mercosul e de instituições voltadas à integração regional, diplomacia e às energias renováveis presentes nos quatro países do bloco completam a programação. Para o presidente do Instituto IDEAL, Mauro Passos, um dos promotores do seminário, o encontro reforçará a necessidade de integração energética com fontes limpas e apresentará as diversas boas ações que vêm sendo feitas nos países do bloco.

A iniciativa também tem a chancela do Centro de Integração Regional – Cefir do Uruguai, da Universidade Federal de Santa Catarina e da Unisul/ Jelare – Joint European-Latin American Universities Renewable Energy Project. O seminário, que terá inscrições gratuitas, está sendo inventariado e terá todas as emissões de carbono compensadas pela Carbon Clean/ Nemorus. O patrocínio é da Eletrosul.

Serviço: O QUÊ: Seminário Mercosul Pós-Copenhague com palestrantes do Mercosul e dois ministros brasileiros

– Dia 19 de março, no auditório da Reitoria da UFSC, das 8h às 20h.

– Dia 20 de março, visita técnica apenas para as delegações estrangeiras.

Programação completa: http://www.institutoideal.org/docs/programacao.jpg

Informações com Alessandra Mathyas pelo telefone (48) 3234-1757 ou pelos e-mails alessandra@institutoideal.org ou info@institutoideal.org.

VESTIBULAR 2010: UFSC divulga relação dos matriculados e remanejados para o primeiro semestre letivo

10/03/2010 16:19

O Departamento de Administração Escolar (DAE) da Universidade Federal de Santa Catarina, divulgou nesta quarta-feira, dia 10, o Edital Nº 8 / GD / DAE / 2010 e covoca os candidatos já matriculados e remanejados para o primeiro semestre letivo de 2010 a comparecerem na Coordenadoria do curso respectivo, para a retirada do documento comprobatório de matrícula e iniciar as aulas.

AGRONOMIA

SHARA APARECIDA DA SILVA 10103948

CIÊNCIAS CONTÁBEIS

MANOELA QUINT DOS SANTOS ZANINI 10103944

CIÊNCIAS DA COMPUTAÇÃO

FERNANDO BURIGO TEXEIRA 10103926

ENFERMAGEM

LETÍCIA GOULART DA SILVA 10103921

ENGENHARIA DA MOBILIDADE [Campus Joinville]

GUILHERME SCHUCH 10103949

ENGENHARIA DE ALIMENTOS

MARIELLI BAMPI BENTHIEN 10103935

ENGENHARIA DE CONTROLE E AUTOMAÇÃO

MARCO ANTONIO DE OLIVEIRA 10103937

ENGENHARIA DE ENERGIA (noturno) [Campus Araranguá]

ROBSON ZUQUINAL 10103951

THIAGO ALEXANDRINO 10103952

ENGENHARIA DE PRODUÇÃO ELÉTRICA

CLAUDIA SALVAN DA ROSA 10103930

THIAGO HENRIQUE SILVA DOS SANTOS 10103931

ENGENHARIA DE PRODUÇÃO MECÂNICA

EDUARDO WERNER BENVENUTI 10103932

LORENZO JOSÉ MARTINS GIUSTI 10103933

LUCAS BONOMINI DE LUNA 10103934

ENGENHARIA ELÉTRICA

MAURICIO TRAMUJAS ASSAD FILHO 10103923

MARCELO LACHI 10103924

BRUNO DE ALMEIDA LIMA CUNHA SILVA 10103925

ENGENHARIA ELETRÔNICA

JOÃO MANOEL DE OLIVEIRA FECK 10103938

RODRIGO VARGAS SCHEFFER 10103939

VINICIUS MORAIS KINCELER 10103940

ENGENHARIA QUÍMICA

THIAGO BATISTA 10103936

ENGENHARIA SANITÁRIA E AMBIENTAL

MARJANA CAVALLERI 10103927

LEONARDO DALRI CECATO 10103928

MATEUS WEITGENANT CRISPIM 10103929

KAUE NEJEDLO 10103953

JORNALISMO

RAFAELA BLACUTT 10103947

MARÍLIA CONILL MARASCIULO 10103954

MEDICINA

VALDOMIRO MACHADO 10103922

PSICOLOGIA

JULIA ROSSI MALIMPENSA 10103946

SERVIÇO SOCIAL

ALINE DA SILVEIRA BITTENCOURT 10103945

SISTEMAS DE INFORMAÇÃO (noturno)

JOUBERT SOARES BOTELHO 10103941

ANDRE MARCHETO SILVA CAZADO 10103943

TECNOLOGIAS DA INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO (noturno) (Campus Araranguá)

ROBSON GOMES HAHN 10103950

Mais informações pelos telefones (48) 3721-6553, 3721-9331, 3721-9391 e 3721-6554.

Margareth Rossi / Jornalista da Agecom

Abertas inscrições para bolsa de mestrado na Universidade de Leiden

10/03/2010 14:51

A Pró-Reitoria de Pós-Graduação (PRPG) e a Secretaria de Relações Institucionais e Internacionais (Sinter) da UFSC lançaram nesta terça-feira (9/3) o edital do Programa de Bolsa de Excelência Platinum Leiden. O objetivo é possibilitar a mobilidade de um estudante de mestrado e assim ampliar as relações acadêmicas entre a UFSC e a Universidade de Leiden, na Holanda.

Será concedida uma bolsa para a área de Estudos Latino-Americanos e Caribenhos, na subárea de Literatura Latino-Americana ou na de História Latino-Americana, para o período de setembro de 2010 a junho de 2011. O benefício cobre taxas e anuidade, além de 10.000 euros para despesas de seguro-saúde, alojamento, refeições e transporte.

As inscrições devem ser feitas entre os dias 10 e 17 de março, na Sinter. É preciso levar os seguintes documentos: diploma e histórico escolar do curso de graduação; histórico escolar e atestado de matrícula do mestrado em curso; plano preliminar de trabalho na Universidade de Leiden e uma carta de motivação, de até 500 palavras, explicitando razões pelas quais deveria ser escolhido para a bolsa. A divulgação do resultado será no dia 23 de março, a partir das 17h, na PRPG e no site da Sinter.

Mais informações no edital ou (48) 3721-8739

Por Fernanda Burigo / Bolsista de Jornalismo na Agecom

NUER debate cinema africano

10/03/2010 11:00

Imagem do filme ´A Guerra da Água`

Imagem do filme ´A Guerra da Água`

O Núcleo de Estudos de Identidades e Relações Interéticas (NUER) da UFSC promove na próxima semana, entre os dias 16 e 18/3, a Mostra de Cinema Africano – Parte I: a obra de Licínio Azevedo. Serão apresentados os filmes ´A Ilha dos Espíritos`, ´Desobediência` e ´A Guerra da Água`. Após as sessões haverá debate com professores.

Licínio Azevedo é cineasta, produtor e escritor. Nascido no Brasil, vive há mais de 20 anos em Moçambique. Em 1975, vinculou-se ao Instituto Nacional de Cinema deste país, tendo acompanhado os realizadores Ruy Guerra e Jean Luc-Godard. Esteve à frente do programa de televisão Canal Zero, do Instituto de Comunicação Social e é um dos fundadores da Ébano Multimedia, destacada realizadora de cinema de Moçambique. Sua primeira longa-metragem é O Tempo dos Leopardos, baseado em seu próprio livro sobre a guerra da independência, ´Relatos do Povo Armado` (1983).

A Mostra acontece no Auditório do CFH e tem entrara franca.

Informações: www.nuer.ufsc.br ou 3721-9890, ramal 21.

Confira a programação:

16/03/2010 – 9h

A Ilha dos Espíritos (63 min.)

Uma pequena ilha, uma grande história. Muito antes de dar nome ao país, durante séculos, a Ilha de Moçambique teve um papel fundamental no Oceano Índico. Para contar a história da ilha, o documentário traz um historiador especializado no assunto e um arqueólogo marítimo que busca tesouros há muito perdidos em naufrágios. O cotidiano de seus habitantes, atividades, hábitos e cultura nos são revelados por inúmeros outros personagens: um pescador que relata as aventuras na sua frágil embarcação; o “porteiro” da ilha que controla quem entra e sai pela ponte que a liga ao continente; uma famosa dançarina e animadora cultural; uma colecionadora de capulanas e jóias antigas e uma conhecedora dos seres mágicos que povoam o imaginário coletivo dos ilhéus.

Debatedores: Silvio Correa (História/UFSC), Lino Perez (Arquitetura/UFSC), Jeque Lopes (Bacharel Arquitetura/UFSC)

17/03/2010 – 18h 30min

Desobediência (92 min.)


Rosa, camponesa moçambicana, é acusada de ter causado o suicídio do marido. Dizem que ela tem um “marido-espírito” que a levava a desobedecer ao marido verdadeiro. Numa carta descoberta durante as cerimônias fúnebres, e que é lida diante de todos os presentes, o suicida determina que os cinco filhos que teve com Rosa sejam

entregues ao seu irmão gêmeo, para não viverem com a mulher que arruinou a sua vida. Para provar a sua inocência, recuperar os filhos e os poucos bens que o casal possuía, Rosa submete-se a dois julgamentos: o primeiro num curandeiro, o segundo num tribunal. Nos dois julgamentos ela é absolvida. Porém, para que um segredo da família seja preservado, Rosa tem que ser inocentada. E os familiares do morto vingam-se dela de uma maneira atroz.

Debatedores: Theóphilos Rifiotis (Antropologia/UFSC), Maximo Canevacci (Visitante PPGAS/UFSC), Alberto Groismann (Antropologia/UFSC)

18/03/2010 – 18h 30min

A Guerra da Água (73 min.)


Durante a guerra em Moçambique os combates nas regiões secas aconteciam em volta dos furos de água. Vários deles foram destruídos para não caírem nas mãos do inimigo. Hoje, nos meses de estiagem, quando a água da chuva armazenada nas cisternas familiares acaba, a população começa uma nova guerra…

Debatedores: Alexandre Busko Valim (História/UFSC), Carmen Rial (Antropologia/UFSC)

Livro analisa a evolução do ensino de Biblioteconomia no Brasil

10/03/2010 10:01

Na precariedade de publicações sobre o ensino da Biblioteconomia, uma obra relançada pela Editora da UFSC pode ser de grande utilidade para docentes, discentes e pesquisadores neste campo e também na área da Ciência da Informação. Em “O ensino da Biblioteconomia no contexto brasileiro: século XX”, o professor Francisco das Chagas de Souza traça um panorama dos fatores político, educacional e econômico como pano de fundo para a compreensão da Biblioteconomia no país, sobretudo no que se refere ao ensino.

O primeiro curso de Biblioteconomia surgiu no Brasil em 1911, na Uni-Rio, e somente 25 anos depois é que a Fesp-SP ofereceu uma segunda opção aos interessados em adquirir formação nessa área. Mas foi a partir da década de 1950 que se estabeleceram as condições materiais que vincularam fortemente o ensino de Biblioteconomia à realidade brasileira. Não por acaso, o livro de Chagas de Souza, professor associado do Departamento de Ciência da Informação da UFSC, após abordar os antecedentes e os passos iniciais da Biblioteconomia no país, faz uma análise dos acontecimentos políticos e sociais e sua interferência neste campo do conhecimento na segunda metade do século passado.

Em seu trabalho, o autor identifica, por exemplo, determinantes que interferiram na inclusão da Biblioteconomia no rol dos cursos e dos temas de grande interesse no país. A criação do Ministério da Educação e Saúde, em 1930, logo após a instalação do governo provisório de Getúlio Vargas, e a implantação da Escola de Biblioteconomia da prefeitura de São Paulo, seis anos depois, abriram caminho para a formação de profissionais nessa área, atendendo a uma necessidade de mercado no Brasil.

Também contribuiu para as mudanças subsequentes a noção crescente de que era preciso levar em conta o leitor, o utilizador das bibliotecas, e não apenas aspectos formais como a catalogação, classificação e organização, na hora da construir os currículos das escolas existentes. Com os anos 60, cresceu o número de matriculados nos níveis primário e secundário e, nas universidades, agora por influência do regime político de exceção, as matérias de caráter nitidamente técnico foram reforçadas, para “dar suporte informacional ao desenvolvimento econômico industrial brasileiro”.

Na década seguinte (a UFSC criou seu curso de Biblioteconomia em 1974), surgiu a necessidade de modernizar o currículo, concentrando o foco no leitor e nas demandas das bibliotecas especializadas no âmbito das empresas, dos organismos governamentais e das universidades, onde a pós-graduação ganhava um corpo sem precedentes no país.

Cenário atual e perspectivas – As transformações políticas trazidas pelo fim do regime militar e pela instalação da Assembleia Constituinte, na década de 80, criaram o cenário ideal para que se desse, enfim, a atualização curricular nos cursos de Biblioteconomia, permitindo a capacitação para o trabalho com informações especializadas e na perspectiva de que melhor seria o resultado quanto melhor fosse o conhecimento do bibliotecário da área em que atuaria como gerenciador e difusor de informações.

A última década do século trouxe mudanças tecnológicas importantes, que transformaram os bibliotecários em “profissionais da informação”. O autor de “O ensino da Biblioteconomia no contexto brasileiro: século XX”, que tem outros sete livros publicados, critica nessa tendência a falta de articulação em torno da leitura, dos conteúdos escolares, do conhecimento público, social e estético.

Para o século XXI, Chagas de Souza vislumbra um caráter mais transformador no ensino de Biblioteconomia, por conta das novas demandas do ensino superior, forçado a atender as exigências que surgirão com o crescimento econômico e a consolidação das infraestruturas industrial, comercial e de serviços. De outro lado, adverte ele, “há muito o que se fazer para a superação da precariedade da educação pública de níveis fundamental e médio, da consolidação de redes de bibliotecas públicas e escolares, das redes de acesso público de informação via internet”.

Por Paulo Clóvis Schmitz / Jornalista na Agecom

Reitor da UFSC profere Aula Magna em Joinville

09/03/2010 13:09

Reitor Alvaro Prata pede ousadia e inovação...

Reitor Alvaro Prata pede ousadia e inovação...

Durante Aula Magna proferida ontem (8) no auditório da Univille para os alunos de Engenharia da Mobilidade, curso de graduação oferecido na UFSC/Joinville, o reitor Alvaro Prata provocou os estudantes a ousar e inovar: “É isso que nós queremos: sujeitos livres pela educação. Pensem por vocês”.

Estimou que entre as mais de seis bilhões de pessoas existentes no planeta poucas fazem a diferença. Associou esta condição ao fato das coisas virem muito prontas, sendo aceitas sem questionamentos. É necessário “apreciar as boas invenções e não perder a capacidade de nos surpreendermos com ela”, disse ele.

Prata situou as pessoas presentes, cerca de 200, a maior parte estudantes, no desafio que é o curso de Engenharia da Mobilidade. Formação que exigirá do profissional a criação de meios e tecnologias para resolver um grande dilema da humanidade, a mobilidade do trânsito, das comunicações e dos produtos.

...aos alunos de Engenharia da Mobilidade

...aos alunos de Engenharia da Mobilidade

“A sociedade é moldada por transformações tecnológicas. E o ponto de partida é conhecer e aprender a valorizar nossa herança cultural”, afirmou Prata.

Toda exposição do reitor se sustentou nos grandes feitos da humanidade, das naves aéreas a canetas esferográficas, e nos homens que através de raciocínio lógico, criatividade e arte abriram novas portas ao conhecimento humano “O conhecimento científico e tecnológico é o alicerce sobre os quais construímos nossa civilização. As grandes nações escrevem sua autobiografia em três livros: o de seus feitos, o de suas palavras, e o de sua arte”, afirmou.

A Pró-Reitora do Ensino da Graduação, Yara Maria Rauh Müller e o Diretor geral do Campus da UFSC/Araranguá, Sérgio Peters, acompanharam o Reitor a Joinville para prestigiar a aula.

Por Mara Cloraci/jornalista na Agecom

Fotos: Paulo Roberto Noronha/Agecom

Referência mundial em desenvolvimento sustentável, professor Ignacy Sachs ministra palestra na UFSC

09/03/2010 08:40

O professor Ignacy Sachs, da École dês Hautes Études em Sciences Sociales (EHESS) de Paris, ministra palestra sobre o tema “A Crise Atual e os Desafios do Desenvolvimento Sustentável”, nesta quinta-feira, dia 11, às 9h, no Auditório da Reitoria, da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). A entrada é gratuita.

Coordenado pelo professor Lauro Mattei, do Departamento de Ciências Econômicas, o evento é promovido pelo Instituto de Estudos Latino-Americanos (IELA) e pelo Centro Acadêmico Livre de Economia (CALE), da UFSC.

Economista e sociólogo polonês, naturalizado francês, Ignacy Sachs é um dos mais importantes pensadores sobre o desenvolvimento sustentável no mundo e tem uma estreita relação com o Brasil, pois viveu parte de sua juventude no País, onde realizou os estudos secundários, no Liceu Pasteur, em São Paulo, e universitários, na Faculdade de Ciências Políticas e Econômicas do Rio de Janeiro.

Sachs é um dos fundadores do Grupo de Pesquisa sobre o Brasil Contemporâneo. Em 1972 foi um dos primeiros a começar a trabalhar com o conceito de ecodesenvolvimento, que defende um crescimento econômico com desenvolvimento social e respeito ao meio ambiente. É autor ou organizador de cerca de 40 livros. Seu trabalho o levou a participar de grandes encontros internacionais sobre meio ambiente e desenvolvimento sustentável nos últimos 40 anos, entre eles a Eco 92 no Rio, além de colaborar com vários organismos internacionais.

Sobre o professor Sachs

Ignacy Sachs, polonês naturalizado francês, viveu no Brasil entre 1941 e 1954, período em que fez o curso de Economia na Faculdade de Ciências Econômicas e Políticas do Rio de Janeiro, hoje Universidade Cândido Mendes.

Desde 1968 integra o corpo docente da École dês Hautes Études em Sciences Sociales (EHESS) de Paris, onde em 1985 criou e dirigiu o Centro de Estudos sobre o Brasil Contemporâneo.

Ao longo de sua carreira acadêmica exerceu diversas funções públicas, com destaque para sua participação na organização da Primeira Conferência de Meio Ambiente e Desenvolvimento da ONU, na Suécia, em 1972. Neste evento, a ONU criou o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA), organismo que passou a divulgar os conceitos de Ecodesenvolvimento desenvolvidos pelo professor Sachs, culminando na expressão atual “desenvolvimento sustentável”.

Desde então, o professor Sachs se tornou uma referência mundial neste debate, tendo publicado diversos livros sobre o assunto, com destaque para:

1)Ecodesenvolvimento: crescer sem destruir. São Paulo, Ed. Vértice, 1981;

2)Espaços, tempos e estratégias de desenvolvimento. São Paulo, Ed. Vértice, 1986;

3)Estratégias de transição para o século XXI: desenvolvimento e meio ambiente. São Paulo: FUNDAP, 1993;

4)Rumo à Ecossocioeconomia-teoria e prática do desenvolvimento. São Paulo, Ed. Cortez, 2007;

5)Caminhos para o desenvolvimento sustentável. Rio de Janeiro, Ed. Garamond, 2006.

Mais informações pelos telefones (48) 3721-6679 e 3721-9458 ou pelo e-mail mattei@cse.ufsc.br.

James Green ministra aula inaugural na UFSC dia 15 de março

08/03/2010 15:00

Convidado pelos Programas de Pós-Graduação Interdisciplinar em Ciências Humanas e História da Universidade Federal de Santa Catarina, o professor James Naylor Green ministrará duas palestras para a comunidade universitária na próxima segunda-feira, dia 15 de março.

Professor de História Latino-Americana na Brown University (Providence/Rhode Island, Estados Unidos) é autor de diversas obras sobre o Brasil, especialmente no período da ditadura militar.

Sua primeira palestra intitulada “Quem é o Machão que quer me matar?” abordará narrativas sobre supostos processos de justiçamento revolucionário contra homossexuais em organizações da guerrilha brasileira nos anos 1960 e 1970.

Sua segunda palestra, que aborda os temas de seu novo livro “Apesar de vocês: a oposição à ditadura militar nos EUA , 1964-85” trata dos movimentos de oposição à ditadura militar brasileira nos Estados Unidos, que tiveram sede principalmente na capital norte-americana, Washington DC.

James Green é doutor em História da América Latina pela Universidade da Califórnia. Realizou diversas viagens por países latino-americanos e morou no Brasil entre 1976 e 1982. Nesse período, colaborou para o surgimento do movimento de defesa dos direitos homossexuais, e foi um dos fundadores do grupo Somos. De 2005 a 2008, dirigiu o Centro de Estudos Latino-Americanos e Caribenhos da Brown University. Foi ainda presidente da Associação de Estudos Brasileiros, que reúne pesquisadores dos Estados Unidos e do Brasil.

Atualmente, preside o New England Council on Latin American Studies

(Neclas).

Programa:

15/3 – 14h

ula Inaugural – Auditório do CFH

15/3 – 17h

Apresentação | “*Apesar de Vocês*” e Lançamento

de Livros : Auditório e Hall do CFH

16/3 – 14h

Conversa com Pesquisadores

Informações:Programa de Pós-Graduação Interdisciplinar em Ciências Humanas PPGICH

Fone: 3721-9405

Email: dich@cfh.ufsc.br

Programa de Pós-Graduação em História PPGH

Fone: +55 (48) 3721-9359

Email: pghst@cfh.ufsc.br

Imprensa:

Professora. Cristina Scheibe Wolff (Coordenadora PPGH) –

cristiwolff@gmail.com – 48 84051706

Estudante da UFSC é premiado pelo desenvolvimento de sistema que pode facilitar manobras de estacionamento

08/03/2010 12:33

Participar do desenvolvimento de um sistema para facilitar manobras na hora de estacionar rendeu ao estudante Daniel Martins Lima, do Departamento de Automação e Sistemas da UFSC, o prêmio Destaque da Iniciação Científica 2009. Ele foi um dos seis “jovens pesquisadores” homenageados com a premiação. Os estudantes tiveram seus trabalhos selecionados entre mais de 700 apresentados no 19° Seminário de Iniciação Científica da UFSC, realizado em outubro do ano passado. A cerimônia de entrega do prêmio foi presidida pelo reitor Alvaro Toubes Prata e aconteceu na manha desta segunda-feira, no auditório da Reitoria da UFSC.

“A UFSC acredita muito na iniciação científica, na pesquisa como alicerce do ensino”, lembrou o reitor da UFSC, professor Alvaro Toubes Prata. “Este é um prêmio voltado para o futuro”, destacou, ressaltando a importância das bolsas de iniciação científica na carreira dos estudantes.

O reitor também enfatizou a importância dos orientadores na iniciação científica (processo que introduz o estudante o mundo da pesquisa) e lembrou que raríssimos foram os grandes cientistas que avançaram sozinhos. “Aprendemos não porque outros nos ensinam, mas porque outros nos inspiram”, disse Alvaro Prata.

Em 2010 a UFSC completa 20 anos de iniciação científica. “No ano passado tivemos uma demanda de 696 solicitações de bolsas e 543 estudantes foram beneficiados”, lembrou o professor Jorge Mário Campagnolo, diretor do Departamento de Projetos de Pesquisa, ligado à Pró-Reitora de Pesquisa e Extensão, setor que administra as bolsas de IC na UFSC. Nesse período foi investido mais de 1 milhão e 700 mil reais na iniciação científica, financiamento do CNPq e da própria UFSC.

Segundo Campagnolo, 25% desse valor representa a contrapartida da UFSC nas bolsas de iniciação científica. “A universidade sabe que o aluno que faz iniciação científica tem uma formação diferenciada”, enfatizou.

A pró-reitora de Pesquisa e Extensão da UFSC, professora Débora Peres Menezes, lembrou que a escolha dos estudantes premiados não é trivial. Durante o seminário de iniciação científica os alunos são avaliados por professores da própria instituição, e também por uma comissão externa, e suas notas compõem uma média – as seis mais altas indicam os melhores trabalhos. Além de uma placa, os seis destaques da Iniciação Científica recebem da UFSC passagem e estadia para participarem da Reunião Anual da SBPC. O encontro será realizado de 25 a 30 de julho, em Natal (RN), reunindo alguns dos principais pesquisadores do país.

“Esse prêmio é fruto de muito trabalho, certamente de muitos finais de semana e dias de férias dedicados ao estudo. Mas, como se diz, se não há transpiração não há resultados. Que realmente seja um investimento para o futuro”, comemorou o professor Leandro Buss Becker, orientador do estudante premiado Daniel Martins Lima.

Saiba Mais

Destaques da Iniciação Científica 2009:

Ciências Exatas:

Estudante: Daniel Martins Lima

Orientador: Leandro Buss Becker

Departamento: Automação e Sistemas / Centro Tecnológico

Destaque: Apresentação Oral

Projeto: Desenvolvimento de um sistema automatizado, direcionado a carros populares, para auxiliar motoristas em manobras de estacionamento

Estudante: Lorena Franchini

Orientador: Malik Cheriaf

Departamento: Engenharia Civil / Centro Tecnológico

Destaque: Painel

Projeto: Estudo sobre incorporação de resíduos (cinzas de termoelétricas e resíduos da construção e demolição) em argamassas de baixo custo para a construção civil

Ciências Humanas e Sociais

Estudante: Diego Acássio Beal Kerber

Orientador: Elias machado Gonçalves

Departamento: Jornalismo / Centro de Comunicação e Expressão

Destaque: Apresentação Oral

Projeto: Pesquisa e desenvolvimento de plataformas informatizadas de apoio à apuração de informações jornalísticas

Estudante: Isabel Kluever koneski

Orientador: José Rubens Morato Leite

Departamento: Direito / Centro de Ciências Jurídicas

Destaque: Painel

Projeto: Estudo na área do Direito Ambiental, sobre os mecanismos previstos para a proteção do meio ambiente, como é o caso da Ação Civil Pública Ambiental (ACPA) e o Termo de Ajustamento de Conduta (TAC).

Ciências da Vida

Estudante: Cassiana Mendes

Orientador: Marcos Antônio Segatto Silva

Departamento: CIF / CCS

Destaque: Apresentação Oral

Projeto: Participação em pesquisa para desenvolvimento de antibiótico de liberação prolongada, com objetivo de obtenção de dose única diária que colabore com o aumento da adesão do paciente ao tratamento e que reduza resistência de micróbios ao fármaco

Estudante: Priscila Gonçalves

Orientador: Margherita Anna Antônia Maria Bbarracco

Departamento: BEG / Centro de Ciências Biológicas

Destaque: Painel

Projeto: Estudo sobre o sistema imune de crustáceos como contribuição para um maior conhecimento do sistema imune dos camarões marinhos nativos

Mais informações sobre bolsas de iniciação científica na UFSC: (48) 3721-9332

Por Arley Reis / Jornalista da Agecom

Na Midia: Presenças de Antelo

08/03/2010 09:45

Artigo de Maria Lúcia de Barros Camargo, Pró-Reitora de Pós-Graduação da UFSC, no Caderno de Cultura do Diário Catarinense, sábado, 6/03

Ausências, o pequeno grande livro de Raúl Antelo, deseja um leitor-autor, um leitor que se integre ao movimento de produção de novos sentidos, que seja surpreendido por produzir novos sentidos, que mantenha sobre o texto um olhar especial, aberto à vertigem. Generoso, nosso autor nos auxilia a entrar nesse movimento em busca de novos sentidos ao promover encontros insuspeitados, ao descobrir genealogias desconcertantes, ao produzir estranhamentos e surpresas nas relações que arma.

Ao trazer à presença do leitor estes textos até então dispersos, estes fragmentos, Raúl Antelo refaz o movimento paradoxal de “combinar dispersão e reunião”, reafirmando-se ele também como o intelectual de Blanchot, aquele que sabe inter-ler. Este saber se manifesta aqui não pela via autoritária da interpretação que congela os sentidos, mas pela produção de faíscas intermitentes, de choques, de desassossegos, exatamente por apresentar aquilo que sempre esteve aí, mas impossível de ser visto, cegos que somos.

Por trazer à presença do texto uma série de ausências, de abandonos –para usar um termo caro a Raúl Antelo –, as quais, retiradas do esquecimento a que estavam relegadas, exigem que esqueçamos o que estava assente, o que julgávamos saber. Afinal, o que reúne, numa mesma série de textos, Baudelaire, Patagônia, Rui Barbosa, Murilo Mendes e o modernismo de Sérgio Buarque de Holanda e Mário de Andrade? A questão do moderno e do antimoderno, poderemos responder sem maiores riscos de nos equivocarmos. Mas é muito mais do que isso.

Se esta série já é no mínimo curiosa, mais surpreendente ainda é nos depararmos, já no primeiro ensaio do volume, com uma releitura de As flores do mal, que se constrói, anunciadamente, a partir de dois princípios complementares – “nossa amnésia” é um fato, “permitam-me lembrar que” o antídoto – para construir, ou, melhor dizendo, para escavar e desentranhar “uma nova genealogia” que permita compreender não apenas a modernidade, mas a ideia, “à primeira vista paradoxal”, de que “é nas margens que melhor se realiza a modernidade”.

Esse movimento de rememoração é, sem dúvida, um procedimento de releitura do arquivo, de rearranjo do que sempre esteve lá, na Revue des Deuxs Mondes, à espera de outro leitor que pudesse inter-ler, que pudesse reordenar as séries, fazendo sair chispas desses reencontros inesperados: a floresta amazônica, esta floresta de símbolos, na descrição do geógrafo francês Reclus, a escravidão na Havana da Condessa e mestiça Mercédès Merlin, a teoria das correspondências do antimoderno e moderníssimo Baudelaire.

Estas aproximações põem em movimento uma rede proliferante de associações, inusitadas apenas porque esquecidas, já que lá estavam, à espera, naquele arquivo dos dois mundos, essa vitrina, como diz Antelo, que exibe a cultura que tornou possível os poemas de As flores do mal. Uma vez deflagrado o processo, a rede proliferante – sintoma – transita também no tempo, não apenas para reler a cultura da modernidade, mas para relê-la também como efeito diferido, para redescobri-la no presente, signos de nossos tempos. E é o prazer da redescoberta que Raúl Antelo nos propicia.

Indo da Amazônia à Patagônia, estes extremos do continente sul-americano, Raúl Antelo leva o leitor a se defrontar com o problema do significante vazio, do sem-sentido, da ausência, tudo que põe em ação o problema mesmo do sentido, ou de sua falta. E a encontrar aí também a proliferação, teórica e, mais uma vez, os paradoxos, e as redes a disseminar sentidos, a recuperar abandonos.

Mas, se é o vazio e a ausência, ab-sens, que estão em pauta nestes confins, estão presentes neste texto alguns dos frequentadores assíduos dos ensaios de Raúl Antelo, Roger Caillois e Walter Benjamin, estes “críticos da cultura[…] leitores de semelhanças imateriais, sujeitos que estimulam o reencontro, diferido, com aquela imaterialidade esquecida pela história. É a ideia de ‘ler o que nunca foi escrito’”, nos diz Raúl Antelo. Falando de Caillois e de Walter Benjamin, mas certamente falando de Raúl Antelo, como esse livro nos mostra inequivocamente.

Um dos grandes exemplos desse seu modo peculiar de exercer a crítica da cultura e a “arqueologia de nossa modernidade” está na releitura absolutamente surpreendente que faz de Rui Barbosa: encontrando marcas das discussões mais contemporâneas sobre a neutralidade. E, ao mesmo tempo, a presença das reflexões sobre o intelectual, agora a partir de Blanchot, fala de si falando do outro: o intelectual é aquele que, ao combinar dispersão e reunião, ao inter-legere, forma “novas constelações de sentido”. Assim, mais do que retirar do esquecimento alguns textos desconhecidos ou pouco estudados de Rui Barbosa, o que encontramos neste ensaio é um outro Rui que agora se nos apresenta, se torna presente, no presente, sem se tornar monumento.

Reler Murilo Mendes certamente não causa surpresa num frequentador dos textos de Raúl Antelo – na verdade, nem mesmo essa atualização de escritos de Rui Barbosa deveria causá-la – mas é o processo de leitura que é sempre surpreendente. Questões polêmicas, séries heterogêneas, filiações desconcertantes, ampla mobilização do sofisticado arcabouço teórico-crítico e incansável escavação dos arquivos, tudo se mobiliza para desentranhar sentidos e construir uma nova leitura que reavalia o valor do elemento religioso na obra de Murilo Mendes. Cabe registrar que este ensaio, apresentado pela primeira vez em 2001, já apresenta um “elogio da profanação” em termos muito próximos daqueles tratados por Agamben em seu livro de 2005. Antecipações, aproximações.

De Murilo Mendes e toda a rede em que foi inserido, o leitor chega ao último ensaio do livro, cujo título remete, de algum modo, ao conjunto: “Modernismo, repurificação e lembrança do presente.” Aqui, uma nova e sempre surpreendente rede de relações se constrói para discutir o déjà vu histórico cultural e “traçar a genealogia dessa lembrança do presente tão ativa a partir da Semana de Arte Moderna”. Para isso, o processo é o de trabalhar – desentranhar, diz Raúl – com os próprios textos programáticos da Semana.

E assim, aqui neste livro, está um desafio que nos propõe Raúl Antelo: formar novas constelações de sentido, colecionar benjaminianamente elementos heterogêneos, insuspeitada similaridade acompanhá-lo nesse estilo lacunar, e ao mesmo tempo generoso – em que ele dá as fontes, cita, mas não fecha interpretações. Fala de si falando do outro e, especialmente, insere o leitor na rede de aproximações, dando-lhe a possibilidade de presença ao mesmo tempo ativa e passiva na produção de novos sentidos.

POR MARIA LÚCIA DE BARROS CAMARGO

Pró-reitora de pós gradução e professora de teoria literária da UFSC, autora de Atrás dos Olhos Pardos (Argos/Unochapecó). Este texto é o prefácio do livro Ausências, de Raúl Antelo, publicado em 2009, pela Editora da Casa.

A madeira e as construções para Copa do Mundo de Futebol de 2014

08/03/2010 09:33

Sendo o Brasil o país escolhido como sede da Copa do Mundo de Futebol de 2014 e também como sede das Olimpíadas e Paraolimpíadas de 2016, está certo que muitas construções terão que ser realizadas. O país terá que preparar a infra-estrutura necessária, tanto a direta, como a indiretamente relacionada com esses eventos.

É evidente que essas obras já estão sendo pensadas, planejadas e até mesmo projetos já vêm sendo preparados. Muitas dessas obras tradicionalmente terão suas construções com estruturas previstas

em concreto armado, metálicas, ou até mesmo utilizando materiais compósitos, de ligas leves. Enfim, são algumas das opções que os projetistas poderão adotar.

No entanto, há que se pensar também que o país tem aí a oportunidade de se destacar no cenário mundial, dando uma demonstração clara de potencial para a adoção das diversas soluções, contemplando a funcionalidade, eficiência, beleza, conforto, etc, mas também, deixando claro o entendimento de ser este um momento importantíssimo para se mostrar ao mundo o nosso comprometimento com as preocupações e valores

ambientais, tão em evidência no cenário mundial e tão necessários para a sustentabilidade do planeta onde vivemos.

Neste sentido, é preciso considerar as possibilidades de uso dos diversos materiais disponíveis e a melhor adequação dos mesmos a determinadas soluções estruturais, ou a determinados conceitos de projetos. De qualquer forma, é oportuno e desejável que as decisões de projeto evidenciem soluções ligadas às questões ambientais. Portanto, essa componente deve ter lugar nessa

tomada de decisão por parte dos projetistas e, quiçá, ser assumida de forma abrangente, pelos setores públicos e privados, visando indicar o resultado esperado para essa vitrine mundial.

Considerando a extensão territorial e clima propícios ao desenvolvimento de árvores, como é o caso do Brasil, observa-se a oportunidade de se lançar um projeto ambicioso, visando a transformação e aplicação do material madeira,

em construções com tecnologias adequadas, desde as mais simples, até as mais arrojadas, mas indistintamente, pela adoção de soluções modernas no que diz respeito a suas aplicações. Ações a serem realizadas com base no conhecimento científico, tecnológico e respaldadas pela consciência ambiental.

É preciso aproveitar o que a natureza pode nos proporcionar com menor impacto possível, dando ênfase a soluções que utilizem energia renovável e tendo como fonte de inspiração as plantas, o vento, o sol, a terra, a água, etc. No que diz respeito ao emprego das madeiras, alguns menos afinados com o tema podem estar imaginando haver uma certa contradição na afirmação de que as

construções empregando este material sejam favoravelmente aliadas das questões ambientais. Mas não há contradição, pois é preciso se fazer uma análise baseada no conhecimento desse material, para se observar a extensão do resultado ambiental

advindo da simples opção por sua aplicação.

Mais adiante, serão apresentados indicativos de uso da madeira em elementos estruturais industrializados para as construções, mas antes é preciso evidenciar a sua importância no contexto da consciência ambiental. Portanto, inicialmente é preciso observar que a madeira é o único material de fonte prontamente renovável e cuja fábrica é a árvore. Logo, verifica-se um processo natural

de produção de um material, que na Análise do seu Ciclo de Vida (ACV) fecha o ciclo do carbono, demonstrando perfeito equilíbrio com o meio ambiente.

Sabe-se que para a formação do tecido lenhoso, a natureza se encarrega de capturar o carbono poluente da atmosfera, o qual, em composição com a água da umidade do solo absorvida pelas raízes, produz de forma natural os polímeros complexos que dão origem à madeira.

Por outro lado, é preciso observar também que no processo de produção dos demais materiais empregados nas construções existe uma carga negativa de poluição liberada para o ambiente, além do elevado consumo de energia necessária ser empregada na

produção e transformação de alguns deles.

Já no caso da madeira, desde o início de sua formação, verifica-se uma carga ambiental positiva. A árvore se utiliza da poluição presente na atmosfera, na forma de CO2, para produzir esse “eco-material” de fonte renovável.

O Canadian Wood Council indica que produtos em madeira armazenam mais CO2 do que emitem durante o processo de extração, transporte e beneficiamento. Além do que,

para o processo de beneficiamento das toras, se requer baixo consumo de energia e equipamentos considerados simples. O Canadian Wood Council exemplifica ainda que uma casa de porte médio, construída no sistema “woodframe” (sistema comum de construção em madeira nos países do hemisfério norte, mas que começa a ganhar destaque também no Brasil) armazena em suas peças o equivalente ao que um carro emite em CO2 num período de 5 anos, consumindo 12.500 litros de gasolina. Isto sem contabilizar as emissões ocorridas durante o processo de fabricação, nem da manutenção desse carro.

Focando um pouco mais na quantificação do carbono estocado no tecido lenhoso, sabe-se que dependendo da espécie de madeira e de suas características físicas ligadas à anatomia vegetal é possível afirmar que quando a árvore produz um metro cúbico de

madeira, são incorporados ao tecido lenhoso entre 250 quilogramas a uma tonelada de carbono.

Tomando como exemplo uma floresta plantada de Pinus, com uma produtividade chegando hoje à casa dos 50m3/ha/ano, e sabendo-se que, no mínimo, são estocados 250kg de carbono para cada metro cúbico de madeira formada, observa-se que ao serem formados 50m3 estarão sendo retidos 12.500kg de carbono. Isto quer dizer que uma floresta plantada de Pinus, numa estimativa feita por baixo, pode reter 12,5 toneladas de carbono/ha/ano.

Por outro lado, pensando-se na viabilidade comercial dessa madeira, considera-se uma rotatividade de 20 anos, ou seja, a cada período desses as árvores são comercializadas, para novas mudas serem plantadas. Conclui-se, então, que a cada período de 20 anos são estocadas 250 toneladas de carbono por hectare

plantado.

É preciso ainda evidenciar nessa análise que a madeira vem do carbono e que após cumprir a sua função como material transformado em objetos, bens das mais variadas

formas, inclusive elementos estruturais, ao chegar ao final do período de sua utilização (final do ciclo de vida), o carbono é simplesmente devolvido para o ambiente, em um

processo marcado pelo equilíbrio ambiental.

É evidente que nessa análise a ênfase maior está sendo dada à utilização de madeiras provenientes de regiões de manejo sustentável, principalmente às provenientes de florestas plantadas. Neste último caso, é necessária a compreensão de que essa produção deve ser entendida como pertencente ao setor do agronegócio: cultiva-se árvores para a produção de madeira a ser comercializada, assim como cultiva-se grãos, cana-de-açúcar, etc.

É diferente dos reflorestamentos, pois estes são entendidos como necessários para a recuperação de áreas degradadas e não para fins de comercialização da madeira.

Outro ponto importante a ser destacado é que ao se utilizar madeiras de florestas plantadas contribui-se para minimizar a busca por aquelas provenientes da mata nativa, preservando-se assim toda a questão ligada à biodiversidade dessas florestas. Também é preciso levar em conta que ao utilizar a madeira deixa-se de utilizar algum outro material, que poderia produzir impactos ambientais de grandes proporções.

Outro dado importante é que as floretas plantadas têm capacidade de capturar e estocar carbono em volume que chega a ser dez vezes superior, se comparado com a capacidade de uma floresta centenária da mata nativa. Isto porque o grande potencial de capturar carbono para a formação do tecido lenhoso está nas

árvores ainda jovens, como as encontradas nas florestas plantadas.

Nesse estágio, o lenho existente no tronco encontra-se em grande proporção, na forma de alburno (tecido lenhoso com poros livres). Como o alburno tem seus elementos anatômicos com o interior

livre, e nas árvores ainda jovens o lenho é composto praticamente só de alburno, o fluxo da seiva bruta (ascendente), que vai das raízes às folhas, se dá em abundância, tendo em vista a grande quantidade de vias livres para o seu transporte e ocorrência da

fotossíntese.

Só depois de algum tempo é que o alburno passa a ter seus elementos anatômicos preenchidos com os substratos advindos do excesso de seiva elaborada (descendente). Esses substratos em excesso vão sendo então depositados, através dos raios medulares, no interior dos elementos anatômicos que compõem o lenho, propiciando a passagem da condição de alburno para a de cerne. Portanto, o cerne tem os elementos anatômicos com o interior preenchido, o que impede a passagem da seiva.

Desta forma, uma árvore já centenária apresenta grande parte de seu lenho formado por cerne, restando uma camada de alburno, que vai diminuindo com o passar do tempo e ficando restrita à parte periférica do lenho. Em árvores centenárias a proporção de alburno (faixa clara) vai ficando pequena em relação ao cerne (faixa escura)

Ora, como o transporte da seiva bruta (ascendente) se dá pelo alburno e este vai ficando com uma porção cada vez menor do lenho, fica fácil concluir que as árvores centenárias pouca capacidade têm de transportar a seiva bruta até as folhas, para que ocorra na fotossíntese a captura do carbono.

Nesse estágio, o acréscimo de lenho aos troncos e galhos se dá lentamente e em pequenas proporções. Diz-se, então, que a árvore já atingiu o seu pico de crescimento. Com base nesse conhecimento do processo fisiológico do crescimento das árvores e

conseqüente formação do tecido lenhoso (madeira), é possível fazer uma estimativa de carbono capturado e transformado em madeira, nas florestas plantadas.

Para isto, é necessário observar que dos 187,5 milhões de ha de florestas plantadas no mundo, apenas 2,9% encontram-se no Brasil. Portanto, estima-se cerca de 5,44 milhões de hectare de florestas plantadas em nosso país. Logo, tomando por base um potencial

médio de captura de carbono, entre as diversas espécies plantadas, da ordem de 20 toneladas de CO2 por hectare, por ano, fica fácil concluir que só para a formação de madeira em nossas florestas plantadas são capturados cerca de 100 milhões de toneladas de carbono por ano.

Isto, constatando que no Brasil essas florestas representam apenas 1% da floresta nacional. Portanto, existe um potencial enorme a ser

considerado para o futuro, quando se prevê uma demanda crescente de madeira e a necessidade de grande quantidade a ser produzida. É preciso observar ainda que enquanto alguns países vêm planejando o plantio de árvores com fins comerciais, no Brasil o setor da cadeia produtiva da madeira tem sofrido críticas e as conseqüências de estar ligado ao Ministério do Meio

Ambiente. Felizmente, isso vem mudando e já existe a percepção de que o setor das florestas plantadas deveria estar ligado ao Ministério da Agricultura, e estar sendo incentivado como um promissor setor do agronegócio.

É preciso observar também que no Brasil essas florestas ocupam pouco mais de 5 milhões de hectares, enquanto o setor agrícola ocupa cerca de 600 milhões de hectares e a pecuária cerca de 150

milhões de hectares. Esses dados demonstram que esse setor não pode ser considerado como vilão. Merece ser analisado sob o ponto de vista científico, tecnológico, social, econômico e ambiental, além de apresentar-se como alternativa a outros materiais cuja produção e aplicação implicariam em grande carga negativa para o meio

ambiente.

Observa-se que no setor da produção de madeiras o Brasil tem dado bons exemplos quanto a iniciativas de um desenvolvimento responsável e que vem ganhando o devido respeito no cenário mundial. A empresa Klabin, por exemplo, acaba de ter o seu modelo de gestão das florestas reconhecido pela Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação (FAO-ONU) e considerado entre os “Casos Exemplares de Manejo Florestal Sustentável”.

A empresa foi pioneira na adoção do conceito de formação de corredores ecológicos que respeitam a biodiversidade, onde em

áreas de florestas plantadas de Pínus e Eucalíptus são deixados corredores de florestas naturais na proporção de 80 hectares de matas naturais para cada 100 hectares de florestas plantadas.

Outro dado importante está ligado ao fato da empresa manter um

Programa de Monitoramento da Biodiversidade, onde tem catalogadas mais de 1.464 espécies de plantas em suas florestas de Santa Catarina e Paraná, das quais 27 estão na lista das consideradas em extinção pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA).

Vendo exemplos dessa natureza, observa-se que em termos de planejamento para o futuro fica cada vez mais evidente a necessidade de se pensar em uma política que considere a preocupação de se ter um inventário territorial, com o qual se possa orientar o plantio de árvores, com manejo adequado a cada finalidade de uso e em regiões demarcadas a esse tipo de produção. Quem sabe até, além de se preocupar com a

certificação florestal, se possa pensar na adoção de um selo de qualidade regional, como alguns países o fazem com seus vinhos, queijos, azeitonas, etc.

É preciso pensar em uma política para o setor, de forma ampla, que possa fazer o diferencial no mercado globalizado. É necessário estar atento à importância que as madeiras vêm ganhando no cenário internacional, inclusive por questões ambientais, e fazer um planejamento para o futuro da produção e aplicação das madeiras em nosso país.

Ainda em termos de planejamento a médio e a longo prazo, é também preciso estar atento à possibilidade de investimentos na transformação desse material em bens duráveis, com valor agregado, tanto para o mercado interno como para o mercado

exportador. O Brasil tem um potencial enorme para ser muito mais do que um simples produtor de madeira, assumindo o papel de um grande transformador desse ecomaterial em bens duráveis.

A curto prazo, tendo em vista os eventos de 2014 e de 2016, há uma grande oportunidade para organização e estabelecimento de diretrizes a serem seguidas, para preparação dessa vitrine no cenário mundial. Nela certamente terão que estar presentes manifestações de consciência ambiental, seja nas manifestações artísticas das seções de abertura, ou na forma de se conceber a infra-estrutura necessária. Neste sentido, para os próximos sete anos, a madeira apresenta-se como um dos materiais a ser considerado nos projetos destinados à infra-estrutura.

Dentre as possibilidades de aplicação estrutural das madeiras provenientes de florestas plantadas está a associada à técnica da madeira reconstituída na forma de Madeira Laminada Colada (MLC). Neste processo, entende-se por lâminas, as camadas

produzidas por tábuas retiradas de troncos de árvores consideradas ainda jovens (idade entre 20 e 30 anos). Essa forma de aplicação da madeira em elementos estruturais permite aos projetistas vencer grandes vãos, sob as mais variadas formas retas ou curvas,

projetando peças de grande porte, e tendo como base peças de pequenas dimensões, como são as tábuas obtidas de árvores produzidas em florestas plantadas.

O efeito final é de uma estrutura imponente, eficiente, com grande destaque estético e enorme valor ambiental. Há vários exemplos de construções projetadas em MLC pelo mundo, principalmente em países onde a consciência ambiental é levada em consideração já na decisão do projeto.

Um belo exemplo de aplicação da madeira na forma de estrutura em MLC é o caso do aeroporto de Oslo, na Noruega. Inaugurado em 1998, foi pensado para ser o mais moderno aeroporto do mundo em estruturas de madeira. Ao conceberem a estrutura de cobertura dos 24.500m2 do aeroporto Gardermoen, os projetistas consideraram o interesse de impressionar os visitantes com a capacidade tecnológica norueguesa. Foram projetadas peças curvas com comprimento de 136m, produzidas em “White pine”. O objetivo foi impressionar também pela componente ecológica embarcada na solução, que adota material com grande capacidade de depósito de carbono. Além disso, os projetistas deram a demonstração de perfeita harmonia entre os materiais empregados, ao fazerem uma composição da MLC com colunas de concreto e hastes metálicas.

Na América Latina, o Chile é o país com maior tradição no uso da MLC nas construções, contando com centros comerciais, hotéis, passarelas, escolas e outras. No Brasil são poucos os exemplos e isto se deve também ao fato de que são poucas as escolas de engenharia e de arquitetura que tratam da aplicação das madeiras sob a técnica da MLC. Com raras exceções, o que se tem são currículos escolares voltados para as construções em concreto armado e metálicas.

Mesmo assim, podem ser encontradas algumas obras onde a MLC foi adotada. Em algumas mais antigas, observa-se inclusive a utilização de madeira proveniente da mata nativa, quando na verdade a técnica da MLC surgiu da necessidade de se utilizar as madeiras produzidas em florestas plantadas. Como no Brasil até bem pouco tempo existia madeira da mata nativa com grande disponibilidade comercial e baixo custo, foi mais cômodo e até

viável adotar algumas espécies com características físicas que fossem adequadas a essa técnica.

Atualmente, o Brasil conta com pelo menos duas empresas capacitadas a produzirem elementos estruturais em MLC. Uma delas trabalha com o Pinus taeda e a outra com o Eucaliptus grandis. No entanto, para atender a um projeto ambicioso de construções que comporiam a infra-estrutura voltada para os eventos de 2014 e de 2016, essas empresas teriam que se adequar a uma demanda de projetos prevendo grandes estruturas. Isto é perfeitamente viável, desde que haja uma decisão clara no sentido de se adotar uma posição inequívoca de compromisso com as questões ambientais e de se incluir a madeira na concepção desses projetos.

Por: Carlos Alberto Szücs

Professor Titular da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) – Professor desde 1976

Formado em Engenharia Civil pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) – 1976

Mestre em Engenharia de Estruturas em Madeira pela Escola de Engenharia de São Carlos da

Universidade de São Paulo (EESC/USP) – 1979

Doutor em Ciências da Madeira pela Université de Metz/França – 1991

Pós-doutorado de curta duração na Université de Metz/França – 1996

Professor convidado da Université de Metz – 1998

Coordenador do Grupo Interdisciplinar de Estudos das Madeiras (GIEM/UFSC)

Diretor Regional para Santa Catarina, do IBRAMEM-Instituto Brasileiro das Madeiras e das Estruturas de Madeira

e-mail: caszucs@gmail.com – fone: (48) 9981-0010

Evento debate onde devem ser investidos os recursos de pré-sal

08/03/2010 09:20

A Câmara dos Deputados aprovou e agora o Senado Federal deverá discutir e votar nos próximos dias a destinação do Fundo Social que será constituído com recursos provenientes da exploração do petróleo na camada pré-sal. Esse é um dos projetos polêmicos em discussão no momento e influenciará todo o país.

Santa Catarina se prepara para uma nova realidade econômica com a mobilização da indústria para atender a demanda do pré-sal. Mas também deve conhecer os benefícios do Fundo em discussão e como acessar esses recursos para fomentar o desenvolvimento regional e social.

Os impactos dessa regulamentação na economia catarinense serão o principal tema do seminário ´O marco regulatório do pré-sal: a importância para o Brasil e Santa Catarina`, que acontecerá no auditório do Centro Sócio-Econômico da UFSC no dia 18 de março,

quinta-feira.

O encontro terá dois painéis. O primeiro discutirá as especificações da produção petrolífera no pré-sal e a cadeia produtiva em Santa Catarina. O segundo detalhará o marco regulatório e o projeto de lei do Fundo Social como instrumento de combate à pobreza, melhoria da educação, ciência, tecnologia e sustentabilidade ambiental.

Estarão presentes representantes da Petrobras, da Fiesc, da SCGás, da Federação Catarinense dos Municípios e da liderança do Governo no Senado. A promoção é do Instituto Primeiro Plano e a participação no seminário é aberta e gratuita.

Inscrições devem ser feitas pelo e-mail contato@primeiroplano.org.br, até o dia 15 de março.

Saiba Mais:

O Fundo Social é uma poupança de longo prazo a ser feita

com recursos do pré-sal para financiar projetos de desenvolvimento

social e regional. Uma das principais modificações feitas pelo

relator, deputado Antônio Palocci (PT/SP), ao texto original do

governo foi a inclusão da saúde pública entre as áreas que terão

programas e projetos financiados pelo fundo. Já a polêmica foi a

inclusão também da recomposição das aposentadorias com esses

recursos. A previsão é que a exploração do petróleo na camada

pré-sal no Campo Tupi (que vai do Espírito Santo a Santa Catarina)

comece no final deste ano.

Serviço:

Seminário ´O marco regulatório do pré-sal: a importância para o Brasil e Santa Catarina`

Quando: 18 de março, quinta-feira, das 8h30 às 17 horas

Onde: Auditório do Centro Sócio-Econômico da UFSC

Assessoria de imprensa: Alessandra Mathyas (SC 00755 JP) / Fone: (48) 9973-5101/3025-3949 / mathyas@terra.com.br [2]

Universidade abre inscrições para Moradia Estudantil e para Bolsa Permanência

08/03/2010 08:56

A Pró-Reitoria de Assuntos Estudantis publicou os editais para seleção de estudantes para a Moradia Estudantil e para Bolsa Permanecia. No caso da Moradia há três vagas femininas para a Casa da Estudante e uma vaga feminina para o Modulo IV Prédio I. As inscrições devem ser feitas na Coordenadoria de Serviço Social, no térreo do Prédio da Reitoria, das 8h às 11h30min e das 14h às 17h, até o dia 19 de março.

Para concorrer as candidatas devem ser de município fora da Grande Florianópolis, comprovar carência socioeconômica e estar regularmente matriculado e frequentando curso de graduação da UFSC. A estudante também não pode ter concluído qualquer outro curso de graduação e precisa de cadastro socioeconômico devidamente aprovado pela Coordenadoria de Serviço Social.

Se for portadora de necessidades especiais a estudante deve apresentar laudo médico. O dia 17 de março é a data limite para devolução do cadastro socioeconômico e da documentação comprobatória. A divulgação do resultado da seleção será no dia 26 de março, na Coordenadoria de Serviço Social.

A Pró-Reitoria de Assuntos Estudantis também concede Auxílio Moradia a 290 alunos com carência econômica, que estão em aguardo de vaga na Moradia Estudantil e comprovadamente apresentam despesa com aluguel. O valor do Auxílio Moradia está fixado em R$ 200,00.

Bolsa Permanência

A UFSC conta ainda com a modalidade Bolsa Permanência, também voltada a atender alunos com vulnerabilidade socioeconômica. Para 2010 há possibilidade de 944 renovações e 50 novas bolsas, com valor de R$ 364,00. O benefício tem duração de 12 meses, podendo ser renovado por períodos sucessivos, observado o prazo máximo para conclusão do curso.

As inscrições devem ser feitas até 25 de março, de segunda a sexta-feira, das 8h às 11h30min e das 14h às 17h, também na Coordenadoria de Serviço Social. Para os alunos que não apresentam cadastro socioeconômico aprovado, a devolução da documentação deverá ser realizada até 19 de março. O resultado da seleção e da classificação dos alunos será divulgado pela Coordenadoria de Serviço Social no dia 29 de março, no site www.prae.ufsc.br, link Coordenadoria de Serviço Social.

Veja os editais:

– Moradia Estudantil (Edital 002/PRAE/2010)

– Bolsa Permanência (Edital 003/PRAE/2010)

Mais informações: www.prae.ufsc.br / Fone: 3721-9341

Por Arley Reis / Jornalista da Agecom

Projeto 12:30 apresenta show da banda Cerveja Grátis nesta quarta

05/03/2010 19:54

Com a proposta de aproximar o rock da poesia da música brasileira, quem sobe ao palco do Projeto 12:30 desta quarta-feira, 10/03, é a banda Cerveja Grátis. A apresentação acontece na Concha Acústica da UFSC às 12h30, é gratuita e aberta à comunidade.

A Banda Cerveja Grátis – 600W – Malte MPB – Sabor Rock é formada por músicos com várias influências sonoras e inseridos no roteiro musical da grande Florianópolis há muitos anos. Gostam e já executaram diversos estilos.

Reuniram-se em 2008 para reler musicalmente o repertório de clássicos da MPB, que conta com compositores como Vinícius de Moraes, Tom Jobim, Chico Buarque, Milton Nascimento, Caetano Veloso, Gilberto Gil, Gonzaguinha, Toquinho, entre outros. As versões exclusivas transportam as canções para o mundo do rock´n´blues progressivo, com o maior respeito ao “lúpulo” da música original.

A banda vem buscando uma sonoridade cada vez mais apurada e, para isso, dedica-se ao máximo no aperfeiçoamento de seu repertório, o que pode ser apreciado a cada show. Na nova fase da banda estão surgindo composições e arranjos de canções próprias.

Cerveja Grátis é formada por Nefferkturu (baixo), Luisa Claire (guitarra e voz), Myriam Marques (participação especial), Emerson Passos (bateria) e Carlinhos Lear (guitarra e voz).

Projeto 12:30

O Projeto 12:30 é realizado pelo Departamento Artístico Cultural (DAC), vinculado à Secretaria de Cultura e Arte da UFSC e apresenta semanalmente atrações de cunho cultural, grupos de música, dança e teatro, nas versões ao ar livre na Concha Acústica e na versão acústico, quinzenalmente, no Teatro da UFSC.

Criado em 1986, foi a partir de 1993 que os shows passaram a ser realizados semanalmente na praça central do campus, a Praça da Cidadania. A cada ano, em cerca de 60 shows, mais de 300 artistas se apresentam para um público estimado em 20 mil pessoas. Em 1999, o Projeto gravou um CD com composições próprias de doze grupos locais e neste ano teve aprovado seu projeto para captação de recursos e gravação de um novo CD. O trabalho deverá privilegiar o formato acústico.

Inscrições Abertas

Artistas interessados em se apresentar no projeto dentro do campus da UFSC devem entrar em contato com o DAC através dos telefones (48) 3721-9348 / 3721-9447 ou por e-mail, enviando mensagem para projeto1230@dac.ufsc.br. Mais informações: www.dac.ufsc.br.

Serviço:

O QUÊ: Show com Cerveja Grátis

ONDE: Projeto 12:30 na Concha Acústica da UFSC

QUANDO: Quarta, 10/03, às 12h30

QUANTO: Gratuito e aberto ao público

CONTATO DAC: (48) 3721-9348 e 3721-9447 ou www.dac.ufsc.br.

Contato da banda: (48) 3234-5005

Ciclo de Cinema `A diáspora colombiana´ debate principais causas da emigração

05/03/2010 19:03

O Núcleo Juan Carlos Onetti de Estudos Literários Latino-americanos e o Programa de Pós-graduação em Literatura da UFSC promovem, nos dias 17,18 e 24 de março, o Ciclo de Cinema ´A diáspora colombiana`. O evento propõe considerações críticas e debates sobre o fenômeno da diáspora colombiana no mundo e sobre o papel do cinema e da literatura na reflexão a respeito da massiva emigração: suas causas, possíveis efeitos e decorrências estético-políticas.

Serão projetados os filmes ´La desazón suprema: retrato incesante de Fernando Vallejo` (2003) de Luis Ospina, ´Los niños invisibles` (2001) de Lisandro Duque, ´Cóndores no entierran todos los dias` (1983) de Francisco Norden, e o curta-metragem ´Pequeñas voces` (2003) de Eduardo Carrillo. Todas as projeções acontecem no auditório Henrique Fontes, prédio B do Centro de Comunicação e Expressão (CCE) da UFSC, a partir das 15h, e contarão com a coordenação de especialistas na área. O evento é gratuito e aberto ao público em geral, e os assistentes terão certificados de participação.

Na sessão inaugural haverá uma breve apresentação do Ciclo, com os professores Gonzalo Aguilar, Liliana Reales, Jair da Fonseca e Felipe Soares. Às 10h do mesmo dia acontecerá a conferência de abertura, titulada ´El pueblo como lo Real: hacia una genealogía del cine latinoamericano`, a cargo do professor Gonzalo Aguilar.

A conferência do professor Aguilar, especialista em cinema e catedrático de Literatura Brasileira da Universidade de Buenos Aires, tratará sobre a gestação, o desenvolvimento e a interrupção do projeto continental de um cinema comprometido e articulado ao redor de uma figuração do real: o povo. Também abarcará as cinematografias e os filmes mais destacados do chamado Cinema Latino-americano, no intervalo 1967-1977, de países como Brasil, Argentina, Chile, Bolívia, Colômbia, Cuba, passando por nomes como Glauber Rocha, Fernando Solanas, Jorge Sanjinés, Carlos Mayolo e Luis Ospina; assim como algumas produções contemporâneas – entre as que se destacam fenômenos como o Novo Cinema Argentino ou autores como Pablo Trapero, José Padilha, Adrian Caetano, Martin Rejtman, Eduardo Coutinho ou Enrique Bellande, entre outros.

O evento conta com o apóio do Instituto Cervantes, do Curso de Cinema e do Departamento de Línguas e Literaturas Estrangeiras da UFSC.

Informações: (48) 3721-9288, ramal 203 (segundas e sextas das 14h às 16h).

Os filmes

`La desazón suprema: retrato incesante de Fernando Vallejo´ (2003) é um documentário de longa-metragem sobre uma das principais e mais polêmicas vozes da literatura colombiana contemporânea. Neste filme – produto de uma convivência prolongada com Fernando Vallejo – o reconhecido diretor Luis Ospina tece um intenso diálogo com a obra literária do escritor. Havendo escrito cinco romances autobiográficos e realizado três filmes, Vallejo só obteve ressonância internacional após a publicação e adaptação cinematográfica de La virgen de los sicarios. A partir desse momento, o autor e a sua obra têm conhecido os extremos do elogio e de duras críticas pelos inúmeros gestos de ruptura com as tradições literária, familiar, sexual e nacional em que o filme incorre sem cessar.

´Los niños invisibles` (2001) é um longa-metragem de ficção dirigido por Lisandro Duque Naranjo. O filme conta a história de três crianças que, numa pequena cidade colombiana de províncias da década de cinquenta, se empenham em conseguir a invisibilidade por meio de um ritual de magia negra. Para lá da anedota, o filme se ocupa com personagens que, sem feitiço nenhum, já são “invisíveis”, pois habitam num mundo em que o olhar dos adultos se concentra em inovações tecnológicas ou perseguições partidárias cheias de violência e dogmatismo.

´Pequeñas voces` (2003) se compõe de animações de desenhos de crianças colombianas vítimas da guerra, acompanhadas pelos seus testemunhos em off. Segundo o seu realizador, Eduardo Carrillo, se trata de um curta híbrido entre o documentário e a animação por computador. Nele, três crianças deslocadas pela violência narram as suas histórias de uma perspectiva própria, em que a sobrevivência consiste em aquilo que qualquer dispositivo cinematográfico apenas consegue insinuar.

´Cóndores no entierran todos los días` (1983) é a adaptação cinematográfica do romance homônimo de Gustavo Álvarez Gardeazabal (1971). Dirigido por Francisco Norden, o filme segue a vida de León María Lozano, conhecido como Cóndor por comandar os bandos de extermínio chamados Pájaros, no período compreendido entre os anos 1948 e 1951, quando nos campos colombianos teve lugar uma sangrenta confrontação bipartidária entre os partidos tradicionais do país, o Liberal e o Conservador. Essa confrontação, denominada “A violência” (1948-1960), constitui o antecedente histórico mais próximo da guerra que atualmente tem lugar na Colômbia, daí a importância do filme.

Confira a programação

Quarta-feira, 17/03

10h Conferência


´El pueblo como lo Real: hacia una genealogía del cine latinoamericano`, com o Prof. Dr. Gonzalo Aguilar da Universidad de Buenos Aires (UBA).

Debatedor: Prof. Dr. Jair Tadeu da Fonseca (UFSC)

15h Abertura do Ciclo

“A Diáspora Colombiana”, com os professores doutores Gonzalo Aguilar (UBA), Felipe Soares (UFSC) e Jair Tadeu da Fonseca (UFSC)

16h Projeção do filme

La desazón suprema: retrato incesante de Fernando Vallejo (2003) de Luis Ospina

Pausa

18h – 19h Debate

Coordenação: Felipe Soares

Quinta, 18/03

15h Projeção do filme


Los niños invisibles (2001) de Lisandro Duque

Pausa

17h Projeção do curta

Pequeñas voces (2007) de Eduardo Carrillo

17h30 – 18h30 Debate

Coordenação: Jair Tadeu da Fonseca

Quarta, 24/03

15h Projeção do filme


Cóndores no entierran todos los días (1984) de Francisco Norden

Pausa

17h – 18h Debate

Coordenação: Bairon Vélez Escallón

Comitiva da Universidade de Jyväskylä visita a UFSC

05/03/2010 16:39

Comitiva finlandesa de Jyväskylä e prof Lovato

Comitiva finlandesa de Jyväskylä e prof Lovato

A comitiva da Universidade de Jyväskylä visitou a Universidade Federal de Santa Catarina nesta sexta-feira, 5 de março.

Além de conhecer a universidade, os finlandeses desejam ampliar de cooperação nos níveis de intercâmbio acadêmico, de professores e de pesquisas.

Compõem a comitiva Jussi Haltunen, reitor, Asta Wahlgren, diretora da Escola de Administração, Ulla Mutka, diretora da Escola de Educação e Risto Korkia-Aho, diretor de assuntos internacionais da Escola de Administração.

O diretor do Departamento de Cooperação Acadêmica da SINTER Paulo Lovato acompanhou os visitantes, que foram recebidos pelo reitor Alvaro Prata.

Atualmente dois estudantes de Engenharia da UFSC estão em mobilidade acadêmica em Jyväskylä. Bem adaptados, apesar do frio intenso do último inverno, têm vontade de permanecer até o Natal. Um deles, Paulo, está até integrando a equipe local de futebol.

Os finlandeses vêem o Brasil com muito potencial no campo de desenvolvimento empresarial e de intercâmbio. Pensam em mandar pessoas para aprender português visando ampliar, num futuro, a cooperação técnica entre os dois países.

O reitor da UFSC explicou que nosso pais é um celeiro de recursos humanos e oportunidades e que a universidade integrando o sistema federal de ensino propicia, geralmente, melhor qualidade de aprendizado que o das universidades particulares. Além disso Florianópolis também oferece bom campo por ter parques tecnológicos e incubadoras.

Fotos Paulo Noronha/ Agecom

Fotos Paulo Noronha/ Agecom

Um diferencial dos estudantes brasileiros em relação aos outros da América do Sul é que após passar um tempo no exterior desejam voltar e trabalhar no Brasil.

A UFSC oferece atualmente 82 cursos de graduação. Perguntado sobre se nossa excelência maior seria a dos cursos de engenharia, o reitor respondeu que no início dos cursos de graduação não havia tradição nessa área. Então se decidiu por convidar várias pessoas consideradas competentes de fora do Estado — ele uma delas — ,para ajudar a iniciar os cursos de engenharia. Isto não aconteceu em outras áreas nas quais se julgou já possuir know-how. O primeiro mestrado e o primeiro doutorado foram nas áreas de engenharia, mas atualmente a universidade chegou a um grau de excelência em várias áreas.

Mas apesar de se atingir um nível de qualidade na pesquisa e na pós-graduação, o ensino básico deixa muito a desejar.

Prata afirmou que pela primeira vez o país tem pensado em como mudar esta realidade através de melhora na formação dos professores.

Ulla Mutka disse que este tema, em especial é de interesse da universidade finlandesa que desejaria já no próximo ano letivo, que se inicia no outono (nossa primavera), receber um a dois professores nossos em Jyväskylä.

Prata perguntou se o processo seguia o habitual: a UFSC pagava a passagem e a universidade acolhedora era responsável pela manutenção da pessoa. Ulla afirmou que sim e vice-versa. O reitor da UFSC manifestou interesse que o intercâmbio já se inicie no próximo semestre. O reitor Haltunen disse que a reunião já era um primeiro passo importante.

Lovato afirmou que para isto já tinha sido marcado encontro no CED com a professora Vera Bazzo, chefe do Departamento de Metodologia do Ensino, já que realmente temos uma grande lacuna na formação de professores.Disse, ainda, que atualmente há poucos programas acadêmicos com a Finlândia. Esta realidade pode mudar, já que há boas perspectivas de se ampliar a cooperação com o país.

Haltunen falou que a universidade de Jyväskylä possui cerca de oito mil alunos e foi a mais procurada nacionalmente no último processo de candidatura ao exame que todos os estudantes finlandeses devem passar antes de ingressar no ensino superior.

Sobre a invejável qualidade de ensino que o país atingiu o reitor disse que a educação pública em nível elevado sempre foi uma política praticada e um objetivo das famílias. Afirmou também que há um beneficio em ser um pequeno país, em território, e se ter uma população de pouco mais de cinco milhões de pessoas.

As estatísticas mostram a diferença: enquanto na Finlândia mais de 50% dos jovens entre 18 a 24 anos têm acesso ao ensino superior, no Brasil este número é de apenas 13%.

Asta Wahlgren manifestou seu interesse no intercâmbio na área de negócios.É exigência da universidade que antes de se candidatar à pós-graduação, o recém-formado tenha três anos de prática.

Prata afirmou que os cursos da área: administração, economia e contabilidade ainda estavam muito incipientes no intercâmbio com o exterior. Mas o novo curso de Relações Internacionais amplia os horizontes, já que é esta sua vocação. Uma reunião com a direção do CSE e com os chefes dos Departamentos de Administração e Economia também foi agendada.

Risto afirmou que mais de 300 estudantes de Jyväskylä estão fazendo intercâmbio acadêmico na União Européia e que o processo de Bologna é um dos utilizados. Afirmou também que o processo competitivo na Finlândia é muito grande.

Para mais informações:

Secretaria de Relações Institucionais e Internacionais (SINTER)

Tel: 3721 – 8220

Por Alita Diana/jornalista da Agecom/UFSC

BU realiza Semana do Bibliotecário e discute melhorias para o usuário

05/03/2010 13:10

O apoio da atual gestão administrativa e o comprometimento da equipe de servidores da Biblioteca Universitária da UFSC estão fazendo com que a BU seja um dos locais mais procurados pelos visitantes e pelos alunos. “A Biblioteca agora está literalmente azul”, relata a diretora Narcisa Amboni ao se referir às 700 novas cadeiras instaladas recentemente. Para a diretora outra satisfação é saber que o site da biblioteca está completo para buscas e explicações. Ela aproveita para lembrar que agora em março, de 9 a 13, acontecerá a Semana do Bibliotecário 2010, marcada para às 19h30min, no Auditório Elke Hering.

Durante a solenidade de abertura haverá o lançamento do Prêmio e da revista da Associação Catarinense de Bibliotecários – ACB. A participação gratuita, com exceção do curso Biblivre, nos cursos e mini-cursos poderão ser efetuadas através do www.acbsc.org.br.

Este ano a Semana do Bibliotecário será resultado de uma parceria entre a UFSC, governo do Estado através da Secretaria de Cultura e UDESC e irá discutir questões atuais sobre o que de melhor poderá ser oferecido aos usuários no acesso livre à informação. A palestra de abertura será ministrada pela bacharel em Biblioteconomia, Mestre em Administração e Doutora em Engenharia de Produção pela UFSC, Marli Dias de Souza Pinto, que abordará “A Biblioteca e bibliotecário: do técnico ao estratégico – alteração significativa na prestação de serviços informacionais contemporâneos”.

No primeiro dia do encontro, 9, o tema do minicurso será “Biblivre (Software livre de gerenciamento de bibliotecas), com o ministrante Nelson Ferreira, da UNIFOR/MG, no horário das 8h às 12h e das 13h às 17h (1ª turma), no Laboratório de Informática da UFSC. Também no dia 9 terá início a Oficina de Noções Básicas de Conservação e Encadernação de Livros, ministrada por Alzemi Machado, no Auditório da Biblioteca Pública Barreiros Filho, no Estreito, no horário das 14h às 16h.

Para o dia 10, das 20h às 22h, hora e vez da palestra “Os usos do computador e a definição dos campos da Ciência da Informação e da Biblioteconomia no Brasil: uma análise sociotécnica”, com a ministrante Elisa Cristina Delfini Correa, bacharel em Biblioteconomia pela UDESC, no Auditório do Centro de Educação/UFSC; e a Oficina Noções Básicas de Conservação e Encadernação de Livros (2ª turma), das 14h às 16h, no Estreito.

Já no dia 11 Giancarlo Proença (Diretor de inteligência competitiva da Knowtec) falará sobre a “Inteligência competitiva na prática: como dar início a um processo de monitoramento de informações”, das 10 às 12 horas, no Auditório da UDESC. No mesmo dia será realizada a Oficina Noções Básicas de Conservação e Encadernação de Livros, 3ª turma, das 14h às 16h, no Estreito.

Dia 12 têm início a segunda turma do minicurso sobre “Biblivre (Software livre de gerenciamento de bibliotecas), das 8h às 12h e das 13h às 17h, no Laboratório de Informática da UFSC; às 16 horas, palestra “Usos e aplicações do Software Livre na relação Ensino-Aprendizagem”, com José Eduardo de Lucca, coordenador do Centro de Geração de Novos Empreendimentos em Software e Serviços (GENESS), do INF/CTC, da UFSC, no Auditório Elke Hering/BU, mesmo local onde Felícia Fleck vai contar histórias no horário das 19h50min.

Para fechar o penúltimo dia do evento, também no auditório Elke Hering, às 20h, palestra com Adriana Prates, consultora em Gestão de Pessoas, sobre o “O fator humano no contexto organizacional: desafios dos bibliotecários neste cenário”.

Mais informações pelo fone (48)3035-4871, das 13h às 17h.

UFSC abre inscrições para Moradia Estudantil e para Bolsa Permanência

05/03/2010 13:09

A Pró-Reitoria de Assuntos Estudantis publicou os editais para seleção de estudantes para a Moradia Estudantil e para Bolsa Permanecia. No caso da Moradia há três vagas femininas para a Casa da Estudante e uma vaga feminina para o Modulo IV Prédio I. As inscrições devem ser feitas na Coordenadoria de Serviço Social, no térreo do Prédio da Reitoria, das 8h às 11h30min e das 14h às 17h, até o dia 19 de março.

Para concorrer as candidatas devem ser de município fora da Grande Florianópolis, comprovar carência socioeconômica e estar regularmente matriculado e frequentando curso de graduação da UFSC. A estudante também não pode ter concluído qualquer outro curso de graduação e precisa de cadastro socioeconômico devidamente aprovado pela Coordenadoria de Serviço Social.

Se for portadora de necessidades especiais a estudante deve apresentar laudo médico. O dia 17 de março é a data limite para devolução do cadastro socioeconômico e da documentação comprobatória. A divulgação do resultado da seleção será no dia 26 de março, na Coordenadoria de Serviço Social.

A Pró-Reitoria de Assuntos Estudantis também concede Auxílio Moradia a 290 alunos com carência econômica, que estão em aguardo de vaga na Moradia Estudantil e comprovadamente apresentam despesa com aluguel. O valor do Auxílio Moradia está fixado em R$ 200,00.

Bolsa Permanência

A UFSC conta ainda com a modalidade Bolsa Permanência, também voltada a atender alunos com vulnerabilidade socioeconômica. Para 2010 há possibilidade de 944 renovações e 50 novas bolsas, com valor de R$ 364,00. O benefício tem duração de 12 meses, podendo ser renovado por períodos sucessivos, observado o prazo máximo para conclusão do curso.

As inscrições devem ser feitas até 25 de março, de segunda a sexta-feira, das 8h às 11h30min e das 14h às 17h, também na Coordenadoria de Serviço Social. Para os alunos que não apresentam cadastro socioeconômico aprovado, a devolução da documentação deverá ser realizada até 19 de março. O resultado da seleção e da classificação dos alunos será divulgado pela Coordenadoria de Serviço Social no dia 29 de março, no site www.prae.ufsc.br, link Coordenadoria de Serviço Social.

Veja os editais:

– Moradia Estudantil (Edital 002/PRAE/2010)

– Bolsa Permanência (Edital 003/PRAE/2010)

Mais informações: www.prae.ufsc.br / Fone: 3721-9341

Por Arley Reis / Jornalista da Agecom

UFSC oferece cursos para a terceira idade

05/03/2010 11:35

O Núcleo de Estudos da Terceira Idade da UFSC está com inscrições abertas para cursos direcionados a pessoas com mais de 50 anos. Os interessados devem procurar o NETI até a próxima sexta-feira, 12 de março. São, em média, 25 vagas. A secretaria do Núcleo está funcionando no Laboratório de Informática da UFSC (LabUFSC), localizado no prédio da Biblioteca Universitária.

Há vagas no Grupo de Encontro; curso de esperanto; curso de empreendedorismo; Leitura e escrita para pessoas idosas e adultas (desenvolvido em parceria com a Secretaria de Educação, para atender a uma grande parcela da população de adultos e idosos que não tiveram oportunidades de acesso à escola.). Há ainda vagas para o curso de contadores de história e para o Monitores da Ação Gerontológica.

O Núcleo de Estudos da Terceira Idade é um órgão vinculado ao Departamento de Projetos de Extensão da Pró-Reitoria de Pesquisa e Extensão da UFSC. O Núcleo coloca o conhecimento da gerontologia à disposição da comunidade, desenvolvendo estudos e pesquisas, inserindo e promovendo as pessoas idosas no meio acadêmico.

Mais informações: 3721-9445

Por Arley Reis / Jornalista da Agecom

Mostra fotográfica retrata nostalgia da zona rural do Arquipélago dos Açores

05/03/2010 10:18

Fotos: Maurício Abreu

Fotos: Maurício Abreu

O Núcleo de Estudos Açorianos da UFSC abre na segunda-feira, 8 de março, em seu espaço cultural, a mostra Açores, do fotógrafo português Mauricio de Abreu. A exposição é composta por 32 fotografias que trazem a nostalgia da zona rural de várias ilhas. O material retrata a religiosidade, a forma simples de cultivar o campo, a arquitetura e também as belas paisagens naturais do Arquipélago dos Açores. A visitação ficará aberta até o dia 30 de abril.

A promoção é da Universidade Federal de Santa Catarina, por meio de sua Secretaria de Cultura e Arte. A realização é do Núcleo de Estudos Açorianos, com apoio da Direcção Regional das Comunidades do Governo dos Açores e Agência de Comunicação da UFSC.

Maurício Abreu

Nasceu em Coimbra em 1954, estando radicado em Setúbal desde 1964. Concluiu a licenciatura em engenharia eletrotécnica em 1978. Desde 1983 dedica-se exclusivamente à fotografia, tendo desenvolvido diversos trabalhos como fotógrafo, produtor e editor, nas áreas do patrimônio natural e cultural, da etnografia e da arquitetura tradicional.

É autor e editor de uma coleção de livros fotográficos sobre várias regiões de Portugal: Alentejo, Ribatejo, Açores, Madeira, Algarve, Setúbal, Norte Alentejano (com textos de Hélder Pinho, Álamo de Oliveira, João de Melo, Vicente Jorge Silva, Nuno Júdice, Francisco José Viegas, Isabel Vitor, Luís Jorge Gonçalves, Ana Duarte e José Manuel Fernandes. Tem diversos livros publicados nas principais editoras portuguesas.

Em 1997 recebeu a Medalha de Honra de Cultura da Cidade de Setúbal. Em 2009 foi eleito QEP (Qualified European Photographer) pela European National Professional Photographers Associations.

O NEA:

Por meio do Núcleo de Estudos Açorianos a Universidade Federal de Santa Catarina atua na pesquisa e divulgação das raízes açorianas no Brasil, em especial no litoral do Estado. Seus integrantes têm atuado também divulgando o Arquipélago dos Açores para descendentes dos colonizadores açorianos de 7ª, 8ª e 9ª geração, que chegaram ao país no século XVIII. São promovidos cursos, palestras, mostras de filmes, folclore, artesanato e fotografias.

Mais informações sobre o fotógrafo no site www.mauricioabreu.com

Fotos para divulgação no link www.nea.ufsc.br/ExpoAcores_MauricioAbreu.zip

Serviço:

Exposição Fotográfica Açores:

Local: Espaço Cultural do Núcleo de Estudos Açorianos / Universidade Federal de Santa Catarina / Florianópolis- SC

Período: 8 de março a 30 de abril de 2010

Visitação: Segunda a sexta-feira / 9h às 12h e 14h às 17h

Mais informações: (48) 3721-8606 / www.nea.ufsc.br / mauricio@mauricioabreu.com / www.mauricioabreu.com

Livro sobre o Polo Tecnológico de Florianópolis será lançado nesta terça-feira

05/03/2010 10:16

´Polo Tecnológico de Florianópolis: origem e desenvolvimento` é o livro de autoria do jornalista Mário Xavier, editado pela Insular, e que será lançado nesta terça-feira, 09/03, às 19h, na Assembleia Legislativa de Santa Catarina, numa promoção conjunta com a Associação Catarinense de Imprensa (ACI).

Produzido em estilo jornalístico e com linguagem acessível ao grande público, o projeto editorial foi pesquisado de 2006 a 2009, reunindo conteúdos inéditos e atualizações sobre o Polo industrial de alta tecnologia que teve origem formal em 1986, mas cujos antecedentes remontam ao começo do século XX: com a criação da Escola de Aprendizes Artífices, atual Instituto Federal de Santa Catarina, e com o nascimento da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), em 1960.

Hoje Florianópolis abriga uma EBT (empresa de base tecnológica) para cada 888 habitantes, possui cerca de 450 estabelecimentos de software, hardware e serviços de tecnologia, os quais geram 4.936 empregos diretos e mais outros milhares de empregos indiretos. A qualidade e o desempenho das empresas do Polo local têm rendido, além do sucesso de mercado, reconhecimentos nacionais nas edições do Prêmio Finep de Inovação Tecnológica, o mais importante do país no gênero.

A opção pelo desenvolvimento das chamadas “indústrias limpas” de tecnologia demonstrou-se uma alternativa essencial não apenas para o progresso socioeconômico de Florianópolis – gerando trabalho, renda e impostos –, mas uma solução estratégica e criativa do ponto de vista da sustentabilidade, levando em conta as limitações ambientais e urbanísticas da Ilha de Santa Catarina para a instalação de segmentos industriais poluidores.

Todo esse contexto motivou inclusive a criação, em 2009, da Secretaria Municipal de Ciência, Tecnologia e Desenvolvimento Econômico Sustentável de Florianópolis (SMCTDES). De um setor que praticamente inexistia até meados dos anos 80, hoje a indústria de base tecnológica local arrecada em ISS (Imposto Sobre Serviços) cerca de R$ 10 milhões por ano (2008), constituindo-se no segundo maior arrecadador do município, superando o da construção civil e o da saúde e chegando a alcançar o dobro do valor arrecadado no tradicional setor de turismo. Parte significativa da produção tecnológica de Florianópolis segue para outros mercados do Brasil e, em alguns casos, para o exterior.

A obra Polo Tecnológico de Florianópolis: origem e desenvolvimento apresenta um resgate inédito e ilustrado da memória deste setor em 176 páginas coloridas, formato 17x24cm, resultado de um projeto da Redactor Comunicação proposto ao Ministério da Cultura e executado pelo jornalista Mário Xavier e equipe de profissionais locais.

O produto final contou com o patrocínio das pessoas jurídicas BRDE, Eletrosul, Fundação Cultural Badesc, Intelbras e Artemis Transmissora de Energia, e das pessoas físicas Carlos Alberto Schneider e Mário José Gonzaga Petrelli, via incentivos culturais da Lei Rouanet. Contou também com o apoio da UFSC, ACI, SMCTDES e Câmara de Tecnologia da FIESC. A maior parte da tiragem será distribuída e doada dirigidamente, assim como utilizada institucionalmente pelos patrocinadores. O evento de lançamento é uma promoção da Assembleia Legislativa de Santa Catarina e da Associação Catarinense de Imprensa.

Lançamento: Dia 9 de março, às 19 horas, na Assembléia Legislativa Legislativa de SC, onde o livro estará à venda pela Editora Insular [www.insular.com.br] pelo preço promocional de R$ 40,00 Telefone: (48) 3232-9591, email [editora@insular.com.br].

Mais informações: Jorn. Mário Xavier [www.redactor.com.br], telefone (48) 8413-3135 e 3025-2808, email [marioxavier@redactor.com.br].

Comentários sobre Polo Tecnológico de Florianópolis: origem e desenvolvimento

Do Prefácio

“…O presente texto explora a origem e o desenvolvimento do nosso polo tecnológico e apresenta a importância das instituições e das pessoas na construção deste patrimônio. Os avanços não ocorrem por acaso, e recuperar as contribuições e as iniciativas de todos para que as futuras gerações possam se beneficiar das boas práticas e também entender as origens desta revolução tecnológica que está em curso é o mérito maior deste livro. Cumprimento o jornalista Mário Xavier pelo seu trabalho e por esta importante obra”.

Alvaro Toubes Prata, Reitor da UFSC

Da apresentação

“Por meio deste relato cronológico em formato jornalístico, desdobram-se os fatos primordiais que pontuaram o nascimento e expansão do Polo como um `case´ de sucesso científico, tecnológico e socioeconômico. O autor, como jornalista e cidadão, testemunhou e foi partícipe de diversas etapas desta história. E nos brinda, pois, com uma visão e um acervo bastante singulares na sua forma de reunir, consolidar e traduzir as informações e as imagens. O livro que tenho o prazer de apresentar é uma contribuição não apenas à memória do Polo local, mas ao jornalismo científico e à sociedade catarinense e nacional.”

Jornalista Moacir Loth, diretor da Agência de Comunicação da UFSC

Da contracapa

“Nosso Estado já tem dívidas históricas com os pioneiros do seu exemplar polo tecnológico. São incontáveis os criativos projetos e o número de empresas que se projetaram até mundialmente em informática, telefonia e telecomunicações, entre outros, e que hoje fazem Santa Catarina brilhar pelo que tem de melhor nestas áreas….O precioso levantamento vai permitir que os leitores se familiarizem com um segmento que exerceu papel vital no desenvolvimento de Santa Catarina. E que, a despeito de tanto sucesso, é muito pouco conhecido da maioria da população. Assim, a obra `Pólo Tecnológico de Florianópolis: origem e desenvolvimento´ é um trabalho que chega ao mercado editorial como leitura obrigatória”.

Moacir Pereira, jornalista e advogado, membro da Academia Catarinense de Letras e do Conselho Superior da Associação Catarinense de Imprensa

Fonte: Mário Xavier / Fone:(48) 3025-2808 e 8413-3135 /

marioxavier@redactor.com.br

Abertas inscrições para o II Concurso de Cartazes e Redações sobre Lesbofobia, Transfobia e Homofobia nas escolas

05/03/2010 09:52

Estão abertas até o dia 10 de maio as inscrições para o II Concurso de Cartazes sobre Lesbofobia, Transfobia e Homofobia nas Escolas. O evento é promovido pelo Núcleo de Identidades de Gênero e Subjetividades (NIGS) do Laboratório de Antropologia Social da UFSC. Tem também apoio do Núcleo de Educação e Prevenção, da Secretaria Estadual de Educação.

O concurso tem como objetivo discutir as violências contra lésbicas, gays, bissexuais, travestis, transexuais e transgêneros (LGBTT) nas escolas da Grande Florianópolis. A iniciativa faz parte das atividades do Dia Municipal contra a Homofobia, Lesbofobia e Transfobia (17 de maio), instituído por lei no município de Florianópolis.

Há duas categorias de participação. Uma, de cartazes, para estudantes de escolas públicas do ensino médio e fundamental de Santa Catarina . Outra foi criada criada nesta 2ª edição do prêmio e prevê redações, sendo direcionada a estudantes de graduação em Pedagogia e/ou de cursos de licenciatura de várias disciplinas e de todas as universidades do Estado.

Para a primeira, estudantes de ensino médio e fundamental devem formar grupos, coordenados por uma professora, e confeccionar um cartaz que aborde temas relacionados às violências contra LGBTTT. Para a segunda, estudantes de graduação devem enviar uma redação sobre a mesma temática. Estudantes vencedores nas duas modalidades serão premiados com livros sobre gênero e sexualidade. Os prêmios coletivos relativos aos cartazes serão doados às bibliotecas de suas escolas.

O I Concurso de Cartazes aconteceu em maio de 2009 com a participação de 97 alunas de quatro escolas de Florianópolis. O evento faz parte do projeto de extensão Papo Sério (oficinas de gênero e sexualidade), apoiado pela Pró-Reitoria de Pesquisa e Extensão da UFSC.

O edital do Concurso e mais informações podem ser obtidas no site www.nigs.ufsc.br e/ou http://sites.google.com/site/concursonigs e as dúvidas esclarecidas através do e-mail nigsnuc@cfh.ufsc.br ou do telefone 3721-9890 (Ramal 25) no horário comercial.

UFSC premia jovens pesquisadores na segunda-feira

05/03/2010 09:41

A UFSC homenageia nesta segunda-feira, 8 de março, seis alunos com o prêmio Destaque da Iniciação Científica 2009. Os jovens pesquisadores foram escolhidos pela qualidade do trabalho apresentado no 19º Seminário de Iniciação Científica da UFSC, realizado nos dias 21 e 22 de outubro do ano passado, durante a Semana de Ensino, Pesquisa e Extensão. A cerimônia de entrega do prêmio será presidida pelo reitor Alvaro Toubes Prata e acontecerá às 11 horas, no auditório da Reitoria da UFSC.

A Iniciação Cientifica é um instrumento que permite introduzir os estudantes de graduação na pesquisa cientifica. O seminário da UFSC é um momento de avaliação dos trabalhos e também uma oportunidade para que os jovens cientistas universitários apresentem seus trabalhos à comunidade.

Os estudantes que receberão o prêmio foram indicados por uma comissão de professores da UFSC e representantes do CNPq, levando em conta as categorias ´Apresentações Orais` e ´Painéis`. São dois acadêmicos por área de conhecimento do CNPq: Ciências Exatas; Ciências Humanas e Sociais; Ciências da Vida.

Como reconhecimento a sua pesquisa os graduandos serão inscritos para apresentação de seus trabalhos na Jornada Nacional de Iniciação científica (JNIC), que será realizada durante a 62ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), de 25 a 30 de julho, na Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), em Natal (RN). A Pró-Reitoria de Pesquisa e Extensão, responsável pela distribuição das bolsas de iniciação científica na UFSC, vai custear inscrição, hospedagem e transporte dos estudantes para a reunião da SBPC, um dos principais eventos científicos do país.

No período de 2008/2009 foram distribuídas na UFSC 480 bolsas , que representam um valor de quase 1,7 milhão investidos na iniciação científica. São recursos do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e da própria UFSC.

Destaques da Iniciação Científica 2009:

Ciências Exatas

Estudante: Daniel Martins Lima

Orientador: Leandro Buss Becker

Departamento: Automação e Sistemas / Centro Tecnológico

Destaque: Apresentação Oral

Estudante: Lorena Franchini

Orientador: Malik Cheriaf

Departamento: Engenharia Civil / Centro Tecnológico

Destaque: Painel

Ciências Humanas e Sociais

Estudante: Diego Acássio Beal Kerber

Orientador: Elias machado Gonçalves

Departamento: Jornalismo / Centro de Comunicação e Expressão

Destaque: Apresentação Oral

Estudante: Isabel Kluever koneski

Orientador: José Rubens Morato Leite

Departamento: Direito / Centro de Ciências Jurídicas

Destaque: Painel

Ciências da Vida

Estudante: Cassiana Mendes

Orientador: Marcos Antônio Segatto Silva

Departamento: CIF / CCS

Destaque: Apresentação Oral

Estudante: Priscila Gonçalves

Orientador: Margherita Anna Antônia Maria Bbarracco

Departamento: BEG / Centro de Ciências Biológicas

Destaque: Painel

Por Arley Reis / Jornalista da Agecom

Professor da UFSC fala no Supremo Tribunal Federal nesta sexta-feira sobre ações afirmativas

05/03/2010 08:57

Os resultados da política de cotas de acesso implantada pela UFSC no Vestibular serão apresentados no Supremo Tribunal Federal (STF), em audiência pública que acontece em Brasília nesta sexta, dia 5. O professor Marcelo Tragtenberg representará a Comissão de Acompanhamento do Programa de Ações Afirmativas na Audiência Pública sobre Políticas de Ações Afirmativas de Reserva de Vagas no Ensino Superior, que discute a constitucionalidade destas ações no acesso às universidades públicas. A UFSC fará parte da sessão “Experiências de Aplicação de Políticas de Ação Afirmativa”. Tragtenberg falará sobre “Programa de Ações Afirmativas da UFSC: fundamentos e resultados preliminares”.

As Ações Afirmativas estão implantadas em 65% das instituições federais e 68% nas estaduais. Marcelo destaca a importância da diversidade de formas de Ações Afirmativas (AA), bem como a importância da autonomia universitária neste processo. Ele também sustenta esta prática para garantir a diversidade no ambiente universitário. Antes da implantação da política de cotas, existiam cursos na UFSC sem alunos egressos de escola pública, como aconteceu nos cursos de Cinema e Jornalismo em 2006.

O professor Tragtenberg apresentará alguns dados enaltecendo o êxito do programa implantado pela UFSC. As cotas para negros e escolas públicas aumentou o percentual de isentos da taxa do vestibular entre os classificados. Na UFSC, a evasão de alunos que ingressaram em cotas é bem menor que os demais. Em 2008, os alunos negros, mesmo mais reprovados, se evadiram menos.

Na audiência pública, o professor defenderá a importância das Ações Afirmativas de recorte socioeconomico para garantir direitos universais que as políticas universalistas não garantem, para possibilitar a diversidade e a convivência de diferentes e para garantir o desempenho semelhante aos ingressantes por vestibular tradicional.

Mais informações: www.stf.jus.br; comissaopaa@reitoria.ufsc.br; professor Marcelo Tragtenberg, telefone 8408-8304; marcelo@fisica.ufsc.br.

Por Paulo Fernando Liedtke/Agecom