Música é o tema da Caravana Rumos 2010 do Itaú Cultural que chega a Florianópolis

19/03/2010 20:16

Banda Cravo da Terra

Banda Cravo da Terra

Nos dias 25 e 26/03 (quinta-feira e sexta-feira) o Teatro da UFSC recebe a Caravana Rumos 2010, que traz à cidade debates sobre a cena musical e suas políticas públicas, apresentação de documentários e um laboratório de experiências e ações inovadoras. Com foco em música, trata-se de uma das viagens que levam equipes do Itaú Cultural a todas as capitais do Brasil até o final deste semestre para informar sobre o os editais do programa Rumos, edição 2010 – Literatura, Pesquisa, Música e, pela primeira vez, Teatro, cujas inscrições vão até 30 de junho (com exceção de Literatura, que as encerra em 31 de julho).

Além dos debates, está programada a apresentação do DVD que é resultado do Rumos Música 2007/2009, com show do grupo catarinense Cravo da Terra – um dos selecionados naquela edição do programa – realizado no Itaú Cultural em 2008. O grupo também realiza espetáculo no dia 25, às 21h.

O Cravo-da-Terra tem na pesquisa da música tradicional do Sul, Sudeste e Nordeste do Brasil a base de suas composições e de seus arranjos. Seus cinco integrantes utilizam instrumentos de sopro, corda e percussão e, em busca da simplicidade e da delicadeza, convidam o público para uma viagem pela música brasileira e por uma verdadeira experimentação de gêneros musicais.

A Caravana Rumos 2010 tem a parceria local do Projeto 12:30 da UFSC. Criado em 1986, e com ações semanais desde 1993, o Projeto 12:30 apresenta semanalmente atrações de cunho cultural, grupos de música, dança e teatro, nas versões ao ar livre na Concha Acústica e na versão acústico, quinzenalmente, no Teatro da UFSC.

PROGRAMAÇÃO

Dia 25/03 – quinta-feira

12h30
– Vídeo: Programa Rumos Música 2007/2009 – Cravo da Terra (30’)

13h – Documentário: Rumos_Brasil da Música 2004/2005 (45’)

17h – Debate: Circulação Regional. Com Dedé Ribeiro (RS), Beth Moura (PR), Guilherme Zimber (SC), e mediação de Edson Natale.

19h – Debate: Difusão. Com Marcos Espíndola (SC), Abonico Smith (PR), Fabiane Tomaselli (SC) e mediação de Israel do Vale

21h – Show: Cravo da Terra

Dia 26/03 – sexta-feira

Laboratório de Experiências e Ações Inovadoras

Das 14h às 17h – As Redes Associativas da Nova Ordem Digital

Com Espaço Cubo; Fórum Permanente de Música; Música Para Baixar; SConectada

17h – Debate: Cooperativas de Música – A Experiência de São Paulo com 1.500 associados. Com Carlos Zimbher (SP) e Janine Durand (SP), mediação de Israel do Vale.

SERVIÇO

O QUÊ: Caravana Rumos 2010 – Música

ONDE: Teatro da UFSC – Universidade Federal de Santa Catarina, Praça Santos Dumont, Trindade, Florianópolis

QUANDO: Dias 25 e 26 de março (quinta-feira e sexta-feira), em horários diversos (veja a programação acima)

QUANTO: Entrada franca

CONTATOS: Assessoria de imprensa da Caravana Rumos 2010: Fernanda Assef: fernanda.assef@conteudonet.com / Fone: (11) 5056-9800

– UFSC: projeto1230@dac.ufsc.br / Fone: (48) 3721-9348 e (48) 3721-9447

Visite: www.itaucultural.org.brwww.dac.ufsc.br

Fonte: [CW] DAC – SECARTE – UFSC, com informações dos realizadores do evento

Seleção para bolsas de mestrado na Universidade de Leiden tem edital retificado

19/03/2010 19:52

A Pró-Reitoria de Pós-Graduação (PRPG) e a Secretaria de Relações Institucionais e Internacionais (Sinter) da UFSC publicaram retificação do Edital nº 1/SINTER-PRPG/2010 referente ao Programa de Bolsa de Excelência Platinum para a Universidade de Leiden. A modificação foi necessária devido ao feriado municipal, no dia 23/03. Dessa forma, as entrevistas de seleção serão realizadas no dia 25/03, a partir das 14h, e a relação dos contemplados será divulgada no dia 26/03.

Confira aqui os editais de retificação, a portaria de designação da Comissão de Seleção e também o edital do Programa.

Leia sobre a seleção aqui.

Mais informações: 3721-8739.

Palestra traz dicas sobre conduta profissional

19/03/2010 18:13

´Atitude profissional – dicas para quem está começando` é o nome da palestra que acontece nesta quarta, 24/03, às 19h, no Auditório da Reitoria. Com base em seu último livro de mesmo nome, (lançado em 11 de março de 2010), Lígia Fascioni falará sobre “as coisas que gostaria de ter sabido quando entrei na adolescência e, mais ainda, quando iniciei minha vida profissional”. Compartilhando algumas dicas recolhidas ao longo de sua própria experiência profissional, Lígia comentará sobre dúvidas comuns tanto a pessoas em início de carreira, como a profissionais que já estão no mercado há algum tempo.

Os temas são apresentados de maneira simples, didática e próxima da

realidade do dia a dia, com leveza e bom humor. A palestrante considera que “começar qualquer coisa na vida já é difícil, o que dirá uma carreira”. Ela espera que, com essa palestra, “os jovens comecem

o caminho sem tantos percalços, e os que já estão na estrada há algum tempo identifiquem comportamentos que podem estar dificultando o caminho para o sucesso”.

Sobre a palestrante:

Lígia Fascioni é Engenheira Eletricista, Mestre em Automação e Controle Industrial, Especialista em Marketing e Doutora em Engenharia de Produção na área de Gestão Integrada do Design.

Atuou por 10 anos em empresas de base tecnológica, principalmente nas áreas de automação, robótica e aviônica, passando depois a trabalhar na área de marketing corporativo e consultoria. Possui vários trabalhos publicados sobre o tema identidade corporativa em eventos científicos e revistas de negócios.

Além do último livro ´Atitude Profissional: dicas para quem está

Começando`, é também autora de outras duas obras: ´Quem sua empresa pensa que é?` e ´O design do designer` pela editora Ciência Moderna. Mantém um site especializado em identidade corporativa ( www.ligiafascioni.com.br), um blog sobre design e atualidades ( www.ligiafascioni.com.br/blog) e escreve semanalmente no site www.acontecendoaqui.com.br, especializado em comunicação e marketing.

A inscrição é gratuita (mas é obrigatória) e deve ser feita no site da

Confraria Empresarial: www.confrariaempresarial.com.br.

Informações:: Elizabeth Specialski(9972-4345 ou 3233-3772).

Projeto 12:30 apresenta Pedro Morais

19/03/2010 16:15

Expoente do atual cenário musical de Minas Gerais, o cantor e violinista Pedro Morais é quem se apresenta no Projeto 12:30 desta quarta-feira, 24/03. O show será na Concha Acústica da UFSC, tem início às 12h30, é gratuito e aberto à comunidade.

Pedro Morais vem se consagrando como um cantor original, dono de uma voz privilegiada, e como um exímio compositor. Acaba de chegar ao mercado seu segundo CD, intitulado “Sob o Sol”.

Com produção assinada por Chico Neves, responsável por discos emblemáticos do O Rappa, Los Hermanos, Paralamas do Sucesso, Milton Nascimento, dentre outros, o novo trabalho traz uma textura pop mais contemporânea, com uma pegada de banda mais acentuada.

No recente trabalho o artista segue a estrada da música sofisticada, sem hermetismos, com letras que exalam verdade e poesia. É ao mesmo tempo pop sem perder a elaboração característica da melhor escola harmônica de Minas Gerais. Ao lado do companheiro da antiga, o letrista e cantor Magno Mello, o cantor desfila pelo universo romântico, longe de pieguices. “Canção de Outono” e “Vou me iludir” se misturam a inquietações do artista sentidas em “A Fúria do Infinito” e à animada “Gasolina”.

O lançamento oficial do disco será no dia 8 de abril, no Grande Teatro do Palácio das Artes, em Belo Horizonte.

Mais história

A história de Pedro com a música iniciou cedo. Aos sete anos, começou a executar seus primeiros acordes ao violão incentivados pelos pais. Aos oito, já familiarizado com um segundo instrumento, o bandolim, passou a frequentar rodas de chorinho e samba-canção.

Vencedor de importantes festivais brasileiros e dono de grande carisma no palco, Pedro Morais conquistou um grande público seguidor. Sempre convidado a participar de shows e discos de artistas conceituados, tem se apresentado nos mais importantes festivais de Minas Gerais.

O primeiro CD de Pedro, produzido pelo baiano Luiz Brasil e o mineiro Flávio Henrique, traz 12 faixas, sendo 11 autorais e uma bela interpretação à capela de “Mestre Sala dos Mares”, de João Bosco e Aldir Blanc. A partir do lançamento em 2005, Pedro passou a dividir o palco com artistas reconhecidos do cenário da música mineira e nacional, como Vander Lee, Max de Castro, Paulinho Moska, Toninho Horta, Beto Guedes, Flávio Venturini, Ná Ozzetti, Simone Guimarães e Flávio Henrique.

Projeto 12:30

O projeto 12:30 é realizado pelo Departamento Artístico Cultural (DAC), vinculado à Secretaria de Cultura e Arte da UFSC e apresenta semanalmente atrações que envolvem música, dança e teatro. As apresentações acontecem todas as quartas-feiras, ao ar livre, na Concha Acústica, e, quinzenalmente, às quintas-feiras, no Projeto 12:30 Acústico, no Teatro da UFSC.

Artistas e grupos interessados em se apresentar no projeto dentro do campus da UFSC devem entrar em contato com o DAC através dos telefones (48) 3721-9348 / 3721-9447 ou por e-mail, enviando mensagem para projeto1230@dac.ufsc.br.

Serviço:

O QUÊ
: Show com Pedro Morais

QUANDO: Dia 24 de março, quarta-feira, às 12h30min.

ONDE: Projeto 12:30 na Concha Acústica da UFSC, em Florianópolis.

QUANTO: Gratuito e aberto à comunidade.

CONTATO do Projeto: projeto1230@dac.ufsc.br e (48) 3721-9348 ou 3721-9447 e www.dac.ufsc.br

CONTATO do Músico: Visite www.myspace.com/opedromorais

Fonte: Stephanie Pereira – Acadêmica de Jornalismo, Assessoria de Imprensa do Projeto 12:30: DAC: SeCArte: UFSC, com material institucional e do músico.

Só as decisões políticas podem salvar o clima

19/03/2010 14:09

A meta da redução das emissões de gases tóxicos e das pressões sobre o uso da água somente será alcançada se houver uma decisão política neste sentido dos países dispostos a melhorar a relação dos homens com o meio ambiente. No seminário Mercosul Pós-Copenhague, aberto na manhã desta sexta-feira, dia 19, no auditório da Reitoria da UFSC, esta foi uma unanimidade entre os painelistas, que também consideram vital fortalecer a interação entre as ações de governo, porque a região abarcada pelo Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai possui a segunda maior bacia hidrográfica das Américas, um grande aquífero (Guarani) e uma concentração industrial e populacional que se compara a poucos lugares no continente. O ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, que viria a Florianópolis, cancelou sua viagem durante a semana. Mesmo assim, o auditório ficou completamente lotado.

No painel “Os desafios do Mercosul frente às mudanças climáticas”, um dos destaques foi a fala do coordenador de Plataformas Renováveis de Itaipu, Cícero Bley, que trouxe de Copenhague, em dezembro, a certeza de que será cada vez maior a pressão da sociedade pela busca novos modelos de geração energética e de contenção dos efeitos da industrialização. “Havia 15 mil pessoas dentro do evento (COP 15) e 30 mil fora, berrando, protestando”, conta ele. Esse contingente de insatisfeitos, formado por minorias, tende a aumentar nas próximas conferências climáticas, porque é o mais atingido pela prevalência do mercado sobre todas as outras variantes, incluindo a sustentabilidade.

Camilo Lopez Burlan, coordenador de projetos do Cefir (Uruguai), defendeu que a busca de saídas seja pensada regionalmente, acordando conteúdos e promovendo a interação entre os países, com a participação da sociedade. As mudanças climáticas, por exemplo, não podem se reger por fronteiras ou políticas estanques de desenvolvimento. “Não devemos usar apenas os critérios econômicos na hora das decisões, mas também os condicionantes sociais, ambientais e educacionais”, frisou.

A senadora Ideli Salvatti, presidente da Comissão Mista de Mudanças Climáticas do Congresso Nacional, garantiu que o Brasil já conseguiu reduzir substancialmente o desmatamento, que é um dos maiores fatores de emissão de gases do efeito estufa, mas dependerá ainda por muito tempo, assim como o planeta, da matriz petrolífera para movimentar sua economia. Ela destacou que o Brasil foi um dos poucos países que chegaram com metas e compromissos em Copenhague e citou o mau uso da terra como um dos fatores de desequilíbrio ambiental. “Se usássemos apenas os solos já degradados para o plantio, não seria necessário derrubar mais uma árvore no país por um longo período”, concluiu.

Por Paulo Clóvis Schmitz/ Jornalista na Agecom

Fotos: Cláudia Reis/ Jornalista na Agecom

Escultura do boitatá ajuda a revitalizar campus da UFSC

19/03/2010 13:40

Dois pés enormes invadiram o lago entre o Centro de Cultura e Eventos e o Centro de Convivência da UFSC. Eles sustentam um ser de 15 metros de altura, de aparência esquelética mesmo pesando quase duas toneladas, e envolto por serpentes. No rosto, um único olho, vermelho, incandescente. O estranho ser, batizado Boitatá, habita o território do imaginário popular, onde desperta medo, atiça a curiosidade e a criatividade, e agora se materializou às margens do lago em escultura do artista plástico Laércio Luiz. A inauguração da obra e da nova praça onde está situada, marcada para o dia 25 de março, às 17h, faz parte das comemorações dos 50 anos da UFSC.

Para dar dignidade à obra “Boitatá Incandescente”, ela foi integrada a um projeto mais amplo voltado para a revitalização do local. No extremo oposto à escultura, ao lado do Centro de Convivência, foi construído um deck que conduz a uma bancada onde aparece uma mandala. Esta é uma homenagem à passagem dos 100 anos de nascimento do professor Franklin Cascaes, historiador responsável pelo registro de mitos e da cultura popular de Florianópolis e municípios vizinhos, inclusive a lenda do boitatá.

Conforme o professor César Floriano dos Santos, doutor em Teoria da Arquitetura pela Escola Superior de Arquitetura de Madri, a obra feita com ferros em forma de I e U, provenientes da ponte Hercílio Luz, tornou-se de difícil inserção por sua característica vazada e temática. Isso exigiu obras complementares, o deck, a bancada para a mandala e a nova vegetação, compondo a decoração de uma praça de estar com mesas e cadeiras em redor do lago.

Com o novo layout, os contornos do lago passam a ser habitados por bromélias. A escolha levou em conta, além do aspecto estético, a questão da segurança, para evitar quedas no lago, que tem 1m15cm de profundidade.

No meio das águas, uma distinção à habilidade humana, uma ilha construída com pedras que receberá bonsais. Já para os pés do “Boitatá Incandescente”, a sustentação visual é de vitórias-régias e outras plantas aquáticas. Além disso, carpas vermelhas vão habitar o lago, e com elas voltam as garças. Também não há como deixar de registrar a presença de um casal de patos e seis filhotes que algum artista anônimo colocou no lago. O sereno deslizar das aves pelas águas complementa a beleza do local.

Esguichos de água próximos ao deck e um caminho sensitivo para pessoas portadoras de deficiências físicas também integram o novo visual do lago.

O projeto conecta o tema popular aos avanços tecnológicos através de um painel de LED no olho do boitatá e de câmaras na cabeça ligadas na web da universidade. Voltadas para a mandala, as câmaras permitem a transmissão de imagens para o mundo.

Quando foi apresentado ao Funcultural, do governo do Estado, o projeto “Boitatá na Ilha da Magia”, referente apenas à escultura, estava orçado em R$ 126 mil. Estes recursos vieram de fundos culturais com patrocínios da Unimed, Zincarápido, Dominik, Metal Arte e Casas da Água. O projeto de paisagismo complementar à obra foi patrocinado pela UFSC, com investimentos de R$171.904,00.

Expressão do artista – Artista plástico visual catarinense, pesquisador de pigmentos naturais, pintor, escultor, carnavalesco e folclorista, Laércio Luiz participou de exposições no Brasil e no exterior, onde conquistou vários prêmios e menções honrosas.

Durante a infância sonhava levar para casa algumas barras de ferro da ponte Hercílio Luz e dar a elas uma forma artística. Imaginava que a ponte viesse a deixar de ser usada, ou talvez caísse. Nem uma coisa e nem outra aconteceu. Mas o projeto de reutilização da ponte para dar vazão ao congestionado trânsito da Ilha de Santa Catarina fez seu sonho virar realidade. Devido a reformas na velha estrutura, algumas vigas deixaram de ser necessárias. Laércio solicitou as peças ao Departamento Estadual de Infra-Estrutura (Deinfra) e conseguiu seis barras em forma de I e outras seis barras em forma de U.

O problema agora era onde guardar as peças. A solução veio fácil. Com o apoio de um amigo, conseguiu um galpão para trabalhar a obra no bairro Córrego Grande, próximo ao seu ateliê.

Irreverente, Laércio não pode reclamar dos amigos. Para entortar as pernas e dar movimento ao boitatá, contou novamente com a força de dez deles. Mas o tamanho gigantesco da obra exigia exatidão de cálculos para determinar fatores como o ponto de equilíbrio, por exemplo. Hora de apelar para a ciência. As equipes dos professores Moacir Carqueja, do Departamento de Engenharia Civil, e Orestes Alarcon, do Departamento de Engenharia Mecânica, usaram seus conhecimentos para garantir a segurança e sustentação exata da obra monumental.

Dez anos de gestação – Após dez anos no papel, o projeto da escultura do boitatá foi avaliado e aprovado pelo Conselho Estadual de Cultura de Santa Catarina. O Conselho determinou que a obra fosse instalada em um lugar singular e inusitado, preferencialmente visitado como um espaço multiuso.

Depositário das pesquisas e obras de Franklin Cascaes, este lugar singular só poderia ser a UFSC, em Florianópolis. Conforme Laércio, apesar da identidade própria de sua arte, ele estudou o matiz grafite usado na escultura para obter forma semelhante ao usado por Cascaes. João Evangelista de Andrade Filho, administrador do Museu de Arte de Santa Catarina (Masc), endossou com propriedade esta afinidade quando, ao observar a maquete do projeto, afirmou: “…a peça, pelo que me foi dado apreciar, guarda um vínculo de linguagem com a obra gráfica de Cascaes, o que a torna particularmente interessante…”

“Homenageando Franklin Cascaes e sua obra eu reconheço os sonhos de minha própria infância, que continuam presentes em minha fase adulta. Então recrio um boitatá e compreendo os medos que ainda me afligem, sempre relacionados com minha íntima ligação com o meio ambiente, a não preservação e o descaso com o que é considerado em desuso nas cidades”, comenta Laércio. Ele projeta seu ideal: “Por isso, mostro que a escultura faz um paralelo com o processo de verticalização da vida contemporânea ao projetá-la com 15 metros de altura. E assim proponho a reflexão sobre a importância das horizontalidades nas relações sociais, quando os seres humanos poderão se aproximar mais de seus iguais e rever seus valores internos”.

Outras informações sobre a obra são obtidas com o artista, no telefone (48) 9607-6890.

Por Mara Paiva / Jornalista na Agecom

Fotos: Cláudia Reis/ Jornalista na Agecom

Raul Antelo recebe prêmio Destaque Pesquisador UFSC 50 Anos

19/03/2010 13:21

O crítico literário, professor titular das disciplinas Literatura Brasileira Contemporânea e Teoria Literária, Raul Antelo, recebeu nesta sexta-feira, 19/3, o Destaque Pesquisador UFSC 50 Anos.

O prêmio é um reconhecimento da Universidade Federal de Santa Catarina a docentes da instituição por suas contribuições para o avanço do conhecimento e formação de recursos humanos. A atividade faz parte da agenda de comemoração dos 50 anos da UFSC.

De março a dezembro, 11 professores, coordenadores de importantes estudos em suas áreas, representantes dos 11 centros da instituição, receberão a distinção.

O próximo docente a receber a distinção é Wagner Figueiredo, professor do Centro de Ciências Físicas e Matemáticas da UFSC, especializado no campo da física da matéria condensada, área que está na base do desenvolvimento da eletrônica, do telefone celular ao computador pessoal.

O professor é membro da Comissão da Sociedade Brasileira de Física sobre Mecânica Estatística e Computacional e do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia de Fluidos Complexos. Possui 130 artigos completos publicados em periódicos e 608 citações no web of science, banco de dados de referências bibliográficas do Institute for Scientific Information. O ISI indexa os registros de artigos científicos de todas as áreas, publicados nas mais relevantes revistas científicas do meio acadêmico internacional.

A organização do Destaque Pesquisador UFSC 50 Anos é da Pró-Reitoria de Pesquisa e Extensão, com apoio da Agência de Comunicação e do Centro de Cultura e Eventos da UFSC.

Saiba Mais:

O pesquisador Raul Antelo:

“Acho que mesmo aqueles que têm alguma dificuldade merecem caviar. Eu ofereço caviar a todos”

Sua primeira opção no vestibular foi arquitetura – talvez algo mais próximo do mundo técnico em que vivia o pai, um químico. Mas foi justamente em sua biblioteca que o crítico literário Raúl Antelo aprendeu a gostar do mundo das palavras. Hoje, sentado no centro da própria biblioteca, entranhada pelo cheiro de naftalina, cercado por mais de 10 mil livros, se orgulha dos primeiros anos de escola. No então “secundário” teve aulas de psicologia, sociologia, filosofia, arte, história medieval.

Graduado em Letras Modernas pela Universidad de Buenos Aires (cidade em que nasceu) e em Língua Portuguesa, pelo Instituto Superior del Profesorado en Lenguas Vivas, veio fazer a pós-graduação no Brasil.

Era uma ousadia que um argentino pesquisasse a Língua Portuguesa, mas na USP fez o mestrado e o doutorado em Literatura Brasileira. Na UFSC chegou em 82, recém-doutor, na Pós-Graduação em Literatura, para seguir a carreira de professor, pesquisador, orientador, escritor, crítico literário.

São dezenas de obras publicadas, organizadas ou editadas; centenas de capítulos de livros; inúmeros prefácios, posfácios, artigos, ensaios. São constantes os convites (para conferências, seminários, cursos) que recebe o professor visitante da University of Texas at Austin e da Duke University, nos Estados Unidos; da Universidad Simon Bolivar, na Venezuela; Universidad Autonoma de Barcelona, na Espanha; Leiden Universiteit, na Holanda.

Professor titular das disciplinas de Literatura Brasileira Contemporânea e de Teoria Literária na graduação (onde nunca deixou de dar aulas) é também autor de Ausências (lançado em 2009); Crítica acéfala (em 2008); Tempos de Babel: anacronismo e destruição (2007); Maria con Marcel: Duchamp en los trópicos (2006); Potências da imagem (em 2004), Transgressão e modernidade (2001) – apenas para citar alguns de seus livros.

Colaborou com várias obras coletivas sobre a história da literatura argentina e da literatura brasileira. Pelo estudo e divulgação da obra de Cruz e Souza, recebeu Medalha de Mérito da Comissão Estadual para Celebração do Centenário de Morte do poeta, o mais importante simbolista brasileiro.

Para a coleção Archives, da Unesco, organizou a Obra Completa de Oliverio Girondo, poeta vanguardista argentino que passou pelo Rio de Janeiro em 1920. Editou Ronda das Américas de Jorge Amado, livro que traz o relato de uma viagem de pelo menos oito meses feita pelo escritor de navio, trem e avião pela América Latina, em 1937. Todos os textos que compõem A Ronda das Américas foram publicados na contracapa do jornal Dom Casmurro. O extinto jornal era editado semanalmente, no Rio de Janeiro – o pesquisador, “arqueólogo da literatura” Raul Antelo recupera o material, analisa, revaloriza.

Ao ser convidado pelo Instituto Internacional de Literatura Ibero-Americana para organizar um volume sobre Antonio Candido  intelectual brasileiro que possui obra crítica extensa, respeitada nas principais universidades do mundo – deixou clara outra marca de seu trabalho: decidiu que não faria um livro-homenagem, mas “uma obra de discussão, que mostrasse como o pensamento dele está vivo”.

Ausências, seu mais recente livro, reúne textos sobre Baudelaire, Rui Barbosa, Murilo Mendes (poeta expoente do surrealismo brasileiro), o modernismo de Sérgio Buarque de Holanda e de Mário de Andrade. Nele estão frequentadores assíduos do trabalho de Raúl Antelo, como o sociólogo e antropólogo francês Roger Caillois, o filósofo e sociólogo Walter Benjamin; o escritor e ensaísta Jorge Luis Borges; o poeta e dramaturgo Bertolt Brecht, entre outros.

A associação e recriação a partir desse patrimônio cultural de fato não é leitura de massa. O leitor “impreparado” (como dizem orientandos de Raúl Antelo) terá dificuldades. A partir de perspectivas inusitadas e autores variados constrói textos que falam do particular e do universal na cultura latino-americana. E, avançando sempre, assume o risco de nem sempre ser entendido, de ser difícil, por vezes inacessível.

“Não trabalho por uma aceitação imediata. Trabalho por uma utopia”, deixa claro o professor que na pós-graduação tem suas aulas de modernismo, literatura comparada e teoria crítica ampliadas por alunos especiais e ouvintes. Aulas que fazem alguns fugirem, ao mesmo tempo conquistam discípulos. “Acho que mesmo aqueles que têm alguma dificuldade merecem caviar. Eu ofereço caviar a todos”, diz o professor generoso, e exigente, que fica frustrado quando os alunos não lêem o texto indicado.

O pesquisador que com seu modo peculiar de exercer a crítica literária compartilha o pensamento sobre a literatura na relação com a cultura, com as outras artes, com a psicanálise, a antropologia, a filosofia. O crítico literário que instiga a associação de saberes das ciências humanas para, a partir da literatura, fazer a reflexão sobre a modernidade latino-americana.

“A crítica literária recupera a história, a memória, mostra que você deve muito a outros que o antecederam”, ensina o professor orgulhoso de sua área. Na essência, o pesquisador que se considera feliz ao transmitir “a vontade da suspeita”.

Saiba Mais:

Raúl Antelo:

– É professor titular do Departamento de Língua e Literatura Vernáculas, ligado ao Centro de Comunicação e Expressão da UFSC

– Bolsista (Produtividade Científica 1-A) do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq)

– Pesquisador do Núcleo de Estudos Literários e Culturais

– É colaborador da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro e da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo

– Consultor da Capes e do CNPq

– Sua linha de pesquisa é ´Teoria da Modernidade` e o mais recente projeto ´Genealogia da repetição na estética do abandono`.

– É membro do corpo editorial de 14 periódicos científicos

Por Arley Reis / Jornalista da Agecom

Fotos: Cláudia Reis/ Jornalista na Agecom

Mais informações:

Sobre o prêmio Destaque Pesquisador UFSC 50 Anos junto à Pró-Reitoria de Pesquisa e Extensão:

Professor Jorge Mário Campagnolo – Diretor de Projetos de Pesquisa

Fone: 3721-9437

E-mail: campagnolo@reitoria.ufsc.br

Professor Ricardo Rüther –Diretor do Núcleo de Apoio e Acompanhamento

Fone: 3721-9846

E-mail: rüther@reitoria.ufsc.br

Contato com o professor Raul Antelo: antelo@iaccess.com.br

Após 4 anos, está perto do fim o levantamento florestal em SC

19/03/2010 12:02

Equipe do inventário: acordar cedo e dormir tarde

Equipe do inventário: acordar cedo e dormir tarde

Terminam nesta semana os trabalhos de campo que vão incluir a Ilha de Santa Catarina no Inventário Florístico Florestal de Santa Catarina (IFFSC). Pesquisadores têm percorrido matas no entorno da Lagoa do Peri, Vargem Grande e Lagoinha do Leste para examinar o que sobrou de florestas e de plantas epífitas, como orquídeas, bromélias e samambaias.

O projeto é uma iniciativa do governo estadual, por meio da Fundação de Apoio à Pesquisa Científica e Tecnológica de Santa Catarina (FAPESC). Desta instituição é a doutora em gestão ambiental Adriana Dias, quem explica que os resultados científicos deste levantamento servirão para formular políticas públicas relativas às florestas catarinenses. “Precisamos conhecê-las para tomar decisões estratégicas sobre seu uso e sua conservação”, salienta.

A atual fase do inventário está sob coordenação da Universidade Regional de Blumenau (FURB), mas também participam do IFFSC a Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), a Secretaria de Agricultura e Desenvolvimento Rural (SAR) e Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina (EPAGRI).

Minas Gerais e Rio Grande do Sul já concluíram seus levantamentos, mas nosso estado é o primeiro a usar a metodologia definida para o Inventário Florestal Nacional, a qual permitirá a integração dos dados obtidos em todas as unidades da federação. Rio de Janeiro, Distrito Federal e Sergipe devem ser os próximos a iniciarem seus inventários estaduais.

“Nós começamos em 2007, mas trabalhamos principalmente no verão porque a identificação de muitas espécies só é possível quando há flores ou frutos, e com a maioria delas, isso acontece entre setembro e abril. De todo jeito, devemos terminar este ano”, diz o Prof. Dr. Alexander C. Vibrans, coordenador do IFFSC.

O plano original era rastrear 440 pontos no território catarinense, porém este número deve chegar a 520. “O Parque Estadual do Peri não estava previsto, mas entrou porque tem uma floresta bem conservada, e nos permite analisar melhor o grau de degradação das demais”, acrescenta Vibrans. “Lá e em outros locais preservados encontra-se grande quantidade de plantas epífitas (que vivem agarradas a árvores sem parasitá-las)”.

Algumas orquídeas florescem no inverno e por isso o levantamento de epífitas no estado se estenderá até 30 de agosto de 2010; 30 de junho é a data limite para inventariar as florestas catarinenses. Além do grupo que atua na ilha – composto por biólogos, engenheiros florestais, auxiliares de medição e de coleta – atualmente existem equipes trabalhando em regiões de Angelina, Taió, Braço do Norte, Corupá e Joinville.

Na semana passada, o Serviço Florestal Brasileiro garantiu um repasse de R$674 mil para financiar os estudos complementares àqueles já bancados pela FAPESC, com R$3 milhões. “Para 2011, está programado um evento público para apresentar os resultados de todo o projeto”, conclui Vibrans.

Equipe da FURB enfrenta desafios diários

Levantar às 6 da manhã e dormir perto da meia-noite tem sido rotina para alguns pesquisadores da FURB nos últimos anos. Mais que compromisso em terminar o inventário dentro do prazo,é o entusiasmo que move muitos deles, desde jovens de 18 anos até profissionais experientes.

Entre eles está a escaladora Simone Silveira, acostumada a subir em 4 árvores por dia para medir a circunferência do tronco em várias alturas. Ela vem mantendo esta média há 4 anos, ou seja, desde o início do Inventário Florístico Florestal de Santa Catarina.

Nem sempre o grupo foi bem recebido. Alguns donos de terra no Planalto Serrano negaram acesso às suas propriedades, mas isso foi uma exceção. A maioria entendia as metas do inventário, e houve até quem ajudou a alcançá-las. “Já aconteceu de nos emprestarem um cavalo para a gente se deslocar com mais facilidade e de levarem a gente de trator aos lugares mais acidentados”, disse o biólogo Tiago João Cadorin.

Ele lembra de várias situações difíceis e de ter empurrado Kombis que atolaram na lama ou tiveram outros problemas. Cada desafio resultou num avanço sobre o modo de conduzir a pesquisa, porém certos procedimentos vem sendo repetidos à exaustão. Realmente cansa, ao final de um dia – que, no caso dos trabalhos de campo feitos na Lagoa do Peri, começava com uma hora de caminhada na mata – usar parte da noite passando álcool em folhas e outras partes das plantas coletadas.

Os pesquisadores também colocam as amostras entre folhas de jornal, papelão e madeira, tentam identificar de que espécie são – se isso não pôde ser feito na floresta – tudo no retorno ao Centro de Treinamento que a EPAGRI mantém em Florianópolis. Após a jornada laboral de sexta-feira (12), às 20h30 a bióloga Anita Stival dos Santos escrutinava um livro para descobrir o nome científico de certas plantas pouco comuns que sua equipe coletara naquela tarde. Ás vezes, os pesquisadores consultam sites ou buscam especialistas para dar a palavra final. Esta última alternativa foi acionada quando a bióloga Juliane Schmitt encontrou uma bromélia em Orleans da qual, aparentemente, não havia registro no estado. A resposta vem sendo aguardada por todos.

Fonte: Jornalista Heloisa Dallanhol

Fundação de Apoio à Pesquisa Científica e Tecnológica o Estado de Santa Catarina

Núcleo de Estudos Poético-Musicais promove evento sobre Elis Regina

19/03/2010 09:59

O Núcleo de Estudos Poético-Musicais (Nepom) da UFSC promove nesta sexta, dia 19, às 15h, no Auditório Henrique Fontes, prédio B, Centro de Comunicação e Expressão (CCE), um evento com a exibição de dois programas da TV Cultura sobre Elis Regina.

Após os vídeos, haverá debate sobre a obra e vida de uma das musas da música popular brasileira. O evento integra o projeto Cantadas Musicais, que pretende popularizar as reflexões sobre a música e a literatura. “Queremos compartilhar com o grande público as questões interessantes que os professores levantam em suas pesquisas”, explica a coordenadora do grupo e professora de Letras da UFSC, Susan de Oliveira.

Desde o seu surgimento, em 2001, como setor do Núcleo de Estudos Literários e Culturais, o Nepom já realizou uma série de eventos que busca, através de palestras, debates, documentários e entrevistas, estabelecer conexões entre grandes obras musicais e literárias. “Em 2002 realizamos a série Cantadas MPB, quando foram dados minicursos sobre a história desse ritmo”, destaca Susan.

Com esses encontros, o Núcleo atrai tanto alunos como pessoas interessadas em música. Atualmente, conta com seis pesquisadores, entre professores de Filosofia e Letras da UFSC, e se reúne quinzenalmente para compartilhar os resultados dos trabalhos individuais e decidir a programação.

Neste ano, a série Cantadas Musicais já contou com uma discussão sobre o compositor de MPB, Herivelto Martins. Na agenda do Nepom está previsto um Colóquio de Música, Literatura e Cinema que deverá ocorrer junto com a Semana de Letras (25 a 28 de maio), nos dias 27 e 28 do mesmo mês, no Auditório do CCE.

Mais informações com a professora Susan de Oliveira pelos telefones (48) 3721-6907 e 9972-9978, pelos e-mails susandeoliveira@yahoo.com.br e nepomufsc@gmail.com ou pelo site www.nepom.ufsc.br.

Por Ingrid Fagundez/bolsista de jornalismo na Agecom

Encontro Municipal da Juventude terá espetáculos e ações sociais

19/03/2010 09:22

A Universidade Federal de Santa Catarina, em conjunto com a Prefeitura Municipal de Florianópolis e a Coordenadoria Municipal de Políticas Públicas para a Juventude, realiza no dia 24 de março, quarta-feira, no Centro de Cultura e Eventos e Concha Acústica, das 9h às 18h, o 1º Encontro Municipal da Juventude. Será um dia inteiro de espetáculos, ações sociais, apresentações culturais, oficinas, lazer/esportes, palestras e workshops.

Nas quatro salas em frente ao auditório principal do Centro de Cultura e Eventos serão oferecidos os serviços gratuitos de emissão de carteira de identidade (com fotografia feita na hora), título de eleitor, CPF e carteira de trabalho.

A programação do evento prevê a abertura dos stands, às 9h; abertura oficial, às 9h30, com a participação da banda da Polícia Militar do Estado; mesa-redonda sobre “Profissões do Futuro”, às 11h; palestra sobre “Sexualidade na Juventude”, às 14h; palestra sobre “Comportamento no Ambiente de Trabalho”, às 15h; palestra sobre “Jovens nas Forças Armadas, Exército”, às 16h; palestra institucional sobre os bombeiros, às 17h; e apresentação de encerramento, com street dance, às 18h.

Na Praça da Cidadania, em frente à Concha Acústica, acontecerão a abertura dos stands e oficinas, às 9h; apresentação do Canil da Polícia Militar, às 11h30; exibições de boi de mamão, às 12h; e concerto com a Banda UFSC, dentro do Projeto 12:30.

Mais informações: juniormbarbosa@gmail.com / (48) 8844-1914

Jornalista Hernando Calvo Ospina fala na UFSC sobre a política colombiana e lança livro

18/03/2010 17:21

O Centro de Filosofia e Ciências Humanas (CFH), o Programa de Pós-Graduação em História (PPGH), o Instituto de Estudos Latino-Americanos (IELA) e o Núcleo de Estudo de História da América Latina (NEHAL) da Universidade Federal de Santa Catarina vão promover, na quinta-feira, dia 25 de março, a conferência do jornalista Hernando Calvo Ospina, do Le Monde Diplomatique, sobre o tema “Colômbia: a história, as guerrilhas e as bases dos Estados Unidos na Amazônia”.

A conferência tem início às 9h, no Auditório do CFH. Durante o evento, O jornalista lança o livro “O terrorismo de Estado na Colômbia” pela Editora Insular, Florianópolis, que neste dia estará com 50% de desconto. O colombiano Hernando Calvo Ospina, depois de escrever este livro, a partir de fontes primárias, não pode mais voltar para seu país. Atualmente é jornalista refugiado do Le Monde Diplomatique em Paris.

Sobre o livro:

Colômbia: Um Estado Terrorista?

Por Waldir José Rampinelli – Professor do Departamento de História da UFSC

Na Colômbia, afirmava um líder comunitário, é mais fácil organizar uma guerrilha que um sindicato. Se alguém tem dúvidas, que o tente no seu local de trabalho. A Central Unitária dos Trabalhadores (CUT), criada em 1987, contabilizava, doze anos depois, 2.500 filiados assassinados, sendo os empregados das plantações de banana os mais atingidos, seguidos dos professores e dos petroleiros. A Organização Internacional do Trabalho (OIT) declarou que a Colômbia é o país do mundo onde qualquer atividade sindical representa um alto grau de risco. E usou a expressão “genocídio sindical” para caracterizar os constantes massacres da população organizada.

O livro O Terrorismo de Estado na Colômbia (Florianópolis: Editora Insular, 2010), do jornalista Hernando Calvo Ospina, é um importante estudo da política colombiana e de como um Estado classista se utiliza do terror contra sua população para que uma oligarquia se apodere do país.

O assassinato de Jorge Eliécer Gaitán, em abril de 1948, desencadeou a espiral de violência. Embora pertencesse ao Partido Liberal, ele era um líder popular com um discurso nacionalista e anti-imperialista, responsabilizando a oligarquia colombiana e as empresas estadunidenses pela superexploração da mão-de-obra de seu povo. Seguramente seria eleito presidente nas eleições de 1949, daí sua eliminação para que a classe dominante continuasse seu processo de acumulação. A revolta popular foi tão grande pela morte dele que, assim que tomou conhecimento pelo rádio, atacou e incendiou símbolos do poder em Bogotá, tais como o Palácio da Justiça, a Procuradoria da Nação, o Ministério do Interior e da Educação, a sede presidencial, a Nunciatura Apostólica e vários conventos, entidades estas responsabilizadas como autoras intelectuais do assassinato de Gaitán.

A partir de então, o Partido Liberal e o Conservador estabeleceram uma coalizão, denominada de Frente Nacional, destinada a garantir o poder à oligarquia, tornando quase impossível que uma força militar ou civil rompesse este sistema. Passaram a se revezar no poder, distribuindo os cargos entre si e funcionando como entidades do Estado. A diferença entre Liberais e Conservadores se reduziu a que, afirma Gabriel García Marquez, enquanto uns iam à missa das sete, outros frequentavam a das nove. Com o surgimento da Frente Nacional acabavam-se as lutas partidárias, mas nascia a luta de classes.

Os camponeses mais perseguidos foram os liberais gaitanistas. Acredita-se que entre 1946 e 1958 foram assassinados aproximadamente 300 mil deles. Deste modo, não restava a eles outra alternativa que a luta armada. A “Operação Marquetalia”, uma incursão militar assessorada pelos boinas verdes estadunidenses contra presuntos “bandoleiros” que defendiam “repúblicas independentes”, serviu para massacrar vários “pueblos”. Em um deles vivia o “campesino” Manuel Marulanda Vélez, que se viu obrigado a adotar uma nova forma de resistência – guerra de guerrilhas – de unidades em movimento permanente, evitando a confrontação e atacando de surpresa. Nascia, assim, as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC), de cunho comunista (1965).

Um ano antes já havia sido criado o Exército de Libertação Nacional (ELN), com forte influência ideológica da Revolução Cubana, tendo em vista que vários de seus dirigentes haviam estado na Ilha participando do processo de defesa das agressões imperialistas. A esta organização pertenceu o tão conhecido sacerdote Camilo Torres Restrepo, que dizia que “o dever de todo cristão é ser revolucionário e o dever de todo revolucionário é fazer a revolução”. Em 1967, foi fundado o Exército Popular de Libertação (EPL), tendo como bandeira a teoria da “guerra popular prolongada” e a criação de “embriões de poder alternativo”. Mais tarde, em 1974, apareceu também o Movimento 19 de Abril (M-19), que se definiria como nacionalista e que lutava pelo socialismo.

O Estado colombiano, suas classes dominantes e Washington, de tanto falar do “perigo comunista” e de massacrar camponeses indefesos, haviam ajudado a tornar realidade o aparecimento de quatro organizações político-militares, algumas delas atuantes até hoje.

Os Paramilitares

A Doutrina de Segurança Nacional, utilizada pela França nas guerras colonialistas da Indochina e da Argélia, como também pelos nazistas na resistência gálica, entrou na Colômbia, pelas mãos de Washington, com o objetivo de alinhá-la na Guerra Fria e com a finalidade de combater os grupos guerrilheiros e todos aqueles que lhes davam apoio. O inimigo passa a ser interno e é caracterizado de “bandoleiro”, “subversivo”, “guerrilheiro” e “terrorista”. Deste modo, a presença e a atuação das Forças Armadas da Colômbia “alcançariam um status de ideologia de Estado”.

No entanto, por pressão de organismos internacionais, o Estado colombiano foi denunciado com frequência nas entidades de direitos humanos. Passou, então, inicialmente a estimular e posteriormente a criar grupos paramilitares que tivessem as mãos livres para perpetrar todos os crimes possíveis contra as organizações de esquerda. Os para, como são conhecidos, se autodenominaram de Autodefesas Unidas da Colômbia (AUC) e são financiados por empresários, latifundiários e narcotraficantes, cabendo ao Exército colombiano o suporte tático e estratégico. Tais grupos cresceram tanto no país que 1987 e 1988 são conhecidos como os “anos do paramilitarismo”. Eles chegaram a criar um partido político – o Movimento de Renovação Nacional (Morena) – pretendendo expandir a experiência paramilitar como ideologia política.

Hernando Calvo Ospina, neste trabalho, mapeia os nomes de generais, coronéis e demais pessoas que assumiram a direção e operação dos grupos paramilitares com o apoio das democracias capitalistas dos Estados Unidos, da Europa e da América Latina. Os paramilitares atacam principalmente as populações civis e desarmadas, alegando que, como não encontram os grupos guerrilheiros, dão cabo daqueles que lhes apoiam. Se não se pode pegar o peixe, tenta-se tirar-lhe a água. Daí que todos são suspeitos sem poder provar o contrário. Assassinam líderes comunitários, massacram povoados acusados de abastecer as guerrilhas, obrigam as pessoas a votar em seus candidatos, exigem que os camponeses vendam suas terras pelos preços que eles estabelecem e provocam um enorme êxodo rural com o consequente inchamento das cidades, dispondo para tudo isso da proteção do Exército colombiano. O jornal espanhol El País, na sua edição de 20 de abril de 2009, sob o título Las tierras de sangre en Colômbia, mostra a luta dos camponeses para reaver suas propriedades, pagando com a vida o simples gesto de reivindicar o que fora seu um dia.

Os paramilitares têm, igualmente, seus apoios internacionais, principalmente dentro de Israel e dos Estados Unidos. Empresas israelenses de segurança, contratadas por narcotraficantes e por uma companhia exportadora de banana, com o apoio do governo colombiano e de suas forças de segurança, trouxeram assessores daquele país para treinar os para. Os cursos eram tão caros (por três deles foram pagos 800.000 dólares) que, segundo confissão do paramilitar Baquero Agudelo “Vladimir” coube aos narcotraficantes Gonzalo Rodríguez Gacha, Victor Carranza e Pablo Escobar Gavíria o financiamento dos mesmos. Aliás, foi com Escobar Gavíria que os mercenários israelenses cresceram na Colômbia, já que o grande capo necessitava cada vez mais de segurança pessoal como também para suas plantações de coca.

Gravíssima, porém, é a relação dos paramilitares e narcotraficantes com a Agência Central de Inteligência (CIA). Enquanto os para atuavam dentro da lógica da Doutrina de Segurança Nacional contra as guerrilhas e seus apoiadores, já os narco abasteciam a CIA com cocaína, que, uma vez levada à América Central, e daí aos Estados Unidos, era vendida e o dinheiro revertido para financiar os Contra que, na fronteira de Honduras com a Nicarágua, lutavam para derrubar o regime sandinista. Esta triangulação, feita para arrecadar fundos, driblava uma decisão do Congresso estadunidense que havia proibido o financiamento deste exército irregular. A sentença de morte de Pablo Escobar Gavíria se deveu, entre outras razões, segundo declarações de membros do Cartel de Medellín, ao fato de ele, em um de seus momentos de arranque nacionalista e anti-imperialista, se negar a fornecer mais cocaína à CIA para a guerra antissandinista.

Uribe e suas conexões perigosas

Fernando Garavito Pardo, colunista do jornal El Espectador, teve de se exilar, em março de 2002, depois que publicou uma série de trabalhos sobre os possíveis nexos do então candidato a presidente Álvaro Uribe Vélez com o narcotráfico e o paramilitarismo. O mesmo aconteceu com Ignácio E. Gómez Gómez logo depois de receber o Prêmio Internacional de Liberdade de Imprensa do Comitê Mundial para a Proteção dos Jornalistas ao fazer uma reportagem que relacionava Uribe com o Cartel de Medellín.

Quando o pai do presidente foi atacado pelas FARC em sua fazenda, Uribe se utilizou do helicóptero mais moderno do país, de propriedade de Pablo Escobar Gavíria, para chegar ao local do enfrentamento. Perguntado sobre o uso da aeronave, o presidente simplesmente respondeu que “embarquei quase de noite no primeiro helicóptero que conseguiram […] O jornal El Mundo disse no dia seguinte que o helicóptero era do fazendeiro Pablo Escobar”.

Em 1984, quando a polícia chegou ao maior laboratório de cocaína do mundo, de Pablo Escobar – o Tranquilandia –, encontrou várias aeronaves, três das quais tinham licença de funcionamento expedida pela Aeronáutica Civil quando seu diretor fora Álvaro Uribe Vélez.

No entanto, o mais grave estaria por vir. Em 30 de julho de 2004 a presidência da Colômbia rechaçou um documento da Defense Intelligence Agency (DIA), um dos serviços de segurança mais secretos e poderosos dos Estados Unidos, que classificava Uribe “um político e senador colombiano dedicado a colaborar com o Cartel de Medellín nas altas esferas do governo”. E continuava: “Esteve vinculado com os negócios relacionados com as atividades dos narcóticos nos Estados Unidos. Seu pai foi assassinado na Colômbia por sua conexão com os traficantes de narcóticos. Uribe tem trabalhado para o Cartel de Medellín e é um próximo amigo pessoal de Pablo Escobar Gaviria (sic)”.

Esta é uma das causas que explicam o apego de Uribe ao poder. Teme que, uma vez terminado seu mandato presidencial, possa ser julgado por alguma corte internacional por conta de seus vínculos quer com o narcotráfico, quer com os paramilitares.

Tornou-se um defensor acérrimo do Plano Colômbia, cujo objetivo principal é a militarização, aumentando a guerra interna. Dos recursos aprovados pelo Congresso estadunidense para este plano, 85% estavam destinados ao fortalecimento do aparato bélico, enquanto para a repressão ao narcotráfico nada fora adjudicado. Apenas 8% eram investidos na substituição dos cultivos ilícitos. Além disso, Uribe cede a soberania de seu país aos Estados Unidos ao permitir que o Pentágono instale sete bases militares na Colômbia, sendo três aéreas, duas terrestres e duas navais. O almirante Stavridis, recentemente nomeado por Obama chefe supremo da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), afirmou que “na América do Sul me concentrei em operações de insurgência na Colômbia, repercutindo em meu papel como comandante no Afeganistão”, e revelou à CBS que “os Estados Unidos estava enviando ao Afeganistão comandos colombianos treinados pelos boinas verdes”. E completou: “quanto mais se pareça o Afeganistão à Colômbia, melhor”.

O resultado de todo este terrorismo de Estado, além dos milhares de assassinados que vai deixando pelo caminho, é a fuga das pessoas do campo para as periferias das cidades. Já há mais de quatro décadas a Colômbia vive um conflito interno com nítidas características de guerra civil. É, portanto, o país com “a mais grave crise humanitária do hemisfério ocidental”, catalogou o Alto Comissionado da ONU para os Refugiados (Acnur) no ano 2000. Três anos depois, a Colômbia era o segundo país do mundo em número de refugiados. Perdia apenas para o Sudão.

Os governos colombianos têm tornado as estatísticas horripilantes no que toca aos direitos humanos. Fazendo-se uma comparação macabra com as ditaduras de segurança nacional da América do Sul, chega-se a números espantosos: o terror de Estado na Colômbia, a partir de 1986, tem matado mais, a cada período presidencial de quatro anos, que todas as ditaduras militares regionais juntas no mesmo espaço de tempo. Por isso, a Colômbia não teve ditaduras militares porque vive uma “ditadura perfeita”, ou seja, aquela que faz tudo o que as demais fazem e, no entanto, parece ser democrática.

O colombiano Hernando Calvo Ospina, depois de escrever este livro, a partir de fontes primárias, não pode mais voltar para seu país. É jornalista refugiado do Le Monde Diplomatique em Paris.

1 – SAXE-FERNANDEZ, John. La gran traición. La Jornada, México, 13 ago. 2009. Seção Opinião.

Outras informações com o professor Waldir José Rampinelli pelos telefones (48) 3233-4991 e 8823-1373.

Margareth Rossi / Jornalista da Agecom

TV UFSC exibe nova programação semanal

18/03/2010 15:47

Em 2010, a TV UFSC aposta nas notícias e nos assuntos que são destaque na comunidade universitária e traz as novidades do mundo da ciência, cultura e arte. Somando informação e entretenimento, a programação conta com cinco programas fixos.

No UFSC Entrevista, Mayara Vieira conversa com professores e pesquisadores da universidade, aprofundando temas das áreas de ciência e educação. O Primeiro Plano apresenta os melhores documentários e reportagens produzidos pelos alunos do curso de Jornalismo da UFSC. A nova programação tem também filmes clássicos e consagrados, que hoje são de domínio público, na Sessão Cinema.

O Tome Ciência debate os assuntos mais atuais da comunidade científica, e o Justiça do Trabalho na TV coloca os direitos do trabalhador em foco. Durante toda a programação, os boletins do Universidade Já informam sobre o que é notícia na UFSC, direto do campus.

A nova programação vai ao ar na segunda-feira, dia 22, a partir das 19h30, com reprise às 9h30 do dia seguinte. Não esqueça, acompanhe tudo no canal 15 da NET.

A grade completa e mais informações sobre os programas estão no site www.tv.ufsc.brou pelos telefones (48) 3952-1921 e 3952-1909.

Marina Veshagem / Bolsista da TV UFSC

Seminário Mercosul Pós-Copenhague abordará ações para enfrentar consequências das mudanças climáticas

18/03/2010 14:50

As mudanças climáticas são tema permanente na pauta econômica e política global. As recentes catástrofes no nosso continente e também em Santa Catarina e no Rio Grande do Sul forçam ações de mitigação e adaptação às alterações do clima. Mas tais ações não têm efeito se localizadas, precisam ser integradas entre os estados e mesmo entre os países.

O Seminário Mercosul Pós Copenhague, que acontecerá pela primeira vez em Florianópolis, nos dias 19 e 20 de março, será um espaço para gestores públicos, diplomatas, parlamentares, empresários de energias renováveis e acadêmicos conhecerem o que vem sendo proposto para que o sul do nosso continente enfrente as consequências das mudanças climáticas. A entrada é gratuita, com certificado de extensão. os interessados devem efetuar a inscrições no local, no dia do seminário.

O seminário, que acontecerá no auditório da Reitoria da UFSC, terá a participação de dois ministros brasileiros como conferencistas: Carlos Minc, do Meio Ambiente, que falará da Conferência de Copenhague, e Guilherme Cassel, do Desenvolvimento Agrário, que abordará a geração de empregos verdes com a bioenergia.

Palestrantes do Parlamento do Mercosul e de instituições voltadas à integração regional, diplomacia e às energias renováveis presentes nos quatro países do bloco completam a programação. Para o presidente do Instituto IDEAL, Mauro Passos, um dos promotores do seminário, o encontro reforçará a necessidade de integração energética com fontes limpas e apresentará as diversas boas ações que vêm sendo feitas nos países do bloco.

A iniciativa também tem a chancela do Centro de Integração Regional – Cefir do Uruguai, da Universidade Federal de Santa Catarina e da Unisul/ Jelare – Joint European-Latin American Universities Renewable Energy Project. O seminário, que terá inscrições gratuitas, está sendo inventariado e terá todas as emissões de carbono compensadas pela Carbon Clean/ Nemorus. O patrocínio é da Eletrosul.

Serviço:

O QUÊ: Seminário Mercosul Pós-Copenhague com palestrantes do Mercosul e dois ministros brasileiros

– Dia 19 de março, no auditório da Reitoria da UFSC, das 8h às 20h.

– Dia 20 de março, visita técnica apenas para as delegações estrangeiras.

Programação completa:

http://www.institutoideal.org/docs/programacao.jpg

Informações com Alessandra Mathyas pelo telefone (48) 3234-1757 ou pelos e-mails alessandra@institutoideal.org ou info@institutoideal.org.

DAC oferece 175 novas vagas em oficinas

18/03/2010 12:43

O Departamento Artístico Cultural (DAC) da Secretaria de Arte de Cultura SecArte) da UFSC publicou edital para a contratação de instrutores para suas oficinas. A licitação acontecerá através de pregão eletrônico no dia 25 de março, próxima quinta-feira, e as propostas já podem ser encaminhadas.

Desde 2004, os cursos oferecidos eram ministrados apenas pelos profissionais o departamento. Com o aumento da procura foi necessário ampliar o número de colaboradores, de oficinas e de vagas destinadas às comunidades universitária e externa. O edital prevê a contratação de oito instrutores e criação de cinco cursos, como Violão Popular, Cinema Documentário e Cerâmica. Três professores vão lecionar novas disciplinas dentro da Oficina Permanente de Teatro.

As oficinas de arte do DAC começaram a ser oferecidas na década de noventa. Até 2004, instrutores de fora do departamento ministravam cursos. Os alunos pagavam a mensalidade ao instrutor que repassava 15% ao departamento. No mesmo ano, a prática foi proibida pela UFSC, o que fez com o número de cursos caísse de 23 para 12. “O edital desse ano, além de oferecer mais vagas à comunidade, é um avanço porque valoriza o instrutor de arte. É a maneira correta de oferecer espaço para o seu trabalho e de pagar esse trabalho” explica o diretor do Departamento Artístico e Cultura e cineasta,

Zeca Pires.

No ano passado, 323 alunos se inscreverem nas 12 oficinas oferecidas. Entre elas, o canto coral, o jogo de interpretação e os cursos de teatro. Os trabalhos desenvolvidos nas oficinas são levados à comunidade através demontagens teatrais, apresentações dos corais e grupos de canto e exposições dentro e fora da universidade. “Só no ano passado, o Coral da UFSC se apresentou nove vezes. Esse ano eles estão ensaiando um repertório especial para comemorar os 50 anos da UFSC”, conta Zeca.

Abertas ao público acadêmico e à comunidade em geral, a maioria das aulas é ministrada no Teatro e na Igrejinha da UFSC. As inscrições para as oficinas tradicionalmente oferecidas já estão abertas. Os interessados devem ir até à Secretaria do DAC, localizada em frente à Praça Santos Dumont, das 9h às 18h e preencher um formulário. Para confirmar a inscrição, o aluno precisa depositar uma taxa semestral de R$50,00 na conta do departamento no Banco do Brasil. Os cursos começam no dia 5 de abril, mas pode haver alterações no cronograma. Não há previsão para o começo das novas oficinas, que depende da contratação dos professores.

Mais informações:

e-mail: Departamento de Artes e Cultura (DAC) – dac@dac.ufsc.br

site: www.dac.ufsc.br

tel: DAC – (48) 3721-9348 e 3721-9447

Por Ingrid Fagundez/bolsista de jornalismo na AGECOM

Encontro Municipal da Juventude terá espetáculos e ações sociais

18/03/2010 11:53

A Universidade Federal de Santa Catarina, em conjunto com a Prefeitura Municipal de Florianópolis e a Coordenadoria Municipal de Políticas Públicas para a Juventude, realiza no dia 24 de março, quarta-feira, no Centro de Cultura e Eventos e Concha Acústica, das 9h às 18h, o 1º Encontro Municipal da Juventude. Será um dia inteiro de espetáculos, ações sociais, apresentações culturais, oficinas, lazer/esportes, palestras e workshops.

Nas quatro salas em frente ao auditório principal do Centro de Cultura e Eventos, serão oferecidos os serviços gratuitos de emissão de carteira de identidade (com fotografia feita na hora), título de eleitor, CPF e carteira de trabalho.

A programação do evento prevê a abertura dos stands, às 9h; abertura oficial, às 9h30, com a participação da banda da Polícia Militar do Estado; mesa-redonda sobre “Profissões do Futuro”, às 11h; palestra sobre “Sexualidade na Juventude”, às 14h; palestra sobre “Comportamento no Ambiente de Trabalho”, às 15h; palestra sobre “Jovens nas Forças Armadas, Exército”, às 16h; palestra institucional sobre os bombeiros, às 17h; e apresentação de encerramento, com street dance, às 18h.

Na Praça da Cidadania, em frente à Concha Acústica, acontecerão a abertura dos stands e oficinas, às 9h; apresentação do Canil da Polícia Militar, às 11h30; exibições de boi de mamão, às 12h; e concerto com a Banda UFSC, dentro do Projeto 12:30.

Nutrição abre vagas para mestrado

18/03/2010 11:41

Estão abertas de 24 de março a 23 de abril as inscrições para o mestrado do programa de pós-graduação em Nutrição, com início em agosto. O processo de seleção se dará em quatro fases, com a divulgação do resultado final em 24 de maio.

A primeira fase da seleção se dará 28 de abril, com a divulgação da lista de inscrições aprovadas.

A única prova prevista será realizada em 30 de abril e avaliará os conhecimentos do candidato em nutrição e inglês básico.

A lista de aprovados sai no dia 10 de maio, quando começa a análise de currículos, com o resultado no dia 17. o período de entrevistas se inicia dia 21 e estende até dia 24. As listas de aprovados das quatro etapas serão disponibilizadas no site www.ppgn.ufsc.br e no mural da Secretaria do Programa de Pós-Graduação. Para cada fase de seleção, será dada uma nota de 0 a 10, com nota mínima para aprovação de 7.

O Programa de Pós-Graduação em Nutrição possui duas linhas de pesquisa: Diagnóstico e Intervenção Nutricional em Coletividades, que trata de estudos epidemiológicos nutricionais, avaliação de políticas e programas de alimentação e nutrição, estudos sobre Unidades de Alimentação e Nutrição e Estudo Dietético e Bioquímico relacionado com o estado Nutricional, sobre o estudo de dietas e ingestão alimentar em situações normais e/ou de stress, em nível experimental e clínico.

Serão disponibilizadas até 24 vagas, de acordo com as linhas de pesquisa e com a disponibilidade dos professores orientadores. A primeira linha possui nove professores e a segunda, cinco.

O edital do programa será disponibilizado em breve no site www.ppgn.ufsc.br.

Para mais informações: posnutricao@ccs.ufsc.br ou (48) 3721-5138.

Por Vinicius Schmidt/bolsista de Jornalismo na Agecom

Escultura “Boitatá Incandescente” será inaugurada no dia 25 de março

18/03/2010 10:57

O artista Laércio Luiz     Foto: Paulo Noronha

O artista Laércio Luiz Foto: Paulo Noronha

Foi marcada para o dia 25 de março, às 17h, a inauguração da escultura “Boitatá Incandescente”, do artista plástico Laércio Luiz, que passa a compor o cenário do lago situado entre o Centro de Convivência e o Centro de Cultura e Eventos da Universidade Federal de Santa Catarina, no campus da Trindade. O projeto, aprovado pelo Conselho Estadual de Cultura, obteve recursos do Funcultural e foi viabilizado, também, pelo apoio de professores e laboratórios dos cursos de Arquitetura e Urbanismo, Engenharia Civil e Engenharia Mecânica da UFSC. A inauguração faz parte das comemorações dos 50 anos da UFSC.

Mesclando elementos da arte popular (a presente versão faz uma releitura de escritos do folclorista Franklin Cascaes) com tecnologia (pela possibilidade de transmitir imagens da universidade pela web, a partir de câmeras instaladas no topo da escultura), a obra de 13 metros de altura foi construída com 12 vigas da ponte Hercílio Luz, descartadas no início da reforma da antiga estrutura.

Nascido em São João Batista, no Vale do Tijucas, Laércio Luiz dos Santos é pintor, escultor, pesquisador de pigmentos naturais, carnavalesco e folclorista, e se diz influenciado por Franklin Cascaes, a quem homenageia nesta obra. A escultura que estará na UFSC faz, segundo ele, “um paralelo com o processo de verticalização da vida contemporânea”. Por isso, ele propõe “uma reflexão sobre a importância das horizontalidades nas relações sociais, quando os seres humanos poderão se aproximar mais de seus iguais e rever seus valores internos”.

Informações pelo telefone (48) 9607-6890, com o artista plástico Laércio Luiz.

IF-SC abre concurso público para preencher 292 vagas

17/03/2010 20:15

O Instituto Federal de Santa Catarina (IF-SC, antigo CEFET-SC) abriu inscrições para concurso público para professores e técnicos administrativos. Este é um dos maiores concursos públicos já realizados pelo IF-SC, com 292 vagas no total, para cargos de nível fundamental, médio e superior. As inscrições vão até 29 de março e devem ser feitas no site concursos.ifsc.edu.br.

As vagas estão distribuídas entre 16 cidades: Araranguá, Caçador, Canoinhas, Chapecó, Criciúma, Florianópolis, Gaspar, Itajaí, Jaraguá do Sul, Joinville, Lages, Palhoça, São José, São Miguel do Oeste, Urupema e Xanxerê. São 183 vagas para professor, com remuneração variando entre R$ 3.061,64 e R$ 6.359,01. Para técnicos administrativos, são 109 vagas, com remuneração entre R$ 1.568,99 e R$ 2.611,85.

As taxas de inscrição variam de R$ 50 a R$ 110, dependendo do cargo para o qual o candidato vai prestar o concurso. Há possibilidade de isenção do pagamento para o candidato que comprovar não ter condições de pagar a taxa.

Mais informações: concursos.ifsc.edu.br.

Conferência discute Programa Nacional de Direitos Humanos

17/03/2010 18:25

Depois da polêmica envolvendo o lançamento do Programa Nacional de Direitos Humanos, a comunidade universitária teve a oportunidade discutir o tema com o próprio Ministro Paulo Vannuchi, da Secretaria Especial de Direitos Humanos.

Ele ministrou a conferência “Programa Nacional de Direitos Humanos – PNDH-3″, no auditório do Centro de Cultura e Eventos, na noite da segunda, 15/3, numa promoção do Diretório Central dos Estudantes (DCE). O ministro esclareceu aspectos polêmicos do Programa lançado pelo Governo Federal no início do ano, recebendo inúmeras críticas através da imprensa.

Por Paulo Liedtke/ Agecom

Foto: Carolina Dantas/ Bolsita de Jornalismo na Agecom

Brasil, Açores e Portugal debatem em Florianópolis futuro das fortalezas

17/03/2010 17:19

Fortaleza de São José da Ponta Grossa

Fortaleza de São José da Ponta Grossa

A história das fortalezas da Ilha de Santa Catarina se confunde com a própria história da cidade, que no dia 23 de março completa 284 anos e originou-se como lugar de defesa contra as invasões estrangeiras. De 31 de março a 2 de abril, a situação das fortalezas catarinenses, a importância da sua memória e as soluções para sua preservação estarão em debate junto com a realidade das fortificações de diversos estados do Brasil, Portugal e Uruguai.

No mês do aniversário de Florianópolis e no ano em que a Universidade Federal de Santa Catarina comemora meio século de sua fundação, a Secretaria de Cultura e Arte da UFSC (Secarte) promove dois grandes eventos para discutir a administração e preservação de fortificações no Brasil e no mundo: o VI Seminário Regional de Cidades Fortificadas e o Primeiro Encontro Técnico de Gestores de Fortificações. Os eventos reunirão, no auditório da Reitoria, em Florianópolis, representantes de construções históricas de defesa de Santa Catarina, Bahia, Rio de Janeiro, Pernambuco, Pará, São Paulo, Açores e Uruguai. Em paralelo às apresentações e discussões, estão sendo preparadas uma mostra fotográfica e uma exibição de vídeos das fortificações participantes; exposição de maquetes das fortalezas da UFSC.

Durante o encontro, os gestores dos fortes apresentarão um panorama das ações desenvolvidas nas fortificações sob sua administração. Os paineis vão possibilitar uma troca de experiências no que diz respeito a questões que desafiam hoje todos os gestores: autossustentabilidade; parcerias e projetos; captação de recursos; corpo técnico; manutenção e conservação de edifícios e acervos; pesquisa e documentação; divulgação e difusão cultural; educação patrimonial; visitação e turismo, acessibilidade; uso adequado dos espaços e promoção de atividades artístico-culturais. O objetivo é compartilhar práticas criativas e bem-sucedidas de gestão visando a estabelecer intercâmbios e parcerias que ajudem a melhorar e modernizar a preservação desse patrimônio, explica Joi Cletison, coordenador do Projeto Fortalezas pela Secarte.

Participam do evento como representantes internacionais gestores do Forte de São Miguel, Fortaleza de Santa Teresa e Fortaleza del Cerro, localizados no Uruguai e Fortaleza de São Brás, em Ponta Delgada, localizada em Açores (Portugal). Por outros estados brasileiros estarão presentes gestores do Forte de Copacabana (Rio de Janeiro/RJ); Forte das Cinco Pontas (Recife/PE); Forte do Presépio (Belém/PA); Forte de São Marcelo (Salvador/BA); Casa do Trem Bélico (Santos/SP); Forte de São João (Bertioga/SP) e Fortaleza de Nossa Senhora dos Prazeres da Ilha do Mel (Paranaguá/PR). De Santa Catarina, além das fortificações administradas pela UFSC na Grande Florianópolis (Santa Cruz de Anhatomirim, Santo Antônio de Ratones, São José da Ponta Grossa e Bateria de São Caetano) também participam o Forte de Santa Bárbara, que hoje é sede da Fundação Cultural Franklin Cascaes.

A grande contribuição da UFSC às pesquisas nessa área iniciadas em 2005, com a realização do primeiro Seminário, no Uruguai, é apresentação de um Banco de Dados sobre Fortificações no Mundo (www.fortalezas.org), que permitirá a ampliação das informações disponíveis sobre essas construções históricas. Desenvolvido por Tonera e acessado pela internet em três idiomas desde 2008, o projeto já tem cadastradas mais de 850 fortificações de vários países, entre eles Uruguai, Brasil, Chile e Colômbia.

O Banco de Dados foi desenvolvido para funcionar em forma de rede colaborativa, numa espécie de comunidade virtual de investigadores e instituições interessadas na história e na preservação das fortificações em todo o mundo, enfatiza o arquiteto Roberto Tonera, coordenador do Projeto Fortalezas Multimídia e um dos responsáveis pela preservação das fortalezas da UFSC. “Pretendemos agora avançar com essas pesquisas e disponibilizar os resultados alcançados a um público ainda maior”, espera ele. Durante os seminários, os participantes poderão fazer consultas monitoradas ao Banco de Dados e também ao CD-ROM Fortalezas Multimídia.

Veja a programação

No terceiro dia (2/4) está prevista uma visita técnica às Fortalezas de Anhatomirim e Ratones, num passeio de escuna aberto a todos os participantes inscritos no evento.

Informações:

http://www.fortalezas.ufsc.br/6seminario/index.php ou pelos telefones (XX5548) 3721-5118; 3721 8304 e 9963-6324, ou pelo e-mail projeto@fortalezasmultimidia.com.br.

Para conhecer mais sobre essas fortificações mantidas pela UFSC, acesse na Internet o endereço www.fortalezas.ufsc.br.

Para conhecer sobre essas fortalezas e todas as demais fortificações da Ilha de Santa Catarina acesse na Internet o endereço www.fortalezasmultimidia.com.br/santa_catarina

Por Raquel Wandelli/jornalista na Secarte

Administração Central valoriza trabalho nas Unidades de Ensino

17/03/2010 16:17

CD4 para vice-diretores e FG1 para assistentes

CD4 para vice-diretores e FG1 para assistentes

Atendendo a uma justa reivindicação, o reitor Alvaro Prata decidiu valorizar o trabalho realizado nos Centros de Ensino, Pesquisa e Extensão da Universidade, conhecidos também como Unidades de Ensino.

Em solenidade realizada hoje, 17/03, no Gabinete do Reitor, foram oficializadas as portarias estabelecendo CD4 (Cargo de Direção) para os vice-diretores de Centro e FG1 (Função Gratificada) para os assistentes de direção.

“Além de atender a uma antiga demanda, a melhoria faz justiça ao empenho e à responsabilidade dos contemplados”, ressaltou o reitor. A outra boa notícia é que a situação dos coordenadores de curso está sendo resolvida através da criação da Função de Coordenação de Curso (FCC), que em breve será assinada pelo Presidente da República.

A solenidade no gabinete foi prestigiada por diretores de Centro, vice-diretores e assistentes de direção. Marcaram presença também o pró-reitor de Desenvolvimento Humano e Social (PRDHS), Luiz Henrique Vieira Silva, a diretora do Departamento de Desenvolvimento de Pessoas (DDP), Elza Meinerth e o chefe do Gabinete, José Carlos Cunha Petrus.

Em nome dos assistentes de direção, falou a representante do Centro de Ciências da Saúde, Rosi Correa de Abreu, que ressaltou a medida como justa e sinônimo de reconhecimento à responsabilidade da função exercida pelos servidores.

Já o diretor do Centro Sócio-Econômico (CSE), Ricardo de Oliveira, afirmou que a decisão vem em boa hora, resgatando um compromisso da Universidade com os assistentes e vice-diretores, sem os quais, sublinhou, a administração dos Centros de Ensino seria impossível. Ao mesmo tempo em que destacou o incentivo representado pela mudança, Ricardo reconheceu publicamente o esforço da Reitoria e da Pró-Reitoria de Desenvolvimento Humano e Social.

O reitor Alvaro Prata salientou que esse reconhecimento cria a expectativa de que, cada vez mais, os Centros de Ensino possam estar à altura das crescentes demandas da sociedade, atuando em consonância com a Administração Central, sobretudo no que tange às questões relacionadas com planejamento e avaliação.

Ele acredita que, dentro da idéia de Política de Estado, as Universidades Federais, os servidores técnico-administrativos e os professores recuperem o status perdido, reconquistando o respeito e o conceito junto à população. “Afinal, estamos aqui para servir à sociedade e não o contrário”, assinalou.

Por Moacir Loth/ Jornalista na Agecom

Foto: Paulo Noronha/ Agecom

Técnico-administrativos da UFSC vão eleger representantes nos conselhos Universitário e de Curadores

17/03/2010 16:09

Estão abertas as inscrições para a eleição dos representantes dos servidores técnico-administrativos da UFSC no Conselho Universitário (Cun) e no Conselho de Curadores (CC). Os interessados devem se inscrever na Secretaria dos Conselhos, no térreo da Reitoria, até 29 de março, das 8h às 12h e das 14h às 17h.

As eleições, diretas, ocorrerão no dia 6 de abril, nos seguintes locais e horários: Hall da Reitoria, das 8h às 18h; Hospital Universitário (HU), das 7h às 19h; Centro de Ciências Agrárias (CCA), das 8h às 18h. Serão escolhidos três técnico-administrativos para o Cun e um para o Conselho de Curadores, além dos respectivos suplentes. Os eleitos vão cumprir mandado de dois anos.

O Conselho Universitário é o órgão máximo deliberativo e normativo que estabelece as diretrizes da política universitária, acompanha sua execução e avalia seus resultados, tendo como presidente o reitor. O responsável pela fiscalização econômica e financeira da Universidade é o Conselho de Curadores. Fazem parte dos conselhos representantes dos estudantes, professores, técnico-administrativos, membros da comunidade externa, entre outros.

Confira os editais no endereço www.prdhs.ufsc.br/index.jsp?page=noticia.jsp&id=7506510.

Mais informações pelos telefones (48) 3721-9522 e 3721-9661.

Margareth Rossi / Jornalista da Agecom

Especial Pesquisa: Tese propõe nova aplicação para espécie nativa da Floresta Amazônica

17/03/2010 16:08

Os testes com a madeira de paricá

Os testes com a madeira de paricá

Com o objetivo de gerar tecnologia e fazer com que o uso de madeira plantada colabore para reduzir a exploração da Floresta Amazônica, uma pesquisa da UFSC comprova o potencial do paricá em uma aplicação ainda pouco adotada no Brasil: a madeira laminada colada.

Com 20 a 30 metros de altura, considerado árvore de grande porte, o paricá é uma espécie que possui crescimento inicial vigoroso, chegando aos 15 anos com 55 centímetros de Diâmetro à Altura do Peito (DAP). Desde a década de 90 vem sendo usada em florestas plantadas nas regiões Norte e Centro-Oeste e tem grande importância econômica na produção de laminados, compensados, aglomerados e painéis.

A pesquisa desenvolvida junto ao Grupo Interdisciplinar de Estudos da Madeira (GIEM) da UFSC mostra que esta espécie pode também ser usada como matéria-prima para o laminado colado. Essa tecnologia permite que tábuas de madeira sejam unidas longitudinalmente e depois coladas umas sobre as outras, gerando peças de grande resistência, que associam as vantagens da pré-fabricação à versatilidade estética (veja algumas vantagens abaixo).

O estudo foi desenvolvido a partir da tese de doutorado de Rodrigo Figueiredo Terezo e será defendido no dia 19 de março. A orientação é do professor Carlos Alberto Szücs, coordenador do GIEM, grupo que desde 1983 pesquisa o uso racional e responsável das madeiras, especialmente as obtidas em florestas plantadas.

Para o estudo de Rodrigo, realizado em Santa Catarina, 25 metros cúbicos de paricá foram doados para a UFSC por proprietários de florestas plantadas do Pará. A tese permitiu a caracterização anatômica, física e mecânica da madeira em quatro idades: 6, 10, 19 e 28 anos. Também foram realizadas análises com ultrassom para classificação mecânica das peças de madeira nas diferentes idades, tendo como base a correlação entre as propriedades físico-mecânicas e a velocidade de propagação das ondas.

Além disso, foram produzidas vigas de madeira laminada colada com a espécie e realizados testes para análise de aspectos como resistência mecânica e rigidez do elemento viga. Ainda foram desenvolvidos estudos sobre o desempenho de dois adesivos para madeira comercializados no Brasil (estes adesivos são usados para colar as tábuas e dar forma às vigas de madeira laminada colada).

A partir dos resultados que obteve, o engenheiro valida a hipótese de utilização do paricá em elementos estruturais, principalmente em vigas de madeira laminada colada, e traz recomendações apropriadas à realidade brasileira. Alerta também para a fragilidade da madeira quanto ao ataque de pragas como o cupim, mas destaca que esse fato não inviabiliza a aplicação no laminado colado. Apesar da durabilidade natural frágil, o paricá pode ser tratado quimicamente, como acontece com pinus e eucaliptos, tradicionalmente usados na produção de peças de madeira laminada colada.

“Conhecer melhor as propriedades da madeira de paricá de florestas plantadas e sua aptidão para novos produtos da construção civil é uma necessidade. Sendo possível a sua transformação num bem durável, ganha o meio ambiente e a economia regional”, destaca Rodrigo.

Ele contextualiza a importância de estudos na área lembrando que até pouco tempo as madeiras de paricá comercializadas eram provenientes de árvores centenárias, extraídas da mata nativa. Com o plantio de florestas, que para serem comercialmente viáveis devem ser exploradas em diferentes idades, há necessidade de novas pesquisas, pois as madeiras não apresentam as mesmas características de tecido lenhoso, comportamento físico e mecânico das árvores nativas.

O trabalho destaca também o potencial de conservação ambiental do aproveitamento de florestas plantadas, capazes de sequestrar e reter o carbono, um dos gases que provocam o efeito estufa e o aquecimento global. “O Brasil, com sua vocação florestal, pode ser inserido no mercado de créditos ambientais através de suas florestas plantadas. Isto garante uma nova fonte de renda aos agricultores do setor”, considera Rodrigo.

“Procuramos com esta pesquisa estimular o uso do paricá em outros produtos para a construção civil, agregando valor a esta matéria-prima. Também queremos contribuir para reduzir a pressão de exploração da floresta nativa na região amazônica”, complementa.

Mais informações:

Com Rodrigo Figueiredo Terezo: Fone: 47-9641-5223, E-mail: rterezo@hotmail.com

Com o professor Carlos Alberto Szücs: Fone: 48 3721-8540 , E-mail: caszucs@gmail.com

Por Arley Reis / Jornalista da Agecom

Leia outras matérias de pesquisa:

– Estudo traça perfil de jogadores brasileiros que foram para grandes times de outros países

– Tese mostra que fazendas produtoras de madeira de reflorestamento podem colaborar com recomposição da fauna e flora

Prêmio Destaque Pesquisador UFSC 50 Anos será entregue a Raúl Antelo nesta sexta-feira

17/03/2010 15:41

Raúl Héctor Antelo - arquivo pessoal

Raúl Héctor Antelo - arquivo pessoal

O crítico literário, professor titular das disciplinas Literatura Brasileira Contemporânea e Teoria Literária, Raúl Héctor Antelo, recebe nesta sexta-feira, 19/3, o prêmio Destaque Pesquisador UFSC 50 Anos. A homenagem será realizada às 10h, no auditório do Centro de Comunicação e Expressão.

O prêmio é um reconhecimento da Universidade Federal de Santa Catarina a docentes da instituição por suas contribuições para o avanço do conhecimento e formação de recursos humanos. A atividade faz parte da agenda de comemoração dos 50 anos da UFSC.

De março a dezembro, 11 professores, coordenadores de importantes estudos em suas áreas, representantes dos 11 centros da instituição, receberão a distinção.

O pesquisador Raúl Antelo:

Graduado em Letras Modernas pela Universidad de Buenos Aires (cidade em que nasceu) e em Língua Portuguesa, pelo Instituto Superior del Profesorado en Lenguas Vivas, veio cursar a pós-graduação no Brasil.

Na USP fez o mestrado e o doutorado em Literatura Brasileira. Na UFSC chegou em 82, recém-doutor, na Pós-Graduação em Literatura. É autor de dezenas de obras publicadas, organizadas ou editadas; centenas de capítulos de livros; inúmeros prefácios, posfácios, artigos, ensaios.

É professor visitante da University of Texas at Austin e da Duke University, nos Estados Unidos; da Universidad Simon Bolivar, na Venezuela; Universidad Autonoma de Barcelona, na Espanha; Leiden Universiteit, na Holanda.

É autor de Ausências (lançado em 2009); Crítica acéfala (em 2008); Tempos de Babel: anacronismo e destruição (2007); Maria con Marcel: Duchamp en los trópicos (2006); Potências da imagem (em 2004), Transgressão e modernidade (2001) ─ apenas para citar alguns de seus livros.

Titular das disciplinas de Literatura Brasileira Contemporânea e de Teoria Literária, na graduação, para a pós-graduação dá aulas de modernismo, literatura comparada e teoria crítica.

Saiba Mais:

Raúl Antelo:

– É professor titular do Departamento de Língua e Literatura Vernáculas, ligado ao Centro de Comunicação e Expressão da UFSC

– Pesquisador do Núcleo de Estudos Literários e Culturais

– Bolsista (Produtividade Científica 1-A) do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq)

– É membro do corpo editorial de 14 periódicos científicos

– É colaborador da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro ( Faperj) e da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo ( Fapesp)

– Consultor da Capes e do CNPq

– Sua linha de pesquisa atual é ´Teoria da Modernidade` e o mais recente projeto ´Genealogia da repetição na estética do abandono`.

Mais informações:

Sobre o prêmio Destaque Pesquisador UFSC 50 Anos junto à Pró-Reitoria de Pesquisa e Extensão:

Professor Jorge Mário Campagnolo –Diretor de Projetos de Pesquisa

Fone: 3721-9437

E-mail: campagnolo@reitoria.ufsc.br

Professor Ricardo Rüther –Diretor do Núcleo de Apoio e Acompanhamento

Fone: 3721-9846

E-mail: rüther@reitoria.ufsc.br

Contato com o professor Raúl Antelo: antelo@iaccess.com.br

Por Arley Reis / Jornalista da Agecom

Laboratório de Robótica promove seminários

17/03/2010 12:46

O Laboratório de Robótica da UFSC está promovendo dois seminários nesta sexta, 19/3: ´Projeto de Manipuladores Através da Síntese do Tipo` e, na sequência, ´Projeto de Mecanismos Auto-Alinhaveis`. As palestras, que devem ter 45 minutos de duração cada, acontecem das 10h às 12h, no Auditório da Engenharia Mecânica.

A primeira palestra, ministrada pelo mestrando João Victor Borges dos Santos, irá discutir possíveis arquiteturas mecânicas de manipuladores paralelos, que podem produzir um determinado tipo de movimento na plataforma móvel. O processo sistemático de geração de mecanismos é dividido em duas etapas clássicas da área de mecanismos, conhecidas como Síntese do Numero e Síntese do Tipo.

Nessa apresentação, os principais métodos de Síntese do Tipo serão expostos. O objetivo principal da apresentação é iniciar um debate entre os membros do Grupo de Pesquisa envolvido e determinar os passos futuros do trabalho que está em andamento.

Já a segunda palestra trará a experiência de pesquisa do aluno de mestrado Victor Carreto Pavon, desenvolvida para projetar mecanismos com características de auto-alinhamento. O auto-alinhamento refere-se à ação de projetar mecanismos com graus de liberdade (fornecidos pelas juntas) que facilitam a montagem.

Essa pesquisa faz uso da Teoria de Helicóides para a análise do mecanismo e apresenta as técnicas de projeto MinCD (Minimum Constraint Design) e RedCD (Redundant Constraint Design). A vantagem de projetar mecanismos com auto-alinhamento é que o sistema possibilita a montagem de mecanismos com sérios problemas de tolerância causados pelos processos de manufatura, e, dessa forma, os esforços internos e externos são eliminados. As técnicas de projeto MinCD e RedCD serão explicadas e exemplificadas a fim de mostrar quais são os benefícios de se conhecer as restrições envolvidas no projeto.

Informações com os professores Daniel Martins (48) 3721-9264, ramal 212, daniel@emc.ufsc.br), ou Henrique Simas (ramal 211).