UFSC e Fapesc coordenam esforços para salvar espécies em extinção
Criar uma nova área de preservação ambiental no estado foi uma das propostas ventiladas durante o Simpósio sobre Espécies da Flora Nativa Ameaçadas de Extinção em Santa Catarina, que termina amanhã (26) na Fapesc (Fundação de Apoio à Pesquisa Científica e Tecnológica do Estado de Santa Catarina). O evento iniciou hoje (25) com a apresentação de estudos feitos por universidades catarinenses sobre muitos dos vegetais que podem desaparecer do Brasil, conforme relação divulgada na semana passada pelo Ministério do Meio Ambiente.
Na “lista vermelha” figura a palmeira que dá o butiá da serra, de nome científico Butiá eriospatha. A planta ornamental não consegue mais se regenerar na natureza. “A gente vê só árvores velhas sendo plantadas em Jurerê” (Jurerê Internacional, empreendimento que prima pelo paisagismo), diz o professor Ademir Reis, do Centro de Ciências Agrárias da UFSC.
Ele alerta: “Estão saindo containers de butiazeiros para a Europa e nós não temos nenhuma unidade que garanta sua conservação.” Instalá-la em Laguna foi pedido por meio de um abaixo-assinado que passou entre os quase 800 assistentes do Simpósio, organizado em conjunto com o Programa de Pós-Graduação em Recursos Genéticos Vegetais da UFSC.
Antes tarde…
“Está na hora de fazermos uma grande campanha para não se comer mais palmito”, salienta Reis, referindo-se ao palmito-juçara, extraído clandestinamente da Mata Atlântica. Ele também se preocupa com diversas bromélias, entre elas uma exclusiva de Santa Catarina, a Aechmea blumenavii. “É estratégico que fique na lista de espécies ameaçadas para que não desapareça”, explica. A relação de âmbito nacional engloba 34 espécies presentes no estado, mas esse número poderá ser alterado com base nos dados levantados pelo Inventário Florístico-Florestal Catarinense, em andamento desde 2007.
“Ele também vai dar subsídios para políticas de fomento à conservação das espécies ameaçadas de extinção”, acrescenta Adriana Dias, doutora em gestão ambiental que trabalha na Fapesc. A Fundação vai sediar o segundo e último dia do simpósio, coordenado por Adriana e pelo professor Maurício Sedrez dos Reis, da UFSC (ver programação na seqüência).
Programa – Data: 26/9 – sexta-feira – Local: FAPESC
8h – Projeto Inventário Florístico Florestal de Santa Catarina: Enfoque nas Espécies Ameaçadas de Extinção – Silvio Menezes (Secretaria da Agricultura)
9h – Projeto Inventário Florístico Florestal de Santa Catarina: Resultados Parciais dos levantamentos de campo – Prof. Alexandre Vibrans (FURB)
10h – Coffe break
11h – Mesa-redonda: Estratégias de Pesquisa para as Espécies da Flora Nativa Ameaçadas de Extinção (FAPESC, UFSC, FURB, UDESC, HBR, UNIDAVI, UNC)
OBS: Os horários podem sofrer pequenas alterações em função da antecipação da mesa-redonda “O papel dos herbários catarinenses na definição da lista de espécies da flora nativa ameaçadas de extinção” para quinta-feira (era prevista para sexta).
Informações adicionais com Adriana Dias, coordenadora dos projetos da Fapesc no fone (48) 8413-1311.
Fonte: Fapesc



























