Outubro Rosa: Departamento de Atenção à Saúde da UFSC promove ações de conscientização

17/10/2022 11:25

Outubro é o momento de uma pausa para refletir sobre a necessidade de prevenção do câncer de mama. A campanha, já tradicional em várias instituições e entidades da sociedade civil brasileira nesta época do ano, terá como tema, na UFSC, “A vida em pequenos gestos” e é promovida pelo Departamento de Atenção à Saúde (DAS) da Pró-reitoria de Desenvolvimento e Gestão de Pessoas (Prodegesp).

Além da iluminação rosa na Reitoria da UFSC, localizada no campus Florianópolis, a instituição convida os (as) servidores (as) para que, nesta quarta-feira, dia 19 de outubro, Dia Internacional do Combate ao Câncer de Mama, todos (as) venham à Universidade trajando uma peça de roupa de cor rosa. Ao longo do mês, também foram realizadas ações de mídia nas redes sociais da UFSC, com a inserção de vídeos e cards informativos sobre o tema (faça o download para a sua rede na galeria abaixo).

O diretor do DAS/Prodegesp, Douglas Kovaleski, e a Coordenadora de Promoção e Vigilância em Saúde, Nicolle Ruzza, reafirmam a importância de as mulheres voltarem a atenção para a saúde nessa fase pós pandêmica. “Para a prevenção, é essencial a adoção de medidas que possam contribuir para um menor risco da doença, como a prática de atividades físicas, a adoção de alimentação saudável, a redução no consumo de bebidas alcoólicas e evitar o tabagismo” complementam, uma vez que o câncer de mama não possui um fator de risco único, sendo sua incidência uma combinação de fatores genéticos, ambientais e comportamentais.

A UFSC e o Hospital Universitário Professor Polydoro Ernani de São Thiago (HU/UFSC) possuem ampla atuação na prevenção e combate ao câncer de mama, por meio de pesquisas, mutirões de exames, além da promoção de espaços e eventos artísticos e culturais que incentivam o engajamento da sociedade com a pauta.

Origem – o Outubro Rosa começou como uma iniciativa da Fundação Susan. G. Komen for The Cure, na década de 1990. O laço cor-de-rosa, principal símbolo da campanha, foi distribuído aos participantes da primeira Corrida pela Cura, realizada em Nova York (EUA). No Brasil, as primeiras ações surgiram no início dos anos 2000, com a iluminação em rosa do monumento do Obelisco do Ibirapuera, situado em São Paulo-SP. O Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva (INCA) participa deste movimento desde 2010 divulgando e disponibilizando materiais informativos para profissionais de saúde e sociedade em geral.

 

Camila Collato/Agecom UFSC, com informações INCA
Tags: câncer de mamaconscientizaçãoDAS/ProdegespOutubro RosaUFSCUniversidade Federal de Santa Catarina

DIVULGA UFSC – 18/10/2021 – Edição 1750

18/10/2021 10:52

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Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) | www.divulga.ufsc.br – 18/10/2021 – Edição 1750

Fórum de Ações Afirmativas das Instituições Federais da Região Sul tem programação nesta semana

A Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) é uma das organizadoras do 6º Fórum de Ações Afirmativas das Instituições Federais da Região Sul, que ocorre de 19 a 21 de outubro. Com o objetivo de refletir sobre avanços nas políticas de ações afirmativas das instituições federais de ensino superior do Rio Grande do Sul, de Santa Catarina e do Paraná, o evento será realizado pela primeira vez em edição on-line e terá como tema central Em defesa das ações afirmativas: avaliação e perspectivas. As atividades vão abordar aspectos da implementação da política de cotas (Lei 12.711/12) e da permanência de estudantes que acessaram o ensino técnico e superior pela reserva de vagas. O evento também tem a finalidade de compartilhar experiências e iniciativas que buscam consolidar as políticas de ações afirmativas nas instituições, na comunidade acadêmica e na sociedade. Continue a leitura » ».


Pró-Reitoria de Graduação realiza 1ª Semana Pedagógica da UFSC entre 19 e 21 de outubro

A Pró-Reitoria de Graduação (Prograd), com o apoio da Pró-Reitoria de Assuntos Estudantis (Prae), promove de  19 e 21 de outubro, a 1ª Semana Pedagógica da UFSC – Pensando os desafios do ensino em tempos de pandemia. O evento é voltado para docentes dos cinco campi, como formação continuada em todas as áreas e campos dos saberes.  Para realizar a inscrição, basta preencher o formulário aqui. Continue a leitura>>.

DLLE abre novas inscrições para os testes de nivelamento em línguas estrangeiras

O Departamento de Língua e Literatura Estrangeiras (DLLE) abre, nesta segunda-feira, 18 de outubro, novas inscrições para os testes de nivelamento em línguas estrangeiras, através do site www.cursosextra.com. As provas ocorrem na terça, 19 de outubro, pela plataforma do moodle grupos. Mais informações: acesse o edital ou pelo email extracurriculardlle@gmail.com.. Continue a leitura>>.


 

Ensino

Inscrições para seleção da pós-graduação em Engenharia Civil vão até 14 de novembro

Estão abertas até 14 de novembro as inscrições do processo seletivo para ingresso no primeiro trimestre de 2022 do Programa de Pós-Graduação em Engenharia Civil (PPGEC/UFSC). Nos cursos de mestrado e doutorado, a seleção será realizada a partir da avaliação do histórico escolar, currículo lattes e de carta de intenções. Mais informações no edital ou no canal do YouTube do PPGEC.

PIAPE está com edital aberto para contratação de tutores de grupos de aprendizagem

O Programa Institucional de Apoio Pedagógico aos Estudantes (PIAPE/UFSC) está com edital aberto para contratação temporária de tutores de grupos de aprendizagem.  As atividades ocorrem a partir do semestre letivo 2022.1, junto ao Curso de Letras Libras EaD no pólo de Florianópolis (SC). As inscrições seguem abertas até o dia 02 de novembro de 2021. Mais informações: acesse o edital.


Extensão

Curso sobre gênero, diversidades e equidade está com inscrições abertas

Estudantes de graduação da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) podem se inscrever no curso Gênero, diversidades e equidade, pelo formulário on-line. São ofertadas duas turmas, uma nas quartas-feiras, das 18h30 às 21h, e outra aos sábados, das 9h30 às 12h. Os encontros iniciam em 30 de outubro . Promovido pelo Programa Institucional de Apoio Pedagógico aos Estudantes (Piape) em parceria com a Pró-Reitoria de Pesquisa (Propesq), o Instituto de Estudos de Gênero (IEG) e a Comissão de Equidade da UFSC, a iniciativa dá continuidade ao curso Ciência, Gênero e Diversidades, oferecido em 2020.2, e tem o propósito de fomentar discussões e reflexões sobre questões relacionadas ao gênero e às diversidades, com foco na promoção de equidade.  Continue a leitura » ».

Inscrições abertas para o curso “Exámenes de certificación en español: acercamiento”

Estão abertas as inscrições para o curso instrumental “Exámenes de certificación en español: acercamiento”,  utilizado para conhecer os procedimentos e conteúdos dos principais exames de proficiência em espanhol, válidos para processos de mobilidade acadêmica. O início do curso será no dia 27/10/2021, com duração de 4 semanas (aulas síncronas às quartas, das 14 às 16h;  e atividades assíncronas às sextas). A carga horária é 16 h. Para efetuar inscrição, os interessados devem enviar um e-mail para espanhol.nilt@gmail.com . Mais informações: acesse o site da Sinter.

Seminário Memória e Museologia LGBT + Resistência ocorre de 19 a 22 de outubro

Entre os dias 19 e 22 de outubro a Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) sedia três eventos na área de Museologia: o “Seminário Memória e Museologia LGBT + Resistência”, o “IV Seminário Museus e Resistência” e o “III Seminário Museus, Memória e Museologia LGBT.” O objetivo dos eventos é discutir e produzir conhecimento atualizado sobre museus, memória e Museologia quando em conexão com populações com identidade de gênero e sexualidade dissidentes da matriz branca e cisheterossexual. As inscrições devem ser feitas na página dos eventos. A programação completa está disponível aqui. Mais informações:  MuseologiaUFSC e MArquEUFSC.


Pesquisa

Seminário de Iniciação Científica e Tecnológica da UFSC ocorre até sexta-feira

A partir desta segunda-feira, 18 de outubro, até a sexta-feira, 22 de outubro, ocorre o Seminário de Iniciação Científica e Tecnológica (SIC) da UFSC. O evento conta com apresentações orais selecionadas de pesquisas desenvolvidas por alunos de graduação e de ensino médio, orientados por pesquisadores da UFSC. O 31° SIC e o 11° SIC-EM ocorrem de forma virtual em sala do ambiente Conferência Web e conta com a presença de avaliadores da instituição e externos. O cronograma completo das apresentações está disponível nas páginas do PIICT e do SIC. Todos os trabalhos inscritos podem ser verificados neste link e os vídeos podem ser visualizados no Repositório Institucional. A programação completa está disponível aqui. Mais informações na página da Pró-Reitoria de Pesquisa (Propesq) ou pelo e-mail pibic@contato.ufsc.br.

 


 

Comunidade

Seleção de bolsistas para formação do Observatório do Agronegócio Catarinense

A Fapesc junto com a Epagri lançou o Observatório do Agronegócio Catarinense. Para isso, vai contratar sete bolsistas que receberão mensalmente entre R$ 4,8 mil e R$ 7,2 mil. Serão selecionados um designer gráfico, dois profissionais de ciências de dados, um especialista em requisitos, um engenheiro de dados, um gestor de processos e um gestor de projetos. Acesse aqui o edital completo:https://bit.ly/ObservatórioAgro . Inscrições até o dia 20 de outubro.

Nota de Pesar: falece Ana Paula Nascimento, técnica-administrativa no Campus de Blumenau

A Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) comunica, com pesar, o falecimento da servidora técnico-administrativa Ana Paula Nascimento, do Campus de Blumenau. Ana Paula tinha 50 anos e faleceu neste sábado, 16 de outubro, em decorrência de um câncer. Ela atuava na secretaria da Direção do Campus e foi admitida como servidora da Universidade em 2017. Deixou um filho, Pedro, e seu esposo, Janos. Uma nota de pesar foi publicada na página do campus, que decretou luto oficial por três dias.


 

Cultura

HU inaugura exposição de quadros feitos por mulheres em tratamento contra o câncer

O Hospital Universitário  (HU-UFSC/Ebserh) inaugurou, na sexta-feira, 15 de outubro, a exposição de quadros As cores do meu mundo, produzidos por pacientes que fazem ou fizeram tratamento no Ambulatório de Quimioterapia do hospital. Os quadros, que foram exibidos no hall do HU, vão ficar expostos até o final do mês. Continue a leitura>>.

Tour virtual da Fortaleza de Santo Antônio de Ratones lança 5º episódio

As conchas abundantes na Fortaleza de Santo Antônio de Ratones viravam cal para as construções da região. Pedras retiradas da própria ilha também faziam parte da alvenaria da época. Cada edifício tinha sua função, como a Casa da Palamenta – local utilizado para abrigar material para disparar os canhões. Esse é o tema do quinto episódio do tour virtual pela Fortaleza de Santo Antônio de Ratones. Continue a leitura » ».

Livraria virtual da Editora da UFSC retoma atividades com 30% de desconto em todo o catálogo

A livraria virtual da Editora da UFSC (EdUFSC) retoma suas atividades com promoção de 30%  de desconto em todo o catálogo. A promoção, que também celebra o mês de aniversário da editora, vai até 31 de outubro. O catálogo da EdUFSC está disponível aqui.

Projeto Fora do Circuito exibe filme ‘Sombras do Mal’ on-line nesta terça, 19

O projeto Fora do Circuito exibe nesta terça, 19 de outubro, o quinto filme do Festival de Cinema Noir:Sombras do mal (Estados Unidos, 1950, 101 min.). O filme será exibido no canal do projeto no YouTube, a partir das 19h. A sinopse da obra e a programação completa podem ser conferidas aqui. Para assistir aos demais filmes do Festival de Cinema Noir, acesse este link, e para saber mais sobre o projeto, visite a página do Fora do Circuito.

 

 

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Tags: Divulga UFSCUFSCUniversidade Federal de Santa Catarina

Mostra Teatral Rosa celebra saúde das mulheres em evento de 3 a 26 de outubro

02/10/2018 14:39

II Mostra Rosa Teatral reúne espetáculos, oficinas, palestras, partilhas e exposição de fotografias como maneira de celebrar a saúde das mulheres no mês da campanha de prevenção ao câncer de mama. Todas as atrações são gratuitas de 03 a 26 de Outubro de 2018, nos auditórios da Música e Bloco Amarelo do Centro de Artes da Universidade do Estado de Santa Catarina (CEART/UDESC) e no Espaço Cultural Gênero e Diversidades (IEG/UFSC).

A II Mostra Rosa Teatral é uma realização do Programa de Extensão Mulheres em Cena (DAC/CEART/UDESC) em parceria com o Espaço Cultural Gênero e Diversidades (ECGD) do Instituto de Estudos de Gênero (IEG/UFSC) e BAPHO Cultural, com o apoio Núcleo de Comunicação, Departamento de Artes Cênicas, Departamento de Música, Centro de Artes (CEART/UDESC), Secretaria de Cultura (SeCArte) e Secretaria de Ações Afirmativas e Diversidades da UFSC (SAAD).
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Tags: Bapho CulturalCEARTIEGII Mostra Rosa TeatralInstituto de Estudos de GêneroMostra Rosa TeatralOutubro RosaUDESCUFSCUniversidade Federal de Santa Catarina

Caminhada no dia 25 promove campanhas Outubro Rosa e Novembro Azul

24/10/2016 12:10

cartaz_out_nov_rosazul_Corrigido1A Coordenadoria de Promoção e Vigilância em Saúde da UFSC promoverá uma caminhada para promoção da Campanha Outubro Rosa e Novembro Azul no campus Florianópolis da UFSC. O encontro será realizado no dia 25 de outubro, às 9h, com saída da Reitoria I.

A recomendação é de que todos venham com camisas nas cores rosa ou azul. A Associação Brasileira de Portadores de Câncer (AMUCC) está disponibilizando para venda camisetas desta campanha em estandes  localizados no 2º piso do Floripa Shopping; na Farmácia Sesi da avenida Gama D’Eça; no Supermercado Hippo da Almirante Alvim; em frente a Catedral, no centro da cidade. Durante a semana do evento, as camisas também estarão à venda no saguão da Reitoria I.

Mais informações pelo telefone (48) 3721-4262.

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Outubro Rosa: doação de lenços e entrevista com Flávia Flores, do Instituto Quimioterapia e Beleza

03/10/2016 16:35

O Laboratório de Educação em Rede (LED LAB), do Departamento de Engenharia e Gestão do Conhecimento (EGC) da UFSC, lança sua campanha de apoio às ações de prevenção e combate ao câncer de mama e, também, às que visam tornar mais leve o dia a dia de pacientes diagnosticadas com a doença.

Laboratório de Educação em Rede (LED LAB) Foto: Henrique Almeida

Laboratório de Educação em Rede (LED LAB)
Foto: Henrique Almeida

O LED LAB é composto de equipe multidisciplinar de técnicos, pesquisadores e estudantes. Promovem, além de videoconferências, videoaulas e projetos sociais. Com isso, abraçou a causa de conscientização do câncer de mama, o Outubro Rosa. A mobilização conta com uma incrível história de superação de Flávia Flores, uma mulher empreendedora e inovadora, diagnosticada com câncer que conseguiu dar a volta por cima, quebrando paradigmas e que foi à luta, não se deixando abater e conquistando seu espaço na sociedade e na profissão.

Flávia Flores sempre esteve ligada ao mundo da moda e da beleza, trabalhou como modelo e, em outubro de 2012, foi diagnosticada com câncer de mama. Após isso, criou o instituto “Quimioterapia e Beleza”, um projeto inédito que se tornou referência para mulheres que enfrentam o diagnóstico e o tratamento de diversos tipos de câncer, com informações de beleza, autoestima e bem-estar. Conta com milhares de pessoas, de organizações, lideranças e “Cats” em prol de um objetivo comum. 
(mais…)

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Outubro Rosa: rodas de conversa para conscientizar sobre câncer de mama

16/10/2015 08:40

Rodas de conversa com grupos de mulheres do Restaurante Universitário e dos Serviços de Nutrição e Lavanderia do Hospital Universitário (HU) serão promovidas neste mês para debater o câncer de mama e a importância da detecção precoce. As atividades iniciaram na quinta-feira e seguem nesta sexta-feira, 16 de outubro, e nos dias 26, 27 e 28 de outubro.

Os encontros nos setores selecionados irão discutir o tema e identificar mulheres em grupo de risco (acima de 50 anos e que nunca fizeram mamografia e/ou com história de câncer de mama na família) para realizar consulta médica no HU e mamografia de rastreamento. Os casos identificados como suspeitos ou positivos serão encaminhados para consulta no Ambulatório de Mastologia do HU.

Mais informações pelo telefone (48) 3721- 4272.

 

Tags: Ambulatório de Mastologiacâncer de mamadetecção precoceHospital UniversitárioHUmamografiaOutubro Rosarestaurante universitárioRU

Outubro Rosa: atividades da campanha dia 23 na UFSC

22/10/2014 09:30

selo2_outubrorosaA Divisão de Serviço Social (DiSS) da Secretaria de Gestão de Pessoas (Segesp) da UFSC, em parceria com a Associação Brasileira dos Portadores de Câncer (AMUCC) realizará no dia 23 de outubro (quinta-feira) atividades de divulgação do Outubro Rosa durante o dia, incluindo uma palestra, às 15h, no auditório da Reitoria, como os seguintes temas “Qualidade de Vida, Direitos dos portadores de câncer, Câncer de Mama – fatores de risco”.

Mais informações com as assistentes sociais Lúcia e Simone (DiSS) no telefone (48) 3721-4270 ou com Cleuza (AMUCC) no telefone 3025-7185

Tags: Auditório da ReitoriaOutubro RosaSEGESPUFSC

Legislação prevê reconstrução mamária para pacientes de câncer

10/10/2013 14:22

Quando é diagnosticada com câncer de mama, a mulher precisa iniciar logo o seu tratamento, que pode ou não envolver intervenções cirúrgicas. Muitas pacientes precisam submeter-se a algum tipo de mastectomia – cirurgia de retirada total ou parcial das mamas – e, simultaneamente ao tratamento, restaurar os seios por meio da cirurgia para reconstrução mamária. O Hospital Universitário Prof. Polydoro Ernani São Thiago da Universidade Federal de Santa Catarina (HU/UFSC) realiza o procedimento. O processo acontece de acordo com a lesão, muitas vezes em etapas, incluindo o trabalho de profissionais como o cirurgião plástico e o mastologista. O objetivo é devolver a aparência natural aos seios e, com isso, elevar a autoestima da mulher.

Dados do Ministério da Saúde apontam que, em 2012, foram realizadas pelo SUS 1.392 reconstruções mamárias, a um custo de aproximadamente R$ 1,15 milhão. A reconstrução é prevista em lei desde 1999 para as mulheres que sofrerem a retirada total ou parcial da mama, decorrente de utilização de técnica de tratamento de câncer, inclusive pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Em abril deste ano, a lei foi alterada para incluir que a reconstrução pode ser efetuada no momento da mastectomia. Dados da Sociedade Brasileira de Mastologia apontam que, das cerca de 20 mil mulheres operadas, menos de 10% saem dos centros cirúrgicos com os seios reconstruídos.

O chefe do Serviço de Cirurgia Plástica e Queimados do HU, Jorge Bins Ely, explica que foi feito um cadastramento de centenas de pacientes no ano passado para receberem a cirurgia, mas o hospital precisa de mais profissionais para realizar todas elas. “Hoje há 247 mulheres aguardando a sua vez de receber uma reconstrução mamária pelo HU. O Serviço de Cirurgia Plástica está entre os 10 melhores do Brasil, estamos cada vez mais aumentando o número dessas cirurgias”, explica Ely.

No ano passado, o HU realizou, com o apoio da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP), 59 cirurgias de reconstrução mamária em um mutirão, que envolveu, além dos médicos residentes e da equipe de professores, cirurgiões plásticos voluntários. O professor Ely acrescenta que, independente do mutirão, as cirurgias continuam acontecendo. “Não é pelo fato de ter o mutirão que estamos fazendo essa cirurgia. Fazemos toda semana, normalmente pelos médicos residentes, no terceiro ano de Cirurgia Plástica, sob supervisão direta do staff [equipe de professores]. Oferecemos o serviço, há uma fila grande, mas não está parada, ela anda”, enfatiza.

Ely é enfático a respeito das cirurgias de reconstrução que ocorrem ao mesmo tempo que a mastectomia. “Pessoalmente, sou contra, porque faz parte da mudança de autoimagem a pessoa ver o que ficou. A paciente tem que se ver sem a mama. Além disso, um diagnóstico definitivo, com o exame patológico completo, com contraste, leva até uma semana. É ideal esperar esse tempo, pois pode-se acabar retirando menos do que o necessário e o câncer voltar”, argumenta.

O cirurgião plástico Rodrigo d’Eça Neves, professor Titular de Cirurgia Plástica da UFSC, afirma que o processo de reconstrução depende do estágio no qual a lesão é descoberta.

Há quatro possíveis cenários nos quais a cirurgia plástica pode ajudar, conforme enumerado pelo especialista. O primeiro, quando a descoberta é precoce, demanda a retirada de um pequeno segmento da mama, que é corrigido na mesma cirurgia. O segundo, quando a lesão é maior, mas permite a manutenção de pele e aréola, o que possibilita a reconstrução do seio no mesmo ato da retirada, podendo utilizar diretamente uma prótese mamária ou não. A terceira situação, que demanda que hajam cirurgias separadas, acontece quando há maior retirada de pele com manutenção ou não da aréola. Para isso, é preciso utilizar um expansor de pele, que fica no local da mama até que possa ser substituído pela prótese definitiva. Já o quarto cenário, que também precisa de mais de uma cirurgia, ocorre quando é retirada muita pele, sem possibilidade de distensão.

“Nesse último caso, se utiliza o retalho do músculo grande dorsal [costas da paciente], com ilha de pele para cobrir a prótese mamária, que fará o volume. Da mesma forma, quando se retira também o músculo peitoral da mama, e uma grande porção de pele, utiliza-se o retalho abdominal que leva um bom volume de pele e evita o uso de prótese”, explica o cirurgião. Neves acrescenta que há também o uso da tatuagem, para devolver a pigmentação à aréola do seio, principalmente em caso de perda da cor da pele transplantada, o que pode ocorrer com o tempo.

O médico destaca que a cirurgia plástica brasileira continua sendo referência. “Estas opções são as melhores técnicas que existem. Muito nos orgulha o fato do Brasil ser proa da cirurgia plástica mundial. Temos melhor qualidade individual por cirurgião, mas perdemos no número de cirurgias para os Estados Unidos, pelo melhor poder aquisitivo norte-americano”, complementa.

Limitações

Apesar de ser garantida por lei, a cirurgia de reconstrução nem sempre é buscada. “Algumas [pacientes] por qualquer motivo, não desejam realizar nenhuma cirurgia. Outras, têm o desejo e não buscam socorro por medo ou desconhecimento. As instituições oferecem este tratamento, mas elas têm capacidade de absorção reduzida, o que gera um pré-agendamento, às vezes de espera prolongada. O mesmo serviço que se ocupa destas correções atende outras patologias, muitas delas mais urgentes”, detalha o cirurgião.

Neves deixa o seu recado às mulheres com câncer de mama que porventura tenham abalada a sua autoestima: não tenham vergonha. “As pessoas somente devem ter vergonha daquilo que fazem de forma intencional ou omissa e não de um mal desagradável que lhes acometam”, finaliza.

Mais informações:
Página do Instituto Nacional do Câncer sobre o Outubro Rosa
Envie um e-mail para o Serviço de Cirurgia Plástica e Queimados (HU)
Infográfico em vídeo com técnicas de reconstrução mamária
Teste seus conhecimentos: Mitos e verdades sobre o câncer de mama

 

 

Mayra Cajueiro Warren
Jornalista da Agecom/UFSC

Tags: câncer de mamaOutubro RosaUFSC

Mastologista tira dúvidas sobre prevenção e tratamento do câncer de mama

10/10/2013 14:19

A mastologia é uma especialidade relativamente nova na medicina, voltada à saúde das mamas. Surgiu há cerca de 25 anos com o desenvolvimento de novas técnicas para o tratamento do câncer de mama. Braulio Leal Fernandes, médico mastologista do Hospital Universitário da Universidade Federal de Santa Catarina (HU/UFSC) e vice-presidente da Regional Catarinense da Sociedade Brasileira de Mastologia, esclarece que ainda é pequeno o número de profissionais dessa área em Santa Catarina. Segundo ele, dos 40 médicos associados no estado apenas 16 são registrados no Conselho Regional de Medicina como mastologistas. Esse número reduzido é um dos motivos pelos quais a prevenção do câncer de mama começa nas consultas de rotina.

“A prevenção pode perfeitamente ser feita pelo médico da família, ginecologista, clínico geral, geriatra. Eles fazem o exame clínico da mama no consultório e encaminham para os exames de imagem. Se houver uma alteração, a paciente procura o mastologista, que é o especialista em fazer o diagnóstico e verificar se é o caso de fazer o tratamento ou não”, explica Fernandes.

O médico enfatiza que é preciso identificar pequenas alterações na mama e realizar os exames preventivos periodicamente. “Com o diagnóstico precoce temos condições de reduzir a mortalidade e também a agressividade do tratamento. Se o nódulo é pequeno, com menos de dois centímetros, temos chance de mais de 90% de cura”, ressalta.

O HU conta com três médicosmastologistas. Participam das atividades relacionadas às mamas também nove residentes de ginecologia e estudantes do quinto e sexto ano de Medicina. A equipe divide-se em atividades de diagnóstico, como a realização de ultrassonografias e mamografias, e procedimentos de punção de mama, para analisar os tecidos de nódulos e assim investigar lesões. Além disso, as cirurgias de retirada das mamas – mastectomias – e as reconstruções das mamas também são oferecida pelo HU.

Fernandes explica que a reconstrução pode ser feita tanto por um mastologista como por um cirurgião plástico. “Tanto um como o outro são habilitados pelo Conselho Federal de Medicina para fazer a reconstrução. Nada impede também de estarem os dois profissionais atuando ao mesmo tempo. Aqui no HU temos um bom convívio com a cirurgia plástica e costumamos encaminhar as reconstruções para eles, mas em hospitais que não contam com cirurgiões plásticos, são os mastologistas que fazem,” salienta.

Rotina de prevenção

O Instituto Nacional do Câncer (INCA) estima que mais de 52 mil novos casos de câncer de mama surjam em 2013. Fernandes acrescenta que 1,6 mil casos estão previstos para Santa Catarina e, por ano, no Brasil, a mortalidade chega a 10 mil óbitos. O médico reforça que, segundo a Sociedade Brasileira de Mastologia, os procedimentos de prevenção começam a partir dos 20 anos de idade, com o exame clínico anual das mamas. Se não há sintomas, quando chegar aos 40 anos de idade, além do exame clínico, a mulher passa a fazer uma mamografia uma vez ao ano e permanece nessa rotina até os 69 anos, quando poderá ser avaliada a necessidade de continuar com as mamografias. Se não há suspeitas, ela pode passar a fazer os exames a cada dois anos.

“É importante lembrar que a incidência do câncer de mama aumenta com a idade. Existe comprovação científica que, dos 40 aos 69 anos a mamografia ajuda as pacientes com melhora de sobrevida, ou seja, ela salva vidas. Nesse grupo, a redução da mortalidade que a mamografia traz para as pacientes que desenvolvem o câncer é da ordem de 20 a 30%”, detalha Fernandes.

Essa rotina é recomendada para pacientes de baixo risco, que não têm qualquer queixa de dor ou nódulos nas mamas. Há um grupo menor, de alto risco – quem tem histórico familiar, biópsia de mama com alto risco de desenvolver câncer, obesidade, tabagismo, não pratica atividade física. Esse grupo precisa começar a prevenção com mamografias mais cedo.

“Quem tem casos na família em parentes de primeiro grau (mãe, irmã), que desenvolveu a doença na pré-menopausa, ou quem já tem nódulos e fez biópsia com achados que indicam que aquela mama tem um risco muito grande de vir a desenvolver câncer precisa de um acompanhamento mais intenso. É recomendado começar o rastreamento uns 15 anos antes do familiar acometido. Se a mãe teve a doença aos 45, a filha vai começar o acompanhamento aos 30”, destaca o especialista.

Homens também precisam estar atentos. Fernandes explica que já tratou casos de lesões em mamas masculinas no HU. “A maioria dos casos são ligados à herança genética. O risco de um homem com casos na família desenvolver câncer de mama é 6 a 8%, enquanto que o da mulher é 60 a 80%. Se não há a questão genética, as chances diminuem bastante”, compara. O especialista ressalta que portadores da ginecomastia – condição masculina que ocasiona o crescimento das mamas – têm risco aumentado de desenvolver o câncer em cerca de 6 vezes.

Também é possível prevenir o câncer de mama com alimentação saudável, atividade física, amamentação e combate à obesidade. Fernandes afirma que o aleitamento, que é recomendado manter de forma exclusiva até o sexto mês do bebê, pode continuar, com o benefício de reduzir o risco de câncer de mama para a mãe em torno de 4% por ano de amamentação. 

 

Mais informações
Sociedade Brasileira de Mastologia

 

Mayra Cajueiro Warren
Jornalista da Agecom/UFSC

Tags: câncer de mamaOutubro RosaUFSC

Pesquisadores da UFSC acompanham dieta de pacientes de câncer de mama

10/10/2013 14:18

Estimativas do Instituto Nacional do Câncer (INCA) apontam que é possível evitar 28% dos casos de câncer de mama por meio da atividade física, alimentação saudável e o controle do peso corporal. Esses fatores – em especial a alimentação – incentivaram alunos e docentes do curso de Nutrição da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) a pesquisar a respeito dos diferentes aspectos de como a qualidade da dieta pode influenciar o desenvolvimento do câncer e o bem estar do paciente durante o tratamento da doença.

A pesquisa, liderada pelas professoras Patrícia Faria Di Pietro e Francilene Kunradi, é realizada desde 2006 com mulheres portadoras de câncer de mama, em tratamento no Hospital Carmela Dutra, em Florianópolis. Os estudos envolvem membros do Grupo de Estudos em Nutrição e Estresse Oxidativo (GENEO) e já deram origem a várias publicações acadêmicas, inclusive seis dissertações de mestrado.

Além de levantar dados, os pesquisadores acompanharam as pacientes antes e depois do início do tratamento oncológico com questionários e fornecendo orientações. Um dos artigos produzidos pelo grupo foi publicado no ano passado, na revista internacional Nutrición Hospitalaria. O estudo detalha os resultados do acompanhamento com 133 pacientes, entre outubro de 2006 e junho de 2010.

O fator nutricional foi determinante para a identificação de hábitos considerados nocivos à saúde e que podem conduzir à formação de câncer. Os resultados demonstram que 89% das pacientes declararam ter uma dieta altamente calórica (mais de 125 calorias por 100g de alimento). O consumo de vegetais foi menor que a quantidade recomendada para 51% das participantes, e 47% declararam ingerir carne e embutidos acima do limite aconselhado.

Kunradi afirma que seguir algumas recomendações alimentares pode ajudar a efetividade do tratamento de câncer e manter uma alimentação saudável após o tratamento pode contribuir para diminuir a chance de a doença voltar. “Ter uma alimentação saudável durante o tratamento oncológico – consumir pelo menos 400g/dia de frutas, verduras e legumes e limitar o consumo de carnes vermelhas para no máximo 500g/semana – pode auxiliar na redução do aumento do peso corporal e da concentração de radicais livres no sangue”, recomenda.

Atividade Física

O estudo também identificou fatores como o sedentarismo e a obesidade entre as pacientes. A maioria, 80% das mulheres entrevistadas, não praticava atividade física e 35% eram obesas. O risco de desenvolver câncer é maior se a mulher tem excesso de peso durante a menopausa. Nessa fase, segundo informações do guia para a prevenção do câncer de mama publicado pelo Instituto Arte de Viver Bem, o tecido gorduroso passa a produzir hormônios, o que incita uma multiplicação acelerada das células mamárias.

A publicação também aponta que hábitos como o tabagismo e a ingestão frequente de bebidas alcoólicas podem influenciar a formação de lesões nas mamas. A recomendação é limitar o consumo de álcool a uma única dose, três dias por semana. Quanto ao cigarro, que já está associado a muitos tipos de câncer, orienta-se eliminar de vez o vício e ficar longe das baforadas de fumantes, uma vez que pesquisas também apontam risco para o fumante passivo.

Garra e determinação

As impressões do grupo de pesquisa da UFSC que vem trabalhando com as pacientes de câncer de mama são muito positivas. Kunradi diz que a adesão das mulheres participantes foi imediata. “Elas se dispuseram a fazer de tudo o que pudesse ajudar a combater o câncer e diminuir a chance dos tumores voltarem”, enfatiza a pesquisadora.

“Foi muito gratificante ter tido a oportunidade de participar desta pesquisa em função principalmente da garra e força destas mulheres durante o tratamento. Embora acometidas pela doença e pelos efeitos colaterais da quimioterapia, a maioria enfrenta a fase do tratamento com muita motivação pela expectativa de cura”, complementa Kunradi.

Mais informações

Artigo com a pesquisa realizada pelos alunos e docentes da UFSC (em inglês)
Site do Relatório sobre nutrição e câncer do Fundo Mundial para Pesquisas de Câncer(World Cancer Research Fund)
Site do Instituto Arte de Viver Bem

 

Mayra Cajueiro Warren
Jornalista da Agecom/UFSC

Tags: câncer de mamaOutubro RosaUFSC

Voluntária e ex-aluna da UFSC conta a sua história com o câncer de mama

10/10/2013 14:13

Portadora da doença recomenda apoio familiar e autoestima elevada contra o câncer

Ronilda ao lado da filha durante a caminhada do Outubro Rosa, realizada no último dia 20. Foto: Summer Floripa / Divulgação AMUCC

Ronilda Vieira formou-se em Administração pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) em 1976 e, trinta anos depois, recebeu um diagnóstico de câncer de mama. Fez cirurgia, ficou careca em consequência da quimioterapia, tomou remédios e recuperou-se. Sua principal estratégia foi a de manter-se positiva – antes e durante o tratamento. Hoje, a doença está em remissão, e Ronilda atua na Associação Brasileira de Portadores de Câncer (AMUCC), como vice-presidente, para incentivar a prevenção e conseguir que mais pessoas tenham acesso aos exames que identificam os tumores.

A ultrassonografia de mama virou sua rotina anual a partir dos 40 anos de idade, e, quando completou 50, Ronilda passou a fazer mamografia também. Aos 54, a médica desconfiou, e uma investigação mais profunda diagnosticou nódulos nos dois seios da paciente, que, após nova análise, descobriu que tinha câncer na mama esquerda. “Eram muito pequenos:  um tinha algo em torno de três milímetros; e outro, menos de nove”, conta. Mesmo assim, foi necessário retirar toda a mama afetada, e a mastectomia aconteceu simultaneamente à reconstrução.

Ronilda estava na idade de risco, mas não fumava, não bebia álcool em excesso e amamentou os dois filhos. Todo ano ela reserva o mês do seu aniversário para fazer todas as consultas e exames de rotina, o que ela diz que é o seu presente para si mesma. “Eu sabia que podia acontecer comigo, óbvio; pode acontecer com qualquer pessoa.  Mas tinha o colesterol controlado, não tive casos na família, sempre comi muita fruta e verdura. Eu levei um susto. Quem não leva?”, questiona.

Diagnóstico

Quando soube da doença, guardou segredo para não estragar a festa de formatura da filha, que se graduava em Farmácia; o único que sabia era o marido. “Só contei para ele porque eu estava toda espetada, cheia de curativos”, relata. A cirurgia foi adiada ainda mais porque ela desenvolveu uma pansinusite – inflamação de todas as cavidades do crânio. “Sabe o que é isso? Eu fui atrás de médico, e não havia quem resolvesse. Até que uma neurologista me atendeu, à noite, e ela já fez um monte de avisos, que eu não tinha condições de fazer cirurgia”.

Depois que deu a notícia aos filhos, Ronilda percebeu que a reação foi fria, o que a deixou assustada. “Sabe como é família que se acha preparada? Que reage a tudo muito friamente? Eles me diziam ‘tudo bem, isso tem cura’”, lembra. Até que um dia ela precisou desabar, e veio o alívio ao saber que não estava sozinha. “Eu já estava em tratamento, e foi a primeira vez que eu chorei muito; eu aquela angústia. Estava com medo, mesmo”, confessa. Nesse dia seus filhos choraram e disseram que também estavam com medo.

“É bom chorar, o choro alivia. Se tem alguém com câncer, vai lá, abraça forte, chora junto, fala para ele ‘eu também estou sofrendo, mas nós vamos enfrentar isso juntos; tenho certeza de que vamos sair dessa’. Deve-se dar a chance à pessoa de desabafar contigo. Se você fica muito fria, a pessoa não se sente nem com coragem de desabar”, opina.

Quando pôde ser operada, Ronilda ficou 11 horas na sala de cirurgia. A reconstrução foi feita utilizando músculo das costas e prótese de silicone. Ela diz que a necessidade de adiar em mais de um mês a mastectomia foi positiva. “A grande vantagem foi ter esperado, porque eu tive tempo de pensar em tudo, sem ter que fazer às pressas. Fui elaborando, sem ir naquele pavor para a cirurgia”, ressalta.

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