Abertas inscrições para os Jogos Intercursos

30/10/2008 08:30

A 5ª fase do Curso de Bacharelado em Educação Física promove nos finais de semana entre 1º e 16 de novembro os Jogos Intercursos. O objetivo é promover a integração nos vários centros da UFSC através de jogos, ações culturais e festas. As atividades são divididas em três modalidades: jogos esportivos, jogos sedentários e atividades de conscientização social.

As inscrições são presenciais e devem ser feitas no Centro Acadêmico de Educação Física, entre os dias 13 e 24 de outubro. A inscrição é efetuada mediante pagamento de uma taxa de R$ 10,00, ou doação de alimento não perecível ou sangue (apresentar comprovante de doação feita em até dois meses). É necessária ainda, a apresentação de documento de identificação e comprovante de matrícula em curso da UFSC.

Modalidades Esportivas:

– Futsal;

– Voleibol;

– Handebol;

– Basquetebol (masculino)

– Street Ball (feminino)

– Natação;

Jogos sedentários:

– Truco;

– Xadrez;

– Winning Eleven;

Atividades de conscientização social

– Gincana Ecológica.

– Doações de sangue;

– Doações de alimentos.

Mais informações:

Mayara Horner 9907-2928 ou mayarahorner@gmail.com (Comissão de Divulgação)

Especial Pesquisa: crustáceos comprovam impactos de compostos químicos liberados em sistemas de refrigeração e plásticos

30/10/2008 08:19

“Não temos dúvidas sobre as vantagens de utilizar aparelhos de ar condicionado, geladeiras, automóveis ou até mesmo um simples copo plástico. No entanto, tais benefícios podem estar vinculados a uma série de problemas ambientais que trazem sérias conseqüências para a saúde humana e para a manutenção dos ecossistemas”. O alerta é resultado do trabalho conjunto de pesquisadores da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e da Fundação Universidade Federal do Rio Grande (FURG) para estudo do impacto da radiação UVB e do bisfenol A em crustáceos.

A radiação UVB, que não atinge naturalmente a superfície terrestre, vem sendo intensificada pela destruição da camada de ozônio por substâncias como os clorofluorocarbonos – compostos químicos liberados durante a utilização de sistemas de condicionamento de ar, compressores de geladeiras e alguns tipos de sprays. Estas substâncias comprometem a função primordial da camada de ozônio, que é reter a passagem de alguns comprimentos de onda da radiação solar, entre elas a radiação ultravioleta B (UVB).

O bisfenol A faz parte da constituição de copos plásticos descartáveis e garrafas pet. Está também presente no revestimento de latas de conservas, de refrigerantes, de cervejas e até mesmo em mamadeiras. Quando estes recipientes são aquecidos ou expostos a mudanças de pH, liberam o bisfenol A, que mimetiza ação de hormônios estrógenos, podendo provocar alterações hormonais capazes de comprometer órgãos como o cérebro, a próstata e as glândulas mamárias, ou provocar distúrbios durante a puberdade.

As pesquisas (são vários projetos desenvolvidos paralelamente) evidenciam os efeitos da radiação UVB e do bisfenol A em camarões e caranguejos. A execução dos projetos tem sido viabilizada com recursos financeiros dos órgãos de fomento à pesquisa, como CNPq, Faperj, Fapesc e Faperg. Os estudos são realizados através de metodologias que utilizam marcadores moleculares em diferentes tipos de células do sistema nervoso e visual destes crustáceos, especialmente células gliais, que com os neurônios participam das funções do sistema nervoso.

“Resultados obtidos no sistema visual de caranguejos adultos após a exposição à radiação ultravioleta mostram alterações nos fotorreceptores compatíveis com as alterações típicas de morte celular”, descrevem as professoras Silvana Allodi, Nádia Miguel e a bióloga Inês Wajsenzon, da UFRJ. De acordo com as pesquisadoras, algumas substâncias celulares que são ativadas e que podem causar morte celular foram avaliadas e o grupo agora pretende verificar se as células têm competência para ativar seus mecanismos de defesa e recuperar suas funções.

Além de indivíduos adultos, são estudados ovos de crustáceos, em experimentos que simulam a incidência da radiação UVB nos ambientes naturais. Os resultados obtidos na UFSC e UFRJ (estudos desenvolvidos pelas professores Yara M. R. Müller, Dib Ammar, Evelise Nazari e Silvana Allodi) evidenciam alterações celulares e moleculares produzidas pela radiação no desenvolvimento embrionário de camarões de água doce. “Interessante também é notar que na natureza foram coletados animais que apresentavam alterações similares ao observado após exposição à radiação no laboratório, o que sugere que a dinâmica dos ecossistemas já esteja sendo afetada pelas condições atuais de radiação solar”, avaliam as equipes.

Na FURG, o efeito do bisfenol A tem sido avaliado no desenvolvimento de larvas de caranguejos pelo professor Pablo Elias Martinez, que trabalha em colaboração com a UFRJ. “Freqüentemente, os mamíferos são os modelos de estudo nessas investigações, devido a sua maior semelhança com os seres humanos. No entanto, muitos dos efeitos desses compostos químicos podem ser melhor avaliados em outros grupos, como nos crustáceos, cujos sistemas orgânicos são estruturalmente menos complexos e ao mesmo tempo mantém um caráter conservativo de muitos mecanismos celulares e moleculares”, explicam os pesquisadores. De acordo com o grupo, esses animais habitam ambientes variados, como o terrestre, de água doce e salgada, além de suportar condições extremas de temperatura, o que os credencia como bons modelos de estudo, tanto em ambientes naturais, como em laboratório.

“Os crustáceos são um excelente modelo animal em pesquisas que investigam os efeitos de fatores ambientais sobre os organismos animais e suas conseqüências para o meio ambiente”, destacam os professores. Os resultados, publicados em revistas científicas e apresentados em congressos, ressaltam a relevância da pesquisa, que evidencia em análises celulares e moleculares os efeitos deletérios dos clorofluocarbonos e do bisfenol A.

Mais informações:

UFSC:

– Yara Maria Rauh Muller (yararm@ccb.ufsc.br) – (48) 3721-9799

– Evelise Maria Nazari (evelise@ccb.ufsc.br) – (48) 3721-9799

UFRJ:

– Silvana Allodi (sallodi@histo.ufrj.br) – (21) 2562-6431

FURG:

– Pablo Elías Martinez (pabloeliasm@gmail.com) –

Três chapas disputam direção do DCE

29/10/2008 17:25

As três chapas que concorrem à eleição do Diretório Central dos Estudantes Luiz Travassos, o DCE, realizaram ontem(29)debate no auditório da Reitoria. As chapas são organizadas por alunos da graduação. A chapa 1 se chama Boas Novas, a 2 Para além dos muros e a 3 O sonho é popular. A eleição para o DCE acontece nos dias 11 e 12 de novembro.

Qualquer estudante da UFSC pode votar. Nos dias da eleição, cada centro, inclusive o Colégio de Aplicação, terá uma urna. Para votar é preciso apenas apresentar documento de identidade. Segundo Jonaz Barcelos, membro da Comissão Eleitoral, seis mil dos mais de 30 mil alunos da universidade costumam participar do pleito.

A gestão anterior, chamada Educação não é mercadoria, terminou o mandato no início deste mês. Após a eleição, a nova chapa presta contas a Comissão Eleitoral, formada por alunos da UFSC escolhidos no Conselho de Entidades de Base, e deverá tomar posse até 20 de novembro.

No dia 4 de novembro, um dia antes da votação, será feito um outro debate, no auditório do Centro de Convivência.

Informações com Jonaz: 9144 6924.

Conheça as chapas que concorrem a eleição do DCE da UFSC:

Chapa 1 – Boas Novas

Chapa 2 – Para além dos muros

Chapa 3 – O sonho é popular

Por Letícia Arcoverde/ Bolsista de Jornalismo na Agecom

Evento Brasileiro de Créditos Ambientais oferece 50% de inscrições para estudantes

29/10/2008 16:07

Será realizado em Florianópolis, nos dias 3 e 4 de novembro, o III Evento Brasileiro de Créditos Ambientais. O encontro será realizado no Centro de Cultura e Eventos da UFSC, reunindo experts em Mercado de Carbono, Sustentabilidade e Créditos non-CO2. O objetivo é demonstrar às empresas, instituições e profissionais de diversos ramos de atuação soluções para os problemas

ambientais. Estudantes podem fazer inscrição com 50% de desconto.

Instituições como Ministério das Relações Exteriores (MRE), Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Itaipú Binacional, Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), Instituto Nacional Pesquisas Especiais (INPE), Agência Nacional de Águas (ANA), Petrobras, Embrapa, Conselho Internacional paraIniciativas Ambientais Locais (ICLEI) e MAR Assessoria Ambiental e Internacional disponibilizaram profissionais especializados para compor o quadro de palestras. No grupo há profissionais técnicos que também compõem a comissão do Executive Board da ONU no Brasil.

Saiba Mais:

Palestras:

– Convenções da UNFCCC (Accra, Poznan e Copenhague) e seus impactos nos diversos Setores Brasileiros e Projetos de Mecanismo de Desenvolvimento Limpo”

Sérgio Barbosa Serra: Embaixador Extraordinário para a Mudança do Clima do Ministério das Relações Exteriores – MRE, atuante desde 2007 nas reuniões da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas – CQNUMC / UNFCCC e do Protocolo de Quioto e em outros eventos, nacionais e internacionais, ligados ao tema.

– Financiamentos para Projetos de Créditos de Carbono (MDL) na Indústria, de Energia, etc…”

Raul Andrade: Analista do Departamento de Meio Ambiente do Banco

Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social – BNDES.

– Reflorestamento: Escalas, Barreiras e Oportunidades de Créditos de

Carbono (MDL)

Marcelo Theoto Rocha: Eng. Agronomo, D.Sc. em Ciências (Economia

Aplicada), pesquizador da ESALQ/USP participante da Câmara Temática no Forum Brasileiro de Mudanças Climáticas.

– Energia e Sustentabilidade

Nelton Miguel Friedrich: Diretor da Coordenação de Meio Ambiente da

Itaipu Binacional.

– Um Negócio Sustentável de Sucesso

Thai Goóc: Diretor da Goóc, projeto de sustentável com insumos de pneus reciclados.

– Construções Sustentáveis: Projeto e Questões Socioambientais

Carlos Roberto Carvalho Fujita: Membro da Câmara Brasileira da Indústria da Construção CBIC, Vice-Presidente da Federação das Indústrias do Estado do Ceará – FIEC.

– Projetos Sustentáveis e Desenvolvimento em Pequena e Grande Escalas

José Carlos Gameiro Miragaya: Gerente de Biocombustíveis,

Desenvolvimento Energético / Gás e Energia da Petrobras

– Reconheça o seu Patrimônio Ambiental e Demonstre Sustentabilidade

Roulien Paiva Vieira: Analista Ambiental da MAR Assessoria Ambiental e Operador de Esquemas de Negociações Ambientais – ETS.

– Agroenergia: Agricultura Sustentável e Biocombustíveis

Ariovaldo Luchiari Júnior: Chefe adjunto de Pesquisa e Desenvolvimento da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária – EMBRAPA Meio Ambiente.

– Água: Projetos Sustentáveis e Créditos para Agricultura

Devanir Garcia dos Santos: Gerente da Superintendência de Conservação de Água e Solo da Agência Nacional de Águas – ANA.

– Transporte e Mudanças Climáticas

Florence Laloe: Gerente de Projetos do Conselho Internacional para

Iniciativas Ambientais Locais – ICLEI / Governos Locais pela

Sustentabilidade.

– Case de Sucesso de Projeto Sustentável e Mecanismo de Desenvolvimento Limpo – MDL”

Curso:

– Compreenda as Ações Socioambientais que possam levar sua Instituição/empresa a uma imagem de sustentabilidade e enquadrar-se no Mecanismo de Desenvolvimento Limpo, Créditos de Carbono do Protocolo de Kyoto.

Roulien Paiva Vieira – Analista Ambiental, Operador de ETS e ITL, e

Diretor Técnico da MAR Assessoria Ambiental e Internacional.

Mais informações: a href=http://www.creditosambientais.com.br>www.creditosambientais.com.br

Portal abre “janela virtual” para literatura de qualidade

29/10/2008 15:48

Após colocar a obra completa de Machado de Assis na Internet e em CD-ROMs a serem distribuídos por escolas públicas, pesquisadores da UFSC estão digitalizando livros de autores catarinenses, com financiamento da Fundação de Apoio à Pesquisa Científica e Tecnológica do Estado de Santa Catarina (Fapesc) e do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).

E como se fosse pouco ter ao alcance do mouse obras de Cruz e Sousa, Luís Delfino, Ernâni Rosas, Araújo Figueiredo, Virgílio Várzea, Horácio Nunes Pires e Duarte Schutel, serão postos on line periódicos raros como a revista Sul, “que praticamente introduziu o modernismo em Santa Catarina nos anos 40,” nas palavras do professor Alckmar Luiz dos Santos, coordenador do Núcleo de Pesquisas em Informática, Literatura e Lingüística.

Na mesma equipe trabalham doutores da UFSC, Univali e da Univille, fora bibliotecários como Rodrigo de Sales, mestre em Ciências da Informação. “Conforme a gente vai inserindo novos livros, eles já estarão on line, mas o prazo final de entrega dos acervos do Portal é maio de 2011”, diz Rodrigo.

O Nupill recebeu quase $400 mil da Fapesc e do CNPq por ter sido contemplado pelo Pronex (Programa de Apoio a Núcleos de Excelência. Por meio dele, terá mais verbas por causa de “sua comprovada competência, de sua reputação técnico-científica reconhecida nacional e internacionalmente”, como se lê na última chamada pública do Pronex.

Ao longo de 12 anos, os pesquisadores do grupo construíram a maior biblioteca digital de Literatura Brasileira com 63.067 obras e 15.927 autores. “O acervo ajuda desde o aluno de ensino médio ou fundamental até quem faz doutorado”, diz o professor Alckmar.

Não basta escanerizar um livro para ele ser inserido no Portal. “Quando se faz a digitalização, sempre ficam problemas de transcrição. Por isso são necessárias revisões exaustivas”, explica o professor. Ao permitir a contratação de serviços de terceiros, o Pronex vai tornar possível uma edição extremamente confiável das obras, como é o caso das poesias de Cruz e Souza.

Outros autores catarinenses e suas obras mais significativas foram selecionados por experts do Centro de Comunicação e Expressão da UFSC para integrar o Portal, junto com os periódicos literários O Moleque, Litoral e Sul, atualmente sob a guarda da Academia Catarinense de Letras. Eles poderão ser acessados via Internet por meio do site www.nupill.org.

Heloísa Dalanhol – Assessoria de Imprensa da Fapesc

Mesa-redonda discutiu extensão universitária na 7ª Sepex

29/10/2008 15:24

Na tarde da última sexta-feira (25/10), cerca de 15 professores aproveitaram a realização da Semana de Ensino, Pesquisa e Extensão para debater os desafios e rumos da extensão universitária na Sala dos Conselhos da UFSC. Estiveram presentes a Pró-Reitora de Pesquisa e Extensão, Débora Peres Menezes (que também é membro da Comissão Executiva da Sepex) e a diretora da Editora da Universidade Estadual de Ponta Grossa (PR), professora Beatriz Nadal.

No início da discussão, o professor Gilson Braviano, do Departamento de Expressão Gráfica da UFSC, falou sobre a revista eletrônica Extensio, que desde maio de 2004 divulga as atividades de extensão da UFSC. Criada a partir de artigos escritos que se acumularam, em 6 edições já publicou cerca de 120 trabalhos.

Para diretora da Editora da Uepg, Beatriz Nadal, um dos principais obstáculos à extensão é a falta de publicações. “Temos que mostrar que a extensão não é só uma prática”, avalia. Ela também comentou sobre a revista Conexão, que divulga os projetos de extensão daquela universidade, e elogiou a extensão na Sepex: “(a produção está) muito bonita, diferenciada. O volume mostra a potencialidade que a UFSC está trabalhando”.

Já para Pró-Reitora de Pesquisa e Extensão, professora Débora Peres Menezes, é necessário “dar visibilidade e transformar satisfatórios em bons trabalhos”. Ela também avaliou que a extensão deveria pontuar com mais relevância na Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES), o que estimularia docentes a produzirem artigos de extensão.

A mesa-redonda fez parte das atividades da 7ª Semana de Ensino, Pesquisa e Extensão da UFSC, que mostrou a produção científica da universidade de 22 a 25 de outubro.

Por Júlio Ettore Suriano / Estudante do Curso de Jornalismo na UFSC

Projeto da UFSC é premiado no segundo Concurso Holcim Awards 2008 América Latina

29/10/2008 14:31

Proposta da UFSC: torre multifuncional

Proposta da UFSC: torre multifuncional

Um projeto desenvolvido junto ao Laboratório de Eficiência Energética em Edificações (LabEEE), ligado ao Departamento de Engenharia Civil da UFSC, ganhou o Bronze Award, no segundo Concurso Holcim Awards 2008 América Latina. O concurso concedeu premiações no valor total de 270.000 dólares americanos a 12 projetos de toda a região, que apresentam soluções inovadoras de habitações sociais, eficiência energética e revitalização de comunidades e recursos hídricos. Os vencedores foram divulgados no dia 23 de outubro, na Cidade do México (México).

A Holcim Foundation for Sustainable Construction, sediada na Suíça, realiza o concurso em cinco regiões do mundo. Quase cinco mil projetos de 90 países participaram da avaliação que tem como objetivo fornecer ao setor da construção respostas sustentáveis a temas tecnológicos, ambientais, socioeconômicos e culturais.

O projeto da UFSC é uma torre multifuncional compacta, que abriga uma cisterna para coleta de água de chuva, a caixa de água e um equipamento coletor solar para aquecimento de água. Foi desenvolvido pela arquiteta Maria Andrea Triana e pelos engenheiros Roberto Lamberts (professor do Departamento de Engenharia Cicil da UFSC) e Marcio Antonio Andrade. A proposta foi considerada uma solução inovadora e econômica para a melhoria da qualidade de vida em áreas urbanas pobres e favelas.

A torre pode ser instalada inclusive em favelas densas. Na avaliação do júri, é uma solução capaz de proporcionar melhoria considerável das condições de vida diárias dos moradores.

Os vencedores dos prêmios ouro, prata e bronze de cada região classificam-se automaticamente para a edição global Holcim Awards. No concurso global, os 15 projetos concorrentes serão novamente avaliados. Os vencedores serão anunciados em maio de 2009, na Suíça.

O Holcim Awards é um concurso internacional trienal, promovido pela Holcim Foundation for Sustainable Construction. O concurso busca premiar projetos de construção sustentável inovadores, tangíveis e orientados para o futuro. Oferece um prêmio em dinheiro de 2 milhões de dólares em cada ciclo da competição. O concurso é realizado em colaboração com universidades parceiras de renome: Universidad Iberoamericana, México; Universidade de São Paulo, Brasil; Swiss Federal Institute of Technology (ETH Zurique), Suíça; Massachusetts Institute of Technology (MIT), EUA; Tongji University, China; e a University of the Witwatersrand (Wits), África do Sul.

Saiba mais sobre o projeto da UFSC:

Autores

Maria Andrea Triana, arquiteta, LabEEE-UFSC, Florianópolis, Brasil

Roberto Lamberts, engenheiro, LabEEE-UFSC, Florianópolis, Brasil

Marcio Antonio Andrade, engenheiro, LabEEE-UFSC, Florianópolis, Brasil

Comentário do júri do Holcim Awards

Este projeto propõe uma solução econômica e inovadora para um problema muito comum relacionado com a habitação de famílias de baixos rendimentos. Devido à falta de infra-estrutura pública, os moradores não têm acesso direto a água potável, sistemas de tratamento de esgotos e abastecimento de energia. O problema mais grave é a água potável e quente, necessidades básicas que são abrangidas pela cisterna sustentável, que proporciona um sistema de coleta de água da chuva, depósito de armazenamento de água potável e dispositivo de aquecimento de água utilizando energia solar em uma estrutura integrada.

A cisterna é composta por anéis pré-fabricados feitos de ferrocimento. O sistema modular, adaptável a necessidades e situações locais diferentes, pode ser incorporado em casas novas bem como em casas já existentes, e permite eficiência energética e utilização racional da água. A combinação inteligente de tecnologias existentes e comprovadas tem um grande potencial para a produção industrial e realização de economias de escala associadas no sentido de reduzir os custos de produção por unidade.

É um conceito inovador com impacto considerável sobre as condições de vida diárias das famílias pobres e com um grande potencial de transferabilidade.

Mais informações:

Maria Andrea Triana, arquiteta, LabEEE-UFSC: andrea@labeee.ufsc.br / 3721 5184 / 9971 4190

Roberto Lamberts: lamberts@ecv.ufsc.br/ 3721 5193 / 3721 7090

Pode obter mais informações sobre este projeto e o concurso Holcim Awards, incluindo imagens do projeto em alta resolução em: www.holcimawards.org/LATAM

Vencedores do Holcim Awards 2008 da região da América Latina

Holcim Awards Gold 2008 – USD 100,000

Urban integration of an informal area, Medellín, Colômbia

Autor principal: Gustavo Adolfo Restrepo, arquiteto, Empresa de Desarrollo Urbano, Medellín, Colômbia

Holcim Awards Silver 2008 – USD 50,000

Low-energy university mediatheque, Rio de Janeiro, Brasil

Autor principal: Angelo Bucci, arquiteto, da SPBR arquitetos, São Paulo, Brasil

Holcim Awards Bronze 2008 – USD 25,000

Solar water heating and rainwater tower, Brasil

Autores: Maria Andrea Triana, arquiteta, Roberto Lamberts, engenheiro, e Marcio Andrade, engenheiro, LabEEE da UFSC, Florianópolis, Brasil

Holcim Awards Acknowledgement prizes 2008 – USD 10,000 por prêmio

– Ecological river remediation park, Morelia, México

Autor: Mario Schjetnan, arquiteto, Grupo de Diseño Urbano, Cidade do México, México

– Energy-efficient medical and social center, São Paulo, Brasil

Autor principal: Leonardo Shieh, arquiteto, São Paulo, Brasil

– Mountain trail for land preservation and urban demarcation, Bogotá, Colômbia

Autor principal: Diana Wiesner, arquiteta, Arquitectura Y Paisaje, Bogotá, Colômbia

– Multi-modal transport hub upgrade, Rio de Janeiro, Brasil

Autores principais: Antonio Carlos Lopes Saraiva, Rafael Alencar Saraiva, Thais Galvão Meireles, arquitetos, Artetec Arquitetura, Rio de Janeiro, Brasil

– Post-earthquake reconstruction, San Lorenzo de Tarapacá, Chile

Autor: Rene Mancilla, arquitecto, RM-C Architects, Iquique, Chile

– Sanitation and river remediation, Tuxtla Gutiérrez, México

Autores: Eduardo Cruz, e Ricardo Muñoz, arquitetos, LHB Arquitectura, Tuxtla Gutiérrez, e Pablo Velázquez, arquiteto, ADN Arquitectura, Cidade do México, México

Holcim Awards “Next Generation” 1st prize 2008 – USD 20,000

Coastal fog-harvesting tower, Huasco, Chile

Autor principal: Alberto Fernandez Gonzalez, arquiteto, Santiago, Chile

Holcim Awards “Next Generation” 2nd prize 2008 – USD 10,000

Eutropia low-cost and space-efficient social housing, Cidade do México, México

Autores: Ricardo Julian Vásquez Ochoa e Emilio José García Bidegorry, arquitetos, Cidade do México, México

Holcim Awards “Next Generation” 3rd prize 2008 – USD 5,000

Agriculture facility for inner-city voids, Campinas, Brasil

Autor: Thiago Cintra Pilegi, arquiteto, São Paulo, Brasil

Fonte: Edward Schwarz, +41 58 858 8292 / +41 79 433 9933, info@holcimfoundation.org

Abertas inscrições para bolsas na Europa

29/10/2008 12:52

Estão abertas as inscrições para bolsas de estudos na Europa, nos níveis de graduação, doutorado sanduíche, doutorado pleno e pós-doutorado, além de missões para professores. As bolsas do Programa Erasmus Mundus da União Européia estão ligadas a dois projetos de que a UFSC participa. Cada um deles envolve dez universidades européias e dez universidades brasileiras.

Projeto ISAC:

O Projeto ISAC (improving skills across continents) é coordenado pela Universidade de Coimbra e oferecerá 6 bolsas para alunos de graduação cursarem um semestre na Europa, cinco bolsas para estágios doutorais (sanduíche) de 9 meses de duração e duas bolsas para doutorado pleno (30 meses de duração), além de uma bolsa para professor realizar pesquisas durante um mês em uma das universidades parceiras. Das bolsas de graduação, quatro são para as engenharias, uma é para Educação e Formação de Professores (Pedagogia e Licenciaturas) e uma destina-se a alunos de Ciências Sociais (Ciências Sociais, Economia, Serviço Social).

As bolsas de doutorado destinam-se a alunos das engenharias. Maiores informações podem ser encontradas no site www.uc.pt/isac. As bolsas são no valor de 1.000 euros mensais para graduação, 1500 euros mensais para doutorado e 2500 euros mensais para professor, além do bilhete de avião e de seguro-saúde (até os limites respectivos de 2.500 euros no total e de 75 euros por mês). As atividades referentes a essas bolsas devem ser iniciadas até o dia 31 de março, recomendando-se que os alunos de graduação cursem o semestre que vai de fevereiro a julho de 2009.

As bolsas para graduação nas áreas de Engenharias são para vagas disponíveis nas Universidades de Coimbra e do Minho (Portugal), Técnica de Praga (Rep. Techeca), Stuttgart (Alemanha), Técnica de Lulea (Suécia), Trento (Itália) e Liége (Bélgica). Na área de Educação as bolsas podem ser usadas nas Universidades de Coimbra e do Minho (Portugal), Barcelona (Espanha), Trento (Itália), Leiden (Holanda) e Liége (Bélgica). Estudantes na área de Ciências Sociais podem ser apoiados nas Universidades de Coimbra e do Minho (Portugal), Barcelona (Espanha), Trento (Itália) e Liége (Bélgica).

Na inscrição, o aluno indica três universidades em ordem de preferência. A análise do histórico e do curriculum vitae (modelo da União Européia, disponível no site) servirá de base para a seleção dos alunos e para a indicação da universidade receptora. A documentação pode ser obtida no site do Projeto. O candidato deve preencher e assinar os formulários, anexar os documentos exigidos e encaminhar ao DECAD. O DECAD irá, junto com uma comissão de professores, encaminhar a lista de classificação à Coordenação do Projeto, cujo Comitê Científico tomará a decisão final sobre as concessões de bolsas.

As bolsas de graduação concedidas por este projeto deverão ser concedidas para o período de agosto de 2009 a janeiro de 2010. Dúvidas? Envie sua pergunta para isac@reitoria.ufsc.br

Projeto Eurowindows Brasil

É coordenado pela Universidade do Porto, está com suas inscrições abertas dos dias 1º a 16 DE NOVEMBRO no site http://ebw.up.pt. Trata-se de um conjunto diferente de universidades, e também há diferenças nos processos de inscrição e seleção. As inscrições são feitas on-line e aquelas que seguirem as normas do projeto e a regulamentação da UFSC serão validadas pelo DECAD.

A seleção e a indicação da universidade a freqüentar são feitas pelo Comitê Científico do Projeto. As inscrições validadas pela UFSC devem receber de 4 a 6 bolsas de estágio doutoral (sanduíche) e de 5 a 7 bolsas para graduação. Em função dos perfis dos candidatos e dos planos de trabalhos, candidatos encaminhados pela UFSC poderão receber bolsas de doutorado na área de Engenharias. De forma semelhante ao outro projeto, poderão ser alocadas bolsas para alunos das Engenharias, da área de Educação e nas áreas de Ciências Sociais já especificadas.

Dúvidas? Envie sua pergunta para ebw@reitoria.ufsc.br

Fonte: Secretaria de Relações Institucionais e Internacionais / Sinter

http://www.sinter.ufsc.br/

Nova diretora do RU assume o cargo cheia de idéias

29/10/2008 11:57

Desde o dia 13 de outubro o Restaurante Universitário da UFSC está sob nova direção. A servidora técnico-administrativa Deise de Oliveira Rita assumiu o cargo cheia de idéias e prometendo inovações para o início de 2009. A construção da nova cozinha do e a ampliação da área física do restaurante é a grande novidade para o setor. Com recursos garantidos de 2,3 milhões de reais, o projeto está sendo elaborado pelo Escritório Técnico-Administrativo da UFSC. Já a obra vai ser feita atrás do Centro de Treinamento dos Servidores, próximo ao planetário.

Também os cartões de ingresso ao restaurante passam por reformulação para melhor atender à comunidade universitária. O projeto de reforma nas instalações vai criar um sistema de fila única e uma só porta de entrada do restaurante. Para isso, segundo Deise, duas catracas serão instaladas, possibilitando melhor ocupação do espaço. A posição das mesas será remodelada e o sistema self service, implantado com sucesso na ala “A”, vai ser adotado também na “B”.

As mudanças não vão parar por aí. Empresas estão sendo contatadas para o fornecimento de alimentos pré-cozidos. Conforme informação da diretora, isso vai facilitar bastante o trabalho dos servidores, uma vez que a demanda por legumes a serem descascados é muito grande, sobrecarregando o pessoal e as máquinas destinadas a isso. No novo cardápio deverá ter arroz integral, novas opções em saladas e várias sobremesas. Além disso, os bandejões deverão ser substituídos por pratos e bandejas plásticas.

Por José Antônio de Souza/jornalista na Agecom

Foto: Paulo Noronha/ Agecom

Um olhar acurado sobre a obra de Cascaes

29/10/2008 11:44

Uma das homenagens ao centenário de nascimento de Franklin Cascaes (1908-1983), o mais arguto pesquisador das tradições da Ilha de Santa Catarina, é a publicação de Franklin Cascaes, o mito vivo da Ilha (Mito e magia na arte catarinense), da crítica de arte Adalice Maria de Araújo.

O volume, publicado pela Editora da UFSC, apresenta uma análise dos aspectos lúdicos, profanos e religiosos da obra de Franklin Cascaes, incluindo figuras como bruxas e lobisomens. No livro sobre o artista, que também foi desenhista, ceramista e escultor, o imaginário sobrepõe-se ao real. Com ele, a EdUFSC facilita a vida de quem deseja entender melhor a cultura de Florianópolis e região, por meio de uma de suas figuras mais emblemáticas.

A obra derivou de outra, Mito e magia na arte catarinense, de 1978, tese na qual a crítica paranaense analisava a produção artística em terras de Santa Catarina e que repercutiu numa mostra sobre o tema na I Bienal Latino-americana de São Paulo, no mesmo ano, reunindo Cascaes e Eli Heil. O volume reeditado pela EdUFSC trata apenas de Cascaes, num texto revisado, reorganizado e atualizado, de forma a atender especialmente o público escolar, universitário, como convém à vocação da editora.

Na obra, a autora faz uma análise do processo criativo de Franklin Cascaes, que deixou milhares de peças, muitas delas ainda hoje guardadas no Museu Universitário da UFSC. A leitura de Adalice Araújo – que fez uma série de entrevistas com o artista em 1977 – alcança também o mundo mítico ilhéu, com suas bruxas e assombrações, os diferentes ciclos da mitologia catarinense, as narrativas e festas profanas e religiosas e os principais hábitos e costumes trazidos pelos colonizadores açorianos.

O livro é sumamente enriquecido pelo prefácio – um misto de testemunho e crônica de saudade – do museólogo Gelcy Coelho, o Peninha, que é o mais respeitado seguidor do mestre, a quem conheceu no início dos anos 70. O primeiro contato com os trabalhos expostos no Museu de Antropologia da UFSC provocou arrebatamento. Falando sobre as peças, Peninha escreveu: “Estão todas flutuando num universo interplanetário, em comunhão com o esplendor divino e celestial (…), ao mesmo tempo terráqueo, demoníaco, caboclo, sertanejo, ingênuo, profundo e, por isso, sublime”.

Nas reminiscências, Peninha fala do processo de trabalho de Cascaes, de seu inseparável caderno de anotações e das entrevistas que fez em todos os cantos da Ilha acompanhado da mulher, a professora Elizabeth Pavan Cascaes, que tocava piano e bandolim e foi o arrimo do mestre durante seus longos anos de pesquisas. Ele faz também uma minuciosa descrição da residência do casal, na rua Júlio Moura, centro de Florianópolis, com seus elementos de religiosidade e seus “móveis sólidos, escuros, austeros”. E se detém na relação entre mestre e aprendiz no Museu Universitário, marcada por trocas e provocações, desafios e uma parceria que se estendeu até a morte do artista – e que, na prática, subsiste até hoje, por meio da preservação e difusão da obra de Cascaes.

Na linhagem dos grandes artistas

Na linguagem metódica dos críticos, Adalice Araújo se debruça sobre o conjunto da obra de Franklin Cascaes, seu processo criativo e o registro e a ilustração de elementos fantásticos como bichos que falam, seres que voam, bruxas, curupiras, vampiros – enfim, o rico imaginário sobrepondo-se ao real, ao cotidiano.

A autora chama a atenção também para a “pureza infantil” que caracteriza a obra de Cascaes, para a matriz popular que a inspirou, para o “underground mítico” que o inscreve “na linhagem dos mestres fantásticos e surrealistas”. Os registros escritos e os trabalhos bidimensionais e tridimensionais – um legado de cerca de 2.700 peças, incluindo esboços, composições, desenhos e figuras em argila e gesso – possuem uma imensurável importância documental, porque ajudam a preservar a rica tradição mítica do povo ilhéu.

A questão da bruxaria merece uma atenção especial, com uma longa análise das categorias bruxólicas, sua caracterização e iniciação, aspecto físico, locais onde aparecem, as metamorfoses, os congressos e até as armadilhas utilizadas pelos mais receosos para neutralizar as ações das bruxas. Também há em Cascaes um sentido lírico e erótico que permeia as relações entre bruxas e boitatás, que se afina com a atmosfera onírico-mágica da Ilha. Esse era um tema caro ao pesquisador, que tem partes de seus relatos reproduzidas no livro de Adalice Araújo, assim como desenhos em nanquim e minúsculas esculturas em argila retratando bruxas como as descritas pelos antigos moradores do interior de Florianópolis.

A autora do livro também se detém na descrição do ambiente em que se deu a formação do artista. A vida em Itaguaçu, bairro então pertencente ao município de São José, era muito ligada à pesca artesanal e à pequena agricultura, e também às festas e cultos religiosos. Isso influenciou muito a criação de Cascaes, que igualmente assimilou as referências ao fantástico, presentes nas conversas dos trabalhadores braçais. Dali veio, pela grande tradição das olarias na região, o gosto pela escultura – inicialmente em areia na praia, depois com argila, que foi uma atividade quase diária ao longo da vida.

Desse mister derivam as inúmeras figuras de peças em barro reproduzindo carros-de-boi, engenhos e pescadores, além de trabalhos extremamente elaborados retratando mulheres descaroçando algodão, urdindo no tear e torrando café caseiro. Sua temática inclui ainda peças de carpintaria e cestaria, cruzes caboclas e coleções inteiras recriando a procissão do Senhor dos Passos, as festas do Divino, a brincadeira do boi-de-mamão, o ritual do cacumbi, as festas juninas, os folguedos infantis e os festejos populares.

Mais informações na Editora da UFSC, pelo fone (48) 3721-9408.

Por Paulo Clóvis Schmitz/ Jornalista na Agecom

ARTIGO

29/10/2008 09:26

No dia 26 de outubro de 2008, não só a Universidade Federal de Santa Catarina, mas a sociedade catarinense, em especial a indígena, perdeu um de seus ardorosos defensores: o intelectual Antropólogo Sílvio Coelho dos Santos (1938-2008). Sua trajetória antropológica é amplamente divulgada e conhecida, entretanto, sua contribuição à demarcação e consolidação do campo educacional catarinense, especialmente na década de 1960, formulando idéias sobre o sistema de ensino, que culminou com a elaboração do primeiro Plano Estadual de Educação, continua circunscrita àquela época. É desse intelectual que termina clamando por mais e mais educação, em sua obra “Tempos oportunos” (2007), que desejamos lembrar aqui.

Seu percurso acadêmico tem inicio quando, em 1960, se licenciou em História na Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras, da UFSC, e desde 1961 exerceu a mestria na instituição, como colaborador do Professor Osvaldo Rodrigues Cabral, na cadeira de Antropologia. Santos acumulou experiências também na educação básica.

A década em questão traz à tona um tempo no qual Santa Catarina estava envolta com o Plano de Metas do governo I/II, um plano global de modernização proposto e colocado em prática pelos governadores Celso Ramos, na primeira etapa, e Ivo Silveira numa segunda. Pela aplicação de recursos ao homem, ao meio e à expansão econômica, objetivava-se modernizar, industrializar o Estado. Modernização que tinha como marca a necessidade de planejar, de buscar o conhecimento científico para colocá-lo a serviço da administração pública, tarefa impensável sem enfrentar a questão educacional.

Nessa odisséia modernizadora a educação foi tida como um fenômeno fundamental para a concretização das propostas. Para fomentar esse setor foram criadas principalmente três instituições: o Centro de Estudos e Pesquisas Educacionais (CEPE), a Faculdade de Educação (FAED) e a então Universidade para o Desenvolvimento do Estado de Santa Catarina (UDESC).

Na primeira é que a presença de Sílvio Coelho dos Santos foi fundamental, desde sua criação em 1963, desenvolvendo pesquisas em educação balizadas pelos parâmetros das Ciências Sociais, tônica de sua formação, até 1970, quando dela se afastou. Concomitante às atividades de ensino que desenvolvia na Cadeira de Antropologia, realizava pesquisas educacionais contribuindo para a organização do CEPE, da FAED, e da UDESC.

Os primeiros movimentos para a criação do CEPE se constituíram ambiente de renovação, que tinha como fundamento as metas de governo, e contava com recursos centrados para esse projeto “e uma vontade de um bocado de gente nova” (Santos, 2004). Santos, no contexto, era o sangue novo que liderava no CEPE um grupo que desenvolvia pesquisas sobre as condições da educação no Estado.

A criação do CEPE na sua concepção foi vital na ampliação do conhecimento sobre a população e a escola catarinense, o que se efetivou por meio das pesquisas em educação e da política de formação docente dentro das políticas públicas para a educação. Santos percebe que a criação do CEPE fez parte de uma estratégia dentro de uma proposta global de desenvolvimento, que a posteriori contribuiu para “quebrar aquela inércia de tradicionalismo”.

Sob sua tutela foram realizados estudos e pesquisas que permitiram aprofundar os conhecimentos sobre a realidade da educação e construir planejamentos para o setor educacional com vistas à política de desenvolvimento de modo amplo. Na direção dessa instituição Santos, como mentor intelectual, por cerca de nove anos trabalhou com pioneirismo no aspecto referente ao campo da pesquisa educacional, num contexto no qual a UFSC emergia, recém-nascida e a UDESC estava ainda em germe.

Não existia para o setor educacional a institucionalização do emprego da sistemática de métodos científicos na ação e no processo de educar. A pratica educativa era pautada na autoridade tradicional, na experiência pessoal e havia uma grande resistência à introdução de procederes científicos, que eram relegados à segundo plano e onde os valores que fundamentavam a educação eram silogísticos, morais e políticos.

No CEPE foi diretor (1966/1970), pesquisador, assumiu funções de técnico, além de ser responsável pela ministração de cursos de Metodologia de Pesquisa Educacional e Sociologia Geral, contribuindo de modo significativo para a configuração e autonomização do campo educacional catarinense, por meio de suas produções teóricas sobre o fenômeno educacional, principalmente com duas obras referenciais: “Educação e Desenvolvimento em Santa Catarina” (1968) e “Um esquema para a educação catarinense” (1970), dentre outras escritas. Nelas, Santos defende a interferência coerente como um modo de racionalizar os investimentos feitos pelo Estado e sugere transformação nos padrões tradicionais da administração pública.

Seu esforço de conhecer a situação educacional no Estado por meio da pesquisa científica se concretizou com a elaboração do primeiro Plano Estadual de Educação (PEE), que vigorou nos 1969-1980. No exercício de suas funções, participou ativamente de todos os estudos, seminários ligados à elaboração do PEE, e seu objetivo era que refletisse uma nova política educacional no Estado, corrigindo distorções administrativas e técnico-pedagógicas.

Suas contribuições ao campo educacional possibilitaram os primeiros passos na direção de colocar em desuso o acaso e as inspirações particulares segundo as diretivas e as concepções de educação de quem se encontrasse à frente das instituições educacionais de modo turbulento e paliativo. Seus “escritos de educação” daquele contexto, ainda se constituem numa leitura respeitável e estimulante para se repensar a escola pública em Santa Catarina nos dias atuais.

Esse intelectual, agora silencioso em voz, torna-se audível por meio de suas produções como intelectual. Concluímos essa fala lançando mão de suas próprias palavras, no que se refere a sua função de pensador social:

Entendo que um intelectual é um sujeito comprometido com sua sociedade e com seu tempo. Ninguém poderá ser considerado um intelectual se não tiver obra expressiva. Assim, a produção escrita é fundamental para a afirmação de qualquer pessoa que deseja fazer uma carreira profissional. Se vai ser reconhecido como um intelectual só o tempo dirá. A coerência conceitual e teórica é outro ponto fundamental. Enfim, um intelectual é (ou deveria ser) um crítico de sua sociedade e ao mesmo tempo um inovador em idéias, conceitos e teorias (Santos, 2008).

Sílvio Coelho dos Santos em sua trajetória acadêmica se afirmou comprometendo-se com a sociedade catarinense e com o seu tempo. De modo coerente por meio da produção de uma vasta obra se colocou contra os desrespeitos aos desprivilegiados, e o tempo, sem dúvida já o reconhece, por sua postura social crítica e coerente.

Sílvio Coelho dos Santos é figura central da pesquisa desenvolvida por Marilândes Mól Ribeiro de Melo, no Programa de Pós-Graduação em Educação (PPGE) da UFSC, Linha Educação, História e Política, orientada pela Prof. Dra. Maria das Dores Daros, defendida em abril de 2008.

Por Marilândes Mol Ribeiro de Melo

Mestre em Educação pela UFSC

marilandesmel@gmail.com

CHARGE DA SEMANA

28/10/2008 13:03

CHARGE DA SEMANA – Em 8 anos, prisões têm 77% mais mulheres

Número de mulheres encarceradas no pais saltou de 14,6 mil, em 2000, para 25,8 mi, em 2007, crescimento maior do que o dos homens. – Jornal Folha de S. Paulo, Caderno Cotidiano, 04/08/08, pg. C4.

Por Jorge Luíz Wagner Behr/Agecom

Secretário de Relações Institucionais e Internacionais representou UFSC no Festival della Criativitá, na Itália

28/10/2008 11:22

A Universidade Federal de Santa Catarina foi representada no Festival della Criativitá, que terminou domingo (26/10) na cidade de Florença, Itália. Vários projetos desenvolvidos por professores, servidores e alunos da UFSC foram mostrados nesta grande feira. Com foco na inovação, a feira reuniu uma vasta produção artística e tecnológica.

Moda, cinema, música, entre outros, figuraram como temas principais. O professor Enio Luiz Pedrotti, Secretário de Relações Institucionais e Internacionais, representou a UFSC e apresentou o material que conseguiu reunir para mostrar no Festival.

A música de Tereza Virginia foi apresentada em vários momentos para um público que passou pelo estande de Santa Catarina – e que se mostrou conhecedor da música Brasileira. “A bossa nova é muito apreciada pelo público Italiano”, informa o professor Pedrotti. A mostra de cinema coordenada pela professora Clélia Melo foi projetada várias vezes e o público pode ver aspectos e temas abordados pelos alunos da UFSC.

Cadernos do Instituto de Estudos Latino-Americanos (IELA), com o informe anual 2008, e o CD contendo as Jornadas Bolivarianas foram distribuídos para os que se interessaram pelo assunto. O Programa de Pós-graduação em Arquitetura e Urbanismo pode ser divulgado através de folder que explicava a área de concentração em Projeto e Tecnologia do Ambiente Construído.

A UFSC também mostrou sua parceria com a Embraco, através de um compressor de refrigeração utilizado nas geladeiras de quase todo o mundo. O Departamento de Engenharia Mecânica, que mantém parceria com esta empresa há vários anos, teve uma grande importância na inovação desta tecnologia. A Embraco enviou um compressor em acrílico, onde o público pode conhecer a construção e o funcionamento de um “motor de geladeira”.

O Centro Tecnológico da UFSC mostrou um pouco do que faz, através de uma publicação que resume a inovação produzida pelos seus principais grupos de pesquisa e seus programas de pós-graduação, publicado pela Feesc.

“O grande envolvimento na produção, orientação de alunos e projetos de extensão determina uma menor preocupação na divulgação dos trabalhos desenvolvidos na UFSC. É necessário atualizar os dados, produzir um material de divulgação capaz de refletir o que é e do que é capaz nossa universidade. O público externo a conhece pouco. Seu potencial fica velado e oportunidades de parcerias e de novos projetos ficam prejudicados”, avalia o Secretário de Relações Institucionais e Internacionais.

Poeta Alcides Buss é condecorado no Rio de Janeiro

28/10/2008 11:05

Olhar a vida, último livro de Alcides Buss, ganhou o Prêmio Ruth Laus, concedido pela seccional carioca da União Brasileira de Escritores (UBE/RJ). O autor catarinense irá ao Rio, no dia 31 de outubro, para receber a condecoração na sede da Academia Brasileira de Letras.

O prêmio foi instituído para homenagear Ruth Laus, também escritora e que teve uma participação importante na vida cultural carioca nos anos 60 e 70. Irmã de Harry Laus e falecida este ano, ela pertenceu a uma respeitada família de ficcionistas catarinenses, que teve entre seus expoentes também a romancista Lausimar Laus.

Alcides Buss, ex-diretor da Editora da UFSC e aposentado como professor do curso de Letras da mesma instituição, continua escrevendo poesia e fazendo planos para novos livros.

A trajetória – Alcides Buss nasceu na localidade de Ribeirão Grande, atual município de Salete, no Alto Vale do Itajaí, em 1948. Com a família, morou em outras cidades de Santa Catarina e do Paraná, até fixar-se em Joinville, onde teve um papel de destaque na gestão cultural e na criação de projetos de resgate e circulação da cultura popular. Em 1980, transferiu-se para Florianópolis, onde assumiu a função de professor de Teoria Literária na UFSC.

Começou a publicar em 1970, com a edição de Círculo quadrado, paga com seus próprios recursos. Depois, foram outros 19 livros, quase todos de poesia, à exceção de dois títulos para crianças (Poesia do ABC) e Pomar de palavras) e de volumes que ele organizou, como a Antologia do Varal Literário, de 1983. Publicou pelas editoras Lunardelli, Noa Noa, Mercado Aberto, EdUFSC, Letras Contemporâneas, Insular e Cuca Fresca.

A carreira promissora pôde ser antevista com o primeiro lugar obtido no I Festival Catarinense de Poesia Universitária, promovido pelo DCE da UFSC em 1971. Depois, entre outros, ganhou o prêmio da Associação Paulista de Críticos de Arte (APCA), em 1989, e as medalhas Caio Prado Júnior e Manuel Bandeira, ambas da União Brasileira de Escritores, seção Rio de Janeiro, em 1994 e 1996, respectivamente. Por fim, foi finalista do Prêmio Jabuti, em 2000, com Cinza de Fênix e três elegias.

Além de organizar uma das primeiras oficinas literárias do Brasil, quando chegou à UFSC, Alcides Buss deu oportunidade aos jovens ao criar o varal literário, que constava da apresentação de poemas em forma de varal, em diferentes locais da cidade – idéia imitada depois em outros estados brasileiros. Foi presidente da Associação Brasileira das Editoras Universitárias, criou o Movimento de Ação do Livro (volumes que circulam de mão em mão), dirigiu a seção catarinense da União Brasileira de Escritores (UBE/SC) e de 1991 a maio de 2008 foi diretor da EdUFSC, que tornou uma das mais ativas editorias universitárias do País.

Obras publicadas

· Círculo quadrado, Joinville, edição do autor, 1970

· O bolso ou a vida?, Florianópolis, DCE/UFSC, 1971

· Ahsim, Florianópolis, editora Lunardelli, 1976

· O homem e a mulher, Joinville, edição do autor, 1980

· Cobra Norato e a especificidade da linguagem poética, Florianópolis, FCC, 1982

· O homem sem o homem, Florianópolis, editora Noa Noa, 1982

· Antologia do varal literário (org.), Florianópolis, Editora da UFSC, 1983

· Sete pavios no ar, Florianópolis, Edições Sanfona, 1985

· Pessoa que finge a dor, Florianópolis, Movimento de Ação do Livro, 1985

· Segunda pessoa, Florianópolis, Movimento de Ação do Livro, 1987

· Transação, Florianópolis, M.A.L. Edições, 1988

· A poesia do ABC (infantil), Porto Alegre, editora Mercado Aberto, 1989

· O professor é um poeta (org.). Florianópolis, Editora da UFSC, 1989

· Contemplação do amor – vinte anos de poesia escolhida, Florianópolis, Editora da UFSC, 1991

· Natural, afetivo, frágil, Florianópolis, Edições Athanor, 1992

· Nenhum milagre, Florianópolis, editora Letras Contemporâneas, 1993

· Sinais/Sentidos, Florianópolis, M.A.L. Edições, 1995

· Cinza de Fênix e três elegias, Florianópolis, editora Insular, 1999

· Pomar de palavras (infantil), Florianópolis, Cuca Fresca Edições, 2000

· Cadernos da Noite, M.A.L. Edições, 2005

. Olhar a vida, Florianópolis Insular, 2007

Entrevistas com o autor podem ser feitas pelo fone (48) 9972-3045.

Por Paulo Clóvis Schmitz / Jornalista na Agecom

Projeto 12:30 recebe Banda Isofônicos e Trio Amadeus

28/10/2008 11:01

O Projeto 12:30 desta semana recebe a Banda Isofônicos. O show acontece na quarta-feira, 29/10, às 12h30min, na Concha Acústica da UFSC. A apresentação é gratuita e aberta à comunidade.

O grupo começou profissionalmente em 2007 tocando clássicos do rock, british rock e composições próprias caracterizadas por melodias simples e marcantes. A banda pretende deixar fluir os sentimentos promovendo uma troca de energia com o público. É composta por Gustavo Tayer (vocalista), Theo Nunes (guitarrista), Christiano Anhaia (baixista), Juliano Chiquetti (guitarrista) e Alex Bartell (baterista). Mais informações: www.myspace.com/isofonicos

No Projeto 12:30 Acústico a atração é o Trio Amadeus. A apresentação acontece nesta quinta-feira, 30/10, às 12h30min, no Teatro da UFSC.

O Trio Amadeus pretende, com o seu nome e a sua arte, homenagear o genial compositor de Salzburg, Wolfgang Amadeus Mozart. Além de sua música, o trio executa também obras de outros grandes músicos como Beethoven, Vivaldi e Telemann.

O repertório brasileiro inclui obras de Pixinguinha, Hermeto Pascoal, Joaquim Callado, entre outros. O Trio é formado por músicos profissionais especializados no repertório erudito e popular. Inclui duas Flautas transversais e um Fagote e é composto por Joaquim Galvão, Margarida Galvão e Gabriel Costa.

O Projeto 12:30

Realizado pelo Departamento Artístico Cultural (DAC), vinculado à Secretaria de Cultura e Arte da UFSC, apresenta atrações de cunho cultural de música, dança e teatro. As apresentações acontecem todas as quartas-feiras, ao ar livre, na Concha Acústica, e, quinzenalmente, às quintas-feiras, no Projeto 12:30 Acústico, no Teatro da UFSC. Artistas interessados em se apresentar no Projeto 12:30 devem entrar em contato com o DAC através dos telefones (48) 3721-9348 e (48) 3721-9447 ou pelo e-mail projeto1230@dac.ufsc.br.

Serviço1:

O QUÊ: Show da banda Isofônicos, no Projeto 12:30

ONDE: Concha Acústica da UFSC

QUANDO: 29 de outubro de 2008, quarta-feira, às 12h30

QUANTO: Gratuito e aberto ao público

CONTATO: DAC (48) 3721-9348 e 3721-9447 – Visite www.dac.ufsc.br

Serviço2:

O QUÊ: Apresentação do Trio Amadeus, no Projeto 12:30 Acústico

ONDE: Teatro da UFSC

QUANDO: 30 de outubro de 2008, quinta-feira, às 12h30

QUANTO: Gratuito e aberto ao público

CONTATO: DAC (48) 3721-9348 e 3721-9447 – Visite www.dac.ufsc.br

Fonte: Luís Knihs – Acadêmico de Jornalismo, Assessoria de Imprensa do Projeto 12:30 – DAC – SECARTE – UFSC.

Galeria de Arte da UFSC recebe exposição em homenagem a Sílvio Pléticos

28/10/2008 10:36

A Galeria de Arte da UFSC, vinculada ao Departamento Artístico Cultural (DAC-SeCArte), traz para o campus a exposição “Trajetória Artística de Sílvio Pléticos”, que reúne parte do acervo de um dos

mais importantes e internacionalmente reconhecidos artistas plásticos de Santa Catarina. A abertura, com a presença do artista, será nesta quinta-feira, (30/10), às 15h, na Galeria de Arte, com entrada gratuita. O período de visitação vai de 31 de outubro a 28 de novembro, de segunda a sexta, das 10h às 18h30min.

A exposição é uma homenagem ao artista que foi convidado para realizar essa mostra individual, em que serão apresentados cerca de 40 trabalhos, dentre eles, sete esculturas em gesso ou resina patinada e cerca de 30 pinturas, com dimensões que variam de 40 centímetros a mais de dois metros de comprimento. Há trabalhos de várias épocas, sendo alguns deles produzidos especialmente para essa mostra.

Sílvio Pléticos, desenhista, pintor e professor de arte, veio da região dos Bálcãs (sudeste europeu), e tem residência fixa em Florianópolis desde 1967, tendo passado por Ribeirão Preto (SP), Porto Alegre e Passo Fundo (RS). Praticante de uma arte inclassificável, que consegue reunir e reinventar movimentos vanguardistas como o cubismo, expressionismo e surrealismo como base para uma nova forma de pintura, Pléticos ainda dedica um diálogo exclusivo com o público da comunidade universitária. No dia 12 de novembro, às 15h, ocorre o ´Encontro com o Artista´, no auditório do Centro de Convivência da UFSC, também aberto e gratuito para todos os interessados em ouvir e questionar a trajetória de Sílvio Pléticos.

O Artista

Sílvio Pléticos é artista plástico e professor reconhecido mundo afora pelo seu trabalho. Nasceu em 1924 na então italiana cidade de Pula, atualmente pertencente ao território croata. Ainda jovem, ao encontrar um pedaço de vidro no chão, compôs sua primeira obra com folhas secas, uma asa de borboleta e um pedaço de papel de chocolate. Ao colocar outro vidro por cima, afirmou: ‘Eu fiz um quadro´?, fato que marcou o início de uma trajetória promissora, porém com muitos empecilhos.

Órfão, o artista morou por seis anos em um orfanato, e passou por várias profissões manuais, como sapateiro, marceneiro, ferreiro, confeiteiro, pedreiro, entre outras. A partir de 1939, iniciou seus estudos em Milão, na Itália. Tendo vivido o contexto da Segunda Guerra Mundial – o artista inclusive foi recrutado como soldado -, e com origem em uma região da Europa marcada por diversos conflitos étnicos e separatistas, Sílvio Pléticos assimilou, na guerra, uma sensibilidade artística que marcaria toda a sua obra. A primeira mostra foi em 1945, ao final da Segunda Guerra e a pedido do comandante, para aproveitar o “clima de alegria e reestruturação social”.

Posteriormente, durante um emprego como ajudante de pedreiro, conheceu autoridades que o ajudaram a ingressar na Escola de Arte Aplicada de Zagreb (capital da Croácia) como ex-combatente, em 1947. Lá estudou até 1954, e especializou-se em pintura mural. Em 1961, casado e já exercendo o ofício de professor de arte, veio para o Brasil.

Pléticos, hoje com 84 anos, interessa-se pela arte não somente pelo valor estético, mas também pelo seu respaldo social. Um dos principais elementos de sua obra é a figura do peixe, que representa a fartura, pela época em que o alimento era escasso para o artista. Sua trajetória profissional pode ser assim descrita:

– 1952 – Primeira exposição: uma coletiva em Pula.

– 1954/59 – Professor de desenho e pintura nas escolas de Vondnjan, Fazana e Jursici – Iugoslávia.

– 1961/66 – Catedrático de desenho e pintura na Faculdade de Artes Plásticas de Ribeirão Preto, São Paulo (SP) – Brasil.

– 1967 – Professor de desenho e pintura na Escola de Arte de Passo Fundo (RS).

– 1968/72 – Responsável pelos cursos de desenho e pintura do Museu de Arte de Santa Catarina.

– 1972 – 1°Prêmio “Salão Sesquicentenário da Independência”, Florianópolis (SC). 1°Prêmio “salão SAPISC”, Florianópolis (SC). Bienal Nacional, São Paulo.

– 1975 – 1°Prêmio – “Salão Istria Nobilíssima”, Trieste – Itália.

– 1976 – Individual “Galeria ARS Artis”, Florianópolis (SC). Catarinenses na “Maison de France”, Rio de Janeiro. Bienal Nacional, São Paulo.

– 1977 – IV Bienal de Artes Visuais, Porto Alegre (RS).

– 1978 – “Palazzo Constanzi”, Trieste – Itália. Individual Galeria “Victor Meirelles”, Florianópolis (SC).

– 1979 – Coletiva “Villa Manin de Passariano”, Udine – Itália.

– 1980 – Individual “Galeria Verde Vale”, Itajaí (SC). Casa de Cultura, Florianópolis (SC). “Sete Grandes Nomes da Pintura Brasileira”, Florianópolis (SC).

– 1981 – “Hours Concours”, Coletiva Pan´Arte, Florianópolis (SC). III Mostra de Desenho Brasileiro (convidado), Curitiba (PR). Galeria Açu-Açu, Blumenau (SC), individual “Stúdio de Artes”, Florianópolis (SC).

– 1982 – Individual “Max Stolz Galerie”, Florianópolis (SC).

– 1983 – “A Ilha Revisitada”, Museu de Arte de Santa Catarina.

– 1984 – Panorama Catarinense de Arte Pintura 84 (itinerante).

– 1985 – Exposição Arte na Primavera, Shopping Center Itaguaçu, Florianópolis (SC).

– 1986 – Individual Galeria Espaço de Arte, Florianópolis (SC). Individual no Teatro Carlos Gomes, Blumenau. 25 anos de Brasil, Museu de Arte de Santa Catarina.

– 1994 – Espaço Cultural Fernando Becker – BADESC, Florianópolis (SC).

– 1995 – Individual Espaço de Arte Açu-Açu.

– 1996 – Coletiva “A Ilha em Buenos Aires”, Argentina.

– A partir de 1996 Pléticos continua com suas atividades: mostras coletivas e individuais, palestras, cursos, membro de júris de seleção e premiações em diversas cidades do país, porém não registra mais essas passagens profissionais. No Salão Nacional Victor Meirelles (2003), o Museu o graciou com uma retrospectiva de 25 anos.

– 2008 – Exposição de pinturas com Albernaz e Pimenta, na Helena Fretta Galeria de Arte, Florianópolis, SC: de 24/06 a 05/07/2008. Ano de comemoração dos 20 anos de criação da Galeria.

Instituto Sílvio Pléticos

Em homenagem simbólica ao artista, foi fundado em São Pedro de Alcântara, município próximo a Florianópolis, em 19 de julho de 2004, o Instituto Sílvio Pléticos que tem caráter representativo, educativo e beneficiente, com personalidade jurídica própria e sem fins lucrativos, políticos ou religiosos. Foi criado para desenvolver ações cidadãs nas áreas artístico-cultural, educacional, turística, ecológica e de assistência social. Foi escolhido o nome de Sílvio Pléticos por ser este um cidadão conceituado em São Pedro de Alcântara e um grande Artista Plástico de renome Internacional.

A Galeria de Arte da UFSC faz parte do Departamento Artístico Cultural

– DAC, vinculado à Secretaria de Cultura e Arte da Universidade

Federal de Santa Catarina.

Serviço:

O QUE: Exposição ?Trajetória Artística de Sílvio Pléticos?, com

pinturas e esculturas do artista

ONDE: Galeria de Arte da UFSC, prédio do Centro de Convivência

QUANDO: Abertura, com a presença do artista, dia 30 de outubro de

2008, quinta-feira, às 15 horas. Projeto ?Encontro com o Artista?, dia

12 de novembro, quarta-feira, às 15 horas. Visitação: até 28 de

novembro, de segunda a sexta-feira, das 10 às 18h30.

QUANTO: Gratuito e aberto à comunidade

CONTATO: www.dac.ufsc.br – Galeria: (48) 3721-9683 ou

galeriadearte@dac.ufsc.br

Fonte: Gustavo Bonfiglioli, acadêmico de jornalismo ? Assessoria de

Imprensa DAC-SECARTE-UFSC

Veja esta notícia com mais fotos em no site do Departamento Artísticos Cultural

Curso na UFSC debate a propriedade industrial e a lei de patentes

28/10/2008 10:21

Com apoio da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e do Ministério de Ciência e Tecnologia (MCT), a Associação Brasileira das Indústrias de Química Fina (Abifina) realizará nos dias 17, 18 e 19 de novembro, das 8h30 às 17h30, no auditório do Centro de Ciências Jurídicas (CCJ), mais uma etapa do Curso de Informação Básica em Propriedade Industrial. As palestras serão ministradas pela especialista em propriedade intelectual, Ana Cristina Muller.

O curso é destinado a profissionais da indústria, entre eles químicos, engenheiros químicos e farmacêuticos, especialmente aqueles envolvidos em programas de pesquisa e desenvolvimento, graduandos em química, engenharia química e farmácia. As inscrições devem ser feitas pelo endereço www.cipi-qf.org.br/inscricao.asp. O valor é de R$ 250 para associados da Abifina e R$ 400 para não-associados. Formandos estão isentos da taxa de inscrição.

O objetivo do curso é apresentar uma visão atualizada da estrutura legal que embasa o sistema de propriedade industrial, da importância da patente no processo de decisão empresarial, das formas de proteção das criações técnicas, da estrutura dos documentos de patentes, seu preparo e tramitação e sua utilização como fonte de informação tecnológica. Todo o conteúdo didático ministrado focará o setor químico, biotecnológico e farmacêutico.

Mais informações pelo endereço www.cipi-qf.org.br/arquivos/programa_SC_fim.pdf, pelo telefone (21) 3125-1414 ou pelo email eventos@abifina.org.br.

Programação

Dia 17/11 – segunda-feira

1. Princípios gerais do “Sistema” de Propriedade Industrial

2. Importância das patentes na tomada de decisão empresarial

Dia 18/11 – terça-feira

3. Proteção das criações técnicas – “Patentes”

Dia 19/11 – quarta-feira

4. Depósito e tramitação do pedido de patente.

5. A patente como fonte de informação tecnológica.

6. As patentes e o setor químico, biotecnológico e farmacêutico.

1 – PRINCÍPIOS GERAIS DO “SISTEMA” DE PROPRIEDADE INDUSTRIAL

• O papel das propriedades industriais no controle econômico da produção e do comércio, Patente na esfera da produção e Marca na esfera da comercialização;

• Fundamentos e natureza do “Sistema”; A lei de Patentes e as outras formas de proteção da propriedade intelectual;

• O “Sistema” como um Sistema de Informação Tecnológica”;

• Tratados Internacionais: a Convenção da União de Paris (CUP), o Tratado de Cooperação em matéria de Patentes (PCT), o Acordo sobre Aspectos dos Direitos de Propriedade Intelectual Relacionados ao Comércio (TRIPS), PLT, SPLT e o Tratado de Budapeste para as Invenções Biotecnológicas;

• Patentes: Limitação Territorial da Patente; Leis Nacionais; a Lei Brasileira de Propriedade Industrial (Lei 9.279/96).

2 – IMPORTÂNCIA DA PATENTE NA TOMADA DE DECISÃO EMPRESARIAL

• Conceitos: relação entre invenção, inovação e desenvolvimento;

• Patente x Segredo: limitações e bases de opção;

• Por que patentear uma criação e motivação para o patenteamento;

• Natureza legal da proteção conferida pela patente: período de proteção; direitos exclusivos; limitação dos direitos;

• Exceções de patenteabilidade: o que não é considerado invenção; as invenções não patenteáveis por força legal;

• Como e quando depositar o pedido de patente;

• Titularidade da patente: Invenções realizadas pelo empregado; Relação empregado/empregador;

• Requisitos básicos de patenteabilidade: novidade, atividade inventiva, aplicação industrial e suficiência descritiva;

• Divulgação versus novidade; divulgar só após requerer a patente;

• Estudo de casos.

3 – PROTEÇÃO DAS CRIAÇÕES TÉCNICAS – “PATENTE”

• Documentação necessária ao depósito;

• Formatação do pedido de patente: relatório descritivo, desenhos, reivindicações, resumo e listagem de seqüência, quando for o caso;

• Depósito de materiais biológicos novos para complementar o relatório descritivo;

• Importância das reivindicações na eficácia da proteção;

• Formas de reivindicar invenções no campo químico, farmacêutico e biotecnológico (Markush fórmula, fingerprints, produto pelo processo, primeiro e segundo uso, etc.);

• Terminologia empregada nas reivindicações;

• Proteção de produtos de origem natural;

• Diretrizes do INPI para exame de pedidos de patente na área farmacêutica e biotecnológica;

• Infração de direitos:

– Infração literal e por equivalência

– Princípios gerais sobre a interpretação das reivindicações;

• Nulidade administrativa e judicial;

• Licenciamento compulsório;

• Caducidade;

• Estudo de casos.

4 – DEPÓSITO E TRAMITAÇÃO DO PEDIDO DE PATENTE

• Documentação necessária;

• Data de depósito – marco da novidade;

• Procedimentos do exame técnico (prazo, exigências, alternativas para acelerar o exame);

• Apresentação de subsídios ao exame;

• Vistas de processo e acompanhamento dos pedidos em andamento;

• Depósito de pedidos de patente correspondentes em outros países: via Convenção de Paris ou via Tratado de Cooperação em Matéria de Patentes (PCT)?;

• Vantagens e desvantagens do depósito via PCT;

• Custos envolvidos no depósito e na tramitação de pedidos de patente no Brasil e no exterior;

• Estudo de caso (elaboração de petição de subsídios ao exame).

5 – A PATENTE COMO FONTE DE INFORMAÇÃO TECNOLÓGICA

• Disponibilidade das informações tecnológicas contidas no estoque do conhecimento: consulta em papel; uso do computador no levantamento do estado da técnica;

• Fontes de informação e formas de ter acesso à informação: publicações em livros, periódicos especializados, catálogos, etc; através do computador – internet, bases de dados e CD-ROM; documentos de patente;

• Recuperação da informação: sistema usando palavras-chave; sistema de classificação de patentes;

• A configuração do sistema de informação patentária: padronização do texto da patente; folha de rosto como porta de acesso à informação;

• Estrutura da Classificação Internacional de Patentes (IntCl): A lógica do arquivamento da informação técnica, a distribuição dos assuntos por área do saber, a necessidade do conhecimento técnico para lidar com a estrutura da IntCl, as revisões periódicas para o acompanhamento da dinâmica da ciência e da tecnologia;

• Operando o sistema de informação patentária: levantamento do estado da técnica em documentos de patente: formulação do diagrama da invenção; classificação do assunto em todos os lugares possíveis onde a informação possa estar; determinação da relevância da anterioridade;

• Abordagem da busca: status legal, família de patentes, conhecimento do mercado, etc.

6 – AS PATENTES E O SETOR QUÍMICO, BIOTECNOLÓGICO E FARMACÊUTICO

• Combinando reivindicações estruturais com reivindicações funcionais;

• A busca do equilíbrio entre escopo de uma patente e sua validade;

• O papel de um amplo portfólio de patentes como instrumento de negociação e defesa;

• Monitoramento da eficácia legal dos direitos conferidos pela patente;

• As reivindicações: identificação da matéria protegida;

• As patentes pipeline e seu prazo de vigência;

• Anuência prévia da Anvisa;

• Direitos exclusivos de comercialização (EMR) – Art. 70 (9) do Trips (“Patente Provisória”);

• Possibilidade de ampliação do prazo de proteção de uma patente farmacêutica;

• Patentes para aperfeiçoamentos ou patentes secundárias;

• O Hatch Waxmann Actnos EUA e suas implicações;

Bolar Provision;

• Concorrência desleal;

• Proteção de dados confidenciais;

• Projetos de lei em andamento referentes a patentes;

• Estudos de caso.

POR QUE PROTEGER OU NÃO O RESULTADO DE UM DESENVOLVIMENTO?

– Fatores a serem considerados na decisão.

– Aplicação das formas de proteção para o caso a ser estudo.

– Procedimentos para a elaboração de um pedido de patente.

– Documentos necessários ao depósito do pedido de patente.

– Providências necessárias para o depósito do pedido de patente no exterior.

Solidário com as minorias

28/10/2008 10:20

Poucos intelectuais catarinenses mantiveram, ao longo da vida, a postura crítica e a coerência exibidas pelo antropólogo Sílvio Coelho dos Santos, falecido no último domingo, dia 26, aos 70 anos. Antes de morrer, como fazia há duas ou três décadas, ele continuava denunciando as perversidades de um sistema que alija as minorias da possibilidade de acesso à cultura e à ascensão social. Suas baterias eram assestadas contra o caráter cada vez mais egoísta e menos solidário da sociedade brasileira. Com a imensa lição dada pelo despojamento dos índios, com quem trabalhou de Sul a Norte, ele ainda se surpreendia com a intolerância das elites no país.

“Vemos com preocupação a grande resistência às políticas de ações afirmativas, traduzidas pelas cotas aos negros e índios, dentro das universidades, que são uma extensão da sociedade”, disse ele ao jornal Notícias do Dia, em reportagem publicada no dia 5 de setembro deste ano. Um dia antes, Sílvio realizou sua última atividade na UFSC, participando do Círculo de Leitura, no Espaço Cruz e Sousa da EdUFSC.

Autor de seis livros que abordam a questão indígena, que foi objeto de suas pesquisas desde a juventude, Sílvio afirmou na entrevista que a Constituição de 1988 abriu espaço para o reconhecimento da existência de 200 povos indígenas no Brasil. Contudo, não se cumpre atualmente o que diz a abertura do texto legal, que define o Brasil como um país pluriétnico e multi-societário, tanto que no rumoroso caso da reserva Raposa Serra do Sol, em Roraima, “meia dúzia de arrozeiros se apossa de uma área enorme e ainda encontra apoios de autoridades”.

As aventuras dos gibis e livros que Sílvio Coelho leu na infância foram trocadas pelas aventuras na selva em 1962, quando ele entrou para a Universidade do Brasil, no Rio de Janeiro, e fez um ano de especialização em antropologia. Foi quando, com menos de 24 anos, teve o primeiro contato com a Amazônia e suas tribos indígenas, na fronteira com o Peru e a Colômbia, numa expedição antropológica que jamais esqueceu. Voltou em seguida, com formação diferenciada, na condição de professor iniciante da UFSC. Era o início da carreira acadêmica, que depois se desdobrou para uma antropologia de caráter social, oito livros publicados e uma vida dedicada ao estudo das relações entre índios e brancos no Brasil.

Um pioneiro no campus – Sílvio Coelho foi do tempo em que os meninos iam ao cinema nas sessões de domingo à tarde e, depois do filme, trocavam gibis de seus heróis em quadrinhos. Muito cedo, mudou-se com os pais para uma chácara na Agronômica, numa época (anos 40) em que esta área era tipicamente rural. Depois, começou a estudar na escola Lauro Muller e no grupo escolar Dias Velho. Ali, precoce, tornou-se líder de seu grupo quando redigiu o jornalzinho da escola, tomando os primeiros contatos com os livros e a literatura.

Sílvio queria ser engenheiro, mas a família – seu pai foi sapateiro e depois sócio de lavanderia – não tinha recursos para sustentá-lo fora do Estado. Assim, formado no antigo Clássico e no Científico, começou a dar aulas, substituindo um primo que se mudou para Curitiba. Trabalhava de graça na formação de soldados do Batalhão Militar, apostando numa contratação posterior. Acabou passando num concurso para orientador pedagógico da prefeitura da Capital e fez outros “bicos”, inclusive no Colégio Catarinense, onde aprendeu a conviver com o que chamou de “pedagogia do medo” implantada, à época, pela direção da instituição.

Mais tarde, foi chamado pelo professor e historiador Oswaldo Rodrigues Cabral para trabalhar com ele na faculdade de Filosofia, que funcionava na rua Esteves Júnior e foi a primeira a mudar-se para o campus da Trindade. Foi um sufoco, porque não havia uma biblioteca especializada (os livros eram emprestados pelo professores) e os ônibus se arrastavam por um acesso de estrada de barro e poeira até a recém-criada UFSC. “Na época, só tinha o sábado para namorar, porque os domingos eram usados para preparar as aulas da semana”, contou ele na entrevista ao Notícias do Dia.

A ÚLTIMA ENTREVISTA

Abaixo, um resumo da entrevista feita pela Agecom com Sílvio Coelho dos Santos para divulgar sua participação no Círculo de Leitura de 4 de setembro de 2008:

Quais foram as suas primeiras leituras e que lembranças guardou delas?

Sílvio Coelho dos Santos – Minhas leituras iniciais foram os gibis, seguidos pelos livros de aventuras, como os da coleção Terramarear, Tarzan e outros neste gênero. Nos fins de semana, trocava gibis com os amigos no cinema, velha prática entre a criançada. Mesmo numa casa de poucos livros, era estimulado a ler pela mãe. No quinto ano primário, fui escolhido para redigir o jornalzinho do colégio (G. E. Dias Velho), e nessa função tinha contato freqüente com o diretor da Imprensa Oficial do Estado, que funcionava na rua Tenente Silveira. Lá, eu e meus colegas ganhávamos muitos livros. Era uma época de declamações, de leituras de Monteiro Lobato, e esse ambiente – e o seguinte, no ginásio – estimulou meu contato com a área de Ciências Humanas, que acabei abraçando mais tarde.

A opção pela antropologia ajudou ou inibiu um contato mais íntimo com a literatura?

Sílvio – Sempre li muito, mas das aventuras dos livros passei para a aventura das expedições antropológicas, das pesquisas de campo. Minhas leituras, por razões óbvias, tenderam para a área da antropologia, e quando lia textos mais leves, para me distrair, optava por uma literatura mais comprometida socialmente. Foi assim que devorei os livros da primeira fase de Jorge Amado, quando este tinha uma postura crítica e era filiado ao Partido Comunista. Um de meus gurus é Darcy Ribeiro, que sempre praticou uma linha mais aberta na antropologia, em sua tentativa de interpretar o Brasil.

Falando em literatura, quais são seus autores prediletos?

Sílvio – Na literatura brasileira, gosto dos clássicos, como Guimarães Rosa, e em Santa Catarina busquei textos que me mostrassem o lugar que eu estava pisando, o que ocorre até hoje. Também leio os amigos, como Almiro Caldeira, morto no ano passado, do qual a EdUFSC vai lançar no próximo dia 6 (de setembro) o romance O lume da madrugada. Outro tema que sempre me atraiu foi o do Contestado, por meio de autores como Maurício Vinhas de Queiroz, que é excepcional, e Guido Wilmar Sassi, um dos melhores do Estado na área da ficção. Há pouco, li Paulo Pinheiro Machado, que organizou um volume com leituras contemporâneas do episódio do Contestado. Também acabei de ler 13 Cascaes, com contos de autores catarinenses sobre a vida e obra do folclorista Franklin Cascaes.

Qual foi a maior lição que tirou de sua militância na antropologia?

Sílvio – Vivemos numa sociedade colonialista, violenta e que não respeita os que são desprovidos de recursos econômicos e representação política. Se a população negra é tradicionalmente desprestigiada e nunca se liberta, com os índios é pior ainda. Um exemplo de intransigência são as resistências às políticas de ações afirmativas dentro da própria universidade. Como somos uma extensão da sociedade, é possível ter assim uma dimensão do problema. Lembro-me de que nos anos 40 a Ilha de Santa Catarina era mais solidária. Na época, os açorianos tradicionais que pescavam tainhas sempre mandavam às viúvas e às famílias pobres o seu quinhão de peixe. Hoje, isso não existe mais. Quem sai da universidade, por exemplo, pensa somente na carreira e no dinheiro que vai ganhar, sem qualquer compromisso social.

Foto: Jones Bastos/ Agecom

Abertas até 27 de novembro inscrições para viagens de cooperação científica entre Brasil e Alemanha

28/10/2008 10:01

A Fundação Alemã de Pesquisa Científica (DFG) e o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) estão recebendo requerimentos de recursos para viagens de cientistas do Brasil e da Alemanha em projetos de cooperação nas seguintes áreas de pesquisa: biotecnologia, nanotecnologia, tecnologia da informação biodiversidade e desenvolvimento sustentável, ciências da saúde, humanas e sociais, bem como engenharia e química. Os requerimentos devem ser entregues até 27 de novembro.

O programa de fomento baseia-se em acordo bilateral de 6 de dezembro de 2007. Os requerimentos devem cumprir as respectivas diretrizes da DFG e do CNPq. Cientistas do Brasil com parcerias com grupos de pesquisa da Alemanha apresentam seus requerimentos ao CNPq, mencionando seu parceiro de cooperação na Alemanha. Cientistas da Alemanha entregam seus pedidos à DFG.

Somente serão fomentados projetos aprovados tanto pelo CNPq quanto pela DFG. Os custos de viagem e estada serão cobertos pela respectiva instituição fomentadora do país de origem do cientista.

Mais informações no site do CNPq: www.cnpq.br/editais/index.htm (ver Edital N° 61).

Contatos: Carmen Negraes e Bárbara Quaresma Rocha, Tel. (+61) 2108-9444 / cnegraes@cnpq.br e barbaraq@cnpq.br .

Mais informações no site da DFG: www.dfg.de/forschungsfoerderung/formulare/download/1_806.pdf

Contatos: Dr. Dietrich Halm, Tel. (+49-228) 885-2490,

mailto:dietrich.halm@dfg.de

Prof. Dr. Helmut Galle (DFG Brasil),

mailto:helmut_galle@hotmail.com

Conferência na UFSC discute as raízes histórico-geográficas dos países da AL

28/10/2008 09:56

O Primeiro Ciclo Anual de Conferências do IELA traz a Florianópolis a geógrafa e pedagoga Maria Sirley dos Santos que acaba de lançar um livro de fundamental importância para o ensino da Geografia. A conferência, que leva o mesmo nome do título do livro – Geografias: terra e cultura na América Latina – acontece no dia 31 de outubro, às 9h, no Auditório do Centro Sócio-Econômico da UFSC. Maria Sirley tem sua vida dedicada à educação e à luta pela escola pública. Foi secretária de Educação na cidade de Santos e secretária geral da Associação de Educadores da América Latina e Caribe (AELAC).

A obra

O livro Geografias: terra e cultura na América Latina recupera as raízes histórico-geográficas e culturais dos países da América Latina e do Caribe para discutir formas de dominações desde o ponto inicial na luta contra os colonizadores até o atual cenário da chamada globalização. Maria Sirley dos Santos defende, neste lançamento de Edições Loyola, que as sociedades humanas são construções culturais cujas raízes estão inseridas na história.

A Geografia é entendida aqui como uma disciplina que, fundamentada no conhecimento cientifico e na crítica social e histórica, desenvolve um saber cívico ao estimular o questionamento sobre as relações entre as sociedades e os territórios. É feita também uma aproximação metodológica com a Geografia da Cultura, “geografia do próprio homem, pois sabemos que este resulta muito mais da cultura que lhe foi transmitida do que de sua herança biológica”, preocupando-se com a forma pela qual as paisagens são constantemente refeitas pelos habitantes de um determinado lugar, resultando em uma organização diferenciada do espaço geográfico.

A primeira parte de Geografias: terra e cultura na América Latina é dedicada à análise da trajetória da ciência geográfica, desde as primeiras reflexões dos pensadores gregos até os dias atuais. Depois, a autora focaliza o contexto e as características geopolíticas dos países latino-americanos (em especial Brasil, Cuba, México e Venezuela). Por último, aborda os sonhos de Bolívar e de Martí, inseridos nas políticas de integração latino-americanas e atrelados ao cenário hegemônico dos Estados Unidos, fortemente criticados por sua política intervencionista.

O livro será lançado em Florianópolis no dia 31 de outubro, às 9 horas, no Auditório do Centro Sócio Econômico da UFSC.

Informações com Elaine Tavares – 3721.9297 / ramal 37 ou 99078877.

Epagri, UFSC e FAPESC se unem para pesquisar arroz irrigado

28/10/2008 09:44

A região do litoral sul acolherá uma das mais modernas estações meteorológicas do país. A implantação das duas primeiras estações é fruto de projetos de apoio à fruticultura familiar e de monitoramento meteorológico de eventos extremos, conduzidos atualmente pela Epagri, UFSC, PETROBRÁS, FUNDAGRO e FINEP.

Os técnicos da Epagri e Fundagro iniciaram nesta semana a implantação das três primeiras estações meteorológicas no município de Nova Veneza, abaixo da Barragem do Rio São Bento. Estes pontos de monitoramento ficarão junto a canais de irrigação e manejo da cultura de arroz irrigado em apoio às atividades pertinentes.

Além de atender a rizicultura, o sistema meteorológico também servirá para monitorar a chuva na bacia do Rio Araranguá.

O moderno sistema meteorológico prevê a utilização de inovações tecnológicas tais como a aquisição automática dos dados meteorológicos, arquivo dos dados em memória eletrônica flash, transmissão dos dados em intervalos horários por internet via

GPRS.

As estações estão equipadas com sensores meteorológicos desenvolvidos pelos técnicos da Epagri em parceria com a FUNDAGRO durante os últimos dez anos e farão a aquisição automática de variáveis como chuva, temperatura e umidade relativa do ar, molhamento foliar e tem forte componente de inovação tecnológica. Tem um custo cerca de dez vezes menor que outras estações disponíveis no mercado, pode ser customizada de acordo com as aplicações a que se destinam, é cerca de 80% de fabricação catarinense, sua memória de armazenamento de dados é de grande capacidade. Transmite os dados utilizando todas as operadoras de telefonia celular que atuam em Santa Catarina, com um custo corporativo de R$ 10,00 mensais. O agricultor pode visualizar os dados de chuva, temperatura e umidade relativa do ar no local. É importante salientar que esta inovação tecnológica é de conhecimento dos técnicos locais favorecendo assim a manutenção e o aperfeiçoamento das mesmas.

Os dados transmitidos serão armazenados automaticamente no banco de dados da EPAGRI em Florianópolis. No banco de dados serão trabalhados automaticamente e reenviados para os inúmeros usuários das mais diversas formações via e-mail, mensagens via celular (torpedos) ou disponibilizados em home page. Estas informações estarão disponíveis aos usuários que podem ser da defesa civil, corpo de bombeiros, polícia civil, profissionais da saúde, de engenharia, comitês de bacias hidrográficas, cooperativas e empresas agrícolas assim como pessoas da comunidade interessadas.

Benefícios imediatos da implantação da rede são a determinação do consumo de água efetivo pela exploração rizícola e conseqüentemente o conhecimento das hídricas provenientes da chuva, dos rios e as épocas de maior consumo e épocas de possíveis conflitos pela utilização da água. Com a implantação do sistema de estações para a agricultura haverá uma utilização racional de energia e recursos hídricos,

diminuindo os custos de produção, aumentando a proteção do meio ambiente, redução do uso de mão de obra com aumento da competitividade da agricultura regional.

Fonte: Adjori

Seminário discute feminismo e pós-colonialismo

28/10/2008 09:23

O feminismo e o pós-colonialismo serão temas de discussão de seminário organizado pela pós-graduação de Literatura. Geografias do poder: crítica feminista e pós-colonial acontece de 28 a 30 de outubro no Centro de Comunicação e Expressão (CCE), e tem como objetivo compartilhar as pesquisas realizadas pelos alunos do curso.

Simone Schmidt, professora da pós-graduação e uma das organizadoras do evento, explica que a proposta é a de interligar os estudos desenvolvidos e as questões da atualidade. “O tema geral do seminário, que intitulamos Geografias do Poder, diz bem sobre nossos interesses: uma articulação entre o saber acadêmico e um olhar voltado para as questões políticas contemporâneas, atento à identificação das desigualdades de gênero, raça, etnia, nacionalidade”.

Mais informações: 3721 9582, com as professoras e organizadoras Claudia de Lima Costa e Simone Schmidt.

PROGRAMAÇÃO

28 de outubro (terça-feira)

9h

Conferência: Literatura e descolonização em África: memória e narrativas da República do Congo . Com Jean-Michel Mabeko-Tali (Departamento de História, Howard University, Washington, D.C.)

14h às16 h:

Sessão de trabalhos: Figurações de raça e gênero I

Adriana Soares de Souza – As mulheres. Duas histórias, dois livros e as marcas da inferioridade. Debatedora: Sandra Maria Job.

Carla Damasceno de Morais – Cotas raciais: uma leitura introdutória da mestiçagem no Brasil. Debatedora: Izabel Cristina dos Santos Teixeira.

Cláudia Regina Silveira – A simbologia do cabelo e do corpo como identidade racial. Debatedora: Clarice Costa Pinheiro.

Maria Aparecida Rita Moreira – Refletindo sobre a literatura infanto-juvenil: desconstruindo preconceitos e estereótipos. Debatedora: Geórgia dos Passos Hilário.

16h às 16h30: Intervalo

16h30 às 18h30:

Sessão de trabalhos: Figurações de raça e gênero II

Sandra Maria Job – A Representação social e literária da mulher negra na literatura brasileira brasileira pós-moderna. Debatedora: Adriana Soares de Souza.

Geórgia dos Passos Hilário – Mulheres negras do Laredo: histórias de vida em diálogos com a crítica feminista. Debatedora: Maria Aparecida Rita Moreira

Izabel Cristina dos Santos Teixeira – Uma abordagem sobre o ecofeminismo na literatura moçambicana. Debatedora: Carla Damasceno de Morais.

Clarice Costa Pinheiro – Amor e democracia: primeiros esboços de um possível casamento. Debatedora: Cláudia Regina Silveira.

29 de outubro (quarta-feira)

9h:

Conferência: Cartografias de Gênero: a escritora contemporânea na aldeia global. Com Sandra Regina Goulart Almeida (Universidade Federal de Minas Gerais)

14h às16h:

Sessão de trabalhos: Identidade cultural, deslocamentos, tradução I

Andrea Cristina Natal Simões – Os retratos de pais e filhas na poética de Mary di Michele. Debatedora: Márcia Fagundes Barbosa.

Cleber Rosso Bicca – Hibridação, transnacionalidade e movimento: A apropriação do hip hop por rappers de Florianópolis. Debatedor: Sandro Brincher.

Jair Zandoná – Poética do deslocamento: leituras sobre Mário de Sá-Carneiro e Bernardo Soares. Debatedor: Juliano Malinverni da Silveira.

Jefferson Bruno Moreira Santana – Os tradutores/intérpretes de Língua de Sinais e as fronteiras literárias. Debatedor: Rodrigo Diaz de Vivar y Soler.

16h – 16h30: Intervalo

16h30 – 18h:30:

Sessão de trabalhos: Identidade cultural, deslocamentos, tradução II

Juliano Malinverni da Silveira – Identidades Discursivas em “Tropicália ou Panis Et Circensis” . Debatedor: Jair Zandoná.

Márcia Fagundes Barbosa – Imagens nacionais e relações de poder nas narrativa da imigração alemã em Santa Catarina. Debatedora: Andrea Cristina Natal Simões.

Rodrigo Diaz de Vivar y Soler – Gilberto Freyre e Michel Foucault: primeiras aproximações. Debatedor: Jefferson Bruno Moreira Santana.

Sandro Brincher – Olhares d’aquém e d’além mar: as alteridentidades coloniais nas literaturas africanas de língua portuguesa. Debatedor: Cleber Rosso Bicca.

30 de outubro (quinta-feira)

9 horas:

Conferência:Mulheres, experiência de vida e guerra de libertação em Angola. Margarida Paredes (ISCTE-Universidade de Lisboa).

14h às 16h:

Sessão de trabalhos: (Auto)biografias, histórias de vida, experiência e memória

Ana Paula Costa de Oliveira – É possível a autobiografia?. Debatedora: Cleuza Maria Soares.

Jane Vieira da Rocha – As duas margens da experiência: os miúdos e os mais-velhos na obra de Ondjaki. Debatedor: Marcelo Spitzner.

Marcio Markendorf – Sylvia Plath: um estudo literário da fama. Debatedora: Sumaya Lima.

Maria Isabel de Castro Lima – Cassandra, rios de lágrimas: uma leitura dos (inter)ditos. Debatedora: Luciana Hioka.

16h às 16h30: Intervalo

16h30 às18h30:

Sessão de trabalhos: Narrativas cinematográficas/literárias e abordagens teóricas contemporâneas

Marcelo Spitzner – Homoerotismo do naturalismo ao pós-modernismo: Caminha, Pompéia e Abreu. Debatedora: Jane Vieira da Rocha.

Cleuza Maria Soares – Pós-colonialismo nas telas do cinema: Amélia, dois mundos em combate. Debatedora: Ana Paula Costa de Oliveira.

Luciana Hioka – I Know I Ain’t Queer: questões sobre sexualidade e identidade nacional no filme Brokeback Mountain. Debatedora: Maria Isabel de Castro Lima.

Sumaya Lima – As Filhas do Vento e O Céu de Suely: um estudo da representação do sujeito feminino em condição de exclusão social. Debatedor: Marcio Markendorf.

Quem são os palestrantes

O Professor Jean-Michel Mabeko-Tali é cidadão da República do Congo-Brazzaville. Professor no Departamento de História da Howard University em Washington, DC., doutorou-se em Historia de África pela Universidade Paris VII – Denis Didérot, em França e é especialista em História da África Central. Iniciou a sua careira de professor na Universidade Agostinho Neto, em Luanda (Angola).

É membro fundador da revista francesa “Lusotopie” do Centro de Estudos da África Negra, Paris/Bordeaux, na qual publicou vários artigos. Professor Mabeko-Tali é também membro fundador da Faculdade de Literatura e Ciências Sociais da Universidade Agostinho Neto em Angola. É membro do Journal of Higher Education publicado pela African Union’s Council for the Development of Social Science Research in Africa (CODESRIA, Dakar). É ainda Director científico em Angola do “Centro de Estudos Sociais e Desenvolvimento” e editor da revista “Caderno de Estudos Sociais”. É com frequência Professor convidado pela École des Hautes Études en Sciences Sociales e pela “Maison des Sciences de L’Homme”, em Paris.

Publicou um ensaio em dois volumes sobre a Historia do MPLA (Movimento Popular de Libertação de Angola), antigo movimento de libertaçao anticolonial, e actual partido no poder em Angola, intitulado Dissidências e Poder de Estado: O MPLA perante si próprio 1962-1977. Lisbon/Luanda, Caminho/Nzila, 2001 e um ensaio comparativo sobre Identidades sociais e Transição politica no Congo e em Angola, intitulado Barbares et Citoyens – L’ Identité Nationale à l’ Épreuve des Transitions Africaines – Congo-Brazzaville, Angola. Paris, L’ Harmattan. É autor de inúmeros artigos sobre Angola e Congo publicados em revistas académicas africanas, francesas, portuguesas e americanas.

Professor Mabeko-Tali fala e escreve várias linguas, incluindo quatro línguas europeias, Francês, Espanhol, Português e Inglês – e três línguas africanas – Lingala, a lingua nacional do Congo Brazzaville e da Republica Democrática do Congo, o Sangho a lingua nacional da Republica Centro Africana além da sua lingua materna, o Linyellé do Norte do Congo.

Paralelamente, o Professor Jean-Michel Mabeko-Tali é novelista com dois livros editados em Paris, pela L’ Harmattan, ambos escritos em francês e inspirados nas realidades sociais e políticas contemporâneas da Republica do Congo Brazzaville, L`exil et l`interdit, de 2002 e Le musée de la honte publicado em 2003.

Sandra Regina Goulart Almeida possui graduação em Letras Português Inglês pela Universidade Federal de Minas Gerais (1986), mestrado em Literatura – University of North Carolina (1990) e doutorado em Literatura – University of North Carolina (1994).

Atualmente é professora associada da Universidade Federal de Minas Gerais. Tem experiência na área de Letras, com ênfase em Literatura Comparada e Literaturas de Língua Inglesa, atuando principalmente nos seguintes temas: crítica literária feminista, literatura canadense, escritoras contemporâneas e diáspora.

Livros publicados: Perspectivas Transnacionais (ABECAN/Faculdade de Letras/UFMG, 2005) e Gender Studies and Feminist Perspectives (Editora da UFSC, 2002).

Margarida Paredes é Licenciada em Estudos Africanos pela Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa. Candidata a um Projecto de Doutoramento em Antropologia no ISCTE, Lisboa, intitulado As Mulheres Combatentes na Luta Armada em Angola: Luta de Libertação, Guerra Civil e 27 Maio de 1977: que ‘mulheres’ são estas? Sob orientação do antropólogo Miguel Vale de Almeida.

∙Publicou Building Violence: Portugal Responsibility in the Failed Political Transition in Angola, in 1974-75, Congresso anual (2006) da ASA, African Studies Association em San Francisco, USA, integrada no painel da LASO (Lusophone African Studies Organization) sobre Political Transitions: Democracy, State Formation, and Violence in Colonial and Postcolonial Lusophone Africa;

. Viver e escrever entrelugares, Pensando África, III Encontro de Professores de Literaturas Africanas na UFRJ, Brasil (2007), mesa ‘Literatura de Autoria Feminina’. Durante o congresso foi eleita para a comissão que vai criar a Associação Internacional dos Estudos Literários e Culturais Africanos no Brasil;

. A Linguagem Desterritorializada no Colóquio Para Além da Mágoa: Novos Diálogos Pós-coloniais, na Casa Fernando Pessoa, que organizou em Lisboa (Janeiro de 2008) com Sheila Khan do CES, Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra e Francisco José Viegas, escritor;

.Que negra é esta? Mulher, negra, brasileira e imigrante em Portugal, Congresso Europe in Black and White, Projecto Dislocating Europe, Centro de Estudos Comparatistas da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, Keynote Speakers Ella Shoat e Paul Gilroy (Maio 2008).

Escritora, tem um romance O Tibete de África, editado pela Âmbar (2006) e um conto Namoro publicado numa Antologia Ibérica da Poesia e do Conto da Arion Publicações, (1998).

Tem artigos de crítica literária e recensões críticas espalhadas por revistas.

Como uma história de vida entre Portugal e África, nasceu em Coimbra no Penedo da Saudade em 1953 no seio de uma família tradicional e latifundiária alentejana. Acompanhou durante vários anos, o pai, professor universitário e oceanógrafo (hoje brasileiro), durante comissões de serviço, no fim do Império Colonial a Angola e Moçambique onde não foi uma testemunha silenciosa da Guerra Colonial.

Aderiu ao MPLA, Movimento Popular de Libertação de Angola em 1973, com 19 anos. Foi testemunha das cisões que abalaram este Movimento em 1974, Revolta Activa e Revolta de Leste tendo ficado ao lado de Agostinho Neto. Entrou em Luanda nos últimos dias de 1974, para estabelecer a primeira delegação oficial do MPLA na capital. Durante o período de descolonização foi feita prisioneira pelas FAP, Forças Armadas Portuguesas.

Após abandonar o exército angolano, trabalhou no Ministério da Educação e no Conselho Nacional de Cultura no pós-independência, como assessora do poeta António Jacinto e na área social com órfãos de guerra e crianças-soldado. Regressou a Portugal nos anos oitenta.

É membro da Direcção de uma ONGD, AIDGLOBAL, com projectos de Educação e Cooperação para o Desenvolvimento em Portugal, Moçambique e Guiné-Bissau.

UFSC transmite reunião do Conselho Universitário nesta terça-feira

28/10/2008 08:39

Será realizada nesta terça-feira, 28/10, a partir de 9h, mais uma reunião do Conselho Universitário com transmissão pela internet. Para acompanhar acesse o link Transmissão ao Vivo

A pauta da reunião traz os seguintes assuntos:

1 – Apreciação e aprovação da ata da sessão ordinária realizada em 30 de setembro de 2008.

2 – Indicação de representantes do Conselho Universitário no Conselho de Curadores.

3 – Indicação de representantes do Conselho Universitário na CPPD.

4 – Processo n.º 049185/200879

Requerente: PREG

Assunto: Alteração do Parágrafo Único do Art. 14 da Resolução n.º 008/CUn/2007

referente o Programa de Ações Afirmativas.

Relatora: Cons. Yara Maria Rauh Muller

5 – Processo nº. 044727/200817

Requerente: PRPE

Assunto: Aprovação das normas que regulamentam o Fundo de Incentivo à Pesquisa

(FUNPESQUISA), da UFSC.

Relatora: Cons. Maria Risoleta Freire Marques

6 – Processo

nº. 011801/200819

Requerente: PREG

Assunto: Normas para elaboração da Matriz de Distribuição de vagas de professores

efetivos da UFSC.

Apresentação da Proposta: Profª. Olga M. Boschi Aguiar de Oliveira

7 – Institucionalização de Empresas Juniores na UFSC.

Apresentação: Representantes das Empresas Juniores da UFSC.

8 – Informes gerais.

Vestibular UFSC/2009: universidade divulga relação candidatos/vaga

28/10/2008 08:31

Com 42,96 candidatos por vaga, o curso de Medicina continua liderando o ranking de inscrições do Vestibular da Universidade Federal de Santa Catarina. Nesta terça-feira (28/10), a Comissão Permanente do Vestibular (Coperve) divulga no site www.vestibular2009.ufsc.br a relação de candidatos/vaga dos 70 cursos da instituição e outras informações relevantes para os postulantes a uma vaga na UFSC em 2009. Nos dias 7, 8 e 9 de dezembro, quando será realizado o concurso, 30.859 inscritos farão as provas em Florianópolis, Blumenau, Camboriú, Chapecó, Criciúma, Itajaí, Joaçaba, Joinville, Lages e Tubarão.

Complementam a lista dos 10 cursos mais procurados Arquitetura e Urbanismo (14,31 candidatos por vaga), Direito diurno (13,42), Jornalismo (11,75), Engenharia Civil (11,61), Engenharia Química (11,06), Engenharia Mecânica (10,71), Direito noturno (10,47), Oceanografia (9,90) e Relações Internacionais (9,85). Este último é um curso novo, que entra pela primeira vez no Vestibular, enquanto Oceanografia foi uma das novidades do Vestibular 2008.

Entre os novos cursos, destaque também para Design de Animação e Design de Produto, que tiveram 6,68 e 4,53 candidatos por vaga, respectivamente. O curso de Ciência e Tecnologia Agroalimentar, também estreando no Vestibular, tem 2,72 postulantes por vaga, enquanto a recém-criada licenciatura em Química tem um índice de 1,15.

Florianópolis responde por 68,02% dos inscritos, com 20.989 candidatos. Dentro do Programa de Ações Afirmativas, 990 inscritos (3,21% do total) se auto-declararam negros, 5.806 entraram na cota dos egressos de escolas públicas (18,81%) e houve 14 inscrições de indígenas (0,05%). Houve o deferimento de 2.786 isenções para o pagamento da inscrição, sendo que, dessas, 287 não foram efetivadas pelos beneficiários, o que significa que 2.499 candidatos foram total ou parcialmente isentos de taxa nesta edição do Vestibular.

A Coperve alerta que os candidatos devem entrar no site www.vestibular2009.ufsc.br a partir do dia 3 de novembro para conferir os locais onde farão as provas, nas 10 cidades catarinenses acima citadas.

A partir desta terça-feira, a equipe da Coperve estará à disposição da imprensa e dos candidatos para prestar mais informações, por meio do telefone (48) 3721-9200.

Por Paulo Clóvis Schmitz / Jornalista na Agecom

Inscrições para sorteio de vagas do Colégio de Aplicação da UFSC começam em novembro

28/10/2008 08:29

As datas de inscrição para ingresso de novos alunos no Colégio de Aplicação (CA) da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) foram divulgadas. A distribuição das vagas se dará na forma de sorteio e cada candidato poderá ter apenas uma inscrição. O Edital está no site www.ca.ufsc.br.

Para os anos iniciais do Ensino Fundamental o total de vagas é de 62. São 50 vagas para o Ciclo de Alfabetização I, crianças com 6 anos completos ou a completar até o início do ano letivo de 2009, em 26 de fevereiro de 2009; 12 vagas para o Ciclo de Alfabetização II, sendo três para alunos com deficiência, crianças com 7 anos completos ou a completar até o dia 31 de julho de 2009.

As inscrições para sorteio podem ser feitas entre os dias 18 e 20 de novembro, das 8h às 11h30 e 14h às 17h30, na Secretaria do CA. O sorteio será feito no dia 24 de novembro, às 15h, no auditório do CA, e as matrículas dos sorteados deverão ser realizadas nos dias 26 e 27 de novembro.

As vagas das outras séries do ensino fundamental e do ensino médio serão divulgadas no dia 23 de dezembro, no site www.ca.ufsc.br. E nos dias 3 e 4 de fevereiro de 2009 serão realizadas as inscrições para sorteio. O sorteio acontecerá em 6 de fevereiro de 2009, às 15h, no auditório do CA. Já a matrícula dos sorteados será nos dias 7 de fevereiro, no mesmo local das inscrições e horário a ser divulgado.

Documentos necessários para a inscrição no sorteio:

1 – Fotocópia da Certidão de Nascimento do candidato ou Carteira de Identidade;

2 – Taxa de inscrição no valor de R$ 5 (cinco reais), paga no Banco do Brasil do Campus Universitário;

3 – Declaração de conclusão da série anterior;

4 – Aluno com deficiência: diagnóstico médico.

O sorteio terá validade até o término do 2º trimestre (Calendário escolar de 2009).

Outras informações pelo telefone (48) 3721-9561.

Margareth Rossi/Jornalista da Agecom