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Uma spin-off do Laboratório de Engenharia Biomecânica (LEBm) da UFSC, a Iaso Biodelivery, foi selecionada no Edital Centelha SC, com o projeto de um Implante Intravesical para Tratamento da Bexiga Hiperativa. Ele se destacou entre os 1.219 projetos submetidos, ficando entre os 28 aprovados para receber R$ 60mil, além de apoio institucional da  Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação de Santa Catarina (Fapesc).

A startup catarinense tem o propósito de desenvolver soluções para o tratamento farmacológico de doenças crônicas por meio da tecnologia de implantes com sistemas de liberação de fármacos. O pequeno número de empresas neste setor a nível internacional e o know-how da equipe da Iaso Biodelivery foram fatores fundamentais para sua fundação, em 2018.

A CEO da empresa, Izabelle de Mello Gindri, é pós-doutoranda do Programa de Ciência e Engenharia de Materiais da UFSC com doutorado em Engenharia Biomédica pela University of Texas at Dallas (EUA), após ter feito mestrado e graduação em Química na Universidade Federal de Santa Maria.

Izabelle destaca que a fundação da Iaso Biodelivery veio suprir a falta de soluções frente às limitações dos tratamentos convencionais para condições crônicas, que são prioritariamente conduzidos por meio da administração de medicamentos pela via oral. Em geral, esses tratamentos apresentam problemas como baixa adesão do paciente, devido à necessidade de administrar doses periódicas de medicamentos, baixa eficácia e efeitos adversos indesejados.

Hoje, a empresa está incubada no Centro Empresarial para Laboração de Tecnologias Avançadas), da Fundação CERTI (Centros de Referência em Tecnologias Inovadoras).  A Iaso Biodelivery já foi contemplada em outros dois editais de fomento do CNPQ, sendo o Bônus Tecnológico em 2018 e o Doutorado Acadêmico para Inovação no ano seguinte. Agora, em 2020, está na lista das aprovadas do Centelha, programa nacional inspirado no catarinense Sinapse da Inovação, ambos voltados ao empreendedorismo inovador. Dos R$ 1,68 milhão disponibilizados pelo Centelha, R$ 580 mil vem da Fapesc e R$ 1,1 milhão, da  Financiadora de Estudos e Projetos (Finep).

O programa é promovido pela Finep e pelo Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, em parceria com o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico e o Conselho Nacional das Fundações Estaduais de Amparo à Pesquisa, sendo operado pela Fundação CERTI e executado em Santa Catarina pela Fapesc, órgão do governo estadual.

Heloisa Dallanhol, com informações da empresa/Equipe de Divulgação do Departamento de Engenharia Mecânica/UFSC