Semana d’Áfrika desenvolve oficinas de crioulo cabo-verdiano e kimbundu

04/06/2018 10:51

A quarta edição da Semana d’Àfrika, sob o tema ‘Unidade Africana: independência e emancipação política’, realizou duas oficinas de línguas maternas da África na sexta-feira, dia 25 de maio. O evento foi promovido pela coordenação de extensão do Centro Socioeconômico (CSE) em comemoração ao Dia da Liberdade da África.

As oficinas de crioulo cabo-verdiano e kimbundu, originais das regiões do Arquipélago de Cabo Verde e da Angola, respectivamente, foram ministradas por estudantes africanos. Originária do país Cabo Verde, a oficina de crioulo cabo-verdiano foi a primeira atividade do dia e, após debater a problemática da incorporação da língua portuguesa como língua oficial do país e a marginalização do crioulo, foram apresentadas algumas frases comuns em crioulo cabo-verdiano de derivação lexical do português do século XVI. Levantou-se que as diversas variações da língua por todo o território nacional, que abrange 10 ilhas, é a principal dificuldade para a oficialização do crioulo no Arquipélago.

A segunda oficina do dia apresentou o kimbundu, língua falada na Angola, e que compartilha termos linguísticos com o português falado na Angola e no Brasil.  Explicou-se sobre as especificidades da língua, tal como a sua disposição prefixal, em que a variação das palavras aparece na frente do morfema.

Além das oficinas, a Semana d’Àfrika também contou com a Tarde Cultural com dança, música e poesia africana e uma conferência sobre a unidade e emancipação política do continente africano com estudantes afro-brasileiros e latino-americanos.

 

 

Erick Souza/Estagiário de jornalismo/Agecom/UFSC

Fotos: Henrique Almeida/Agecom/UFSC

 

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