Resultados individuais das provas do Enem estão liberados para a consulta on-line

18/01/2017 13:15

Os participantes do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) de 2016 podem consultar on-line os resultados individuais. Também está aberta na internet a consulta pública que dará aos cidadãos brasileiros a oportunidade de opinar sobre o exame.

Para os menores de 18 anos que participam do Enem para fins exclusivos de autoavaliação, os resultados serão publicados em 60 dias, conforme previsto em edital. As provas objetivas foram corrigidas com base na teoria de resposta ao item (TRI).

Sisu

Com a nota do Enem, os estudantes que almejam uma vaga na educação superior pública podem inscrever-se no Sistema de Seleção Unificada (Sisu) a partir do próximo dia 24 de janeiro. Nesta edição, referente ao primeiro semestre de 2017, serão ofertadas 238.397 vagas em 131 instituições, entre universidades federais, institutos federais de educação, ciência e tecnologia e instituições estaduais. As inscrições encerram-se no dia 27 de janeiro.

O número de vagas subiu 4,5% em relação ao primeiro semestre do ano passado, quando a oferta foi de 228.071. Cada candidato pode fazer até duas opções de curso. A inscrição, que deve ser feita na página do Sisu na internet, está restrita aos estudantes que tenham participado do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) de 2016 e que não tenham tirado zero na redação.

O Sisu é o sistema informatizado do Ministério da Educação por meio do qual instituições públicas de educação superior oferecem vagas a estudantes com base nas notas obtidas no Enem. O processo ocorre duas vezes por ano.

Resultados

Considerada a média total, os participantes do Enem obtiveram as maiores médias em ciências humanas e suas tecnologias (533,5), em linguagens e códigos e suas tecnologias (520,5), matemática e suas tecnologias (489,5) e ciências da natureza e suas tecnologias (477,1).

A média dos concluintes — participantes que terminaram o ensino médio em 2016 —, foi ligeiramente superior, mas manteve a ordem de dificuldade. A maior média também foi obtida em ciências humanas e suas tecnologias (536), linguagens e códigos e suas tecnologias (523,1), matemática e suas tecnologias (493,9) e ciências da natureza e suas tecnologias (482,3).

A maior nota do Enem de 2016 foi registrada em matemática e suas tecnologias (991,5); a mais baixa, em linguagens e códigos e suas tecnologias (287,5).

Área

Em ciências humanas e suas tecnologias, a maioria dos participantes (2.867.265) alcançou notas entre 500 e 600 pontos. Apenas 600 tiveram notas entre 800 e 900. Tiraram nota zero 1.804 estudantes. A média nacional foi de 536.

Em ciências da natureza e suas tecnologias, a maioria dos participantes (3.234.551) alcançou notas entre 400 e 500 pontos. Apenas 632 obtiveram notas entre 800 e 900 e 3.109 tiraram zero. A média nacional foi de 482,3.

Em linguagens e códigos e suas tecnologias, a maioria (2.898.637) teve notas entre 500 e 600 pontos. Apenas um participante ficou entre 800 e 900 e 3.862 tiveram zero. A média nacional foi de 523,1.

Em matemática e suas tecnologias, a maioria (2.430.115) alcançou notas entre 400 e 500 pontos. Apenas 3.747 ficaram entre 800 e 900 e 5.734 tiveram zero. A média nacional foi de 493,9.

Redação

Na prova de redação, a maioria dos participantes (1.987.251) conseguiu notas entre 501 e 600. Apenas 77 conseguiram nota mil. A nota zero ou a anulação da prova foi para 291.806 estudantes.

Das anuladas, a maioria (206.127) resultou de não comparecimento ao segundo dia ou apresentação da redação em branco. Das redações que tiraram zero, os principais motivos foram fuga ao tema (46.874), parte desconectada (13.276), cópia de texto motivador (8.325), texto insuficiente (7.348) e não atendimento ao tipo textual (3.615). Por ferirem os direitos humanos, foram anuladas 4.798.

Certificação

Apenas 79.814 (7,7%) dos 1.033.761 que pediram certificação do ensino médio por meio do Enem atingiram a nota mínima em todas as áreas, de 450 nas provas objetivas e 500 na redação. No caso do Enem para pessoas privadas de liberdade, 3.620 (6,7%) dos 42.331 que solicitaram a certificação vão obter o diploma.

Ausências

Dos 8.630.306 inscritos, 2.518.976 (29,19%) ausentaram-se no primeiro dia de provas e 2.667.899 (30,91%), no segundo dia. Considerados os dois dias, foram 2.494.294 (28,90%) faltantes. Além disso, 3.942 (0,05%) foram eliminados no primeiro dia e 4.780 (0,06%), no segundo. Em função das ocupações em escolas e universidades, 265.412 (3,08%) inscritos tiveram a aplicação postergada.

A maioria das eliminações no Enem 2016 ocorreu em função de:
• 44,35% por não marcar o tipo de prova e não escrever a frase ou marcar mais de um tipo de prova e não escrever a frase.
• 19,77% por portar lápis, caneta de material não transparente, lapiseira, borrachas, livros, manuais, impressos e anotações.
• 9,10% por ausentar-se da sala de provas sem o acompanhamento de um aplicador, ou ausentar-se em definitivo antes de decorridas duas horas.
• 7,41% por portar, após ingressar na sala de provas, qualquer tipo de equipamento eletrônico ou de comunicação.

No exame para os privados de liberdade, dos 54.317 inscritos, 15.7436 (28,98%) faltaram ao primeiro dia de provas e 18.021 (33,18%) faltaram ao segundo dia. Além disso, 38 pessoas (0,07%) foram eliminadas no primeiro dia e 37 (0,07%), no segundo.

TRI

Na teoria de resposta ao item, o número de acertos corresponde à média final. A TRI qualifica o item de acordo com o:
• Poder de discriminação: capacidade de um item distinguir os participantes que têm a proficiência requisitada daqueles quem não a têm.
• Grau de dificuldade.
• Possibilidade de acerto ao acaso, ou seja, de “chute”.

O número de questões por nível de dificuldade em cada prova e as demais características dessas questões refletem-se no resultado. Acertar um número maior de itens em uma área não significa, necessariamente, ter uma proficiência maior do que em outra cujo número de acertos foi inferior.

Como a TRI pressupõe que um candidato com certo nível de proficiência tende a acertar os itens de nível de dificuldade menor e errar aqueles com nível de dificuldade maior, o padrão de respostas do participante é levado em consideração no cálculo do desempenho. Como a TRI não tem um limite, inferior ou superior, padrão entre as áreas de conhecimento, as notas dos participantes não variam entre zero e mil. Elas podem ultrapassar os mil pontos.

Na página do participante do Enem, os candidato têm acesso aos resultados do exame 2016. É necessário informar o CPF e a senha cadastrada no ato da inscrição.

Consulta

A partir desta quarta-feira, 18, até 10 de fevereiro próximo, os brasileiros podem participar da consulta pública sobre o Enem. Três perguntas objetivas abordam alternativas de mudanças dos dias de aplicação de provas e possibilidade de aplicação por computador. Uma pergunta discursiva permitirá ao cidadão dar sugestões para o aprimoramento do exame. As sugestões devem ser apresentadas na página do Inep na internet, com a informação do CPF.

Assessoria de Comunicação Social do MEC, com informações do Inep.

 

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