Calendário da UFSC produzido pela Agência de Comunicação mostra a diversidade na instituição

30/01/2017 12:06

calendario2017_WEB2Fortalecer e disseminar o posicionamento contra qualquer ato de discriminação e despertar a sociedade para o respeito. Essa é uma das propostas do novo Calendário da UFSC, produzido pela Agência de Comunicação (Agecom) com distribuição prevista para início do semestre letivo.

Ancorado no conceito “Aqui tem diversidades”, o calendário apresenta 12 personagens que representam as categorias de servidores docentes, técnicos-administrativos e estudantes – 6 homens e 6 mulheres -, distribuídos em perfis diversos: homoafetivos, imigrantes, deficientes físicos, idosos, jovens, indígenas, quilombolas, negros e feministas, entre outros(as). A peça foi elaborada pela Coordenadoria de Design e Programação Visual, em parceria com jornalistas e fotógrafos da Agecom.

Os participantes falam da sua experiência profissional, da relação com a universidade e do que pensam sobre a diversidade, como Ingrid Medina, aluna de graduação do curso de Serviço Social: “Aqui não é um lugar para poucos, é para muitos e, principalmente, para quem precisa”.

De acordo com a coordenadora de Design e Programação Visual, Audrey Schmitz Schveitzer, a Gestão da Universidade fez a escolha de reafirmar o tema diversidades. A produção do calendário passou por etapas de pesquisa, seleção de perfis, localização de pessoas, entrevista e fotografia. “Mantivemos a mesma estrutura dos calendários anteriores e adotamos a mesma linguagem visual do Vestibular 2017. Os quadrados coloridos representam os diversos perfis e a foto é uma forma de apresentar um deles. Não conseguimos mostrar todo mundo, mas fizemos o máximo de esforço para representar a maior diversidade possível de perfis”, afirma Audrey. “Será possível perceber como a UFSC é diversa em uma peça que vai estar no dia-a-dia das pessoas”, complementa. “O tema e a linguagem visual serão usados em outros materiais. Outros perfis virão”, antecipa a coordenadora.

Professor do Centro de Ciências Agrárias (CCA), Diego Peres Neto percebe a diversidade na UFSC com mais evidência principalmente por causa das cotas e do Sistema de Seleção Unificada (SiSU). “A gente aprende a lidar com diferentes culturas, origens e conceitos”. Osvaldino Barbosa, o Seu “Téia”, já está perto da aposentadoria, mas o vínculo com a universidade ainda é muito forte. “Gosto daqui, do meu trabalho, tenho muitos amigos. É uma casa para mim!”

“Temos diversidades sim, sempre teve e sempre haverá”, reforça Francis Solange Vieira Tourinho, que está no comando da primeira Secretaria de Ações Afirmativas e Diversidades (Saad) da UFSC. No momento em que a instituição se afirma diversa no auge de seus 56 anos, alerta aos que desejam ingressar, seja para trabalhar ou estudar, “que a universidade não aceitará comportamentos de intolerância e desrespeito”. Francis acredita que “a Universidade é um reflexo da sociedade” e mesmo em tempos modernos e em espaços de circulação do conhecimento, ainda persiste o pensamento conservador e intolerante que, muitas vezes, manifesta-se da maneira mais cruel possível.

O reitor Luiz Carlos Cancellier de Olivo afirma que a criação de uma secretaria como a Saad para tratar desses temas, tem origem na constatação de que a UFSC mudou, por exemplo, quanto ao perfil de seus estudantes. “A partir do momento em que passamos a receber jovens de diferentes origens, locais, foi necessária uma ação institucional mais objetiva sobre esses grupos”.

Ele reforça que as estruturas até então davam conta de executar políticas de apoio, mas era fundamental um espaço mais específico, com pessoas ligadas diretamente aos movimentos e com conhecimento de causa. “Nada mais verdadeiro do que afirmar que aqui na UFSC tem diversidade”, conclui Cancellier.

Os depoimentos na íntegra dos personagens estão disponíveis em www.diversidades.ufsc.br.

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