Vestibular UFSC 2017: Luiz Henrique Terhorst

03/10/2016 08:02

LUIZ_Vestibular_2017

Luiz Henrique Terhorst – Estudante de Ciências Biológicas

“Eu sou de Itapiranga, extremo oeste de Santa Catarina, na fronteira com a Argentina. Eu quis vir aqui para a UFSC porque o meu curso só tem bacharelado aqui, outras opções no estado são licenciatura. Também quis vir aqui pelo nome da Universidade. Encontrei vários amigos que queriam fazer o vestibular, a gente passou todo mundo junto e viemos para cá.

A comunidade da UFSC é maior que a minha cidade, que tem 17 mil habitantes. Vir aqui para Florianópolis foi genial, a cidade é muito boa. Você vê realmente essa coisa da diversidade aqui. Tem muita gente diferente, você anda por aí e vê pessoas falando inglês, coisa que na minha cidade seria absurdo ver. Também vejo a diferença no pessoal aqui ser mais ‘cabeça aberta’. Quando eu volto para a minha cidade eu percebo as pessoas com a mente muito fechada, não sabem conviver com as diferenças. Aqui na UFSC a gente vê que tem muita diversidade e se convive bem um com o outro. Isso realmente me espantou quando eu vim pra cá.

Sempre dá saudade de casa, da mãe, do pai, mas volta e meia eu vou lá visitar. Tento ir a cada dois meses, quando tem feriado. Mas não vou voltar a morar lá. Aqui em Floripa tem todo um polo de inovação, o empreendedorismo é muito forte aqui, tem muita oportunidade. Aqui dentro da UFSC você encontra muita coisa fora da sala de aula para aprender, e é o que mais acrescenta na formação. Estar aqui em Florianópolis é uma coisa que me acrescentou muito e eu não quero sair daqui.

A minha área de Ciências Biológicas é muito voltada à pesquisa ou à docência. É difícil quebrar os paradigmas, desenvolver a mente para buscar outras oportunidades, ampliar a abrangência de atuação de um biólogo, encontrar brechas. Eu penso em empreender na área de problemas ambientais, não só abrir uma empresa mas gerar uma diferença no mundo. No movimento de empresas júnior a gente diz que empreendedor é quem quer fazer, sabe fazer e faz. Eu quero realmente provocar uma mudança na sociedade, principalmente na área de mudanças climáticas.

A Simbiosis é uma empresa júnior que atua na área de consultoria ambiental, ecoturismo e educação ambiental. São áreas com as quais eu me identifico bastante. É levar da Academia para o mundo as ideias, o conhecimento que a gente produz aqui. O legal da empresa júnior é que a gente consegue repercutir na sociedade enquanto ainda está na graduação.

Uma coisa de que eu sinto bastante falta em certos momentos é sair daqui e causar impacto lá fora, empreender algum serviço social, não ficar só dentro da bolha que é a Universidade. Eu agora estou fazendo um projeto super legal de reduzir os impactos ambientais de uma empresa aqui da Trindade. A gente está fazendo toda a conscientização com os colaboradores da empresa e percebemos que tem muito desperdício, muito dano no meio ambiente que não precisaria existir. Gera melhor competitividade para a empresa e um ganho super relevante para o meio ambiente. Se todas as empresas tivessem essa consciência, teríamos uma cidade muito mais verde.

Quando eu escolhi a UFSC, foi porque era próximo de casa, tinha o curso que eu queria, e tudo mais. Se fosse hoje essa escolha, sabendo o que eu sei, teria novamente escolhido a UFSC, porque aqui tem muita oportunidade fora da graduação. Os professores têm muito conhecimento, mas sempre falta alguma coisa de aprendizado prático, que você vai ter que ir atrás. Aqui eu encontrei muito disso, muitas oportunidades: já fiz monitoria, laboratório, extensão, agora estou entrando no estágio, fazendo empresa júnior. Tem várias coisas que agregam muito, mesmo. Eu diria que o aprendizado em sala de aula é talvez a metade, ou até menos do que a gente vai usar depois. Foi uma escolha muito acertada ter vindo para cá.

Estar aqui abriu minha cabeça para pensar diferente sobre várias questões. A gente não percebe o nosso próprio potencial, mas dentro da Universidade podemos desenvolver isso e ver que podemos causar diferenças no planeta. Hoje vejo que eu não estou sozinho. Fazendo parte do movimento de empresas júnior, que congrega muitas dessas filosofias, existe uma missão de transformar o Brasil em um país melhor.”

 

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