Ministro do Trabalho vem à UFSC assinar termo de cooperação para desenvolvimento de plataforma de ensino

01/10/2015 19:48

Foto Henrique AlmeidaO Ministro do Trabalho e Emprego, Manoel Dias, classificou a assinatura do termo de cooperação com a UFSC para criar a Universidade do Trabalhador, na tarde desta quinta-feira no Gabinete da Reitoria, como a ação mais importante de todas as de que participou no comando da pasta. O projeto é o desenvolvimento de uma plataforma de ensino a distância que ofereça qualificação profissional e participação de cidadania a um público estimado em sete milhões de pessoas nos próximos anos.

A UFSC foi escolhida como parceira, explica Dias, pela sua experiência e conhecimento no ensino a distância. Quando começaram os primeiros estudos, há cerca de dois anos, o Ministério realizou análise técnica e operacional das instituições, preferencialmente públicas, que fizessem esse trabalho. Além da UFSC, a Universidade de Brasília (UnB) também foi apontada como capacitada, tanto que participou dos estudos desde o início. “O Centro de Pesquisa em Arquitetura da Informação da UnB também esteve conosco desde o início”, destaca o professor João Artur de Souza, do Departamento de Engenharia do Conhecimento da Universidade, responsável pelo desenvolvimento do projeto.

A função da UFSC será criar uma plataforma em que ela e outras entidades possam oferecer diferentes cursos e treinamentos, de acordo com as necessidades percebidas pelo Ministério do Trabalho. Além disso, utilizará o conhecimento no assunto para formatar e definir especificações técnicas e de método para cada um desses cursos. A previsão é crescer o público por etapas, a partir do lançamento da plataforma: atingir inicialmente 150 mil pessoas na primeira etapa, 600 mil na segunda, 2,5 milhões na terceira, 5 milhões na quarta e 7 milhões na quinta. Os prazos para o lançamento e cada uma dessas etapas dependem de liberação de verbas e licitações, explica Souza. O orçamento é avaliado em R$ 7,9 milhões e a vigência do termo de cooperação é até setembro de 2016.

O ministro afirma que o processo deve democratizar o conhecimento e alcançar pessoas que não têm condições de acessar a estrutura normal do ensino superior. “Estamos discutindo o emprego do futuro. Daqui a alguns anos, a inovação vai mudar todo o sistema de produção”, diz. Além de oferecer capacitação técnica ao trabalhador e assim aumentar as possibilidades de inovação e a competitividade dos setores produtivos brasileiros, a Universidade do Trabalhador deve incluir também no debate político e na participação da formulação de políticas públicas. Os cursos devem estar disponíveis para pessoas físicas, mas também a empresas, centrais sindicais, sindicatos patronais, movimentos sociais ou outras entidades interessadas.

Souza destaca ainda a compatibilidade do projeto com as dimensões de pesquisa, ensino e extensão. Além do conhecimento específico que se agregará a atividades acadêmicas e extraclasse de diversas disciplinas, afirma, o desenvolvimento da Universidade do Trabalhador contribuirá com pesquisas do Programa de Pós Graduação em Engenharia e Gestão do Conhecimento (PPGEGC), tanto em Mestrado quanto em Doutorado. Também “cabe salientar a importância no que tange aos contatos e relações proporcionados junto ao meio externo, aspecto extremamente relevante para manter professotres, pesquisadores e alunos plenamente inteirados da realidade, das necessidades e das dificuldades que circundam a prática do dia a dia da qualificação do trabalhador”.

Fábio Bianchini/Jornalista da Agecom/Diretoria Geral de Comunicação
fabio.bianchini@ufsc.br

Fotos: Henrique Almeida/Agecom/Diretoria Geral de Comunicação
henrique.almeida@ufsc.br

 

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