Consumo de gorduras trans eleva em 25% a chance de um primeiro infarto

05/09/2013 12:08

Ana Carolina Fernandes palestra sobre os riscos do consumo de gordura trans – foto Wagner Behr/Agecom

O Núcleo Interdisciplinar de Pesquisa Extensão e Atendimento à Dislipidemia (Nipead), do Hospital Universitário (HU), promoveu no dia 4 de setembro a palestra “Controlando o uso de gordura trans na alimentação”. Ministrada pela doutoranda do Programa de Pós-Graduação em Nutrição (PPGN/UFSC) Ana Carolina Fernandes, a apresentação faz parte de um dos projetos do Nipead, que promove palestras gratuitas relacionadas à nutrição e alimentação para a comunidade a cada primeira quarta-feira do mês.

A nutricionista explicou o que são as gorduras naturais, encontradas em alguns alimentos, e como são benéficas ao corpo humano quando consumidas dentro do limite recomendável – entre 20% e 35% do valor calórico total diário -. Em seguida, apresentou a diferença entre elas e a gordura trans. Essa última, em 90% das vezes é encontrada em alimentos industrializados e utilizada para aumentar o tempo de prateleira dos produtos.

 

Além de não conterem os nutrientes necessários para o organismo, são difíceis de digerir, aumentam a predisposição à obesidade e ao câncer, podem contribuir para a infertilidade feminina e fazem mal ao coração, podendo elevar em 25% a chance de um primeiro infarto. A gordura trans pode ser facilmente encontrada em alimentos processados como margarinas, biscoitos, chocolates, pães, sorvetes, caldos prontos e alimentos pré-fritos.

Por isso, a orientação da palestrante é a atenção aos rótulos dos produtos. Muitas vezes, a indicação de que há gordura trans nos alimentos não é apresentada de maneira clara. Na lista de ingredientes da embalagem, algumas das expressões que podem ser sinônimo desse tipo de gordura são: óleo vegetal hidrogenado, gordura vegetal hidrogenada, gordura hidrogenada, óleo vegetal parcialmente hidrogenado e gordura parcialmente hidrogenada. Outra recomendação é, sempre que possível, procurar alternativas naturais aos alimentos processados industrialmente.

Mais informações: professora Jussara Gazzola – (48) 3721-8014 e Ana Carolina Fernandes – ana.fernandes@ufsc.br

 Fernanda Costa/Estagiária de Jornalismo da Agecom/UFSC
fernandarvcosta@gmail.com

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