Ministro faz balanço das ações em Ciência e Tecnologia durante SBPC

22/07/2013 16:41

Para o ministro Raupp, ambiente da ciência e tecnologia possui qualificação favorável para que o conhecimento possa ser aplicado pela sociedade. Foto: Laura Tuyama/Agecom/UFSC

Aumento nos investimentos em ciência e tecnologia e atenção a setores estratégicos foram os destaques da fala do ministro Marco Antonio Raupp nesta segunda-feira durante a 65ª Reunião da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência, em Recife. Para Raupp, o desafio do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) é aumentar e qualificar a base científica brasileira, para ter maior impacto internacional, e aumentar a produção de pesquisa e desenvolvimento realizada pelas empresas. “A ciência tem um grande papel para atender a três requisitos da sociedade: o desenvolvimento econômico, a sustentabilidade ambiental e a sustentabilidade social”, explica o ministro. 

O ministro fez um panorama das ações já realizadas e dos principais planos para o setor. Os gráficos mostram um investimento crescente, começando com R$1,2 bilhão em 2002 e com previsão de R$12,7 bilhões para 2013. A progressão se reflete em pagamento de bolsas no Brasil, no exterior, em programas de iniciação à pesquisa, no aumento dos programas de pós-graduação, no número de titulação de mestres e doutores, na defesa de teses e na publicação de artigos científicos. O Brasil ocupa hoje o 14º lugar na produção científica mundial, com cerca de 2,70% em relação aos demais países.

Foto: laura Tuyama/Agecom/UFSC

Um dos pontos destacados pelo ministro é o investimento em infraestrutura para apoio à pesquisas em áreas estratégicas, como a nuclear, espacial, nanotecnologia, biotecnologia e ciber-infraestrutura. De acordo com Raupp, o Brasil não pode prescindir da energia nuclear, especificamente para aplicação na área médica. Na área espacial, o país está reestruturando a nova política espacial, com a integração da Agência Espacial Brasileira e agentes executores, com o objetivo de diminuir o atraso neste setor. Entre as ações estão o o Ciência sem Fronteiras Aeroespacial, que será lançado nesta quinta-feira na SBPC, bem como a capitalização da Alcântara Cyclone Space (ACS), que receberá US$1 bilhão para a construção e utilização comercial do Centro de Lançamento de Alcântara.

Outro programa destacado pelo ministro é o Instituto Nacional de Pesquisas Oceanográficas e Hidroviárias (Inpoh), que será anunciado oficialmente nesta terça-feira. Com a criação do Instituto, pesquisadores terão a disposição um navio, que está sendo comprado pela Marinha por R$80 milhões, que estará disponível para realização de pesquisas científicas a partir de outubro de 2014.

Veja também:

Cultura, arte, política e ciência na abertura da 65ª Reunião Anual da SBPC
http://www.jornaldaciencia.org.br/Detalhe.jsp?id=88263

Laura Tuyama/Jornalista da Agecom/UFSC
laura.tuyama.ufsc.br

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