UFSC colabora com avaliação física do ciclista Murilo Fischer

22/12/2011 16:01
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As pedaladas de Murilo Fischer, atleta catarinense que está na elite do ciclismo internacional, podem ser aprimoradas com a colaboração do Laboratório de Esforço Físico, ligado ao Centro de Desportos da UFSC. Na tarde desta quarta-feira, 21 de dezembro, o ciclista teve sua performance avaliada em uma série de testes realizados na Universidade.

Nas próximas semanas deve retornar (ainda sem data definida) para novas avaliações, antes de partir para a Europa e iniciar a temporada de competições. Listado entre os melhores atletas brasileiros de 2011, modalidade ciclismo estrada, Murilo Fischer venceu em 2005 a UCI Europe Tour da União Ciclística Internacional, em 2002 venceu a 17ª etapa do Circuito Di Colle Umberto, na Itália, e em 2000 foi o representante do Brasil na prova de estrada dos Jogos Olímpicos de Sydney, entre outras conquistas.

“Essa é uma parte fundamental do treinamento e sabemos que a UFSC é referência. O ideal seria fazer essa avaliação toda semana”, disse o atleta, natural de Brusque, logo depois da bateria de testes acompanhada pela equipe do laboratório e por seu preparador físico, Milton Carlos Della Giustina.

Um dos equipamentos usados nas avaliações de desempenho físico na Universidade é o cicloergômetro, uma bicicleta ergométrica ajustável, capaz de reproduzir as configurações da bicicleta de Murilo, e que é controlada via computador. O equipamento de 32 mil euros foi adquirido pela UFSC há dois anos, a partir de um projeto enviado ao Programa Capes Pró-Equipamentos, e permite que aos poucos maior esforço seja exigido do atleta, ao mesmo tempo em que uma série de variáveis são medidas e monitoradas.

“As pedaladas no equipamento e a coleta de uma gota do lóbulo da orelha de Murilo resultam em informações valiosas, como o consumo de oxigênio, a geração de gás carbônico, a produção de lactato (um subproduto do ácido láctico, “inimigo” dos atletas por provocar dores musculares e câimbra) e a capacidade do organismo de metabolizar essa substância”, explica o professor Fernando Diefenthaeler, especialista em Fisiologia do Exercício e um dos integrantes do Laboratório de Esforço Físico da UFSC.

“Se o lactato não é metabolizado, acaba sendo acumulado e gera a chamada acidose, prejudicial ao organismo. Os testes mostram quando o atleta atinge seus limites e indicam como a preparação física pode auxiliar no aprimoramento do desempenho”, exemplifica o professor. “Estes dados laboratoriais são a agulha da bússola. Eles nos mostram como conduzir o treinamento”, reforçou o preparador físico de Murilo.

Primeiro laboratório implantado no Centro de Desportos, o Laboratório de Esforço Físico é coordenado pelo professor Luiz Guilherme Antonacci Guglielmo, pesquisador que conta com uma longa experiência na área da avaliação de desempenho físico, fez mestrado e doutorado no campo de Ciências da Motricidade, área de Biodinâmica da Motricidade Humana, linha de pesquisa Metabolismo e Exercício.

O LAEF é um laboratório de pesquisa, extensão e ensino. Atualmente está instalado no Bloco V do Centro de Desportos, próximo à pista de atletismo, com uma área de 98 metros quadrados. Entre os equipamentos, destacam-se duas bicicletas ergométricas, dois analisadores de gases, aparelho para medir a força de membros inferiores e diversos materiais para medidas antropométricas.

Mais informações na UFSC:

– Luiz Guilherme Antonacci Guglielmo / luizguilherme@cds.ufsc.br / (48) 3721-9964

– Fernando Diefenthaeler / fernando@cds.ufsc.br / (48) 3721-8530

Por Arley Reis / Jornalista da Agecom
Fotos: Cláudia Reis / Jornalista da Agecom

 

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