Laboratório Central de Microscopia Eletrônica pretende ser modelo de uso coletivo

20/11/2007 15:47

Laboratório está localizado atrás dRU

Laboratório está localizado atrás dRU

A inauguração do Laboratório Central de Microscopia Eletrônica da UFSC, realizada na manhã dessa terça-feira (20/11), concretiza a implantação de uma estrutura de R$ 5 milhões para a pesquisa no campo das nanotecnologias. É também um importante passo para estruturação de laboratórios multi-usuários e para a localização de mais uma área de alta tecnologia no campus universitário. Com a construção do prédio de 450 metros quadrados para o trabalho de microscopia no terreno atrás do restaurante universitário, o local será direcionado à implantação de laboratórios de ponta. Já está também prevista para o local uma estrutura que deverá abrigar o Projeto Proteoma.

Na inauguração o reitor da UFSC, professor Lúcio José Botelho, agradeceu publicamente o papel do Escritório Técnico Administrativo da UFSC (ETUSC) no projeto e construção do prédio que abriga o Laboratório Central de Microscopia e no redirecionamento da região para laboratórios de ponta. Lúcio Botelho lembrou que há vários anos a UFSC buscava a aquisição de microscópios eletrônicos e destacou a dedicação de diversos setores e pessoas para que o processo de aquisição dos equipamentos que integram o Laboratório Central de Microscopia privilegiasse o compartilhamento por pesquisadores das diversas áreas da instituição.

Reitor destaca modelo de uso coletivo

Reitor destaca modelo de uso coletivo

“Estamos implantando um modelo de uso coletivo que traz à UFSC uma característica única”, comemorou Lúcio Botelho, lembrando o destaque da Universidade Federal de Santa Catarina no cenário da pesquisa (terceira universidade brasileira em produção de conhecimento e com colocação entre as primeiras em número de citações internacionais). O reitor ressaltou ainda o desafio constante da universidade de qualificar a graduação.

O vice-reitor, professor Ariovaldo Bolzan, falou também sobre a importância do projeto, que aglutinou lideranças para estruturação de um laboratório de uso comum. “Esse projeto faz surgir um novo paradigma de servir a comunidade como um todo”, ressaltou. “Estamos concretizando um sonho de pelo menos 25 anos, que chegou a bom termo graças a um trabalho coletivo”, disse o professor Jorge Mário Campagnolo, diretor do Departamento de Projetos, da Pró-Reitoria de Pesquisa da UFSC, coordenador do projeto de implantação do Laboratório Central de Microscopia. Campagnolo lembrou que a concretização do setor é resultado de dois anos de trabalho intenso e que o papel da Fundação de Amparo à Pesquisa e Extensão Universitária (Fapeu) também foi fundamental. “Sem a fundação não conseguiríamos chegar a este empreendimento que vai permitir o aumento da quantidade e da qualidade da pesquisa na UFSC”.

O professor André Pasa, primeiro diretor do laboratório, disse que a expectativa é de que o funcionamento do setor seja exemplar na universidade. Segundo ele, o laboratório conta com um comitê gestor, formado por membros indicados pelos centros de ensino que participaram da implantação, e também com o trabalho de um comitê científico. O laboratório terá um site, que vai concentrar as orientações sobre seu funcionamento e será um canal para envio das propostas de projetos a serem desenvolvidos no setor – a exemplo do que ocorre no Laboratório Nacional de Luz Sincroton, instalado em Campinas, único do gênero no Hemisfério Sul.

O Laboratório Central de Microscopia Eletrônica da UFSC vai abrigar quatro supermicroscópios. São dois microscópios eletrônicos de transmissão (de 100 kV e 200kV), que já estão na UFSC, um microscópio eletrônico de varredura convencional e um microscópio eletrônico de varredura de alta resolução, que estão sendo comprados. São superequipamentos que permitem a observação de estruturas na escala do nanômetro – o bilionésimo de metro (ou um milímetro dividido um milhão de vezes). O projeto de quase R$ 5 milhões foi financiado pela Finep, por meio do CTInfra – Fundo Setorial de Infra-Estrutura (R$ 4,6 milhões) e contou também com recursos da própria universidade (R$ 400 mil). As áreas de saúde, biologia, eletrônica, química e de materiais estão entre as que mais avançam com o desenvolvimento do universo nano, onde o princípio é a construção de estruturas e novos materiais a partir dos átomos

Mais informações com os professores Jorge Mário Campagnolo (3721 9437) e André Avelino Pasa (3234 0599)

Arley Reis / Agecom