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Nasce na UFSC o primeiro instituto de estudos latino-americanos e a solenidade de inauguração vai ser no dia 16 de agosto, às 19h, no Auditório do Centro Sócio Econômico. Com uma proposta crítica de análise e observação da vida política, cultural, artística e econômica da América Latina, o IELA pretende ser o elemento articulador dos mais diversos projetos – nesse tema – que vicejam na UFSC e no Brasil.

Depois de dois anos de trabalhos para consolidar o Observatório Latino-Americano – um trabalho de análise crítica das lutas populares na América Latina – o esforço acabou extrapolando as bordas de um projeto de pesquisa. Coordenado pelo professor do curso de Economia da UFSC, Nildo Ouriques, o OLA iniciou uma articulação interna e externa, buscando reunir pesquisadores no Brasil e demais países da América Latina que estivessem atuando na lógica de um trabalho interdisciplinar sistemático de estudos sobre a América Latina. Durante esse período, foram realizadas duas Jornadas Bolivarianas, encontros anuais de debates com pensadores latino-americanos, e foi criada a REBELA (Rede Brasileira de Estudos Latino-Americanos), que articula projetos de pesquisas em várias universidades brasileiras.

Em função de todo esse trabalho, o OLA ficou grande demais. Com o surgimento de novas exigências, evidenciou-se a necessidade de uma estrutura mais complexa para atender o crescimento do Observatório. Nesse sentido, foi apresentada ao reitor da Universidade Federal de Santa Catarina, a proposta da criação de um Instituto de Estudos Latino-Americanos, o IELA.

Segundo Nildo Ouriques, o instituto vai poder expandir a ação do Observatório e tornar ainda mais fecunda o trabalho que já desenvolve. “Um projeto como o nosso, que busca articular de forma interdisciplinar e sistemática esses estudos que se fazem isoladamente sobre a América Latina, é uma iniciativa decisiva. Entendemos que a pesquisa individual é meritória, mas insuficiente”. Ouriques avalia que, assim, nessa rede, vai ser possível fugir do “destino” que parece ser inerente às ciências sociais, que é a pobreza de recursos e o individualismo.

“Com o IELA pretendemos mudar essa lógica e, para isso, a REBELA (Rede Brasileira de Estudos Latino-Americanos) é o espaço que vai tornar esse trabalho sistemático e orgânico, sempre a partir de um marco teórico metodológico crítico”. O reitor Lúcio Botelho, que já assinou a portaria que cria o instituto, considera a idéia muito bem vinda. “Eu entendo que só há uma saída para o mundo hoje: uma América Latina forte e horizontal”.

A inauguração oficial do IELA acontece no próximo dia 16 de agosto, às 19h, no Auditório do Centro Sócio Econômico, e vai contar com a presença de autoridades ligadas à Ciência e Tecnologia de todo o Estado. Por ser a primeira iniciativa de um instituto em estudos latino-americanos nas universidades federais, aumenta a responsabilidade do grupo que atua hoje no Observatório – do qual nasce o IELA – e se projetam para o futuro criativas ações no rumo de uma América Latina unida, solidária, livre e soberana.

Mais informações:

Tel: 48. 3331.9297 – ramal 37 – 48. 99078877

Endereço eletrônico: iela@iela.ufsc.br

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