Grupo Armação apresenta Contestado no teatro da UFSC

20/11/2003 13:50

Começa neste sábado, dia 22 de novembro, no Teatro da UFSC, a temporada da peça `Contestado – a Guerra do Dragão de fogo Contra o Exército Encantado`. Encenada pelo Grupo Armação, a peça poderá

ser vista nos dias 22, 23, 28, 29 e 30 deste mês.

A montagem teatral põe em cena personagens baseados em figuras reais, imaginadas pelo autor como se presas pelos fios entrelaçados da memória de uma delas, a velha Teodora. Lá estão, de uma forma ou de outra, além de Teodora, o Monge José Maria, Eusébio, sua mulher Querubina e a jovem Maria Rosa.

Texto e direção: Antônio Cunha e os atores do Grupo Armação.

Elenco: Zeula Soares, Édio Nunes, Zica Vieira, José Carlos Ramos, Sandra Ouriques, Reynaldo Gramkov, Chico de Nez, Carin Dell’Antonio, Sandro Maquel, Ivana Brazil, Eduardo Ho9ffmann, Antonius Frank, victor

Cunha, Flávia Dell’Antonio.

Sempre às 21 horas. Ingressos: R$ 16,00 (inteira) e R$ 8,00 (estudantes ou para quem doar 1kg de alimento não perecível).

Serviço:

O QUE: Peça Teatral: Contestado – a Guerra do Dragão de fogo Contra o Exército Encantado, com o Grupo

Armação

ONDE: Teatro da UFSC – Praça Santos Dumont – Trindade

QUANDO: Dias 22, 23, 28, 29 e 30 novembro às 21 horas

QUANTO: R$ 16,00 (inteira) e R$ 8,00 (estudantes ou para quem doar 1kg de alimento não perecível).

[A seguir, texto extraído do folder encaminhado pelo grupo]

DO CONTESTADO AO CONTESTADO

E já lá se vão três décadas. Um grupo de jovens, arregimentados pelo Agusto de Sousa em vários municípios de Santa Catarina e até em outra plagas, reuniu–se para a montagem do `Contestado`, de Romário Borelli.

Pensavam grande aqueles “cablocos do Contestado” de 1972. Intensionavam criar a companhia profissional de teatro de Florianópolis, viajar pelo Brasil mostrando arte e firma-se no cenário artístico nacional. A experiência, artisticamente rica, não vingou enquanto profissionalização, mas estava lançada a semente de um “movimento” artístico que, pretensiosamente, entendemos como um dos mais sérios e representativos de nossa terra.

De lá para cá foram mais de cinqüenta montagens, centenas de atores, dezenas de diretores, autores os mais diversos entre clássicos da dramaturgia mundial, nomes de destaque do teatro brasileiro e jovens dramaturgos catarinenses.

Um espaço cênico próprio foi conseguido, pequeno, é verdade, mas de valor inestimável. A Casa do Teatro, na Praça XV, já serviu de palco para vários espetáculos, do Armação e de outros grupos, sediou cursos e oficinas e hoje abriga, também, uma mini-galeria, numa feliz parceria com a AAPLASC. Em 2002, o Armação, numa reverência ao seu passado, decidiu-se pela montagem de um novo espetáculo, abordando a mesma temática de 30 anos atrás. Convidou e deu plena liberdade para Antônio Cunha escrever um novo texto.

CONTESTADO – A GUERRA DO DRAGÃO DE FOGO CONTRA O EXERCITO ENCANTADO põe em cena personagens baseadas em figuras reais, imaginadas pelo autor como se presas pelos fios entrelaçados da memória de uma delas, a velha Teodora. Lá estão, de uma forma ou de outra, além de Teodora. Lá estão, de uma forma ou de outra, além de Teodora, o Monge José Maria, Eusébio, sua mulher Querubina, a jovem Maria Rosa, o Coronel João Gualberto, o Capitão Matos Costas, o General Setembrino, ercival Farquhar, Manuelzinho, Joaquinzinho, Manuel Rocha, Adeodato, revividos por Zeula, Édio, Zica, Zé Carlos, Reynaldo, Chico, Sandra, Carin, Ivana, Sandro, Frank, Eduardo, Victor e Flávia, velhos, novos e novíssimos conhecidos nossos.

E já lá se vão três décadas. O tempo, implacável, nos levou alguns daqueles “caboclos” de 1972. Porém, talvez com o intuito de compensar as perdas, trouxe-nos outros. Vão-se os Nivaldos vêm-nos as Júlias. E

assim a vida prossegue, irremediavelmente, em seu trilho. Damos início, assim, se não com a mesma pretensão, com idêntico amor, a uma nova caminhada, quem sabe de mais 30 anos. Sim, também parecia impossível naqueles tempos!

ESTE ESPETACULO É DEDICADO A NIVALDO MATTOS, QUE PARTIU, A JÚLIA BAVARESCO, QUE CHEGOU, E A SULANGER BAVARESCO, QUE NOS AJUDOU A CONDUZIR ESTE “TREM”. [Agosto de 2003]